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História Revenge - Love Yourself


Escrita por: Gimendess13

Notas do Autor


PRIMEIRAMENTE BOM DIA!
SEGUNDAMENTE, BOM CAPITULO! <3

Capítulo 52 - Love Yourself


Fanfic / Fanfiction Revenge - Love Yourself

- Layla Sharck Pov. –

- PARA AMOR! PORRA SE CONTROLA! – Bieber tentou me puxar pelos pulsos, mas mordi-o com toda a força no braço. – TU TÁ LOUCA LAYLA?! – Ele me encarou assustado.

ISSO AINDA NÃO É NADA, FILHO DA PUTA!

- ESTOU É LOUCA DE ÓDIO! – Continuei tentando bater nele. – VOCÊ NÃO ESTAVA EM SÃO FRANCISCO SEU MERDA?! Por que voltou pra cá? Posso saber?! – Ri sarcástica, tentando acerta-lo. – Como tem coragem de trazer sua cara sem vergonha pra cá depois de tudo que fez?! PARA DE INFERNIZAR MINHA VIDA, PORRA!

Eu estava possessa de raiva dessa desgraça de ser humano! Como ele consegue ser tão egocêntrico e tão babaca?! TÃO EGOÍSTA! TÃO... EU NEM SEI COMO DESCREVER!

- Voltei porque tu não me obedece, por isso. – Ele rosnou irritado, me imobilizando.  – Agora senta naquela cadeira e fica quieta, contigo eu me resolvo depois. – Bieber acha mesmo que manda em alguma merda?! ATA!

- Tá achando que você é quem? NEM VOCÊ E NEM NINGUÉM ME DIZ O QUE FAZER! – Ri na cara da praga loira, querendo mata-lo. – O QUE TÁ FAZENDO AQUI?! – Desisti de bater nele e o fuzilei com o olhar.

Desprezo é só o que eu sinto.

Como ele descobriu que eu estava aqui?!

- Chaz me passou o endereço, era o mínimo que aquela porra me devia depois de te ajudar com essa putaria toda. Vim bater um papinho com o teu papai. – Bieber piscou pra mim, desgraçado. – E preciso que tu colabore bastante comigo, entendeu? – Justin foi se aproximando e colou seu rosto em meu pescoço, depositando um beijo no mesmo. – Senti sua falta, Angel.  – Justin suspirou ali pesadamente. – Seu cheiro... Traz tanta paz, eu te amo pirralhinha... – Respirei fundo, não ia cair nessa nem fodendo.

Meu pai encarava a cena, totalmente paralisado.

Já os seguranças armados de Justin apenas apreciavam meu showzinho, nenhum deles se atrevia a falar qualquer coisa que fosse.

- Some daqui! Não é essa a sua especialidade? DEIXA MEU PAI EM PAZ! – Esmurrei seu peito, fazendo Bieber perder a paciência. – NÃO ESTÁ VENDO QUE ELE PRECISA SE TRATAR? – Eu estava indignada com essa palhaçada dele!

- Isso aí é teatro, tá puto porque roubei toda a grana dele. Tá duro, né velhote? – Justin riu para o meu pai, que revirou os olhos. – Ele quer é te extorquir e ter a grana dele de volta, ele só tá te usando, pirralha!

- A única pessoa aqui que me usa é você. – Disse com rancor, Bieber calou-se. – Já não fez sua canalhice? Tirou todo o dinheiro do meu pai do banco? Bolou todo esse plano de troca ridículo só pra isso? Tá satisfeito, seu imbecil? – Acertei um belo soco na cara dele.

- Chega. Tu me estressou agora. - Bieber rosnou pra mim e me puxou a força pelo braço até o banheiro do quarto, me “colocando” sem muita delicadeza lá dentro.

- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO SEU LOUCO IDIOTA?! – Berrei com ele.

- Tô te protegendo, porra do caralho. – E dito isso, Bieber trancou a merda da porta.

- ME TIRA DAQUI SEU MERDA! AGORA! – Comecei a esmurrar a porta com força, gritando e fazendo escândalo, mas não ia adiantar, eu sei como esse filho da puta é cabeça dura!

Merda, merda, merda! O que ele vai fazer com Lionel?!

- Se você acha que esse drama de “eu não tenho sanidade” vai colar comigo, tu não vai se safar das tuas putarias, seu desgraçado... – Bieber falou rouco para o meu pai em tom ameaçador.

Colei meu ouvido na porta, escutando tudo.

- Não ligo para o que você acha. Layla me perdoou e isso já basta. – Escutei meu pai rir.

- Ela é ingênua e tu se aproveita disso. Sabe como ela gosta de ti, seu monstro. Fica usando ela... Isso me faz tremer de ódio, velhote. – Bieber continuou com seu tom assustador. – Vim acabar com essa merda de uma vez, tu não vai mais ficar no meu caminho.

- Você já roubou meu dinheiro, marginalzinho. Fez todo esse teu plano de forjar morte, senhor 007. – Meu pai riu, fazendo Justin socar a parede de ódio. – Já não tem o que queria?

- Queria te deixar sem nada, e consegui.  – Ele riu. – Agora vou te apagar de uma vez, como tu merece...

- Sabe que hoje mesmo em conversei com Samuel sobre isso?  Acha que eu já não liguei os pontos? Você quis que eu focasse na Layla para aí sim executar seu planinho sem suspeitas, por isso deixou ela com todo o seu dinheiro. Você achou que eu iria procura-la, tentar roubar seu império, não é? Nunca se importou de verdade com a minha filha, a pessoa que mais usou ela nessa história toda foi você, pivete. – Sharck dizia tudo pausadamente.

Meu pai tinha razão, tudo que Justin faz é me usar, desde aquele sequestro idiota.

Ele não deixou todo esse dinheiro e poder em minhas mãos por se importar, deixou porque queria atrair meu pai, só me usou pra isso, como sempre.

- Sabia que tu ia me aprontar uma... Já até se fingiu de doido pra conquistar ela, conseguir o perdão da Layla. Qual é o próximo passo, hein seu otário? Vai pedir pensão para bancar os teus remedinhos também? – Justin riu.

- Não quero seu dinheiro, não quero nada. Fique com o dinheiro que roubou de mim se isso te faz bem, eu não me importo. – Sharck continuava calmo. – Nem tudo é dinheiro na vida, Justin.

- Ah pronto... Vai pregar a palavra de Deus pra mim também, santo?! – Bieber estava morto de raiva pelo jeito como falava. – Já disse pra parar de teatrinho, tu só tá conseguindo me deixar ainda mais irado...

