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História Revenge Girl - Xiaolang


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Personagem novo na história! =)

Capítulo 24 - Xiaolang


Narrado por Sakura

Eu estava completamente em choque. Muda, arrepiada, estática. Eriol já tinha desligado o vídeo e virado a televisão para sua posição original, e eu continuava ali, parada, olhando para o nada, pensando em tudo.

Eu e Shaoran éramos pessoas muito parecidas. Os dois eram orgulhosos demais para com sua reputação para desistirem de seus planos. Shaoran nunca quis me machucar de verdade, mas isso não o impediu de prosseguir com sua farsa do baile. E eu, bem, apesar de ser completamente apaixonada por ele hoje, não tenho coragem de dar o braço a torcer por medo de me machucar.

O grande alívio desta história toda fora a palavra que usei há pouco tempo atrás, a farsa. Esta palavra estava me dando liberdade, eu podia sentir meus pulmões inflarem de ar novamente, relaxados. Tudo não passava de uma grande farsa. A má vontade em me convidar pro baile, as notas falsas do boletim, ele só queria fazer parecer que estava me enganando. Mas esta nunca fora sua intenção. Shaoran gostava de mim, como amiga na época, mas mesmo assim não queria me fazer sofrer. Tudo bem que ele foi um pouco egocêntrico em se permitir participar desta aposta. Mas ele nunca teve o objetivo de cumpri-la, ou pegar o prêmio.

- Saki... – Eriol disse baixinho querendo me despertar do transe em que me encontrava. Olhei-o devagar, e senti meus olhos arderem.

- Eu... Eu... Preciso falar com ele. – disse apressada buscando meu celular.

- Tem certeza? Não quer pensar mais um pouco, e-

- Não. Eu já esperei demais, fiz besteiras demais. Vou resolver isto de uma vez por todas, e além do mais, o final da história não foi contado. Sua mãe chegou bem na hora. – disse revirando minha bolsa nervosa, não encontrava meu celular.

- E você vai perguntar pra ele? – ele disse confuso.

- Eu não tenho mais medo. – sorri fraco.

Meu olhar pousou sobre meu celular e a raiva apossou-se de meu corpo. Estava descarregado.

- Mais que droga!  Eriol me empresta o seu!  - disse arrancando o celular das mãos de meu amigo. Disquei nervosa o número de Shaoran, nem chamou.

“Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens...”

- Caixa postal.  – revirei os olhos. Olhei no relógio, já eram quase quatro da tarde, talvez Tomy me atendesse. Disquei seu número.

- Amor? – ela respondeu melosa do outro lado da linha. Esqueci que estava ligando do celular de Eriol.

- Não, é a Sakura.  – disse impaciente. – Você sabe onde o Shaoran está?

- Não. A última vez que o vi foi ontem á noite, e pela a cara dele, deve estar enfiado nas cobertas até agora. – ela explicava.

- Eu não estou conseguindo falar com ele, preciso que vá até a agência e fale pra ele me ligar, é urgente.  – eu disse apressada.

- Quando vocês vão me incluir nesta história de louco? Eu não estou entendendo nada! Você disse que nunca voltaria pra Washington, e-

- DAIDOUJI É URGENTE! – eu berrava impaciente.

- TÁ LEGAL! – aquela morena sempre respondia na mesma moeda. – Posso falar com o meu NAMORADO pelo menos? – ela ironizava.

- Cinco minutos, depois vá atrás de Shaoran. – disse imperativa. Pude jurar que ela revirou os olhos do outro lado da linha. Passei o celular para Eriol. Enquanto os pombinhos trocavam juras de amor no telefone, me joguei no sofá novamente e passei a encarar o teto. Minha mente vagava e só pensava em uma pessoa. Shaoran, e onde ele estava naquele momento.

Narrado por Shaoran

Eu não consegui ficar na redação. Tudo lá me lembrava a ela, e aquele cheiro... Era uma tortura. Eu tinha que sair de lá. Peguei meu celular que estava em cima da mesa, caso ela ligasse, mas percebi que este estava descarregado. Bufei, larguei-o onde estava e saí pelas ruas tentando refrescar as ideias.

Coloquei óculos escuros, para disfarçar meus olhos inchados e fiquei andando sem rumo pelo resto da tarde. Passei na frente do Outback, e mais recordações vieram à tona. Mudei o caminho e então o Central Park apareceu diante dos meus olhos. Sentei-me num banco em frente ao parque, abaixei a cabeça, e deixei que as lágrimas rolassem. Por que tudo aquilo estava acontecendo? Eu estava parecendo um ridículo chorando feito um bebê por uma mulher que nunca me quis de verdade. Para ela eu sempre só fui um caso, nada sério como ela sempre fazia questão de me dizer sempre.

Sou Shaoran Li, herdeiro do Clã mais poderoso da China! Mas que diabos? Estava aos prantos por causa de uma mulher?

Levantei a cabeça e pude perceber que tinha mais alguém sentado do meu lado. Uma morena de cabelos longos  e negros e óculos escuros grandes me observava preocupada. Afastei-me de supetão, assustado.

- Me desculpe. – ela começou. – Não queria te assustar. – Aquela voz... De onde já tinha ouvido?

- A quanto tempo está aí? – disse secando o rosto numa voz embargada.

- Pouco tempo. Te vi aqui e me sentei, você parece não estar muito bem. – eu não sei como fiz isso com uma completa desconhecida, mas depois que ela se explicou, agarrei suas mãos, colando nosso corpo, abraçando-a calorosamente. Ela de início estranhou, mas depois me apertou forte, deixando-me derramar todas as lágrimas que ainda tinham que cair.

Estava me sentindo um completo idiota, uma criança, por fazer aquilo, no meio da rua, com uma estranha. Mas eu estava tão fragilizado, que não conseguia pensar direito. Nem o fato de eu ser um homem feito me impediu. Eu não sou machista, mas não apoio o fato de entrar em prantos na frente dos outros. Separei-me dela, aos poucos, me recompondo. Aquele perfume que emanava de sua pele também me era familiar.

- Tome.  – ela disse me oferecendo um lenço que estava em suas mãos. Peguei-o e sequei as lágrimas por debaixo dos óculos. Não queria tirá-los na rua. – Já está mais calmo? – assenti com a cabeça.

- Olha, eu sei que você deve estar querendo saber o motivo pra tudo isso, mas-

- Não. Não quero. – ela disse meiga, me surpreendendo. – Se você quiser me contar, tudo bem, se não, eu entendo. Só não quero que chore mais, tudo bem? – um sorriso admirado começou a brotar em meus lábios. Aquela mulher era realmente especial, e tinha aparecido na hora certa. – Que tal um café? Para distrair um pouco. – ela sugeriu carinhosa. Levantei-me, puxando-a pela mão. Pusemo-nos a andar em direção à Starbucks que estava a poucas quadras dali.

- Eu posso não querer saber o que aconteceu, mas quero saber seu nome. – ela disse rindo arrancando um sorriso de meus lábios.

- Desculpe, nem me apresentei. Shaoran Li, me chame de Shaoran, muito prazer. – disse estendendo-lhe a mão. Ela então entreabriu os lábios surpresa. Tirou os óculos de sol e abriu um grande sorriso.

- Xiaolang! Sou eu! Meilling! – arregalei os olhos. Então era aqui que ela estava afinal?!



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