História Revenge - The most wrong girl you'll meet in your life

- Pov. Layla Sharck. –

Justin estacionou seu carro em uma vaga especial na frente da boate, não consegui contar ao certo quantos seguranças rondavam aquele local enorme, nunca havia passado nem perto de um lugar assim, as únicas festas que eu ia eram as de colegial e ia embora assim que a putaria começava a rolar solta.

Assim que saimos do carro, Justin e eu entrelaçamos as mãos para que eu pudesse entrar sem problemas, senti o olhar analisador do idiota do segurança da entrada sobre mim mas fingi ignorar para evitar problemas.

- É um prazer vê-lo senhor Bieber! – O tal cara soou formal, Justin revirou os olhos.

- Tanto faz, entra logo Layla.

Sempre pau no cú esse garoto, incrível.

Bieber foi me puxando para dentro e então pude observar melhor o local, era simplesmente diferente de qualquer outro lugar que eu já tivesse estado antes, as luzes piscavam sem parar, a música estava mais alta do que nunca e muita gente se acabava na grande pista de dança na frente dos DJ’S, vi um grande bar a direita e reparei na grande escada que estava subindo, provavelmente a área VIP.

Assim que viu Justin, o outro segurança nos permitiu a entrada e vi Justin ir todo animadinho em direção a um cara, tentei reparar melhor naquela escuridão misturada com diferentes luzes e percebi quem era, Christian!

- Filho da puta, por onde andou? – Justin e ele fizeram um toquinho estranho e Chris riu.

- Arranjando uns carregamentos fodas no Canadá, que a propósito, terei o maior prazer do mundo em te vender. – Ele bateu no ombro de Bieber, que balançou a cabeça negativamente.

- Pensei que você fosse aliado dos Canadenses!

Me intrometi na conversa, sendo finalmente notada por Christian.

- Amigo de cú é rola meu amor.

Ouvi uma voz rouca de mulher atrás de mim, era uma morena extremamente bonita, usava um curto vestido vermelho e maquiagem carregada.

- Se apresente educadamente, maninha. – Chris brincou e a garota riu. – Não é assim que se fala com a mulher do chefe. – Ela me encarou de cima em baixo, sorrindo.

- Vejo que esse inútil até que arranjou alguém que preste.

Calma, isso foi um elogio ou o quê?

- Sempre me ofendendo, não perde o costume mesmo né vadia? – Justin riu, dando um breve beijo na bochecha dela.

- Não me toque estrupício. – Ela o empurrou, rindo. – Layla, não é? Christian falou de você, a filha do Sharck? Quem diria hein Justin Bieber? – A garota o encarou com uma expressão de riso, fazendo Bieber revirar seus olhos, já ascendendo um cigarro.

- Sou completamente imprevisível Caitlin, já devia ter se acostumado com isso. – Ele deu de ombros, dando a primeira tragada, a garota mordeu o lábio inferior.

- Estou vendo mesmo. – Ela riu. – De qualquer forma, espero que ela dure mais que as outras, simpatizei com você gatinha. – Caitlin piscou para mim, dando um tapa em minha bunda antes de sair, descendo as escadas e indo em direção ao bar.

- Caitlin Beadles, a garota mais errada que você vai conhecer na sua vida.

A voz de Chaz ecoou atrás de mim, ri baixo, beijando sua bochecha.

- Obrigada por me defender mais cedo Chaz, de verdade. – Ele riu, dando mais um gole em sua bebida. – Não precisava ter feito aquilo.

- Precisava sim, Justin é burro demais, puta que pariu. – Nós dois rimos, chamando a atenção de Bieber, que veio todo putinho em nossa direção.

- Pode ir parando com essa porra aí, anda. - Ele me puxou pelo braço, me arrastando para um grande sofá vermelho no centro da área VIP, inclusive o mesmo local onde Christian estava quase se comendo uma loira.

- Não começa Bieber. – Revirei os olhos. – Até parece que eu teria algo com o Chaz, não confia em mim não? – Eu bufei, o encarando.

- Não confio é naquele arrombado, isso sim. – Ele deu mais uma longa tragada, me levantei rapidamente e joguei o toco de cigarro andar a baixo, o vendo se estressar, para variar. – Enlouqueceu, caralho?!