- Já falei e vou repetir garotinho, não me importo. – Lionel reforçou. – Só acho que você devia se preocupar mais com seus filhos em vez de mim, simples. Layla precisava de você como “marido”, e você estava aonde hein moleque? Brincando de 007 assaltante. – Sharck riu alto.

Contei ao meu pai mais cedo sobre meus filhos serem gêmeos, lógico que Lionel não é o avô do ano... Mas disse que apesar de tudo, torcia pelo melhor para todos nós.

Isso já basta pra mim, é um começo... Não é?

- Chega, vou estourar teus miolos filho da puta... – Escutei o barulho da arma de Bieber sendo destravada.

- Bieber, não faz isso... – Disse atrás da porta. – Se fizer quem eu nunca vou perdoar vai ser você! Já tô deixando bem claro seu idiota do caralho! – Rosnei. – Já disse pra parar de achar que matando as pessoas todos os problemas desaparecem! Isso é ridículo!

- Tu não vê o que ele fez?! ELE MANDOU MATAR NOSSO FILHO, CARALHO! O TEU PRÓPRIO PAI FEZ ISSO LAYLA! – Justin gritou comigo me assustando. – ESSA PORRA TEM QUE MORRER!

- Eu sei o que ele fez Justin, e perdoei-o. – Falei baixo, Bieber riu como se eu tivesse contado uma piada. – Não tire uma vida pra vingar outras, acredite, não compensa! – Suspirei.

- Pois eu nunca vou perdoar isso... – Justin rosnou. – Vou acabar com ele e é agora! Velhote arrombado do caralho!

- Se esquecer do meu pai de uma vez por todas... Eu perdoo sua palhaçada!  – Tentei argumentar. Precisava convencer esse estúpido a parar com essa maluquice! – Estou confiando que Lionel se arrependeu do que fez e quer tentar de novo, é um recomeço Bieber! Não quer começar tudo de novo? Esquecer todas as merdas? Acredite... Você já fez tanta merda quanto ele! Os dois são imbecis! Mas eu estou disposta a perdoar! Eu, a pessoa que mais sofreu com a instabilidade de vocês! Por que você também não pode?!

Por que Bieber precisa ser tão maluco meu Deus?!

Por que ele SIMPLESMENTE não colabora com nada? SÓ SABE FODER COM TUDO!

- Isso não vai rolar pirralha. – Bieber riu nasalar. – Foi mal, tapa teu ouvido aí pra não ouvir o tiro... – Escutei seus passos se afastando da porta e me desesperei de vez. – Não vou deixar que meu herdeiro corra ainda mais perigo do que ele já vai correr por aí, principalmente se a merda do teu pai estiver viva...

Deus... Por que isso não acaba?!

- Pode atirar nele, Justin. – Falei em alto e bom tom. Ouvi seus passos parando. – Me dá um ótimo motivo pra fugir de você o resto da minha vida. O que acha? – Perguntei, me encostando contra a porta. – Se Lionel teve coragem de fazer o que fez, ele é um monstro. Mas se você mata-lo, vai se tornar um também. Quer se tornar como ele?

- Filha da puta... – O escutei se controlando pra não surtar. – Merda do caralho...

- Se abaixar a arma e deixar ele em paz eu até vou embora contigo, como você quiser que seja. Vou pisar no meu orgulho pra poder evitar mais tragédias. Só para com isso, agora. – Continuei argumentando.

Em pouco tempo, escutei a porta do banheiro se abrindo, revirei meus olhos.

Encarei a fúria de olhos caramelados e vi seu maxilar travado, assim como o rosto vermelho. Encarei suas roupas, típico badboy com roupas mais largas que se corpo, não mudou nada.

- Isso não acabou seu velho arrombado. – Bieber apontou o dedo para meu pai, que deu de ombros. Ele rodeou minha cintura e me puxou furiosamente contra seu corpo.

Um choque percorreu todo o meu corpo.

- Boa noite filha. Obrigado pela defesa. – Meu pai sorriu pra mim como se nada tivesse acontecido. – Eu amo você, pequena. – Sorri para o meu pai.

Espero que o idiota do Lionel veja o SACRIFÍCIO que eu estou fazendo por ele!

Puta que pariu, eu já estou arrependida pra caralho...

- A única coisa que tu vai ver amanhã são os meus seguranças cercando essa merda toda pra não deixar a Layla chegar perto de ti nunca mais. – Bieber mostrou seu dedo do meu para Lionel, que riu baixo. – Tu ainda me paga, frutinha velha...

Bieber meteu um tiro ao lado da cama do meu pai, formando um buraco na parede. Tremi de medo e senti meu coração disparar!

- Desculpe Justin. Perdão pelo que fiz, eu assumo que foi um erro irreparável. Mas não posso mudar o passado.  – Meu pai foi sincero, mas obviamente Bieber cagou pra ele. – Só posso esperar que algum dia você me perdoe, de verdade. – Lionel o encarou com seriedade.

- Ah vai se foder! – Suspirei com a teimosia dessa praga loira. – Vai pedir perdão pro meu pau, velhote. O que é teu tá é bem guardado, e tu ainda vai acertar tuas contas comigo. – Justin foi logo me empurrando para fora do quarto, saindo em seguida.

- Que lindo... – Revirei meus olhos. – Sério Justin... Por quanto tempo você vai insistir nisso?!

Bieber se virou pra mim, o corredor ainda estava completamente escuro.

- Monitorize todo o movimento, o velhote pode tentar alguma coisa. – Ele alertou um dos seguranças, que concordou prontamente. – Podem religar as luzes, tô vazando.

- Sim senhor. – O homem e os outros brutamontes saíram do quarto de Lionel e se espalharam por praticamente toda a clínica.

Circo. É exatamente essa palavra que define toda a ceninha de Justin.

Bieber em nenhum momento tirou seus olhos de mim, nem eu dele.

Por que esse puto tinha que ser lindo desse jeito?!

- Já que tu fez um acordo de ir embora comigo, vamos pra um lugar diferente. – Justin se aproximou de mim assim que seus homens nos deixaram a sós. – Não quero ir pra casa hoje, quero um tempo á sós contigo.

- A gente se divorciou seu imbecil. – Pisquei pra ele. – A única coisa que quero fazer com você é socar a sua cara.

Sorri falsa e me virei pra sair, mas Justin me puxou com força, me jogando contra a parede.

