1. Spirit Fanfics >
  2. Reviravoltas do Destino - Snamione >
  3. Décimo Oitavo Capítulo

História Reviravoltas do Destino - Snamione - Décimo Oitavo Capítulo


Escrita por: TatianyPrince

Notas do Autor


Oi, Gente! Desse capítulo pra frente as coisas começam a andar \o/ Lembrando que não falta muito para o fim!
Valeu pela força. Isso me anima ainda mais! Vocês são maravilhosos...

Valeu pelos comentários do capítulo anterior e pelos novos favoritos! <3
Boa leitura

Capítulo 18 - Décimo Oitavo Capítulo


15 dias depois

Fazia três dias que Hermione havia recebido alta do hospital. Seu coração gritou para voltar para casa. Ela queria tanto estar com o marido e com a sogra. Estava morrendo de saudade dos dois. Mas sua mente dizia que não era a hora certa. Se Severo a visse daquela forma iria se obrigar a estar com ela. E não era isso que ela queria.

Lá estava ela na casa que havia alugado meses atrás. Suas economias a permitiriam viver despreocupada por algum tempo. A ideia de morar sozinha a assustava, mas ela não tinha alternativa. Na casa, já havia alguns móveis. E, para sua alegria, quando os vizinhos a viram chegando doaram algumas coisas para ela. Ela pôde ver que era um bom lugar para se viver.

O acidente de meses atrás havia deixado sequelas. Além das marcas horríveis que ficaram em suas pernas, que a obrigavam a andar apenas de calça, suas pernas ainda insistiam em deixa-la na mão uma vez ou outra. Ela tinha que sentar e levantar mais devagar que o normal; para andar ainda tinha um pouco de dificuldade. Sem contar quando elas insistiam em parar completamente. Estar grávida de quase seis meses também não ajudava muito. Para sua sorte a fisioterapeuta viria todos os dias até sua casa para ajuda-la com as sessões.

Fazia quase meia hora que ela havia sentando para escrever para Severo. Afinal, ela havia saído há um pouco mais de dois meses e não havia dado notícias. Isso não era certo. Ele tinha que saber que ela estava bem. Escrever para ele era o mínimo que ela podia fazer. Ela não queria nem pensar no que ele poderia estar pensando dela. Mas tinha convicção que, infelizmente, era o pior. Pra ela ter dado um tempo para ele na época foi a melhor solução, por isso não podia ter o procurado antes.

Estava tão concentrada tentando de todas as formas organizar seus pensamentos que não percebeu que o bolo que estava no forno estava queimando. Só foi perceber quando sua visão começou a escurecer.

- Nãããããããooooo! – gritou levantando-se o mais rápido que conseguia. – Não acredito que eu consegui estragar um bolo de massa pronta! – bufou.

Depois de respirar fundo, jogou o bolo fora e abriu as janelas para o cheiro sair mais rápido. Não demorou muito para sentar novamente e tentar escrever a carta. Mas, novamente, ela falhou miseravelmente. Toda aquela situação não era algo para escrever em uma carta. Mas ela não tinha muito que pudesse fazer. Tinha que dar alguma notícia a ele. Não poderia deixa-lo no escuro por mais tempo. Ela devia isso a eles. Eileen também merecia explicação. Se ela ao menos pudesse mandar um patrono seria mais fácil. Suspirando pensou que se ela saísse um pouco podia ajudar a pensar no que dizer.

***

Hermione sentou-se sozinha no parque.  O lugar estava tranquilo, as cafeterias e playground estavam vazios. Naquela manhã, ela não estava se sentindo bem. Estava triste e com uma vontade enorme de permanecer na cama. Mas agora ela estava sentindo-se tão relaxada que concluiu que fez bem em ter ido. Logo percebeu que havia chegado uma menininha com sua mãe. Ela notou que elas pareciam estar se divertindo. Pensou que com pouco tempo ela e seu filho ou sua filha também estariam juntos. Ela foi absorvida pela interação de mãe e filha e assim permaneceu.

- Não, não, não, querida! – disse a mulher para a garotinha. – Sem mais corridas filha. Que tal o balanço agora? – disse sorrindo.

- Mas mamãe! É divertido te perseguir. – sorriu a garotinha para sua mãe. – Mas podemos ir para o balanço.

Hermione observou o quanto a garotinha gostava de conversar com sua mãe. Elas conversaram por muito tempo.