- Odeio que você fume. – Dei de ombros. – Se quiser se matar tudo bem, só não me contamina com essa fumaça toda.

 Justin balançou a cabeça negativamente, me encarando.

- Aprecio sua preocupação com meus pulmões Layla, mas não preciso que ninguém se preocupe comigo, acredite.

Eu ri baixo, me afastando dele sem dizer nada, pegando Nolan pelo braço assim que o encontrei na área VIP.

- Quero beber! E estou com medo de descer lá embaixo e ser estuprada, vem comigo? – Nolan sorriu rapidamente, se afastando de uma ruiva ao seu lado e descendo as escadas comigo.

Eu atraia vários olhares, provavelmente por toda a boate ter visto eu e Justin entrando de mãos dadas.

- Ficou tudo bem entre você e Drew?

 Ele perguntou enquanto me puxava pela multidão, em direção ao bar.

- Você sabe, o idiota sabe se safar das merdas que faz. – Eu balancei minha cabeça de acordo com a música que tocava, fazendo ele rir.

- Essas brigas de vocês são engraçadas. – Nós dois rimos. – Uma hora parecem que vão me matar e depois já estão se agarrando. Uma relação meio conturbada, não é? – Ele perguntou e eu dei de ombros, não sabia o que responder. – Duas vodcas cara. – Nolan fez o pedido e nos sentamos no grande bar.

- Sabe Nolan, acho que na verdade a gente só está meio confuso com o que sente ou sei lá, por isso briga tanto.

A batida se tornou ainda mais alta, fazendo com que eu me mexesse toda na banqueta do bar, não aguentava não dançar quando curtia a batida de uma música.

- Acho que tem razão. – Ele sorriu, pegando as vodcas e me entregando uma. – De qualquer forma, só espero que não se matem algum dia ou algo do tipo. – Nós rimos.

É, eu também espero sinceramente que eu e Bieber não nos matemos algum dia desses.

Fizemos todo o ritual com sal e limão para tomar um shot de vodca e rimos feito dois retardados quando viramos de uma vez.

Vi Nolan de olho em uma garota atrás de mim, me virei e percebi que era uma morena que estava com mais três amigas, virando shots sem parar, me virei para ele e me levantei da banqueta, sussurrando em seu ouvido.

- Vai lá cachorrão, vou ficar muito bem.

Ele riu, concordando e indo em direção a uma de suas pobres presas da noite, fui andando em direção a pista de dança ainda meio perdida com aquela quantidade de pessoas na minha volta, mas aos poucos fui sentindo a música me guiar e fui me soltando, senti algumas apalpadas e passadas nada sutis pela minha bunda e isso pelo visto era bem comum em locais como esse.

Tocava I Got Keys do DJ Khaled, uma das favoritas de Justin, comecei com movimentos lentos e provocantes, eu jogava minha cabeça para o lado e mexia meu quadril conforme as batidas da música, aquele belo shot de vodca estava começando a fazer efeito em meu corpo e já sentia uma vontade irresistível de rebolar e assim o fiz.

Há muito tempo eu não dançava como agora.

Ouvia algumas palavras baixas de homens que tentavam chegar perto de mim e me abraçarem por trás, outros já chegaram beijando meu pescoço, mas logo me esquivei, problemas eram a última coisa que eu queria hoje, ainda mais se Bieber visse isso.

E a propósito, onde o idiota está?!

Olhei para a parte de cima da boate e não o vi, ouvia apenas alguns gritos de diversão, estava distraída olhando para cima quando sinto mãos fortes em minha cintura, era um cara alto, moreno e muito gato, mas no momento não estava com uma expressão muito amigável.

Me virei para trás para afasta-lo e senti alguém o empurrando com certa brutalidade de perto de mim, Caitlin.

- A não ser que queira perder seu belíssimo pênis, sugiro que não toque na mulher de Bieber. – O cara a encarou assustado, sumindo de perto de mim em segundos.

- Obrigada, mas não precisava disso, o cara não me fez nada! – Disse em seu ouvido por conta da música alta, Caitlin riu baixo.

- Gatinha eu conheço muito bem aquele tipo e eles não aceitam um não como resposta, se é que me entende.

