História Revenge - Please, listen to me.

- Layla Sharck. Pov. –

- MARRIE! – Gritei de emoção ao vê-la sair no jardim da casa de Pattie, abrindo os braços para mim, toda sorridente.

Coloquei Catherine no colo de Bieber e corri para ela feito uma criança, a abracei com toda a força do mundo, beijando todo o seu rosto de tanta saudade!

- Senti sua falta minha linda... – Ela sussurrou no meu ouvido, mordi o lábio inferior para não chorar mais.

- Eu não sei ficar lá sei você Marrie, não sei...

- Estou aqui amor, estou aqui... – Ela beijou minha testa como uma mãe carinhosa faz com seu filho, a abracei com mais força.

- Filho? Layla? O que fazem aqui? - Ouvi a voz doce de Pattie e corri para lhe dar um longo abraço também estava com muita saudade dela, ela retribuiu na mesma intensidade, mas podia sentir um certo nervosismo naquele abraço, não sei porque.

- Tudo bem, Pattie? Você parece nervosa...

 A encarei desconfiada, Pattie riu e desconversou, visivelmente incomodada.

- Não minha querida, está tudo bem, te juro! Mas, o que vocês estão fazendo aqui tão longe do ninho de amor de vocês? Aconteceu algo? – Ela perguntou calma, neguei com a cabeça e senti Bieber rodear minha cintura, seu típico costume, sorri com isso.

- Precisamos conversar à sós mãe, enquanto isso Layla vai conversar com Marrie.

Bieber estava com sua costumeira voz grossa e rouca que já estava me enlouquecendo, tentei focar no assunto principal e disfarçar meu nervosismo com sua voz, mas Justin pareceu perceber já que roçou seu nariz em meus ombros nus pela blusa de alças e deixou um beijo lento no meu pescoço, mais para um chupão na verdade.

- Tudo bem amor, se importa se formos lá para dentro, Layla? – Pattie perguntou, neguei com a cabeça, sorrindo, e os vi andarem porta a dentro pela casa e sabia que essa conversa seria bem séria, então resolvi nem ficar muito perto.

Justin disse que tentaria e é só isso que me interessa a partir de agora.

Se ele está disposto a mudar, eu estou disposta a confiar nele.

- Temos que conversar também Marrie!

A puxei pelo fino vestido azul como uma mãe faz com uma criança que aprontou algo, a puxei até um balanço na parte de trás da casa de Pattie e lá nos sentamos, a vi respirar fundo, provavelmente já imaginando que eu sabia de tudo, e apesar do seu sofrimento interno, eu não ia amolecer com ela.

- Por que mentiu para mim? – Perguntei séria. – Por que disse que não tinha filhos?!

- Layla, é complicado. – Marrie suspirou baixo. – É um assunto muito delicado para mim, uma história longa, entende?

- Tenho todo o tempo do mundo, pode começar. - Sorri falsa para ela, que abriu um sorriso de divertimento, se preparando para falar.

- Layla, quando Ryan nasceu eu não soube o que fazer, minha cabeça não condizia com a minha idade real e eu não tinha ideia de como cuidar de uma criança ou qualquer coisa do tipo, sabe? Foi muito difícil abrir mão de vê-lo crescer, dizer a primeira palavra, ver seus primeiros passos, estar do lado dele na primeira decepção amorosa, mas entenda, eu não tinha como cria-lo! Meu vício estava cada vez pior e não queria que ele visse a mãe na beira de uma overdose ou qualquer coisa do tipo, jamais me perdoaria por fazer isso com ele. Então o entreguei a minha irmã mais velha e sumi do mapa por um tempo, não queria sofrer tendo que visita-lo e bancar a mãe presente, eu queria apenas ficar longe dele e não deixa-lo sofrer com o meu péssimo estilo de vida, mas eu nunca soube o quão ruim minha irmã e seu marido foram para meu filho, eram dois bêbados, mas quando eu descobri sobre os maus tratos que ele sofria dentro de casa já era tarde demais, Ryan já estava nos Estados Unidos com Justin e os garotos, eu já não era mais viciada nessa época mas demorei a tomar coragem para falar com ele e explicar o meu lado, até que eu dia eu simplesmente comprei uma passagem e vim para casa deles sem saber o que fazer, descobri onde ele estava morando por Pattie e então bati na porta um dia qualquer. Justin atendeu, contei a verdade e ele disse que era um direito meu contar para Ryan sobre tudo, Chaz e Nolan também sabem e concordaram, mas a verdade é que eu nunca consegui contar, quando via meu rapaz tão crescido e homem, eu travava, sentia medo, culpa, tudo junto, não conseguiria vê-lo me rejeitar um algo do tipo, e acabei nunca contando.... E eu me arrependo muito por isso.

