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História Reversível - Fotografia


Escrita por: injunland

Notas do Autor


EI PESSOAL TUTUTUTUTUTUTUUUUUU
desculpa to animada hoje não sei porque mas acordei feliz e tenho que estar realmente no auge pra estar feliz com fome

era pra atualização ter saído ontem kk massssss porém contudo entretanto todavia eu achei uma fanfic e resolvi que não ia fazer NADA até terminar de ler os capítulos postados e cumpri isso rs culpa da nye pq se não fosse ela eu não teria achado ela (inclusive obrigada apesar de eu estar MORRENDO DE ÓDIO rs)

AVISO!!! neste capítulo há TRÊS coisas importantes, uma está bem clara, uma mais ou menos e a outra ninguém vai conseguir achar nem fazendo força e brincando de csi e eu tenho certeza disso rs

BOM CAPÍTULO SEGUIMORES

Capítulo 5 - Fotografia


Naquele dia eu deveria, durante a tarde, retornar para a escola. No dia seguinte teríamos que apresentar diversos trabalhos, e então deveríamos arrumar as salas. O trabalho é bimestral; no último, o tema seria escolhido pelos alunos e era tudo bem mais interessante — e trabalhoso. 

Eu sempre gostei desses projetos, ele acontece com todos os anos desde o ensino fundamental, mas apenas no ultimo acontece todos ao mesmo dia, porque torna-se uma grande feira. Normalmente ele era de interesse de todos da minha sala, mas naquele ano meus colegas estavam um tanto quanto revoltados por ter que trocar algumas horas de estudo por horas de arrumação, por estarmos no ano dos vestibulares. Maldito terceiro ano. 

No entanto, eu não me incomodava muito por isso, pelo simples motivo que: eu não tinha motivação alguma para estudar. Mesmo já devendo ter escolhido as minhas opções de curso a bastante tempo, não fazia ideia. Isso era algo que inclusive me preocupava bastante, querer algo era importante, mas não achava que existia alguma coisa que eu quisesse levar pelo resto da vida. 

Ao pensar naquilo, em plena aula, comecei a me sentir ansioso, como em todas as vezes que o fazia. Felizmente, o sinal do intervalo tocou, me tirando daquele transe. Como de costume, esperava que o corredor se esvaziasse um pouco para descer, e quando resolvi me levantar para sair daquela sala, Huang Renjun se aproximou. 

— Bom dia, Lee Jeno! — Falou, abrindo um sorriso. — Você sabe me dizer se tem algum restaurante bom que seja próximo a sua casa? Vou precisar andar por lá e comprar algumas coisas para a arrumação que acabei deixando para última hora. — Suspirou, parecendo cansado. 

— Oh. Bem... — Pensei sobre. — Sendo sincero, os únicos que eu considero bons são mais caros que o convencional. Como é um bairro meio visitado por turistas as coisas são mais carinhas. 

— Sério? — O desânimo transpareceu em sua voz, juntamente de sua expressão. — Não trouxe muito, não tinha pensado sobre. 

Sorri, numa tentativa de consolá-lo, mas logo pensando numa possível solução: 

— Olha, eu posso te ajudar... Se quiser, pode almoçar na minha casa. Deixa as suas coisas lá mesmo e eu vou com você ajudar a comprar as coisas que precisa. 

— É muita gentileza sua, mas não quero incomodar você levando um garoto que mal conhece para sua casa. 

— Larga de frescura! Te conheço a anos, e não é incômodo nenhum. Além de que tô ajudando a turma também, e te dando a honra de comer a comida deliciosa da minha mãe. — Sorri. 

— Me senti até lisonjeado. — Riu, reverenciando como uma brincadeira. — Obrigado, de verdade, se está tudo bem para você e para sua mãe, por mim tudo bem sim. Mas... Se me der licença, eu vi a professora de inglês no corredor e eu preciso resolver algumas coisas com ela. 

[...] 

Contei do planejamento da minha tarde para os meus amigos apenas quando eu e Renjun estávamos chegando em minha casa. Mandei a mensagem avisando e bloqueei o celular, mas já imaginando que em seguida nele teriam várias notificações do nosso grupo. 

Mesmo que aquilo de fato tivesse acontecido, não respondi ninguém; sequer li as mensagens, afinal, mesmo que Renjun estivesse menos comunicativo naquele dia, e por isso caíssemos algumas vezes num silêncio meio desconfortável, não queria soar mal-educado, nem que ele visse de relance que era sobre ele que eu conversava no chat. 

— Está tudo bem com você? — Perguntei o olhando, e ele expressou confusão em seu rosto delicado. — Digo, está meio quieto hoje. Se precisar desabafar com alguém... 

— Você é realmente muito gentil, Jeno. — Comentou, abrindo um pequeno sorriso, quase imperceptível. — É... Só a preocupação com a decoração. Eu fiz alguns desenhos para colar nos cartazes também, mas não sei se estão bons o suficiente. 

— Tudo o que você desenha fica perfeito, tenho certeza que esses estão também. 

— Quando chegarmos na sua casa vou mostrar eles pra você, aí me diz o que eu devo mudar. 

— Eu?! Eu não entendo nada de desenho, você sabe. — Respondi, um pouco desesperado involuntariamente fazendo o garoto ao meu lado rir de mim. — Eu vou estragar tudo, garoto! 

