Pov. Marinette
Hoje estive o dia inteiro a ignorar o Adrien. Ele é mesmo chato. Oras acenava, ou tentava falar comigo; eu simplesmente ignorei todas as tentativas dele.
Quando estava a sair da sala, alguém me agarrou pelo braço. Eu não me contive mais, e pensando que era o Agreste, comecei a gritar:
- Agreste! Eu já te disse que não te perdou-o e que não quero falar contigo ou olhar para ti! Desanda e deixa-me em paz, por favor!-disse eu sem olhar para a pessoa que me estava a agarrar.
- Mas Mari, eu não sou o Adrien! Eu sou o Nath!- virei me rapidamente e vi a porcaria que tinha feito.
- Desculpa Nath! Peço-te imensas desculpas! Eu pensava mesmo que era o Adrien!
-Estás desculpada. Mas se quiseres desabafar comigo, eu oiço e posso tentar ajudar-te. Só se quiseres, é claro!- desde que o Nath foi akumatizado, disponibilizava-se sempre para me ajudar. Ficámos como irmãos, no meu ponto de vista, os melhores amigos. Tinha perdido um pouco da sua timidez e ainda se tornou bastante popular graças aos seus desenhos.
-Eu por acaso gostava imenso de desabafar, mas não te quero atrapalhar.
- Claro que não incomodas! Podes começar!- disse ele fechando a porta.
Contei-lhe o que tinha acontecido e derramei mais algumas lágrimas. Quando acabei de contar o que tinha acontecido, ele disse:
- Ele realmente foi muito estúpido. Uma besta, para ser exato.- nesse momento ele corou um pouco e começou a falar- M-Mari, q-queres vir ao p-parque comigo?
- Porque não? Pode ser! A que horas podes ir?
-Vou buscar-te às 04:00 da tarde, pode ser?
- Sim, eu já estava a precisar de sair um pouco de casa depois das aulas.
- Então até já!- ele abriu a porta e saiu a correr todo envergonhado.
Fui para casa a correr e quando estava a virar a esquina, esbarrei contra um rapaz. Ele agarrou-me para não cair.
-Desculpa, eu sou uma grande desastrada.
- Não, desculpa-me a mim! Estava só a passear por esta zona, e nem te vi.
Olhei para ele com atenção. Ele era alto e muito bonito. Era loiro e tinha olhos azuis. Era magro, mas musculado e tinha um sorriso galanteador no rosto. Aparentava ter a minha idade e era muito parecido com o Adrien.
- Sou a Marinette Dupain-Cheng, mas podes tratar-me por Mari.
- Eu sou o Félix Agreste. Muito prazer!- disse ele pegando na minha mão e depositando-lhe um beijo.
- Tu és parente do Adrien Agreste?- perguntei eu implorando para que não fosse.
- Por acaso sim. Sou o seu irmão gémeo. Fui à mais ou menos dois anos para outra cidade, quando a minha mãe desapareceu.- o seu olhar empalideceu um pouco.
-Ah, peço imensas desculpas. Não te queria fazer lembrar de coisas tristes. Mudando de assunto, em que escola estás?
- Eu fui transferido para aquela escola ao pé de uma mercearia, é relativamente perto da minha casa.
-Essa é a mesma escola onde eu ando. Se quiseres eu posso apresentá-la. Quando começas?
- Amanhã. Eu cheguei hoje e decidi dar um passeio para matar saudades.
- Tenho que ir! Gosto em conhecer-te Félix! Até amanhã!
- Até amanhã Mari!- e ele foi-se embora.
Pov. Félix
A Mari era uma rapariga linda e encantadora. Nunca tinha visto tamanha beleza e gentileza numa pessoa. Era dois em um.
A sua personalidade era idêntica e fazia-me lembrar a Blackhearth. Que saudades do tempo em que namorava com ela.
Mas a Mari não deve ser a Blackhearth. Deve ser só impressão minha.
Mas parece que quando a vi, se despertou um sentimento novo em mim. Será amor?
Pov. Marinette
Quando cheguei a casa, vesti outra roupa. Como queria mudar um pouco o visual, soltei o cabelo e fiz à risca do cabelo de lado. Tenho que admitir que não estava nada mal.
-Estás tão linda Mari!
- Obrigada Tikki! Já tens fome?
- Sim. Alguma.
- Vou lá abaixo buscar-te umas cookies. Até já!
Fui e voltei enquanto um diabo esfrega um olho. Eu e a Tikki conversámos até o Nath chegar. Ele cumprimentou os meus pais educadamente e de seguida saímos.
Durante o caminho conversámos sobre as nossas criações. Ele levou-me ao parque, como estava combinado, e sentámo-nos num banco.
Algum tempo depois, o Adrien apareceu com a equipa de fotógrafos. Ele acenou para mim e para o Nath e nós limitámo-nos a ignorar. Levantámo-nos e fomos para um banco do outro lado do parque.
Ele veio atrás de nós e pediu para falar comigo.
- Vá lá Mari! Não me ignores! Eu gosto muito de ti como amiga e não te quero perder como tal.
- Deixa-me em paz! Já te disse que nunca mais te quero falar ou olhar! Mentaliza-te Agreste! E não me chames de Mari, esse nome é só para quem é meu amigo.
-Mas eu sou teu amigo! Eu vou-me embora Mari- fiz-lhe cara feia- Marinette, mas não penses que eu vou desistir da tua amizade... Ou amor- ele disse a última parte a sussurrar, mas eu ouvi perfeitamente. Fingi que não ouvi. Ele virou costas e foi embora.
Pov. Adrien
Apos ser recusado, novamente, eu fingi que me tinha ido embora. Escondi-me atrás de um arbusto. Parecendo ou não, depois de me ter transformado pela primeira vez em Chat Noir, a minha audição melhorou muito. Portanto, conseguia ouvir tudo o que eles diziam.
No ínicio, o Nathanaël tentou acalma-la um pouco. Depois estiveram uma data de tempo a falar sobre desenhos e criações.
Ver a Mari e o Nathanaël juntos, não me agradava muito. Nesse momento, ele começou a falar.
-Ma-mari, o-o que eu t-te q-q-queria dizer é-é- ele suspirou e disse rapidamente- eu amo-te e gostaria que me desses uma chance.
Eu fiquei chocado e ia levantar-me do meu esconderijo para lhe dar um soco na boca ( isso é que são ciúmes, meu querido) até que ouvi a Mari:
- Desculpa Nath, mas eu não correspondo aos teus sentimentos. Se te desse uma chance estaria a enganar-nos a ambos. Tu mereces melhor que eu, eu não sou a pessoa indicada para ti. Tenho a certeza que vais encontrar alguém que te ame assim como tu amas esse alguém. Espero que continuemos a ser amigos.
Eu não me consegui conter e levantei-me do arbusto onde estava.
- Yes! Quem é que te mandou pedi-la em namoro? É bem feita!- e eles olharam incrédulos para mim.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.