- Poxa, eu sinto muito por tudo que você passou, de verdade. – Beijei sua testa e a puxei para mim. – Mas Marrie, precisa entender que não pode perder mais tempo por medo, ele é seu filho, precisa saber sobre os motivos da mãe e entender o seu lado, por mais que não vá ser fácil no início, você sempre terá a mim e aos garotos, jamais abandonaremos você. – Sorri para ela, Marrie me encarou com os olhos lacrimejados. – Eu amo você Marrie, amo muito mesmo!

- Eu também te amo Lay. – Ela sorriu de novo em meio as lágrimas, me abraçando forte. – O problema é que não sei onde meu menino está, eu o perdi de novo, me sinto completamente horrível por ter deixado isso acontecer outra vez, ele está sem mim de novo, não posso mais conviver com isso! – Senti sua cabeça em meu ombro, afaguei seus cabelos.

- Relaxe, está tudo bem Marrie, vamos encontra-lo, eu te prometo!

- Você é meu anjo Layla, agradeço a Deus por ter te colocado na minha vida, você a deixou muito mais feliz! Obrigada por isso! – Pronto, depois dessa quem começou a chorar fui eu!

- Não agradeça! Vou falar com Justin sobre isso e vou obriga-lo e descobrir onde Ryan está, tudo ficará bem, confie em mim, tudo bem?

- Sempre confiei em você meu amor. – Ela beijou de novo minha testa, sorrindo. – Mas mudando de assunto, como vai você e o senhor Bieber? – Marrie sussurrou o sobrenome do Justin de um jeito engraçado, caí na risada.

- Acho que nem sei por onde começar a te contar!

Nós duas rimos, respirei fundo e me preparei para contar tudo que aconteceu nos poucos dias que não nos vimos mais.

***

- Meu Deus!

Era só o que Marrie dizia enquanto eu desabafava sobre tudo, ela era realmente meu porto-seguro, para tudo.

- E aí, ele disse que não sentia o mesmo mas podia tentar sentir, e estava disposto a isso! – Terminei sorrindo feito idiota, Marrie me abraçou pela centésima vez no dia.

- Viu só? VOCÊ O ESTÁ MUDANDO! EU DISSE QUE TUDO DARIA CERTO COM VOCÊS DOIS, LAYLA! E se aquela garota vier com algum tipo de graça para cima de você, eu enforco aquela lagartixa com um pano de prato! Já estou te avisando!

Ri alto do comentário de Marrie, me jogando no banco, desfalecida.

- Você disse que ela era gente boa Marrie... – A provoquei, Marrie revirou os olhos. – Disse que ela era um doce de menina e sei lá mais o que! Disse que ela transformava Justin em um cara melhor e mais um monte de baboseiras!

- Garota, isso foi antes de eu te conhecer melhor. – Ela piscou, rindo. – Agora eu quero mais é que ela se foda! – Marrie tapou a boca por falar palavrão, ri mais ainda.

Estava me divertindo com ela quando escuto o telefone da cozinha tocar, pedi um minuto para Marrie e saí entrando na casa sem permissão mesmo, gritei Justin e Pattie, mas nenhum deles me respondeu, decidi eu mesma atender já que não havia mais ninguém ali mesmo.

- Alô? Quem fala?

- Padre Cícero, idiota!

- Caitlin?! Por que está ligando para a casa da Pattie sua louca?!