Seu rosto de aproximou rapidamente do meu. Senti seu perfume forte impregnando minhas narinas. Sua boca em formato de coração foi de encontro a minha.

Eu tinha tanto... Tanto ódio dele! ESSE ÓTARIO DE MERDA!

Mas olhando pra Justin tão próximo, meu coração saltava do peito.

Esse efeito que ele tem sob o meu corpo nunca vai terminar?!

Todas às vezes, eu sinto como se fosse à primeira.

- Perdão, meu amor. Tenta entender. – Ele disse baixo. – Eu sei que fui um escroto do caralho contigo muitas vezes, mas eu... – O cortei.

- Não tente se desculpar pelo que não tem perdão. Saiba disso. – Fui clara. – Acabou, Justin.

- Não. Não acabou, pirralhinha.  Só acaba quando você parar de me amar, e nós dois sabemos que tu me ama. – Justin riu contra meu ouvido, esse cafajeste do caralho.

- Você matou o que eu sentia por você, me largou sozinha em um hospital correndo risco de vida. Acredite, pra mim acabou. Nunca vou poder confiar em você. – Desvencilhei nossos olhares. – Me solta!

Bieber passeou com seu polegar por meu rosto, fiquei em silêncio, observando. Seu nariz roçou em minha bochecha, pra logo em seguida o escutar rindo.

- Você é linda demais, sabia? Isso fode com o meu psicológico... – Justin sussurrou. – Sei que o que eu fiz foi uma merda e das grandes. Mas eu precisava. Preciso proteger você. Teu pai vai tentar foder com a gente na primeira oportunidade, aquele desgraçado é capaz de tudo pra ter o que quer. – Nossos olhares se colidiram, o olhei da cabeça aos pés. – Eu quero você pra sempre, pirralha. Eu te amo com a porra da minha vida. Acha mesmo que eu ia te “largar” por qualquer merda? – Ele me abraçou forte, acariciando meus cabelos.

Eu ainda amo estar nos braços dele, infelizmente.

- Você cometeu tantos erros quanto ele, Justin. Já me feriu muito também. – Disse em meio ao abraço. – O que Lionel fez é irreparável e nossa relação nunca vai ser a mesma. Eu sei que você quer proteger seus herdeiros, e agradeço por isso. Mas eu escolhi estender a mão pra ele, provei que não se vence o ódio com ainda mais ódio. Não quero que nossos filhos cresçam nesse maldito ambiente de guerra! Você não quer? – O olhei nos olhos, Bieber não tinha expressão.

Porém, não me soltou.

 Esse era o mais carinhoso sinal de afeto que ele havia me dado. Nesse momento, só queria que nossos corpos se fundissem. Pra sempre.

Eu odeio tomar a decisão mais difícil da minha vida, mas não vou voltar pra Justin.

- Eu amo você, Layla. Pra caralho. – Ele disse com a voz rouca. – Mas parece que toda vez que eu tento te proteger, tu não se importa. É sempre essa merda, tu me impede de fazer o que é necessário pra gente conseguir viver em paz! – Senti rancor no seu tom, o apertei mais contra mim.

- Ele é meu pai, Bieber! – Fui sincera. – Você teria coragem de matar o seu?!

- Se meu pai ameaçasse meus filhos, apagava ele sem nem sequer pensar. – Justin sorriu falso.

A nossa diferença de pensamento é mesmo assustadora.

E o abraço ainda continuava intacto. Estávamos brigando e ainda por cima abraçados, essa é nova!

- Comigo não é assim. – Argumentei. – Ele precisa de ajuda Justin, de tratamento. Não precisa de um tiro no meio da cara. Não é assim que o mundo funciona, entenda.

- Pra mim é assim e foda-se. – Justin revirou os olhos. – Para de se colocar em perigo, porra! Tenta facilitar pra mim, pode ser? Eu me fodo tentando manter tudo de melhor pra ti, tentando proteger a pessoa mais importante da porra da minha vida. Mas aí tu me joga tudo para ao alto no primeiro minuto que fica longe de mim, acha isso justo, inferno?! – Seus olhos demonstravam raiva, mas tinha algo mais ali.

Mágoa.

- Acha justo fazer tanta merda comigo?! – Retruquei. – Me fazer chorar de ódio e preocupação? Deixar-me na mão quando eu mais preciso de você? – Deixem que as lágrimas escorressem.

Pela primeira vez nesse ex-casamento, estávamos discutindo como adultos.

- Bem vinda ao meu mundo. – Bieber riu. – Eu sou todo errado e nunca escondi isso de ti. Eu erro e vou errar pra caralho ainda. Eu faço muita merda, pirralha. Mas nunca vou me arrepender de algo que eu fiz e que estava relacionado a ti. Porque acredite, tudo que eu faço é por você. Errando ou não. E se eu acho que aquilo vai te proteger de mim mesmo ou de qualquer outra coisa, eu vou fazer. Mesmo vendo tu magoada e machucada. Eu não vou chegar nem perto da velhice, piranha... Tu já deu uma olhada na minha vida? Já viu algum gangster por aí morrer de velho?! Se eu chegar aos 30, já é lucro! E nesse tempo vou fazer o que der pra te deixar segura junto com o meu pivete. – Não o enxergava direito por conta das lágrimas, só o apertei forte contra mim, chorando. – Mas contigo se colocando em risco toda hora, vai ficar foda pra mim. Tu não acha não?!

Eu sabia que Justin corria riscos muito graves, mas ouvir da boca dele que o mesmo vai ter uma vida tão curta me quebra de forma imensurável.

Eu não quero perder ele.

Não aguentei mais essa tortura e colei nossos lábios.

Ah, Deus! Que saudade de beijar esse idiota! Arh!

Sinto que estou em êxtase quando essa praga me toca. É como se a adolescente mais romântica do colegial estivesse tendo seu primeiro beijo com a porra do badboy cafajeste dela... Borboletas entram em combustão em meu estômago.

Ouvi sua risada sacana e suas mãos prenderam as minhas acima da cabeça, Bieber colou seu corpo grande ao meu com violência e já sentia sua língua acariciando deliciosamente a minha.

Ele beija tão... Maravilhosamente bem...

Abri meus olhos, vendo seu cenho franzido. Ele estava focado no beijo. O observei e assim que Justin abriu seus olhos, sorriu pra mim.

- Senti saudade. – Ele piscou.

***

- Precisamos conversar.