Ela piscou, voltando a rebolar, colada em dois caras que estavam atrás de mim.

Ri de sua sensualidade exagerada e me deparei com uma cena nada boa na área VIP, e dou um pirulito para quem adivinhar?!

Exato, Bieber se engraçando com duas vadias ao mesmo tempo, bem ali na minha cara.

Eu fiquei sem reação, como ele tem coragem de fazer esse tipo de coisa comigo?!

- Eu não acredito! – Disse alto demais, chamando a atenção de Caitlin, que se deparou com a mesma visão que eu. – Esse filho da puta me paga, ah se paga!

- Vá lá e acabe com a festinha daquele imbecil, garota não deixe barato!

Me virei para encara-la e perguntar sobre o que fazer quando a vi beijando os dois caras ao mesmo tempo, ali, na frente de todo mundo!

Essa garota é bem maluca mesmo, meu Deus do céu.

Ignorei a cena e me dirigi as escadas, decidida a acabar com aquela putaria.

Encontrei Chaz e Ryan parados num canto, provavelmente se gabando sobre a quantidade de mulheres conseguiram comer ou sei lá mais o que.

- E aí gatinha, tudo bem? – Ryan falou e riu em seguida.

 Os dois estavam visivelmente drogados, peguei as bebidas das mãos dos dois e sorri com o olhar de estranhamento deles.

Se o idiota do Justin estava pensando que eu ia aguentar essa porra sem fazer nada, ele está muito errado.

Por que sempre que estamos bem o cara sempre consegue estragar tudo?!

Qual é a merda do problema dele?!

Cheguei mais perto da ceninha linda, encarando seu grande corpo cercado pelas vadias, uma de cada lado, com roupas minúsculas e visivelmente bem vagabundas, se esfregando nele como se não houvesse um amanhã!

- Que bonito hein? – Chamei a atenção de Justin, que riu. – Está rindo do que seu otário?!

- Da sua burrice. – Ele riu, se afastando das garotas. – Valeu meninas, já consegui fazer minha mulher vir aqui. – As duas riram, se afastando rapidamente de mim. – O que ia fazer com isso?

Ele apontou para os dois copos em minhas mãos, ri alto.

- Ia jogar tudo em você e nelas, ué. – Ele riu, me puxando para ele e jogando as duas bebidas andar a baixo.

- Se eu quisesse mesmo te chifrar Layla, já estaria em um quarto comendo as duas.

Revirei os olhos, o encarando.

- Por que queria que eu viesse aqui?!

- Era isso ou ir lá em baixo e descer um tiro no próximo filho da puta que tentasse encostar em você, caralho, precisava ficar quicando daquele jeito, hein porra?! – Ele agora parecia irritado, prendi o riso. – Quicar daquele jeito só no meu pau Layla, pensei que já tivesse entendido isso.

- Você é muito idiota, sério. – Eu ri, o beijando em seguida.

Senti os braços de Bieber rodearem minha cintura com possessão, sua língua travava uma batalha violenta e prazerosa em minha boca, minhas mãos subiram para seu topete loiro e o baguncei por inteiro, fazendo ele sorrir.

- Não me importaria de te foder na frente de todo mundo, mas acho que você prefere um lugar mais reservado...

Ele piscou cafajeste como sempre e eu sorri, concordando com a cabeça.

Justin me guiou até uma das portas do segundo andar, a última do corredor, ele a abriu com uma chave e me levou para dentro rapidamente, era um escritório enorme, as paredes eram vermelhas e o chão era um amadeirado de tom escuro, os moveis eram todos pretos e a grande janela entre as estantes de livros possuía uma vista linda de Los Angeles.

- Espera... – O empurrei para o grande sofá do cômodo. – Essa boate é sua?

- Uma delas, não é lá grande coisa, mas curto vir aqui de vez em quando. – Ele disse normalmente, me puxando contra ele e colando nossos lábios com intensidade.

- E quantas boates você tem?

Perguntei inocentemente enquanto tirava sua camiseta, Justin me encarava com o olhar mais malicioso possível.

- Já perdi a conta. – Ele respondeu simples. – Ainda estou nessa por conta das boates de strip, rendem uma grana do caralho. – Me distrai mordendo seu pescoço, sentindo seu cheiro delicioso. – Está me ouvindo, pirralha? – Justin riu, apertando minha bunda.

