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História Revenge Girl - Estou de volta minha flor


Escrita por: MandsChan

Capítulo 8 - Estou de volta minha flor


- Mais chá Sra. Li? - Tomoyo disse brincando comigo pela milésima vez na noite.

- Me dá logo isso aqui. - tomei a chaleira de suas mãos e derrubei o liquido quente em minha xícara.

- Ui, ui, ela está nervosa. – a morena riu mais uma vez. - Admita Sakura, admita que quando se jogou nos braços de Shaoran esta noite, sentiu seus pelos do corpo eriçarem de eletricidade. - ela me encarava provocativa. E estava certa. Por alguma razão, me senti estranha enquanto dançava com Shaoran, me sentia como não me senti há muito tempo.

- Deixe de besteira Tomoyo. - disse negando e tomando um gole de meu chá.

- Olhe para mim e admita. - ela falou com os olhos faiscando. Apesar deu ter contado toda a história do homem de olhos verdes faiscantes, ela ainda acreditava que eu tinha feito a loucura de dançar com Shaoran por outro motivo. Bem, se eu queria que meu plano desse certo, aquele que formulei enquanto dançava com Shaoran, teria que fazê-la acreditar que eu estava morrendo de amores por Shaoran, já que ela jamais concordaria em me ajudar com o plano.

- Tudo bem, rolaram umas borboletas no estômago. - disse monótona. - Feliz?

- Feliz? - ela disse alegre abrindo um sorriso encantadoramente inocente. - Explodindo de alegria! - deixou sua xícara no aparador de mesa e pulou em cima de mim, que estava no sofá, me derrubando de costas em um abraço caloroso. - Amiga, finalmente você superou, até está se apaixonando por ele de novo! - demorei um pouco para formular minha resposta, já que me sentia um trapo por apresentar a minha melhor amiga as mais falsas ilusões do mundo.

- Vai com calma, Tomy. Eu disse que rolaram umas borboletas, nada mais. - disse tentando amenizar sua euforia.

- Não quero saber, agora vocês vão vir comigo e Eriol a todos os encontros! - ela ria, mas no segundo seguinte ruborizou e se calou, se arrependendo do que acabara de dizer.

- Como é que é? Que encontros? - disse arqueando uma sobrancelha. E então me contou que tinha beijado Eriol no bar e eles estavam oficialmente "ficando". Isso porque eu tinha acabado de reapresentá-los um ao outro. - Não acredito Daidouji! O Eriol te beijou? Mesmo? - ela me olhou um pouco nervosa.

- Por que o espanto?

- Nada... Só achava que ele derreteria até beijar alguém. Você sabe, ele ruboriza a cada palavra que damos. - ela ficou vermelha. - E você também, pelo jeito. - rimos e voltamos ao nosso chá.

Entrei na redação na manhã seguinte, com um sorriso falso no rosto, mas parece que ninguém me conhecia o bastante para identificar que estava fingindo.

- Bom dia Sakura. - Claire dizia animada.- Está de bom humor hoje? - dizia me entregando um papelada, sorrindo.

- Claro, Claire .- peguei os papéis. - Está um belo dia, não? - disse e entrei na sala. Liguei meu computador e logo peguei o telefone. Minha linha direta, para ser mais exata.

- Sim? - a voz aveludada de Shaoran na outra linha atendeu no primeiro toque.

- Venha a minha sala, por favor. - disse e desliguei o telefone.

Poucos minutos depois, sua figura alta, castanha, de terno e gravata atravessou minha porta, sem ao menos bater, claro.

- O que quer? - ele disse se sentando na cadeira de frente pra minha.

- Te dar isto. - disse lhe entregando uma nota de cinquenta dólares. - Pela noite de ontem. - ele abaixou minha mão, não pegando a nota.

- Apesar de você ser uma completa desequilibrada, não posso ser comprado. - ele disse me encarando. Ah claro, porque os 500 dólares há cinco anos atrás vieram de bom grado.

- Azar seu. - disse guardando minha nota na bolsa. Ele então segurou minha mão me fazendo encará-lo.

- Já que faz tanta questão de gastar esta nota, por que não me acompanha em um jantar hoje à noite? - ele dizia galanteador. Bingo. Parte um do plano feita, ele tinha caído na armadilha, me convidou para sair.

- Desculpe, mas não acho certo que funcionários se relacionem fora do ambiente de trabalho. - disse tentando dar uma de difícil, claro.

- Sem essa. - ele apertou mais minha mão. - Se pensasse nisso, o ontem não teria acontecido.

- Tecnicamente, eu não sabia que você ia.

- Tecnicamente, não precisava dançar comigo. - ele sorriu.

- Outback, assim que sairmos daqui .- disse marcando hora em meu restaurante favorito. Ele me encarou.

- Outback? Aquele de costelas com molho e lanches enormes? - ele perguntou surpreso.- Esperava que fôssemos a algum rodízio de saladas.

- Há muitas coisas sobre mim que não sabe. - disse provocativa.

- Mas não hesitarei em descobrir. - seus olhos brilharam em resposta. E então, com meu coração batendo a mil, ele simplesmente se levantou e saiu da minha sala, com um sorriso torto. Olhei para minha mão que ele estava segurando há segundos atrás, ela estava gélida. Droga. Teria que me controlar pra isso dar certo.

...

Já estávamos no Outback há algumas horas. Tudo se resumiu a costelas com muito molho e conversas sem fim. Ele sempre soltava um comentário de como eu comia muito, que eu era a primeira mulher que ele conhecia que deixava as saladas de lado e partia logo para a “artilharia pesada”.