Bieber jogou suas coisas em cima da mesinha de centro da sala de estar, o encarei de rabo de olho. Estávamos Mondrian Los Angeles, suíte máster.

Encarei todo aquele lugar luxuoso, as velas aromáticas, tudo tão lindo, delicado.

Era uma pena que não fosse rolar mais nada entre nós dois.

Eu esperava que não.

- Não, não precisamos. – Me virei pra ele, Justin tirou sua blusa. – Já esclarecemos tudo.

“Não Layla, vocês tiveram uma desastrosa conversa que acabou em pegação num corredor escuro, foi apenas isso”!

Justin tinha mais tatuagens em seu abdômen. Ele estava quase que totalmente coberto por elas.

Lindo... Mas não vou falar isso pra esse puto metido, não mesmo!

- Quando as fez? – Cruzei meus braços.

- Há poucas semanas. Quando estava em Auckland. – Ele deu de ombros.

Ele foi para o outro lado do mundo só pra foder com o meu pai, eu não acredito nisso.

- Foi pra Nova Zelândia, Bieber?! Sério? E a propósito, estava tão feliz com as suas férias que fez até tatuagem?! – Despejei meu veneno e o trouxa obviamente me ignorou.

Não mudou merda nenhuma, essa peste!

Assim que Justin se virou para tirar seus supras, encarei suas costas e notei alguns algarismos romanos dos quais eu não me lembrava. Percebi que eram datas.

Era o meu aniversário.

Logo abaixo, era... A data do dia em que eu descobri minha gravidez.

- Pela sua cara você já deduziu o que elas significam. – Bieber disse, sem olhar pra mim. – Pra você ver pirralhinha. Até “de férias” eu só consigo pensar em ti, porra. – Ele riu irônico e se virou, me encarando.

Droga.

Corri até ele e Justin abriu seus braços, nos encaixando. Procurei por seus lábios e cambaleamos até a parede do quarto, desci minhas mãos até seus cabelos dourados e os puxei. Suspirei baixo ao sentir seu corpo contra o meu outra vez, eu... Amo essa sensação.

A sensação do corpo dele junto ao meu. Só o dele me faz sentir isso.

- Layla, eu preciso muito de ti. Tô há um mês sem foder, pelo amor de Deus! – Ri do jeito que o imbecil falou todo sôfrego.  – Tu me ajuda com isso? – Ele sussurrou em meu ouvido, rindo.

- A-Ajudo... – Disse baixinho, vendo Bieber sorrir. – Seu idiota de merda...

Ele caminhou com facilidade até a grande cama no centro do quarto e me colocou nela com delicadeza. Suas mãos desceram vagarosamente até chegar à minha barriga.

- Como está o meu Aiden? Meu herdeiro. – Ele sussurrou no meu ouvido. – Eu sinto que é menino, caralho... Quero muito que seja, Layla. – Bieber mordeu seu lábio inferior, acariciando minha barriga levemente saliente.

- Pois você acertou seu otário... – Sussurrei no mesmo tom. – E duas vezes!

A expressão de Justin Bieber foi impagável.

- D-Duas?! – Justin arregalou seus olhos. – Quê?! – Ele parou seu serviço, me encarando confuso.

Tão lerdo quanto o Chaz quando ele quer! Incrível!

- Gêmeos seu idiota, dois garotos... – Ri alto. Justin ficou um bom tempo quieto. Totalmente paralisado. – Justin? Está tudo bem?

- Bem? – Ele me encarou, sorrindo de orelha a orelha. – TÁ É MARAVILHOSO, PORRA!

Bieber sorria sem parar ao mesmo tempo em que distribuía beijos fortes por todo o meu rosto, clavícula, pescoço... Eu ria baixo, deixando que ele me beijasse onde bem quisesse.

Senti falta disso, muita, muita falta. Meu corpo é totalmente dependente do dele.

- Eu sou pai de herdeiros gêmeos... Eu tenho um pau foda, tu não pode negar! – Ele riu, me fazendo rir mais. – Quando que tu soube, Layla?! – Bieber parecia estar prestes a explodir fogos!

- Ainda ontem. – Dei de ombros. – Agora vê se anda com isso antes que eu desista... – Pedi manhosa, me referindo as roupas.

Eu queria senti-lo, só isso.

Merda. Quando eu me tornei tão insana e bipolar desse jeito?!

O que ele fez comigo?

Bieber mordeu meu lábio inferior, arrancou minha regata e depois seu moletom preto. Desceu meu short e em seguida sua calça rasgada, a visão de Justin apenas de boxer e meias me fez rir.

Ah, esse tanquinho... Lavava minhas roupas boas horas ali.

Pulei em seu colo de novo e Justin caminhou comigo a passos largos até a grande banheira, no banheiro principal. Nem reparei em nada por conta dessa merda de ansiedade em tê-lo. Vi algumas velas acesas, a visão pela grande janela de vidro era linda...

Tínhamos a visão das luzes e da grande placa de Hollywood dali... Lindíssimo.

- É fantástico, Justin! – Me referi à vista, Bieber revirou seus olhos.

- Prefiro apreciar você...

Ele piscou e em segundos, havia me jogado com tudo na banheira.

- PORRA BIEBER! – Tirei a espuma dos olhos, rindo. O idiota ria feito um adolescente!

Eu queria tanto resistir a ele, mas não dá. O amor que eu sinto por esse imbecil é a maior arma dele contra mim, sem dúvidas.

É forte demais.

Bieber entrou na grande banheira comigo, vindo pra cima de mim. Ele tirou a espuma do meu rosto e o acariciou com o polegar outra vez. Mordi meu lábio inferior com o carinho.

 Seu toque sobre mim era... Irresistível.

Suas mãos grandes se espalmaram nas minhas costas e ele tirou meu sutiã, agora todo encharcado, o jogando ao nosso lado no chão. Ele tirou suas meias, rindo sacana.

O ajudei a se livrar da boxer branca e seus dedos marotos desceram meu fio dental até o tornozelo, brincando com ele por baixo da água.

Livrei-me dele também e nos inverti na banheira, subi em cima de Justin e rocei meu rosto contra o seu.

Sentei-me em pose de indiozinho, apreciando seu rosto que agora estava úmido e avermelhado.

Eu sabia de cor cada parte do rosto de Justin. Saberia reconhecer ele apenas por tocá-lo.

- Você é linda demais, e isso é um inferno... – Ele sussurrou com sua voz baixa, rouca.  – Esses teus olhos azuis acabam comigo. – Mordi seu lábio, corando. – Eu perco o controle, porra.