Reencontrei o caminho de sua boca, o beijando carinhosamente, os beijos de Bieber me viciavam cada vez mais.

Em uma hora eu queria mata-lo, em outra já queria tê-lo para sempre comigo, nem eu entendo mais nada.

Justin desceu meu vestido com facilidade, o ajudei a desabotoar sua calça e me sentei melhor em seu colo, rebolando com força em cima de seu membro, Bieber distribuiu chupões nada carinhosos por todo o meu pescoço e ombro, descendo pela minha clavícula e chegando ao vale dos meus seios.

- Mmm... – Eu estava nua da cintura para cima, sentindo suas mordidas por meus mamilos sensíveis, sentia meu peito subir e descer rapidamente.

- Você é tão gostosa pirralhinha, me deixa louco! – Ele sorriu safado, sorri também.

Bieber desceu mais beijos por toda a extensão da minha barriga e invertemos as posições no sofá, minha calcinha foi tirada com rapidez e guardada no bolso de sua calça, ele piscou para mim, me fazendo rir.

Zayn fazia muito isso comigo, perdi a conta de quantas calcinhas ele já me roubou.

Fechei meus olhos e sua língua quente rodear meu clitóris, mordi meu lábio inferior me contorcendo toda naquele sofá.

- Awn..., J-Justin! – Eu gemi baixo, agarrando em seus cabelos, o empurrando contra a minha intimidade.

Senti seus dois dedos me penetrando de uma só vez, dei um grito de susto e prazer ao mesmo tempo, fazendo Bieber rir abafado contra a pele da minha coxa, aumentando a velocidade de suas “estocadas” bruscamente, eu gemia baixinho, implorando por mais.

Estava quase gozando quando o idiota parou me encarando com seu típico olhar filho da puta, bufei de raiva e inverti nossas posições, tirando rapidamente sua calça e abaixando vagarosamente sua boxer, o vendo sorrir.

- Chupa vai? Bem gostoso...

Ele sussurrou com sua voz rouca de excitação, agarrei em sua base e comecei o masturbando devagar, passando a língua de leve por sua glande e o vendo morder seu lábio inferior de uma forma extremamente sexy.

- Caralho Layla... – Ele arfou, agarrando em meus cabelos e me forçando contra seu membro.

Aumentei a velocidade dos meus movimentos e o senti engrossar na minha boca, Justin gemia e empurrava seu pênis contra mim, literalmente fodendo minha boca.

- Is-sso! Porra, eu vou....

Me afastei de seu membro, rindo maliciosa, Bieber me encarou com muita raiva.

Olho por olho, dente por dente!

 Meu corpo foi bruscamente sentado em seu colo, Justin penetrou seu membro em minha entrada de uma vez me fazendo gemer alto, jogando minha cabeça para trás.

- Isso...é....tão...b-bom! – Eu gemi já começando a quicar em seu membro, sorrindo de olhos fechados.

As mãos de Bieber controlavam a velocidade das estocadas, me estocando violentamente.

- Geme vadia...geme bem alto. – Ele mordeu o lóbulo do meu ouvido, me fazendo revirar os olhos.

***

- Justin Bieber. Pov. –

Eu via sua silhueta na escuridão do meu escritório subindo e descendo em meu colo com rapidez, essa pirralha ainda vai me enlouquecer! A forma como ela estava dançando na boate já estava me deixando de pau duro e ver aqueles arrombados olhando a porra da MINHA VISÃO PRIVILEGIADA estava me deixando possesso de raiva.

NINGUÉM ESCOSTA NO QUE É MEU, CARALHO.

Layla é minha, e garanto que os filhos da puta que tentaram agarra-la naquela pista de dança não vão voltar a ver a luz do dia nem fodendo.

Peguei duas das minhas dançarinas da boate e mandei se esfregarem em mim para chamar a atenção da pirralha e bem que deu certo, eu adorava ver ela com ciúmes, o fato de saber como ela se irrita com outras mulheres perto de mim chega até a soar engraçado.

Se ela soubesse que é a única mulher que eu consigo desejar de verdade...

Quê?!