- Porra, você não tem mais celular né Sharckzinha, aí comprei um para você quando Justin avisou que vocês passariam a tarde aí, olhe na última gaveta da escrivaninha da sala, Pattie sempre guarda as entregas lá!

- Calma aí... última, não é? .... Achei! Uou! Que lindo amiga! Eu amei! Obrigada! Sério!

- Eu sei que sou demais gatinha, já marquei os números que você precisa ter na lista de contatos, olhe nas mensagens, vai ter uma surpresinha...

- MELHOR AMIGA DELICIOSA PARA SEMPRE?! ESSE É O NOME DO SEU CONTATO CAITLIN?!

- Eu sabia que você ia adorar!

- Você é louca, mas eu já te amo, obrigada pelo presente...

- Também te amo, depois responde os meus áudios, preciso te contar algo importante! Beijo!

- Beijo, sua maluca!

Desliguei o telefone ainda rindo daquela retardada, observei meu lindo celular novo e já guardei no bolso do short, voltando lá para fora toda sorridente, até que...

- O QUE VOCÊ FAZ AQUI?!

 O vi abraçado com Marrie, senti meu corpo ferver de raiva.

- Layla, acho que te devo uma explicação depois de tudo, então por favor, em nome de uma amizade que nós já tivemos, peço que me escute, tudo bem?

Fechei meus olhos, louca para meter um tiro na cara desse imbecil ridículo!

- Você tem menos de cinco minutos, pode começar. – Chaz sorriu levemente para mim, se aproximando.

Chaz usava Nike, uma calça preta rasgada, jaqueta College e uma camiseta preta por baixo, cabelos loiros para o lado e um sorriso torto no rosto, só agora parei para realmente analisar seu rosto e por mais que eu tentasse omitir isso, Chaz era mesmo um cara muito bonito.

***

Realmente não estava afim de conversar com Charles agora, ele era uma das últimas pessoas que eu queria ver nesse mundo, mas discutir com esse idiota agora seria inútil, e só espero que Justin e Pattie não cheguem e o encontrem aqui porque vai dar uma merda gigantesca, ah se vai!

- Como soube que eu estava aqui? – Perguntei seca, ele deu de ombros.

- Liguei para Nolan, ele contou.

- Aquele boca aberta. – Revirei os olhos. – O que quer Chaz? Dá para ser rápido?

- Prometo não tomar muito do seu tempo, Layla. – Senti mágoa em sua voz, mas não me importei. – Eu só queria esclarecer as coisas sabe? Não queria que terminássemos assim com você morrendo de ódio de mim e de gente me detestando já basta o Drew, então...

- Charles, seja rápido. – Reafirmei, ele revirou os olhos.

- Eu...Layla, aconteceu tudo de uma vez, depois de quase um mês da sua chegada eu estava saindo de uma das boates do Drew quando alguns caras do seu pai me pegaram e me largaram em uma espécie de galpão do Lionel, depois de alguns minutos o próprio chegou e quis conversar comigo, eu obviamente cuspi na cara dele e mandei ele me largar, mas foi a mesma coisa que não ter dito porra nenhuma, seu pai me ofereceu uma espécie de acordo para me “soltar”, eu precisava ceder informações suas para ele, eu neguei na hora e mandei ele ir se foder, óbvio, mas seu pai sabe ser persuasivo, não é? Ele me convenceu a acreditar que assim que Ashley voltasse para a vida do Drew, você só sofreria e seria maltratada por ele de todas as formas, e isso era realmente bem provável, ele me contou tudo, sobre o seu ex, a Ash, tudo que ele estava armando para te conseguir de volta, eu não aceitei de cara, precisei de um tempo para esfriar a cabeça e pensar em tudo, mas vendo as brigas e como Justin sempre te faz chorar e sofrer, eu acabei concordando com seu pai mas nunca ajudei ele a tentar te achar nem nada do tipo, cedia apenas informações sobre como você estava, eu só queria que você ficasse bem! Não queria te ver se corroer de mágoa do Bieber quando tudo isso acontecesse, me entende?

- ISSO NÃO ERA DIREITO SEU! PORRA! – Levantei do sofá, indignada.