- Shh... Não fala! – Sorri contra sua boca, o beijando sem pressa. – Em vez de falar... Fode comigo?

Não precisei pedir duas vezes.

Bieber desceu suas mãos até meus seios, descobertos pela água. Assim que sua mão se fechou em torno de um, desci a minha até seu membro, o sentindo bem... Alegre.

- Bate uma pra mim gatinha? – Ele pediu baixo, contra o meu ouvido.

Comecei meus movimentos de vai e vem de um jeito bem tortuoso. Justin piscava mais do que o normal, mas não desviava seu olhar do meu. Rebolava levemente em suas cochas. Sentia sua mão esquerda rodear minha cintura, me trazendo pra pertíssimo da minha mão.

- P-Puta merda... – Bieber fechou seus olhos quando aumentei a velocidade. – Tu não sabe quantas vezes nas últimas semanas eu precisei me aliviar sozinho pensando em ti... Ah pirralha... – Ele rosnou baixo, ainda mais rouco.

Procurei por sua boca e ele cedeu rapidamente à passagem da minha língua. Não cessei os movimentos tortuosos, nós estávamos nos divertindo com isso... Passei meu polegar por sua cabecinha e enlouqueci com o gemido que o loiro soltou.

- Não me sacaneia, caralho! – Bieber mordeu seu próprio lábio, senti sua mão envolver a minha por debaixo d’água. Ele jogou sua cabeça pra trás, gemendo.

Justin estava duro feito pedra. Queria que o nosso beijo fosse calmo, sereno, queria provar cada parte dele, como se fosse à última vez.

Mas Justin é intenso demais, beijar esse homem é uma verdadeira decida de montanha russa!

E isso é mil vezes melhor.

Sua outra mão acariciava meu seio de um jeito tão... Prazeroso... Era delicado, era gostoso de sentir, e eu amava.

Tudo com ele sempre é maravilhoso.

Justin tirou minha mão de lá assim que suas veias engrossaram perigosamente, denunciando seu quase orgasmo.

- Não é na tua mão que eu tô a fim de gozar agora, pirralhinha... – Seu sorriso sacana surgiu.

Eu queria acabar com esse sofrimento de uma vez por todas!

Virei-me de costas pra ele e apoiei minha cabeça em seu tronco largo, sentindo beijos e chupadas fortes por meu pescoço. A mão marota de Justin guiou seu membro pela extensão da minha intimidade, brincando com a entrada...

- P-Para de brincar... – Reclamei manhosa. – Vai logo com isso, Bieber! – Eu estava louca pra senti-lo, insana.

Bieber desperta um lado de mim que era desconhecido até eu conhece-lo. Um lado ninfomaníaco.

- Tão manhosa né? – Senti mordidas nada delicadas em minha orelha. – Eu senti tanta vontade de foder contigo gatinha, mas tanta... – Justin sussurrava as maiores besteiras em meu ouvido, me enlouquecendo ainda mais!

Coisas que provavelmente seriam censuradas até pra maiores de 18 anos!

Eu adorava.

- Mata a vontade, Bieber. – Gemi entorpecida. Seu membro me penetrou sem aviso, sem delicadeza. – A-Awn...

Agora éramos um e eu me sentia completa como nunca antes.

- Rebola pra mim amor? Rebola? – Ele mordeu meu lóbulo, várias vezes seguidas. Forcei meus olhos já fechados, o obedecendo. – I-Isso... Sobe e desce... Devagar... – Justin gemia com uma excitação extrema nessa voz.

As mãos dele subiram para os meus seios outra vez, me deixando totalmente entregue.

Haja forças pra segurar esse orgasmo meu Deus!

- O-Oh, assim! – Gemi, aumentando nossa velocidade. – J-Justin... Eu... Eu senti muita saudade... Muita... – Sussurrei, sem pensar. – Awn...

- Eu sei pirralha... Também estava ficando... Pirado sem ti... – Ele sussurrou em meu ouvido, entrecortado. – Diz pra mim que tu é só minha? Eu preciso ouvir isso de novo... – Joguei minha cabeça para o lado, encontrando seus lábios.

Não queria responder, então preferi beijá-lo.

A água quente. As carícias de baixo d’água. Eu gemia baixinho contra a boca dele e Bieber apertava minha cintura com força. Era quente, era sexy demais. Fazer amor desse jeito... É inexplicável.

Com ele tudo é mil vezes mais sentido pra mim, Bieber me tem nas mãos. Mesmo na água, o suor descia por minhas costas, se misturando ao dele.

“Fazer amor”. Estou fazendo amor com o meu ex-marido. Deus...

Tecnicamente isso é um... Sexo casual, então não vou me sentir culpada depois, certo?

Não temos mais nada, afinal.

“Ah... Layla Sharck, você está se tornando tão pilantra e cafajeste quanto ele”!

Apoiei minhas mãos nas bordas úmidas e escorregadias da banheira e empinei pra Justin.

Senti seus tapas violentos contra a minha bunda e gemi baixinho com isso. Ali haveria boas marcas dele pela manhã, com certeza.

Sobe e desce... Era ritmado, eu estava nas estrelas com isso.

- Tão apertadinha... – Bieber puxou meu cabeço, começando a estocar com mais rapidez. – É tão quente Layla... Porra, se tu soubesse como é deliciosa... – Fechei meus olhos, apreciando essa sensação maravilhosa.

- Eu amo você... – Gemi. – Muito... M-Muito... – Mordi meu lábio, as palavras escapavam.

- Olha... Olha pra mim... – Justin me puxou de volta pra ele, fazendo com que eu batesse minhas costas em seu tórax, as estocadas estavam agora tortuosas. – Diz outra vez...

- Eu... Amo... Você. – Abri minha boca quando o orgasmo finalmente chegou, mas não saiu som algum. Tremi nos braços dele como nunca antes.

Foi o orgasmo mais... Apaixonado que eu já tive com alguém.

E para variar, tinha que ser com ele.

Justin chegou a seu ápice logo depois. Ele beijou minha testa enquanto ainda nos recuperávamos.

Fizemos mais uma, mais duas, três vezes... Eu mal consegui contar.

Eu me sentia um galão de gasolina ao lado desse homem.

E como o mundo sabe, Bieber é o isqueiro mais potente que existe.

Incendiamos aquele quarto, do chão ao teto. Milhares de vezes.