- Não, Halley, você não pode pular do balanço em movimento. Você podia ter se machucado! – disse a mulher parecendo preocupada.

- Mas mãe, eu cansei disso. Eu to com fome! - disse simplesmente.

Elas comeram e conversaram por um longo tempo até que a garotinha pediu para ir para casa.

- Querida, vamos brincar mais um pouco. Ainda está cedo. – disse tentando a distrair.

- Mas mamãe...

- Que tal pique se esconde? – a menina deu um sorriso. – Eu sei que você gosta! – disse fazendo cócegas na garotinha. Ela começou a gargalhar.

- Porque você não trouxe minhas irmãs também? ia ser tão legal, mamãe. – O sorriso da mulher vacilou.

- Elas ficaram com o pai delas. Você sabe que ele não gosta de deixá-las saírem muito. Mas vamos brincar? – a menina assentiu. – Então você conta que eu me escondo. – Quando a menina estava se virando a mãe a puxou novamente. – Espere, querida! – a mulher parecia estava um pouco emocionada, seu olhar era triste. – Eu te amo! – ela a abraçou. – Agora vá. Vou me esconder. 

Assim que a criança foi contar a mulher correu para a saída do parque. Hermione assistiu aquela cena horrorizada. Ela sentiu como se seu coração estivesse tentando bater fora de seu peito. Ela não estava acreditando no que havia acabado de acontecer. Ela ficou parada em estado de choque.

Ela viu quando a garotinha havia acabado de contar e foi procurar a mãe. Pra ela, foi a cena mais triste que ela havia presenciado. Ela não sabia o que fazer em tal situação.

- Mamãe, assim não vale! Faz tempo que eu to te procurando. Eu não quero mais brincar disso. – a menina se sentou no chão e pareceu a querer chorar. Não aguentando mais, Hermione foi até lá.

- Olá! – disse Hermione.

- Olá. – a menina respondeu, ela estava chorando. – Moça, será que você viu a minha mãe? Ela é alta. Tem o cabelo preto. Ela tava aqui agora. Você viu ela?

- Eu não a vi meu bem. – mentiu e a menina abaixou a cabeça novamente.– por que você não senta aqui no banco? O chão está sujo. - Ela assentiu com a cabeça e sentou-se ao lado de Hermione. 

Elas ficaram caladas por um longo tempo. Hermione não saber o que fazer. Não sabia o que falar para a criança. Ela estava devastada por dentro. Ela queria pegar a menina no colo e abraçar o mais forte que pudesse.

- Halley é o seu nome! Estou certa? – a menina assentiu. –  Halley, meu nome é Hermione! – a garotinha ficou quieta. – Está ficando tarde. Porque você não vem embora comigo?

 - Eu .. eu ... não posso! - ela respondeu rapidamente. - Estou esperando a minha mamãe. Eu sei que ela vai voltar. Ela deve ter esquecido que a gente tava brincando. Ela sempre esqueci. – suspirou. -  Ela vai voltar. – lagrimas rolavam do rosto da menina.

- Certo. Mas está ficando escuro. É um pouco perigoso pra uma menina ficar sozinha a essa hora. Se eu esperar mais um pouco com você e ela não voltar você aceita ir comigo? – A menina olhou pensou. – Isso seria melhor?

- Sim.

Hermione teve dificuldade em pensar como alguém seria capaz de abandonar uma criança em um parque. Ela queria ver aquela mulher novamente e falar poucas e boa pra ela. Hermione  observava a criança lutando com todas as suas forças para não abraça-la e chorar junto.

- Meu bem, a sua mãe não vai vim mais hoje. – A menina ficou ainda mais triste. – Mas a gente pode voltar amanhã! Pra acha-la! O que você acha?

– Você promete que volta? – Hermione  assentiu. – Então Tudo bem. - ela sussurrou. 

- Então vamos, Halley! – disse oferecendo a mão.

A criança havia se agitado durante toda a noite. Ela estava inquieta e choramingava muito. Claramente estava muito abalada. O que não era para menos. Hermione também não dormiu muito naquela noite. Ele tentou não se preocupar com que seria delas dali pra frente, mas, infelizmente, sua mente não lhe deu nenhuma opção. Ela pensou naquilo a noite inteira.

