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História Revenge Girl - New Chances


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


EU VOLTEEEEEEEEEEEI
AGORA PRA FICAAAAAAAAAAR
PORQUE AQUIIIIIII
É O MEU LUGAAAAAAAAAAAAAR
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
MEU.
DEUS.

5 meses. Foi tudo isso mesmo?
Gente, se vocês ainda estiverem aí, lendo, relendo, esperando, comentando.. MUITO OBRIGADA!
Eu operei, me recuperei e agora estou de volta amores!
Só tenho a agradecer a todas as mensagens de apoio e carinho que vocês me mandaram todo esse tempo e gostaria de pedir para que NÃO DESISTAM DA REVENGE! Porque ela está vivíssima e DE VOLTA <3

ps: postei o novo capítulo (86) só pra vocês receberem a notificação. No próximo post, excluo o 85 que é só recado e arrumo a ordem, ok?

Capítulo 86 - New Chances


- Olha só! Desse ângulo ele brilha mais ainda! – Tomoyo dizia rindo enquanto admirava seu gordo diamante no dedo anelar.

- Tomy, já faz uma semana que ganhou esse anel. Não vai parar com isso nunca? – reclamei enquanto tentava voltar minha atenção ao computador.

- Nunca. Eu vou ter netos e ainda vou continuar me gabando deste anel. Foi suado ganhar isso aqui, viu? Tenho que valorizar. – revirei os olhos. Por um segundo, o anel de esmeralda que eu ainda carregava comigo, só que agora em uma corrente em meu pescoço, pesou um pouco mais. Eu tenho que devolvê-lo.

- Se quer saber, eu acho que o anel que você deu pro Eriol no dia do pedido é muito mais bonito. É um símbolo de girl power. Ele até chorou. – a japonesa suspirou.

- E uma semana depois, ele trouxe essa belezinha do Japão. Era da...

- Bisavó dele. – orientais e essa mania de jóias de família. – Eu já sei. – ela bufou.

- Você está muito razinza pro meu gosto, hein? Nem parece aquela amiga pidona de ontem “passa a manhã comigo, não aguento mais ficar em casa sozinha”.

- Pois não aguento mesmo! Depois dessa história toda de home office, eu fico conversando com as paredes!

Algumas semanas se passaram desde a minha última ida ao médico, em que Shaoran me surpreendeu ao revelar que já sabia que era o pai do meu menino. Desde então, a nossa relação mudou bastante.

Como ele pediu, eu coloquei os quatro meses em que ele esteve longe em dia. Tivemos longas conversas, mostrei fotos, vídeos, exames anteriores e ele parecia cada vez mais fascinado pela experiência de ser pai.

Se antes um fugia do outro como diabo da cruz, agora ele passa mais tempo na minha casa do que em qualquer outro lugar. De uns dias pra cá, vive imerso em livros de paternidade e gravidez. Agora ele está numa onda de receitas naturais para gestantes que só por Deus. Vive inventando pratos diferentes e regrando a minha dieta. Tudo bem que nunca mais enjoei com nada, mas a saudade que eu tenho de comer uma besteirinha de vez em quando é muito grande! Não aguento mais comer as maluquices que ele cozinha.

Uma das últimas novidades que Shaoran trouxe para a minha rotina foi o home office. Ei! Não pense que ele está mandando em minha vida agora não! Mas tenho que admitir que seus argumentos me convenceram, parcialmente. “Você tem que parar de ir pra aquele jornal todo dia, é muito estressante!”, ele repetia. “Só até eu sair da gravidez de risco, ok?”, respondi. De mal grado ele aceitou, e aqui estou eu, todos os dias sentadinha na mesma poltrona da sala, sem nenhum alma viva para conversar comigo.

Imersa em meus devaneios, nem percebi que Tomoyo tinha saído da sala e que só agora retornava, adentrando pela porta do apartamento com uma sacola em mãos. Seu almoço deve ter chegado.