 

***

 

Bieber dormia tranquilamente ao meu lado naquela cama enorme e macia, e eu agora observava seu sono.

Olhei em meu celular em cima da cabeceira da cama, já são 04h15min da manhã!

Ele é louco, insano! O que esse imbecil tem na cabeça?!

Encarei seu rosto ainda avermelhado por conta da água quente. Justin dormia feito um anjo.

Acordado? É pior que o demônio.

Passei os dedos por suas novas tatuagens, sua pele quente estava tão convidativa...

A culpa interna me consumiu. Droga Layla! Por que tinha que dizer que amava ele? Por quê?

Seria tudo tão mais fácil se tudo com ele não fosse tão intenso...

- Eu te amo, pirralha chata... – Bieber sussurrou ainda meio dormindo. Eu ri.

“Até dormindo a gente se ofende, mas se declara. Incrível.”

- Eu também, otário. – Passei meu indicador por seus lábios, deixando um selinho ali. – Muito. Mas... – Me certifiquei de que ele estava dormindo para continuar a falar. – Você é egoísta e inconsequente demais. Eu não posso mais lidar com tanta instabilidade.

E é justamente por isso que eu vou consertar agora a merda que eu fiz.

Saí da cama e me vesti rapidamente, peguei um bloquinho de anotações que estava na sala junto com uma caneta, escrevi um recado e o deixei ao lado de Bieber na cama.

Já chega de te perdoar, Justin.

Eu disse que seria a última vez, não disse?

Fechei a porta da suíte e chamei um táxi que chegou a recepção do Hotel em poucos segundos.

Preciso me afastar logo dele, Bieber é perigoso demais pra mim. E não é no sentido ruim da coisa.

Adeus, Bieber.

***

- Justin Bieber. Pov. –

Não, eu não estava dormindo.

Senti o movimento pelo quarto, mas continuei fingindo.

Não ia conseguir encarar Layla depois do que ela me disse.

Esperei que ela saísse do quarto para que abrisse meus olhos, encarando o maldito bilhete que ela deixou ao meu lado da cama.

Para Justin:

- “Não vai acontecer de novo, foi um momento de fraqueza, apenas.

Agora que voltou, provavelmente vai querer sua casa de volta, certo? Amanhã mesmo irei embora de lá, não quero maiores contatos com você por enquanto.

Mas vou avisa-lo sobre tudo que envolver seus filhos, não se preocupe com isso.

Apesar de ter sido um marido de merda, ainda acho que vai ser um bom pai.

- Carinhosamente (mentira, óbvio);

Layla”.

Merda do caralho.

Sentei na cama e respirei fundo, guardando o ódio.

Eu realmente fodi com tudo.

É tarde demais pra gente, pelo jeito.

Se Layla não cedeu essa maldita muralha contra mim depois da nossa noite, ela está deixando claro que não quer mais nada mesmo.

Deixei Layla morta de raiva de mim ao ponto de não me perdoar, tá aí uma coisa que eu achei que nunca aconteceria.

Isso dói pra caralho. Inferno.

Eu brinquei demais com o que ela sentia, e eu assumo essa merda.

Peguei minhas roupas e me vesti voando, peguei minhas outras coisas, dei uma olhada naquela banheira antes de sair, me lembrando na noite do caralho que tivemos.

Eu pensava que o “eu te amo” que Layla tanto me cobrava ia prender ela comigo pra sempre, mas tomei no meu cú acreditando nisso.

- Fala cuzão... – Ryan disse sonolento. – O que tu quer?

- Layla está aí? – Perguntei direto.

- Como eu vou saber?! Estava dormindo na boa aqui seu otário... – Mas esse pau no cú não me respeita mesmo.

- Levanta e vai ver seu filho da puta! – Perdi a paciência. – Anda porra.

- Que caralho mesmo... – Ele resmungou, escutei seus passos pela casa durante algum tempo, ele possivelmente estava procurando por todos os cômodos. – Nada da pirralha, Drew... Ela não estava contigo?

- Estava. – Revirei os olhos. – Foda-se. Ela faz o que ela quer também, tô pouco me fodendo.

Tô é mais do que fodido, isso sim!

- Brigaram é?! Ela te bateu por acaso? – O maldito riu. – Isso era óbvio, cara. Olha a merda que tu fez! O que ela te disse?

Esse é o problema, não tô a fim de repetir as palavras da pirralha. Já tô na merda o suficiente.

- Te vejo no casarão, temos coisas pra resolver. Estou de volta. – Falei simples.

- O que vai fazer quando a imprensa descobrir que tu não morreu?!

- Vou me aproveitar disso pra fazer uma surpresinha. – Sorri divertido.

Desliguei o telefone e saí do quarto. Acertei rapidamente as coisas na recepção e ao sair do Hotel apertei o alarme da minha mais nova Mercedes-Benz, cinza, maravilhosa...

Lembro-me da Layla fuçando no porta-luvas no caminho pra cá, não pude prender o riso.

Sempre curiosa...

- O que eu faço pra te ter de volta, Layla? – Encarei o maldito papel de parede do meu celular, lembro que Sharck me obrigou a tirar foto com ela em Toronto e colocou de plano de fundo, e eu nunca tirei. – PORRA! – Atirei meu celular no asfalto.

Saber que ela não... Não vai voltar dói de um jeito que eu juro que nunca imaginaria sentir.

Eu disse a ela a verdade, tudo que eu sentia. O QUE MAIS ELA QUER DE MIM?!

O que eu sinto por essa mulher faz meu relacionamento com a Ashley parecer namoro de criança, é intenso demais, e essa porra tá me matando por dentro.

Como é possível morrer de amor por alguém e ainda continuar vivendo?

 

***

 

- E aí eu fui embora. – Terminei todo o meu relato da noite anterior, Zayn riu.

Não sabia pra onde ir depois de tudo e não sei por que caralhos o Malik me pareceu à opção mais óbvia. Isso é tão estranho... Nem em um milhão de anos imaginaria isso.

- Que droga. Eu sinto muito. – Malik virou sua cerveja. – Sinto muito que não tenha dado certo.

Estava frio e ele me emprestou um de seus moletons gigantes, estávamos na mesa da varanda do sobrado de Zayn, vendo o sol nascer.

Eu e ele adorávamos fazer isso. Quando papai ficava semanas fora á trabalho, eu dormia na casa dele todas as noites. Amava o nascer do sol visto dessa varanda.

- Você me avisou que não daria. – Ri baixo. – Deveria ter te ouvido quando tive a chance!