Claro que não, porra! Nada a ver.

Enfim, a arrastei para o meu escritório e aqui estávamos, fodendo loucamente em cima do meu sofá.

Todas as vezes que vinha aqui para resolver algo da boate, sempre ficava imaginando Layla em cima desse sofá, gemendo e gozando por minha causa, ficava ereto em segundos pensando nisso.

Essa garota me excita de uma forma inimaginável, é como se essa puta tivesse roubado toda a minha vontade de comer as outras, eu não consigo enjoar dela por mais chata e irritante que Layla seja, eu não sei mais ficar sem ela! Porra!

E isso é algo que eu deveria me preocupar para caralho, porque no fundo, eu sei o que significa.

- Amor... – A ouvi gemer enquanto apoiava suas mãos em meu tórax e gelei.

“Amor. ”

Era algo que eu não ouvia há muito tempo.

Por um segundo me senti culpado por faze-la passar por tanta merda, eu sou realmente um idiota quando se trata da pirralha e já admiti isso para mim mesmo, mas eu não consigo evitar.

Eu sempre fui assim, e não vou mudar agora.

Não por ela.

Isso seria doentio demais para mim, pela filha do Sharck? Seria humilhante!

Ignorei meus pensamentos e foquei nela, seu corpo, seu rosto, seus lábios, tudo nela era tão lindo, tão perfeito para mim, porra, Layla era simplesmente maravilhosa.

- Isso Lay, com força... – Eu aprofundei as estocadas, gemendo junto com ela.

- Mmmm...

Observei sua boca se abrir em formato de O e seus lindos olhos azuis se fecharem diante do belo orgasmo que eu proporcionei para ela, e só de ver essa cena, gozei junto sem nem pensar.

- Puta que pariu! – Eu suspirei, a deitando em meu peito.

Odiava que minhas vadias me tocassem depois da transa, mas com Layla era realmente diferente.

Ela não era mais uma e eu sempre precisava senti-la mais perto, muito mais.

Eu a queria, amava cada parte de seu corpo, amava seus olhos, sua voz, a forma como ela gemia...

Merda, eu amava coisas demais na pirralha.

- Justin... – Ouvi sua voz delicada, me virando para ela. – Precisamos conversar sobre algo...

- Hum. – Sussurrei me virando para ela, Layla sorriu nervosa.

- Prometa que será compreensivo e não vai agir como um neandertal retardado.

Eu ri, já sabendo que viria alguma merda pelo jeito.

- Fala pirralha.

- Eu, bom, você sabe que eu sempre quis cursar Arquitetura, não é? – Ela começou a falar, passando a ponta de seus dedos por minha tatuagem no tórax.

- E...?

 A encarei sem saber o que a pirralha queria dizer com isso.

- Então, eu...mandei uma carta para a Universidade da Califórnia, onde eu sempre quis cursar faculdade...

OI?!

- O QUÊ?! – Eu berrei, me levantando do sofá.

Essa garota só pode estar brincando com a minha cara, não é possível.

- Justin... – Ela tentou argumentar, mas a interrompi.

- VOCÊ FEZ O QUE?!

- Não aja como se eu tivesse agido pelas suas costas! – Ela se defendeu, começando a se vestir rapidamente.

- E NÃO FOI ESSA PORRA QUE VOCÊ FEZ?! – Me vesti rapidamente, a encarando. - HEIN CARALHO?! QUAL É O SEU PROBLEMA, LAYLA?!

Essa porra de pirralha só pode estar de brincadeira com a minha cara!

- Eu preciso pensar no meu futuro, merda! – Vi seus olhos lacrimejarem, mas não me importei.

- E EU POR ACASO NÃO DOU TUDO QUE VOCÊ PRECISA? TE FALTA ALGUMA MERDA POR ACASO?! – Eu rebati, morto de ódio.

Vi em seu olhar, Layla estava com medo.

- A questão não é essa Justin! Eu quero ter um diploma, ter renda própria! Não quero depender de você! Isso é ridículo!

Layla se indignou, cruzando os braços.