- Não vai atender o Shao? – Tomy disse chamando minha atenção para meu celular que tocava enquanto entrava na cozinha. Óbvio que só podia ser ele.

- Tava demorando hoje pra ligar. – disse colocando o celular em meu ouvido e me recostando confortavelmente em minha poltrona.

- Há há, engraçadinha.

- Vai querer o relatório completo de como está meu dia? Não fiz muita coisa ainda. Na verdade, nem saí do sofá. – ironizei.

- Preciso de uma ajuda. É coisa do trabalho.

- Li, por que está trabalhando aí mesmo? Já disse que sua vaga ainda está aberta. – ele respirou pesadamente do outro lado da linha. Eu sabia que ele estava sendo orgulhoso em não voltar atrás em sua decisão de sair do Times. Mas se a iniciativa em largar o emprego era não me ver mais e agora estávamos nos vendo sempre, então não tinha mais motivo para continuar em um jornal menor.

- Só me escuta. A fonte não apareceu para a entrevista.

- De novo?

- Pois é.

- Vocês têm um caderno de fontes muito fraco. – ele bufou.

- Você já falou isso um milhão de vezes Kinomoto, será que dá pra me escutar? – assenti. – Preciso falar com o Brian.

- O Brian, Li? Você sabe que ele é exclusivo do Times.

- Se eu não soubesse, eu não estaria te pedindo.

- Não dá cara. No máximo libero o Max e olhe lá.

- O Max? Mas foi exatamente uma indicação do Max que não apareceu hoje Kinomoto! – revirei os olhos.

- É pegar ou largar e... Isso aí é bacon? – disse desviando meu olhar para o prato de batatas fritas com cheddar e bacon que estavam nas mãos de Tomoyo, adentrando a sala.

- Fica longe desse bacon! A gente tem um almoço já já! – revirei os olhos.

- Li. Me diz uma coisa... Que dia é hoje? – ele suspirou do outro lado da linha.

- Sexta-feira. – respondeu monótono.

- Que significa?

- Dia da Sakura feliz. – sua voz estava mais monótona ainda.

- Então me deixa ser feliz. Com bacon.

- Se eu chegar aí e você estiver sem apetite pro almoço... Você sabe que o almoço é muito importante para mulheres grávidas e-

- Mandei o contato do Max por mensagem. Para de encher meu saco e sai logo desse emprego. Beijos, tchau! – e desliguei o telefone. Quando virei o rosto para o prato de Tomoyo, me surpreendi ao vê-lo praticamente vazio. – Ei!

- Bobeou, dançou.

...

Depois de me ceder apenas UMA batata frita, Tomoyo foi trabalhar. Meu estômago já estava roncando quando percebi que o horário do almoço tinha chegado. Logo menos, Shao estaria aqui. Levantei para me arrumar.

Já estava colocando as sapatilhas quando ouvi a porta da sala ser aberta.

- Estou aqui no quarto! – gritei. Mas para a minha surpresa, não foi Shaoran quem entrou pela porta de meu quarto, segundos depois.

- Ei! Que saudades! – Josh disse em um grande sorriso enquanto se aproximava de mim.

- Ei! – respondi surpresa. O ruivo me puxou pelas mãos, apossou-se de minha cintura e selou meus lábios com um beijo doce. Suspirei. Há tanto tempo não era beijada? Desde sua ultima viagem a trabalho, antes de Shao descobrir sobre o bebê.

Josh apartou o beijo e encostou seu nariz no meu.

- Acabei de desembarcar. Vamos almoçar juntos? Estou morrendo de saudades de você. – ele disse doce. Como podia existir um homem tão carinhoso, meu Deus?

- Eu tenho que te contar muitas coisas...