- Eu queria provocar você...  – Zayn retrucou. – Justamente porque eu achava que dava certo até demais essa loucura de vocês! – Ele riu.

Olhei no relógio, quase 7 da manhã. Nem vi o tempo passar.

- E acha que vai conseguir esquecê-lo algum dia? – Ele arqueou a sobrancelha.

- Não. – Suspirei baixo. – Nossos filhos não vão deixar isso acontecer. Mas... Quem sabe meu coração não abre um espacinho pra outra pessoa?

- Nem em um milhão de anos eu imaginaria nós dois tendo essa conversa. – Zayn disse divertido. – Era pra estarmos morando em Santa Monica, com dois cachorros. Indo ver o nascer do sol juntinho... Lembra-se do planejamento? – Concordei com a cabeça.

Teríamos tido uma vida maravilhosa.

- Pois é. A vida é cheia de surpresas. Boas e ruins. – Acrescentei.

- Vai embora? – Malik perguntou, concordei. – Pra onde?

- Toronto. Tenho um apartamento lá. – Eu e ele começamos a rir disso. – O mesmo que você invadiu pra estragar minha festa. Lembra-se? – Zayn caiu na risada.

- Ah, se lembro...

- Preciso ir. – Levantei-me de cadeira. – Vou pegar minhas coisas que estão na casa de Justin, mandei mensagens pra Cait e ela disse que ele não voltou pra lá.

- Você está mesmo decidida, te desejo a maior sorte do mundo. – Malik se levantou também, me abraçando. – Assim que se mudar, dou um jeito de ir te ver, o que acha? – Concordei outra vez.

- Eu te amei muito, Zayn Malik. – Eu ri, sentindo seu beijo na minha testa.

- Eu também. – Acrescentou ele. – Mas... Graças a Deus que não deu certo, teríamos sido perfeitos demais, credo. – Caímos na risada outra vez.

- Realmente. Teria sido perfeitamente chato. – Eu ri.

 

***

 

- Terminou? – Perguntei a Caitlin, que fechava a última mala.

Olhei em meu celular, 4 da tarde e... Nada de Justin. Nem ligações, mensagens, ele não apareceu, nada de nada.

Foda-se, não é mais da minha conta de qualquer forma.

- Te odeio sua pirralha dos infernos. – Ela me abraçou. - Não quero que se mude... - Cait choramingou.

- Estou muito feliz que Ryan finalmente se acertou com vocês. – Marrie estava no quarto, junto com a minha mãe, todas riram. – Graças a Deus.

- Nunca vi um tiro tão abençoado, senhor! Acho que pegou foi na cabeça, porque olha... – Cait não perdia a oportunidade de ser idiota. – Ele foi a minha casa ontem falando que queria me consolar, pediu mil perdões! Disse até que achava que me amava, acreditam? – Ela bateu palminhas. – Lógico que eu fiz o meu show e mandei-o embora, até me joguei no chão, fiz aquele draminha básico! Gente... Acho que ele perdeu a paciência comigo uma hora, porque me jogou no sofá da sala e... – Marrie a encarou assustada enquanto eu morria de rir.

Doida! Não tem filtro mesmo!

- Enfim, acho que nos acertamos. – Caitlin estava sem graça, me fazendo rir mais. – Qual é porra?! Até pouco tempo atrás eu falava de pau perto da Marrie e agora não vou mais poder nem comentar porque o pau é do filho dela, caralho! – Seu tom de indignação fez todas nós morrermos de rir.

- E você, Marrie! Nem conversamos mais! Como foi que vocês acabaram nesse amor todo de mãe e filho? – Cruzei meus braços, Marrie riu ainda corada.

O fato de ambos terem se acertado aquecia meu coração! Marrie estava tão, tão contente!

Ela merece o mundo por ser a guerreira que é. Essa mulher é minha segunda mãe!

- Assim que Ryan atravessou as portas da sala todo ferido daquele jeito, eu quase surtei! Ver meu filho ali... Quase morto! Deus... – Ela fechou seus olhos. – Eu nem pensei, corri até ele e o abracei com força. Eu disse que o amava e que tive muito medo de perdê-lo, disse tudo que eu sempre quis falar toda vez que o via chegar a essa casa. Tudo! – Sorri involuntariamente com suas palavras. – Não ligava que ele fosse me empurrar depois e me chamar de louca, só queria sentir meu filho vivo por alguns segundos...

- E aí?! – Bati palminhas que nem Caitlin, fazendo todas rirem.

- Ele... Ele não me soltou. – Marrie sorriu. – Ryan não disse nada, mas não me soltou do abraço.

Ah... Eu daria tudo pra ter visto isso.

- Eu fico muito feliz por vocês! Todas vocês! – Elas riram outra vez.

Finalmente as coisas estão se encaixando pra todo mundo.

- CADÊ TODO MUNDO NESSA MERDA DE CASA PRA VER A MINHA MENINA, CARALHO?!

Nolan.

Saímos correndo que nem loucas escadas abaixo, gritando! Ah meu Deus... Que saudades dele e de Lina!

- AH MEU DEUS, PORRA! – Caitlin lógico que saiu empurrando todo mundo, até o próprio Nolan, e roubou um pequeno embalo das mãos de Lina. – Mano, que ratinho lindo! Parece com o pai pelo jeito, né? Ainda bem que a sua mãe é bonitinha, Nina...

Todos na sala caíram na risada, menos Nolette, que fechou a cara.

- Cuidado, filha da puta! – Nolan reclamou, vai ser o típico pai babão pelo jeito. – Minha filha não é brinquedo, pega ela com cuidado ou eu te mato, doida! – Ele ameaçou, fazendo Cait rir.

- Awn... Parabéns meu amor! – Corri até ele, o abraçando.

- Valeu pirralha, tu sabe bem como me ajudou quando eu descobri a gravidez da Lina, valeu por me obrigar a ter a Nina. É uma coisa que eu nunca senti. É foda pra caralho. – O abracei outra vez.

- Nina? Que isso velho? Nome de cachorro? – Ouvi a voz de Chris adentrar a sala.

Foi um griteiro só, Caitlin quase que jogou a pobre Nina para o alto e correu pra abraçar o irmão. Peguei a filha de Nolan no colo, vendo como aquela coisinha era linda!