***

Uma semana depois

A semana passou voando. Como havia prometido, Hermione havia levado Halley todos os dias para o parque para vê se achava a mãe. No entanto, como ela já esperava, nenhum sinal daquela mulher. Todos os dias a menina saía animada com a busca e voltava ainda mais triste que o dia anterior. Aquilo era entristecedor para Hermione.

Com o passar dos dias ela descobriu que Halley tinha quatro anos e faria cinco no final de abril. E depois de muitas perguntas, havia descoberto que a menina tinha pegado muitos ônibus e o metrô para ir ao parque. Ela morava muito longe dali. Ela ainda não conseguia entender como uma mãe podia fazer aquilo.

Lá estava ela se arrumando para levar a menina novamente ao parque.

- Halley meu bem! Vamos! – disse apressando-a.

Não demorou muito para a menina chegar na sala.

- Eu não quero ir. Ela não vai vim. Eu sei que não vai. – disse com o lábio inferior tremendo ligeiramente. Quase chorando.

- Oh, meu amor. Vem aqui. – abriu os braços e puxou a criança para seus braços. – Eu sinto muito. Tem certeza que não que ir?

- Sim! – sussurrou baixinho, já podia sentir as lágrimas da menina em seu ombro.

- Olha, eu sei que não é muito, mas você pode viver comigo.  Nós vamos ficar bem querida. –Hermione a abraçou o mais forte que conseguia. Ela podia dizer que já amava aquela criança desde o dia que a vira chorando sentada no chão daquele parque.

 Ela não podia vê aquela criança chorar daquela forma. Tinha que tentar distrai- La. 

- Halley. – disse olhando nos olhos da menina e enxugando as lágrimas que insistiam em cair. – Vamos ao shopping comprar algumas coisas que você esta precisando. O que acha?

Ela havia conseguido arrumar algumas peças de roupa para a menina. Eram pouquíssimas, mas estavam quebrando um galho. Calçado ela só havia conseguido um, mas mesmo assim estava agradecida.

- Não precisa... – disse soluçando. - Você não precisa fazer isso. E sua fisio.. pia?

- Mas eu quero meu amor. – disse beijando ternamente sua testa. – E nós vamos chegar a tempo da fisioterapia! – disse sorrindo.

***

- Senhora Prince, eu enfim consegui um emprego. – disse radiante. - Eu começo ainda nessa semana... acredita? É em um boticário que fica no norte. Eu não estou acreditando.

- Fico muito feliz por você, Celiny. Mas sendo no norte onde você vai ficar? – perguntou preocupada.

Eileen havia conhecido um pouco mais da jovem bruxa. Com o tempo que passaram juntas descobriu que Celiny era dona de um coração maravilhoso. Só não tinha dado muita sorte na vida. Até a ajudou dando uma ideia para encontrar Hermione: Rastrear sua varinha. Mas, infelizmente, por algum motivo inexplicável, havia falhado.

- Essa é a melhor parte. – disse animada. - Em cima tem um pequeno apartamento e eu posso morar nele.

- Oh, querida! Fico contente. – disse a Senhora  Prince sorrindo.

- Eu nem sei como agradecer o que vocês fizeram por mim. Sou eternamente grata. – disse com os olhos brilhando.

- Espero o melhor pra você! Você merece. – disse abraçando-o. – Foi um prazer te receber, não é meu filho?

- sim. – disse rapidamente.

Alguma coisa estava errado com Severo. Desde o dia anterior algo estava o incomodado. Ele estava mais ácido do que nunca. Eileen só não sabia o que era.

- Como eu vou embora amanhã, vou a Londres trouxas comprar algumas coisas para o bebê é muito mais barato lá. Eu recebi um adiantamento e quero aproveitar a oportunidade.

- Vai sozinha? – a mulher assentiu. – Se eu não tivesse algo para resolver ia com você! – disse pensando no hacker que havia contratado mais não havia recebido mais nenhuma notícia. Estava começando a ficar com medo dele ter fugido com o dinheiro. – Severo por que não vai com ela? Não é bom para ela andar sozinha!

- Não posso. Tenho uma coisa pra fazer.

- Severo! – Bufou sua mãe.

- Tudo bem, Senhora Prince. Eu não me importo. Eu vou sozinha. – Celiny falou desconcertada. E Snape suspirou.

- Certo eu vou. Mas tem que ser rápido. – falou se levantando bruscamente. Seu mau humor estava terrível.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...