- Eu sei. Você disse que tinha algo grande para me contar, que não queria falar pelas mensagens que trocamos durante minha ausência. – assenti com a cabeça. – Sabe de uma coisa? Eu também tenho uma coisa grande pra te contar.  – um sorriso sapeca se abriu em meus lábios.

- O que é? – Josh abriu os lábios para dizer algo quando outra voz interrompeu a nossa conversa.

- Você já está pron...- e a voz se calou, chamando a minha atenção e a de Josh para a sua direção.

Shaoran encarava a cena (eu e Josh abraçados) de maneira curiosa. Em seus olhos eu pude ver confusão, surpresa e até uma pontinha de... Raiva?

O que ele tá fazendo aqui? – os dois rapazes disseram em uníssono me deixando atordoada. Seus olhares então se voltaram para mim, aguardando uma resposta.

- Er... Josh chegou agora de viagem e me chamou para almoçarmos juntos. – os olhos do chinês se arregalaram em raiva.

- Pois eu achei que NÓS-

- MAS! – o interrompi. – Eu estava prestes a dizer pra deixarmos para a janta! – Josh então me encarou. – Pode ser? – o ruivo assentiu com a cabeça e tomou meus lábios novamente com os seus. Apossei a nuca de Josh com as minhas mãos e puxei-o mais para perto. De repente a minha vontade de beijá-lo triplicou. Por que será?

Quando nos separamos, olhei para a porta de meu quarto e não tinha mais ninguém lá. Fui descobrir segundos mais tarde que o esquentadinho chinês estava me esperando na portaria do prédio.

...

- Me passa o Ketchup? – e logo Shao me passou o frasco.

- O barbecue também. – sem demora outro frasco estava em minha mão. Estreitei os olhos.

- Me passa aquele potinho de veneno. – e logo a maionese estava entre meus dedos. – LI!! – gritei chamando a atenção do chinês que parecia estar no mundo da lua. – O que está acontecendo?

- Que foi? – ele disse displicente enquanto dava uma mordida em seu hambúrguer.

- Que foi? Foi que hoje é sexta, dia da comida gordurosa e você não está falando nada, muito pelo contrário. Está me passando veneno. – levantei o pote de maionese ironicamente. Ele me olhou confuso. – Esquece. O que tá rolando?

- Eu também tenho vida, senhorita esquentadinha. Nem tudo sempre tem que ser sobre você. – ahn... Ouch? Eu, que já estava desacostumada às respostas atravessadas do Li, realmente não esperava por essa.

- Ei, ei, ei! Bandeira branca aqui. – disse sacodindo um guardanapo teatralmente. – Não quer falar, beleza. Só toma cuidado. – ele me olhou intrigado.

- Com o que?

- Com o cheddar, oras. – então, mais do que depressa, molhei minha batata frita no molho cheddar e lambuzei a boca do chinês, comendo a batata logo em seguida. Não contive uma gargalhada ao ver a cara que ele fez.

- Você vai ver só. – ele ameaçou e logo senti minha bochecha ficar melada. Ketchup.

Estávamos sentados um ao lado do outro, na mesa de uma hamburgueria numa bela tarde de sexta, lambuzando um ao outro com condimentos sem razão alguma.

Quando a vida tinha se tornado tão fácil de novo? Quando eu tinha voltado a sorrir e achar graça em tudo? Apesar dos questionamentos, eu tinha a resposta certa para todas essas perguntas.

Tudo se resumia a verdade.

A plenitude de viver em um mundo sem segredos, sem mentiras. Era a primeira vez em anos que eu estava assim: livre. Agora não tinha mais caderno, ou vingança, ou mentiras, ou passado, ou gravidez escondida. Tudo estava às claras e eu não poderia estar mais feliz em viver essa nova fase transparente.

Quando nosso acesso de loucura terminou, olhamos um para o outro e começamos a rir. Estávamos imundos.

- Você tá com mostarda até nos cílios. – Shao riu, enquanto passava um guardanapo pelo meu rosto.