- FILHO DA PUTA! – Caitlin meteu um tapa na cara dele, e o abraçou forte. – NUNCA MAIS... TÁ OUVINDO? NUNCA MAIS ME ASSUSTE ASSIM! EU QUASE MORRI, MORRI! SEU DESGRAÇADO, ARROMBADO DO CARALHO! – A lista de xingamentos foi longa para o coitado do Christian.

- Obrigada Lay... – Lina sorriu pra mim assim que entreguei Nina pra ela, a parabenizando e abraçando. – Eu não teria tido meu maior presente se não fosse por você. – Não pude evitar o sorriso.

- Quero que tudo pra vocês três dê certo, de verdade. – Apertei nosso abraço. – Vocês merecem.

Conversei brevemente com Lina e Nolan, mas aqueles dois só sabiam babar na filha durante toda a conversa, essa aí vai ser mimada como eu, certeza!

- Sério que o nome dela é Nina mesmo? – Torci o nariz, fazendo Nolan me bater.

- Nina Annmarie McCourt. – Lina disse divertida. – Vamos chama-la de Ann. – Nós duas rimos alto.

Logo após, corri para abraçar Chris bem forte. Suspirei aliviada por saber que esse doido estava bem.

- Dylan também está bem?! – Perguntei preocupada, ele concordou. – Soube que vocês fugiram...

- Justin subornou quase todos os policiais de São Francisco para nos soltarem de madrugada, mas gosto da fama de fugitivo perigoso também. – Dei um tapa nele, rindo. - E você e Justin?

- Não o viu? – Perguntei desconfiada.

- Fui pra casa assim que cheguei, ainda não o vi hoje. – Ele deu de ombros. – Se acertaram?

- Não, terminamos de vez. – Disse simples. Chris suspirou. – Relaxe, eu vou ficar bem.

- Não é com você que eu estou preocupado. – Chris me abraçou. – Mas sinto muito, Lay.

Assim que Chris me soltou do abraço, saiu porta afora, sem dizer nada.

- O que deu nele?! – Minha mãe perguntou, dei de ombros.

- Ele vai atrás de Justin, certeza. – Caitlin revirou os olhos.

Preferi não focar nisso, o momento estava feliz demais pra ser estragado!

Julie preparou um delicioso jantar pra todos nós, a coitada da Nina passou pela mão de todos antes de finalmente cair no sono, ela era realmente linda.

- Gente, atenção! – Disse em meio ao jantar. Assim que recebi a atenção, respirei fundo para falar tudo. – Bom, eu amo vocês. – Todos sorriram pra mim. – Queria agradecer a Marrie, por ser minha segunda mãe desde que me lembro de morar aqui. Agradecer a Caitlin pela amiga maravilhosa que ela é. Agradecer a Lina e ao Nolan por me permitirem ser madrinha desse anjinho que é a nossa Nina. Assim como a minha mãe, por ser forte e me ensinar a ser quem eu sou hoje. Mas principalmente, agradecer a todas as boas memórias que vocês me ajudaram a construir aqui nessa casa. Meu casamento não foi dos melhores, mas os amigos foram. Obrigada. – Sorri ao ouvir as palmas.

- Para que eu choro porra, tô sensível... – Nolan sacaneou, mostrei meu dedo do meio pra ele, rindo. – Amamos você, pirralhinha do Drew.

***

 

Liam e Lizay chegaram junto com Harry logo após o jantar, todos haviam ido á clinica ver meu pai, passaram à tarde com ele. Meu irmão levou minha mãe para o apartamento dele, assim como em todas as outras noites.

Terminei de arrumar tudo e voltei para o quarto de hóspedes, essa noite dormiria aqui.

Ou melhor, nessa última noite.

Deitei na cama e mandei uma breve mensagem de boa noite para o meu pai.

- E aí gatinha? – Ouvi a voz de Chaz na porta. – Tá acordada?

- Entra. – Ri baixo. – O que foi?

- Chris me contou. – Ele deu de ombros. – Sinto muito.

Não aguento mais ouvir isso.

- Tudo bem. – Ri de novo. – Vou superar.

- Jurava que essa tua história com o Drew ia ser um conto de fadas. – Chaz riu baixo, senti uma vontade enorme de abraça-lo, então o fiz. – Ei... Tudo bem... – Ele me abraçou forte.

- Acho que esse não terminou muito bem. – Ri em meio ao choro.

- Preciso te contar uma coisa, e bom... Como soube que você vai embora amanhã... Acho melhor te contar agora. – Ele sorriu, Chaz estava com vergonha?

- O que foi? – Perguntei curiosa, limpando as lágrimas.

- Sabe a Maddie? – Ele riu baixo.

- A MINHA AMIGA DA UNIVERSIDADE? – Gritei alto.

- Eu... Peguei o telefone dela no dia em que a vi no hospital, lembra? Quando ela te visitou e tal... – Concordei sorrindo maliciosa.  – A gente saiu algumas vezes...

Charles e Madeleine, eu já estou até visualizando o convite de casamento, juro.

Quando eu ia imaginar esses dois meu Deus?!

- Ah meu Deus... – O abracei forte. – Eu estou tão feliz! Ela é maravilhosa!

- Desculpe por não contar antes... – Ele riu, revirei os olhos. – É que você estava naquela tristeza toda por causa do Drew e... – Meti um tapa nele.

- Você merece ser muito feliz, Chaz. – O abracei outra vez.

- Obrigado. Tu também. – Ele riu.

- Tenho a vida toda! Quem sabe... Não é? – Sorri simples, não queria chorar mais.

Merda, eu estou em pedaços.

- Você é extraordinária, pirralha. Cara, eu adoro esse apelido que Justin te deu.  – Nós dois rimos. – Vou sentir falta de ti, gatinha.

- Eu também. – Dei um rápido selinho nele. – Pelos velhos tempos. – Ele piscou, rindo. - Tchau, Chaz.

Vi sua sombra saindo do quarto escuro e me virei, pegando no sono em segundos.

 

 


Notas Finais


***MELHOR FANFIC DA VIDA***

Link - https://www.spiritfanfiction.com/historia/glass-heart-8831000

Só tenho uma coisa a dizer...

Amo vcs, beijão, até o próximo cap! <3333

OBS: SE ALGUÉM ADIVINHOU QUE ERA A MADDIE VAI GANHAR PIRULITO! KKKKKKKKK
Escrevam quem vcs achavam que era migas!

Sem dúvidas, esse é o meu cap favorito! (mentira que o favorito é o último, mas esse é um dos favoritos <3)

Quero comentários hein? Amo cada comentário de uma forma que vocês nem imaginam! <3


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