- Você é a porra de uma garotinha mimada pelo papai e sempre teve o caralho que quis, e que pelo jeito ainda não entendeu que está na merda de um sequestro! E que pessoas sequestradas não vão para a faculdade, puta que pariu garota! Você é imbecil mesmo ou se finge para me estressar?! – A empurrei para a parede, indo para cima dela.

- Justin, você está me assustando!

- Novidade. – Revirei os olhos. – ME RESPONDE! QUAL É O SEU PROBLEMA PIRRALHA?!

- Eu sabia que você ia agir desse jeito! Não devia ter falado nada! – Ela choramingou, olhando para o lado, irritada.

- E VOCÊ ACHA QUE EU NÃO IA DESCOBRIR? EU SEI DE ABSOLUTAMENTE TUDO QUE VOCÊ FAZ LAYLA! IA FAZER O QUE? IR ESCONDIDO PARA LÁ?!

Eu ri irônico, apertando sua cintura com força.

- Bieber você está começando a me machucar! – Ela me empurrou, saindo de perto de mim. – Eu vou e pronto! Não importa o chilique que você dê, eu vou e pronto! É meu sonho e eu vou realiza-lo!

E depois acha ruim quando leva um coladão na cara, incrível.

- O problema, pirralha idiota – A colei na parede, ficando cara a cara com ela. – É que eu não posso simplesmente deixar minha vítima de sequestro ir para a porra da faculdade! Onde vai ficar muito mais fácil da porra do seu pai de merda te encontrar, e aí vou ficar sem foder a filhinha dele, e eu não quero isso, sacou?

 Vi lágrimas saindo de seus olhos, para variar.

ESSA PORRA DE GAROTA SÓ SABE CHORAR! PUTA MERDA!

- Entendi Justin, então é só isso mesmo que eu sou para você, a porra de uma bonequinha inflável que você usa quando quer e não tem vontade própria, que é sempre submissa as suas vontades e não pode opinar sobre a própria vida, não é? - Ela me empurrou com força, saindo de perto de mim. - Eu tenho nojo por ter dormido com alguém como você Justin, sério.

Eu ri de novo, a fazendo balançar sua cabeça negativamente.

- Eu não ligo para o que você quer ou deixa de querer Layla, você é meu objeto de vingança e não vai para a faculdade caralho! E quanto mais rápido você se acostumar com isso, melhor vai ser para você, acredite. – Me sentei na cadeira do escritório, piscando para ela.

Ela pegou sua bolsa morrendo de raiva de mim e saindo a passos pesados do escritório, arremessei um dos enfeites da mesa contra o chão, extravasando o estresse que essa puta me dava.

Ela queria o que?!

Que eu dissesse que ela podia fazer o que quisesse? Eu não posso dar uma puta brecha dessa para o papaizinho achar ela, a garota acha que pode fazer o que quer só porque se envolveu comigo e acha que temos algo sério, eu não posso simplesmente deixar Layla fazer a porra que quer só por que eu gosto dela, que porra de garota idiota!

Calma aí... o que eu disse?!

Claro que não! Não viaja! O que eu sinto por ela é só um tesão inexplicável, só isso.

- PORRA! – Gritei, pegando meu celular que não parava de tocar e o atendi, sem nem ver quem era. – QUE FOI, CARALHO?!

- Senhor, rastreei o número que você me enviou, e...descobri algumas informações que precisam ser do seu conhecimento, imediatamente.

***

- Pov. Layla Sharck. –

Acordei com uma puta dor de cabeça, estava em outra cama no quarto de Marrie, sim, eu dormi com ela.

Não queria ver Justin Bieber nem pintado de ouro depois da noite passada.

Minha noite se resumiu em ligar para Harry para que ele me trouxesse para casa, depois me deitei na outra cama do quarto de Marrie e acabei adormecendo depois de chorar de ódio, só para variar um pouco.

Olhei no meu celular e ainda eram 5 da manhã, e obviamente percebi que não conseguiria dormir mais que isso, então me levantei e tomei um rápido banho no banheiro do meu quarto antigo, coloquei um vestido qualquer e amarrei meus cabelos, minha curiosidade estava aguçada e infelizmente olhei pela brecha da porta do quarto de Justin, mas... ele não estava lá.

- Ele não dormiu em casa, gatinha. – Ouvi a voz rouca de Nolan.