- Como disse, você não me conhece. - disse bebendo um gole de meu vinho.

- Agora. Não te conheço agora. - ele disse limpando a boca e me olhando nos olhos.- Mas te conhecia há cinco anos atrás. - revirei os olhos.

- Mas que coisa, já disse que não te conheço!

- Pare de fingir! Se que me conhece! Seus olhos dizem que você me conhece, Sakura!

- Shaoran, eu- não pude terminar a frase, meu celular começou a apitar. Tinha recebido uma nova mensagem.

“Linda mulher;
Fez-me apaixonar;
Deixando-me nada mais, que a esperança no seu olhar;

No fundo do coração;
Carrego a intuição;
Que com dedicação;
Toco seu coração;

Ao encontrar-te novamente;
Gostaria que tudo fosse diferente;
Ficaremos juntos por toda nossa vida pela frente?

Fiz-te este poema único e diferente;
Deixando-lhe ao final uma flor de presente.

 

Como da última vez que te vi, também estava com Shaoran...

Mas agora, está diferente minha Sakura. Pelo menos do lado de fora.

Nem me pergunte como tenho seu celular, apenas, tenho contatos...

Beijos minha flor,

Awly”

E a mensagem seguia com uma imagem de um buquê de flor de cerejeira.

Parei de respirar, de piscar, até o bater de meu coração fora interrompido. Ele estava de volta, meu Awly, a única lembrança boa de meu colégio, o único que me fazia sentir especial. Ele está de volta, e está aqui. Não pude conter lágrimas de felicidade ao terminar de ler a mensagem.  Shaoran me olhou, obviamente, confuso.

- Mas o que... Está chorando? - ele dizia preocupado. Virei-me para vasculhar pelo local alguém que pudesse ter mandado esta mensagem. Esta pessoa tinha que estar no restaurante, já que sabia que estava jantando com Shaoran. Mas tudo que encontrei foram dezenas de homens com o celular na mão. Poderia ser qualquer um deles. Voltei a olhar Shaoran, que tinha o mesmo olhar pasmo de antes.

- Não, eu... - disse enxugando as lágrimas que a pouco saltaram de meus olhos. - Só foi um... Amigo. - ri sozinha. - Me emocionei, só isso.

- Amigo, é? - ele aqueou uma sobrancelha.

- É, amigo. - disse soltando mais um sorriso bobo.

- Não parece. - ele disse dando de ombros.

- Não me interessa o que parece. É um amigo e pronto. - eu disse em um tom sério.

- Amigo do colégio?

- É.

- Eu conheci ele?

- Não, nem sei se ele estudava em nossa sala, na verdade nem eu o conheço... - disse rápido de mais para conter as palavras erradas.

- Touché. Te peguei. - ele sorriu.

- Parabéns. Você me pegou, eu te conheço. Lembro de você da escola. Feliz? - disse massageando minhas têmporas, decepcionada com minha ingenuidade da frase anterior.

- Só quando você me contar. Por que fez isso? - ele disse convencido.

- Tanto faz. – dei de ombros.

- Nossa. Pelo menos não negou, certo?

- O que é um peido quando você já está na merda? - disse demonstrando minha raiva. Ele riu. Na verdade, gargalhou com minhas palavras nada coloquiais.

- Vamos direto ao ponto. – o castanho conteve a risada. - Por que fingiu que não me conheceu e está... - ele me analisou por uns segundos - Assim. - o olhei dura e séria. Iria lhe contar alguma coisa.

- Digamos que... Experiências passadas me fizeram amadurecer.

- Amadurecer ou endurecer? - revirei os olhos.- Por que me deixou no baile? A Sakura que conheci jamais faria isso.

- Como pode perceber, a Sakura que conheceu, morreu. - disse convicta.

- Morreu? Como assim? E quem a matou? - ele perguntou perturbado.

- Você. - disse me sentindo mal por voltar a esse assunto. Ele parou um minuto de falar, e o silêncio pairou.

-Mas... O que eu...-

- Digamos que você não foi um menino bonzinho, certo? E a Sakura morta, só gostava de meninos bonzinhos. - eu dizia em uma voz irônica. Ele estava se assustando. - Quando ela descobriu que bem, você não era o que ela pensava, resolveu mudar, pra nunca mais deixar que meninos mauzinhos se aproveitassem dela outra vez. - ele continuava a me olhar perplexo, e eu me inclinava em sua direção, sobre a mesa, como fiz no dia de sua entrevista.

- O que foi que eu te fiz? - ele questionou se inclinando, em minha direção, imitando meus movimentos.

- Nasceu. - disse indo ao seu encontro, mais uma vez.

- Me diga o que te fiz de verdade. - e nos inclinamos tanto um na direção do outro, que nossos narizes tocaram, como na primeira vez que o encontrei. Só que agora, Claire não estava aqui para interromper nada.

-Meihor se afastar Li. - disse entre dentes.

- Ou o que? Vai fazer o que? - ele me provocava. Percebi que estávamos atraindo a atenção de todos no local.

- Pague pra ver, se tiver coragem. - disse roçando meu nariz no seu.

- Bem, já que não me conta, também não te conto. - ele disse me deixando confusa.

- Conta o que? - disse sentindo meus braços cansados já que estava apoiando-os na mesa para me inclinar na direção de Shaoran.

- O que vou fazer.

- Mas do que está falando? Fazer o que?

- Coisas que meninos mauzinhos fazem. – e então grudou seus lábios urgentes nos meus.


Notas Finais


Finalmenteeeee o primeiro beijo desde o reencontro o/ O que será que a louca da Sakura vai fazer? :B


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