— Para de drama! É só opinar! — Ele tentava parar de rir, sem muito sucesso. 

Nosso caminho não seguiu com muitos mais diálogos, mas ao menos o silêncio não era mais desconfortável. 

Quando chegamos em casa, finalmente, minha mãe — avisada no meu intervalo que levaria Huang Renjun comigo — deu boas vindas a ele, ficando até o máximo que podia e que não a permitisse chegar atrasada no trabalho. 

Talvez pela mulher saber da nacionalidade do meu colega, já que mesmo nunca tendo sido próximo dele, conhecia-o a anos, fez comida chinesa. Ao menos, por não ser dia 29 ainda, não comemos a comida favorita de meu pai, que também faz parte da culinária de lá. Renjun elogiou bastante a comida e pediu para eu repassar todos os recados para a minha mãe mil vezes; foi fofo a forma que ele ficou tão empolgado com o almoço dela. 

Lavei a louça em seguida, após ele muito insistir, deixei Renjun fazer alguma coisa para me ajudar, secando os pratos. Apresentei a minha casa em seguida: sempre que eu ia à casa de alguém pela primeira vez, me sentia inquieto até conhecer todos os cômodos. Por isso o fiz, ele poderia compartilhar daquilo comigo, mesmo sem dizer nada. 

— É o seu pai? — Perguntou, de repente, estávamos no quarto de minha mãe. Em cima do móvel que ela usava para guardar os sapatos tinham diversas fotos de nós três. 

Me aproximei do chinês, observando o retrato em suas mãos; era eu quem tinha tirado aquela foto, com a câmera profissional que estava guardada a um bom tempo no meu quarto. O hábito de tirar fotos era uma das poucas que não tinha perdido para não me machucar. Mas tinha acontecido ao que o adulto adoeceu; eu tinha planejamentos para retornar, mas acabei desistindo no meio do caminho, por não ter cabeça para nada. 

— É. 

— Vocês se parecem. — De relance, vi um sorrisinho típico de quando ele elogiava algo ou alguém. — Ele é bem bonito. 

Mesmo que meu humor não fosse mais o melhor naquela situação, resolvi prosseguir com brincadeiras a desabafar sobre a situação. Querendo ou não, eu não era muito próximo de Huang Renjun. 

— Está me chamando de bonito indiretamente? 

As bochechas de Renjun rapidamente tornaram-se rubras, não muito, mas o suficiente para ser notável; o garoto que recém havia colocado o objeto no lugar, passou a chacoalhar as mãos. 

— Não! Digo você é, mas eu não estou tipo... 

— Flertando? 

— Isso! Não estou. 

Eu ri do desespero dele. O lado tímido dele se aflorou, e como estava cada vez mais acostumando-me, o achei fofo. 

— Ei, estou brincando, certo? — Avisei. — Não sou do tipo que um garoto me elogia e eu já acho que ele está apaixonado por mim. Também não sou o contrário, do tipo que ouve um garoto me elogiar e já estou apaixonado. 

— Espera, você é gay? 

— Ah, achei que você já soubesse. — Meu sorriso aos poucos morreu, devido a subida preocupação do garoto me julgar. — Espero que não tenha problemas com isso. 

— O que? Não! Longe de mim, afinal eu também... 

Franzi o cenho, ele suspirou pesadamente assim que deixou a frase morrer. Segurei o ombro dele, que anteriormente estava relaxado, mas naquele momento estava bastante tensionado, a fim de me certificar se ele estava bem. 

— É gay? 

— Eu estou no armário. — Fechou os olhos rapidamente, parecendo pensar em algo, para então me encarar. — Não queria ter falado isso... Pode manter o segredo? 

— Claro que sim Renjun! 

O clima ficou esquisito, o chinês estava um pouco deslocado, talvez desconfiado, porém ainda observando as fotos. 

— Ainda não te mostrei o melhor cômodo da casa. — Comentei, chamando sua atenção. — Vem, vamos ao meu quarto, aí você me mostra os desenhos que trouxe. 

[...] 

Depois do episódio Huang Renjun mal falou alguma coisa, seja sobre o que fosse. Também não se comunicou bem na arrumação da sala, mesmo sendo o líder. Me senti um pouco mal por ele, sentir a necessidade de esconder uma parte de si e do que o faz como pessoa é uma ideia triste, mas eu mesmo sei como às vezes é necessário. 

Eu me lembrava perfeitamente da sensação. Descobri que gostava de garotos aos doze anos, quando notei que meus amigos falavam das meninas que gostavam de uma forma bem semelhante a como eu me sentia sobre um menino que estudava naquela época. Por um algum tempo achei que aquilo era errado, ou que estava enganado, mas depois fui aprendendo a lidar com aquilo. Por um tempo escondi aquilo de todos; até meus quinze anos, quando beijei um garoto pela primeira vez, e resolvi contar para Jaemin. 

Me perguntei bastante sobre o chinês; se ele sentia muito falta da sua cidade natal, se tinha muitos amigos por lá, se se sentia sozinho e se sua relação com os pais era boa. E apenas depois de tanto constatar coisas e mais coisas sobre ele, me perguntei não se estava pensando até demais nele. Mas, afinal, que culpa eu tinha se Huang Renjun alimentava uma interna curiosidade dentro de mim? 


Notas Finais


espero que tenham gostado e lembrem-se que comentários deixam autores felizes <3


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