- EU SEI LAYLA! EU SEI! CARALHO. – Chaz se levantou também, ficando a poucos centímetros de mim, seus olhos castanhos me intimidavam. – É só que...eu...estava apaixonado por você! Não queria te ver sofrer mais do que você já sofre! E obviamente daria graças a Deus se seu pai conseguisse te tirar do Drew, ele só te faz mal! Você não vê isso?! – Ele me empurrou levemente para a parede, revirei os olhos.

- É A MINHA VIDA CHARLES! EU DECIDO QUEM FAZ BEM A ELA OU NÃO! E NÃO VOCÊ, LIONEL OU QUALQUER OUTRA PESSOA! ISSO É RIDICULO! – Apontei meu dedo na cara dele, morta de ódio.

- Eu só queria te ajudar, inferno! – Ele me puxou para ele. – Queria que você pudesse ter a vida que você tinha antes, ter seus amigos, poder sair e não viver uma porra de casamento forçado, isso é completamente cruel contigo e não importa se você gosta do Bieber ou não, não é motivo para você aceitar viver assim numa boa! – Chaz despejou tudo isso de uma vez, não tive reação.

- POR QUE VOCÊ INSISTE EM SE INTROMETER NA MINHA VIDA?! HEIN?!

Eu estava transtornada! Daria tudo para poder matar Charles de todas as formas possíveis, como ele foi capaz dessa tamanha covardia comigo?! Um cara que eu confiei tanto?!

- PORQUE EU TE AMO! PORRA! – Ele gritou, minha respiração chegou a falhar.

- Você...você o que?!

- É isso que você ouviu Layla, eu te amo. – Chaz suspirou baixo, colando seu corpo no meu contra a parede, sentia sua respiração descompassada.

- Chaz...eu... – Como eu poderia responder a uma coisa dessas?!

Essa não era de maneira alguma a resposta que eu esperava.

- Eu sei Layla, você não sente o mesmo. – Ele riu melancólico, dando de ombros. – A questão não é essa, a questão é que eu não queria te ver de coração partido, sofrendo pelos cantos e chorando, por isso concordei em ajudar o Lionel e foi uma puta idiotice, mas ainda assim eu não me arrependo. – Sua testa colou na minha, Chaz tinha um cheiro amadeirado muito bom.

- Charles...não...

Eu sabia o que ele queria fazer, e não queria isso.

- Eu preciso, Layla.

Senti sua boca na minha de uma forma doce, ele era diferente de Justin, não era selvagem e agressivo, seus lábios eram carinhosos, calmos mais ainda sim intensos, senti sua língua pedir passagem e acabei cedendo, subindo minha mão para seus cabelos e o puxando para mim, as mãos de Chaz desceram para a minha cintura e ele me colou ainda mais na parede, arfei levemente entre o beijo.

Senti beijos seus por meu pescoço, seus dedos afastaram meus cabelos daquela região e o senti distribuir ainda mais beijos ali, coloquei minhas mãos em seus ombros, apreciando a sensação.

Até cair na real.

- Chaz, para, por favor. – Pedi séria, o empurrando para longe de mim. – Isso foi um erro, não sei onde estava com a minha cabeça, esse beijo jamais deveria ter acontecido! – Respirei fundo passando as mãos por meus cabelos bagunçados. – Está desculpado se é o que quer saber, agora por favor, vai embora daqui!

Abri a porta da casa de Pattie para Chaz, que fechou seus olhos.

- Layla. – O senti se aproximar, fechei os olhos também. – Não faz isso comigo...

- Eu preciso. – Disse baixo. – Desculpe Chaz, mas vá embora se você se importa pelo menos um pouco comigo, por favor! – Sussurrei e o mesmo apenas concordou, saindo da casa em seguida.

Merda, onde eu estava com a minha cabeça?!

Deus do céu, acho que estou enlouquecendo mais, só pode.

Corri até o balanço onde Marrie estava, me sentei ao lado dela, ofegante.

- Está tudo bem?! – Ela se aproximou de mim. – Por que saiu a correndo da lá desse jeito? Brigaram?!