Com certeza deve ter dormido com quinze vadias ao mesmo tempo ontem, e me sinto nojenta por ter me prestado ao papel de ser mais uma, eu me odeio de verdade.

- Hum. – Respondi grossa, descendo as escadas.

- Deixa eu adivinhar...brigaram de novo? – Ele riu, revirando os olhos.

- Prefiro não comentar sobre. – Disse simples, entrando na cozinha e seguida por ele.

- Fica tranquila, ele não te traiu se é isso que está pensando Layla, Justin precisou ir ao casarão depois da boate, algo grande que um dos caras que ele colocou na cola do seu pai descobriu e precisava que ele soubesse. – Nolan piscou, pegando uma maçã da fruteira.

- Grande coisa.

Revirei os olhos, eu já estava tão acostumada a ser magoada por ele que já nem me importava tanto.

Afinal, eu era só o brinquedinho dele, como ele esfregou bem na minha cara ontem.

- Vejo que você está realmente de mau-humor hein. – Ele brincou, afagando meus cabelos. – De qualquer forma, sei que você dois vão se resolver rápido.

- Creio que não. – Peguei uma xicara, a enchendo de chá de Matte. – Não enquanto eu for só um objeto de vingança para o seu amiguinho e que ele acha que pode usar quando quer.

- Vish. – Nolan fez uma careta engraçada que me fez rir. – Que merda ele falou?!

- Não vale a pena repetir, de qualquer forma. – Dei de ombros. – Onde estão os garotos? E por que está acordado tão cedo?

- Perdi o sono, acho. – Ele riu simples. – Ryan e Chaz saíram cedo, ficaram de segredinho na boate o tempo todo, puta que pariu, pareciam até duas comadres.

- Estranho. – O encarei, Nolan concordou. – Acha que aconteceu algo? – Perguntei curiosa, ele riu novamente.

Eu simplesmente não consigo evitar minha curiosidade.

- Sei lá, pode ser. Mas acho que tenho problemas maiores para me preocupar agora.

- Do tipo? – Arqueei a sobrancelha, tomando todo chá.

- Do tipo que eu acho que engravidei uma vadia. Só isso. – Ele respondeu, botei a maior parte do chá para fora.

- O QUE?! – Abri a boca em formato de O, ele riu sem graça.

- Reze para ser engano, eu agradeço.

 Ele riu, mas podia ver sua visível preocupação no rosto.

- Por isso perdeu seu sono, não é? – Ele concordou. – Relaxe, não é o fim do mundo Nolan, uma criança é sempre uma benção!

- Não é fim do mundo não, imagina! – Nolan riu irônico. – Imagine você grávida do Drew, não seria completamente horrível?! Hein?!

- Arhh, que horror... Ok, eu entendi.

Nós dois rimos com isso, Nolan sendo pai?! Essa era uma novidade que eu demoraria a me acostumar.

- Como isso aconteceu Nolan? Como pôde se descuidar tanto?! – Bati em seu ombro com força, ele sorriu.

- Estava muito bêbado e ela se aproveitou de mim! – Nolan disse completamente indignado, ri baixo. – Aí ontem aquela puta veio atrás de mim falando que a menstruação já estava atrasada há dois meses! DOIS MESES VELHO! A minha mãe vai me matar Layla! Puta que pariu!

Um gangster fodão e perigoso com medo da mamãe, o mundo é mesmo estranho.

- Pense pelo lado positivo, pelo menos ela se preocupou em te avisar, ela podia simplesmente abortar e pronto! Gostaria que ela abortasse um filho seu sem nem ao menos te avisar? – Eu arqueei minha sobrancelha, Nolan prontamente discordou. – Viu só? E não se preocupe assim! Ás vezes ela só está atrasada e pronto, isso acontece!

- Deus te ouça, gatinha. – Ele colocou a mão no coração, rindo.

Nesse exato momento meu celular começou a tocar, o peguei de cima da mesa e fiquei sem reação ao observar aquele número, meus pés perderam a força, eu senti meu coração vir na boca e voltar, Nolan percebeu e me encarou com estranheza, me fazendo mostrar o telefone para ele.

- O que foi Layla? Atenda! – Ele deu de ombros, rindo.

- Nolan... esse é o número da minha mãe.