- Olha quem fala. Já viu seu pescoço? – uma gosma verde se espalhava por ali. Aproximei meu rosto para cheirá-la. – Meu Deus, mas o que é isso...? – fui levantando meu rosto devagar até que nossos narizes se tocaram. Senti sua respiração tocar meus lábios. Seus olhos fixamente presos nos meus.

Instintivamente, nossos lábios foram entreabrindo-se, sedentos em se tocar. Suas mãos já seguravam meus ombros puxando-me mais para perto, quando...

O celular dele começou a tocar em cima da mesa. Uma foto de Amanda apareceu na tela.

Afastei-me rapidamente do chinês, como se tudo o que estava me atraindo a segundos atrás, começasse a me repelir.

- Eu... Já volto. – disse levantando-se rapidamente e levando o celular consigo. Assenti, mas assim que ele virou as costas revirei os olhos em frustração.

O que é que eu estava pensando?

...

Após o almoço/guerra de comida, o dia passou tranquilo. Não ouvi mais nada de Shaoran, terminei mais um home office em paz e estava agora esperando meu querido “amigo colorido” chegar para matarmos a saudade num delicioso jantar.

Às vezes fico pensando em Josh e no quão injusta estava sendo sobre a nossa relação. Ele era um príncipe. Conformado em se adaptar às minhas exigências, meus limites. Jamais me pressionava ou julgava. De seus lábios só ouvia palavras carinhosas e de apoio. Como eu podia impor uma distância entre eu e um homem desses? O que me impedia hoje de tentar abrir meu coração para alguém que eu confiava de olhos vendados?

Shaoran?

Meu filho?

Eu já não sabia mais.

“Pode descer <3”

Dizia a mensagem que acabara de receber em meu celular. 

Em poucos minutos chegamos a um restaurante japonês que não era longe de casa. Sentamos, começamos a conversar e logo um assunto inevitável surgiu.

- Então o Li... Está frequentando sua casa agora? – suspirei. Resolvi contar sobre a descoberta de Shaoran sobre a gravidez pessoalmente. Josh ainda não sabia de como minha relação com o chinês tinha mudado bruscamente nas últimas semanas.

- Sim. Ele... Ham... Já sabe sobre a minha gravidez. Quero dizer, que é o pai do meu bebê. – o ruivo abriu um sorriso sincero. Não esperava menos daquele que sempre me incentivara a revelar toda a verdade à Shaoran.

- E como ele tem se saído? – soltei uma gargalhada e desatei a falar sobre todas as iniciativas que o chinês tomou nas últimas semanas, mudando desde a minha rotina até minha alimentação. – Uau! Ele está parecendo super animado! – sorri em resposta.

- Ah. Eu estou feliz sabe? Em poder proporcionar tudo isso a ele. Permitir que ele viva algo que bem... Eu o estava privando de viver. – o ruivo então acariciou a minha bochecha com a palma da mão direita.

- Você é incrível, sabia? – corei. – Eu preciso te falar uma coisa. – Seus olhos se tornaram tão doces e convidativos, que mesmo que eu quisesse, não conseguia desgrudar meus olhos dos dele.

Apenas coloquei minha mão sobre a sua, que continuava em minha bochecha.

- Eu sei que você está passando por uma fase delicada e que eu concordei em te dar todo o espaço que precisa, em ser tudo o que você necessita: um amigo, um irmão, um amante... – meu coração começou a bater mais rápido. – Mas essas semanas que eu fiquei longe... Ah! Foram horríveis. Eu te quero sempre perto Sakura. – seu polegar então acariciou minha bochecha. – Queria cuidar de você integralmente, acordar do seu lado todos os dias... Mas como sei que neste momento o melhor é você continuar no conforto de sua casa, então... Que tal se morássemos juntos? – senti minha pulsação nas orelhas. – Posso me mudar para a sua casa?


Notas Finais


E AGORA JOSÉ?


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