- Mais o menos isso. – Suspirei. – A gente meio que se beijou, e eu não queria isso.

- Quando um não quer dois não fazem, Layla.

- Marrie! – A repreendi, irritada. – Foi um erro, acabei ficando meio emotiva porque Charles disse que me amava, foi isso! Aí o mandei embora, não vou voltar a confiar nele por conta dessa explicação idiota que ele me deu!

- Ele disse o que?!

- Isso que você ouviu. – Respondi baixo. – Só quero ir embora, onde caralhos será que Justin se meteu com a Pattie?!

- Quando Bieber quer conversar sobre algo sério com a mãe, eles andam de carro, costume dos dois. – Marrie disse simples. – Só relaxe, daqui a pouco os dois chegam!

- E você vai comigo, não vai? – Choraminguei, encostando minha cabeça em seu colo, ela sorriu.

- Por enquanto não Layla, preciso resolver minha vida primeiro, já adiei demais!

- Tem razão... – Disse baixo. – Vou ver o que consigo com Justin para te ajudar, espero que tudo dê certo para você Marrie, você merece ser muito feliz! – Beijei seu rosto.

- Meninas, chegamos!

Ouvi a voz de Pattie logo atrás de nós, ri baixo.

- Vamos Layla. – Justin surgiu de Nárnia atrás de mim, me levantando do banco e me puxando para ele, rapidamente.

O encarei assustada, Justin estava estranho, estranho demais para o meu gosto.

- Vamos. – Disse simples.

Nos despedimos de Pattie e Marrie rapidamente, saímos na parte do jardim e fui me despedir das crianças, Jazmyn e Jaxon correram para mim, me abraçando.

- Que saudade Layla... – Jazmyn beijou minha bochecha, sorri para ela.

- Também senti saudades linda, e você, Jaxon? Sentiu minha falta? – O provoquei, sabia como ele era tímido e adora ver as expressões de vergonha dele.

- Jaxon disse para a mamãe que você era muito bonita e que queria namorar com você! Não é Jaxon? – Jazmyn se intrometeu na conversa, fazendo o pobre garotinho morrer de vergonha.

- Ah talarico, não vem não hein?! Arruma uma pirralha da tua idade!

Justin o empurrou de leve enquanto Jaxon ria, terminamos de nos despedir de ambos e antes de entrarmos no carro, me virei para ele e perguntei.

- E a Catherine? – Notei a falta dela entre as crianças, queria me despedir daquela coisinha fofa!

- A babá veio busca-la assim que eu e minha mãe voltamos, Catherine é filha de uma amiga dela. – Bieber deu de ombros.

Entramos no carro e Bieber correu como se estivesse em uma fuga só para variar, podia vê-lo travar o maxilar de vez em quando, encarando a longa estrada.

- Justin, como foi a conversa? – Perguntei normalmente, tentando não demonstrar meu nervosismo.

- Uma porra, minha mãe surtou, xingou Ashley de tudo quanto é nome e ameaçou de cortar fora o meu pau se eu chegar perto dela agora que estamos casados, ah, e disse que quer um neto também. – Ele piscou para mim, revirei os olhos.

- Amo sua mãe, sério.

- Só porque ela te defende. – Ele riu, me encarando. – Foi tudo de boa com a Marrie?

- Daquele jeito, a coitada está mesmo sofrendo. – Suspirei baixo. – Bieber, você bem que podia ajudar ela a encontrar Ryan, não é? – O encarei, Bieber fechou a cara.

- Nem fodendo, não quero ver aqueles dois arrombados nem pintados de ouro, nem vem com graça pirralha.

- Justin! Tenha uma boa atitude uma vez na sua vida! Não vai matar! Te juro! – Grunhi irritada, bufando com ele.

- Se ela quer achar ele, ela que ache sozinha, caralho. - Ele me devolveu o olhar mortal, já ficando irritado.

- Justin! Por favor! Ajuda ela!

 Quase berrei com ele, que me encarou com seu olhar de tédio de sempre.

- Posso até dar uma força, mas aí você vai ter que me recompensar... – Seu sorriso malicioso surgiu, ri baixo da cara de pau que esse garoto tinha.

- Tudo bem, mas prometa que vai cumprir com a sua palavra! – O ameacei, Bieber concordou lentamente com a cabeça, me encarando. – Ótimo!

Tirei o cinto de segurança, pulando de felicidade e atacando seus lábios, Justin retribuía ao beijo ainda olhando para a estrada, era engraçado.

- Vai matar nós dois se continuar me provocando desse jeito, porra!

Ele reclamou, dei um último beijo em sua bochecha antes de voltar a me arrumar no lugar, ligando o rádio no meu pop de sempre.

- Um aviso, arrume suas malas, vamos para o Canadá amanhã. – Ele soltou normalmente.

- Oi?!

- Você me ouviu pirralha. – Ele disse sério, bufei.

- Para que?! – Perguntei indignada, cruzando os braços.

- Negócios, e também quero ficar longe dessa porra toda por um tempo. – Ele suspirou baixo, percebi como Justin estava confuso com tudo que anda acontecendo. – Quero sair de Angeles por pelo menos alguns dias, é merda demais para a porra da minha cabeça, entende?

- Minha faculdade começa em só duas semanas, Justin. – Disse simples.

- Voltamos antes disso, pirralha. – Bieber piscou para mim.

Pensando bem, uma viagem ao Canadá nesse momento seria ótima para nós dois, precisamos mesmo sair dessa loucura toda que está a nossa vida, só espero que a mula do Justin não me faça passar muita raiva como me fez passar na do Havaí.

- Não me faça passar raiva Bieber! – O alertei, Justin riu.

- Então não me estresse Layla. – Nós dois rimos, e era um momento raro quando conseguíamos achar graça das mesmas coisas.

Nem vi o tempo passar até que tivéssemos chegado em casa, desci do carro toda contente e logo fui puxada com possessão pela cintura, percebi que Bieber fazia aquilo para dar o recado para que seus homens não me encarassem, ele fechava a cara e os encarava de um jeito assustador, é normal dizer que eu até que acho fofo esse ciúme comigo?

- Posso te recompensar agora se quiser...

Eu sussurrei no ouvido de Justin assim que entramos em casa, ele já foi logo me prensando contra a parede e me colocando em seu colo, eu gemi em aprovação, sentindo seu membro roçar contra a minha intimidade, senti seus lábios contra os meus em um beijo selvagem como sempre, arranquei seu boné da cabeça e emaranhei meus dedos em seus curtos cabelos loiros, pedindo por mais dele.

- Então queridos, o quarto está aí para isso, não é?

 Escutamos a voz de Nolan e eu tomei um puto de um susto, descendo rapidamente do colo de Bieber, que ria.

Ele e Lina estavam assistindo um filme na sala, ele estava com o braço ao redor do pescoço dela e eu sentia um clima de romance ali, Justin me encarou com a sobrancelha arqueada, tão surpreso quanto eu.

- O que está acontecendo aqui? – Perguntei intrometida, rindo da situação toda.

Lina estava corada por ter visto a minha cena com Bieber, e deu de ombros com a minha pergunta.

- Nós...vamos tentar, ué. – Nolan disse normalmente, beijando rapidamente Lina, que riu.

- Awn, que fofo gente! – Eu disse toda feliz. – Meu afilhado vai nascer em um lar muito feliz, isso é maravilhoso!

- Afilhado? – Justin perguntou, ri baixo.

- Exatamente, não é NOLAN?! – Berrei o nome dele, Nolan coçou a garganta enquanto ria, concordando. – Nós vamos ser padrinhos do bebê, não é lindo, amor? – Abracei Justin, que revirou os olhos, para variar.

- Até o Nolan já tem um pirralhinho, quando vai dar meu herdeiro do trato? – Ele me encarou sério, tive que rir alto da idiotice do Bieber.

- E estragar meu lindo corpo com um filhinho seu? Ata Justin Bieber, ata!

Saí andando na frente dele e rindo, pude ver a expressão de Justin mudar para raivosa enquanto eu subia as escadas, Nolan e Lina apenas riam da situação.