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História Livro 1: Dangerous Reality|Fred Weasley - Capítulo 39- Armada de Dumbledore.


Escrita por: analuna_w

Capítulo 40 - Capítulo 39- Armada de Dumbledore.


(...)

 

Catherine estava paralisada com a situação. A professora Trelawney estava no centro, com algumas malas postas ao seu redor, enquanto Filch trazia outras. O rosto da professora estava contorcido numa expressão de choque, ela tentava processar o que estava acontecendo, como se aquilo fosse um pesadelo.

– Não!!!– A voz de sibila repercutiu por todo o local. – Não! Isso não pode estar acontecendo! Me recuso a aceitar!

– Ah querida... Você não viu que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde? – Uma voz extremamente infantil perguntou. Catherine sentiu cada célula do seu corpo se contorcer ao ouvir a voz de Umbridge, uma raiva sem igual perpassou por ela e por um segundo ela sentiu a mesma vontade de acabar com aquilo, a sensação lembrava a do dia em que ela matara o comensal da morte em sua casa. – Incapaz de conseguir fazer uma miséria previsão sobre o tempo... além do seu desempenho lamentável durante as inspeções...

– Você... você não pode fazer isso! – Trelawney gritou, as lágrimas desciam como cascatas pelo rosto da mulher. – Hogwarts tem sido meu lar há dezesseis anos!

– Era a sua casa, querida...– Umbridge respondeu dando um sorriso prazeroso, Catherine sentiu-se tentada a pular no pescoço da mulher. A Alta Inquisidora apreciava o estado deplorável que a professora de adivinhação se encontrava. – Até há algumas horas atrás, quando o próprio Ministro da Magia assinou a ordem de sua demissão... Então peço-lhe com gentileza para que se retire do saguão. Já tivemos constrangimento o suficiente por hoje...

Naquele momento, os pensamentos furiosos de MacGonagall ressoaram na cabeça de Catherine, tão altos que a garota deu um pulo assustando-se. Ethan olhou para a garota como se ela estivesse com algum tipo de problema sério, ele segurava de modo firme o braço dela, como se caso ele a soltasse talvez ela fosse para cima de Umbridge.

– Está tudo bem, sibila...Pronto... já passou... – MacGonagall abraçou a mulher e lhe deu palmadinhas carinhosas no ombro. – Não se preocupe, não precisará sair de Hogwarts...

– Ah, é mesmo Professora MacGonagall? – exclamou Umbridge. – E a sua autoridade para afirmar isso, é...??

– A minha, Professora Umbridge. – A voz de Dumbledore ressoou alta e grave. O Diretor sorriu de forma amigável para ela.

Os alunos se afastaram para os lados enquanto o diretor passava. Ethan segurou mais firme o braço de Catherine fazendo com que a circulação sanguínea quase se esvaísse.

– Sr. Carther queira por favor, soltar o braço da senhorita Riddle...– Dumbledore disse parando em frente a ele de repente. – Ela não cometeu crime algum, e... não há necessidade para isso, afinal, ela é uma aluna...– ele olhou para o Auror de modo severo.

Ethan engoliu a seco, e obedeceu a ordem a contragosto soltando o braço da garota de forma agressiva.

– Sua autoridade, Professor Dumbledore? – Umbridge perguntou a ele dando uma risada aguda que contorceu as entranhas de Catherine. Dumbledore andou lentamente na direção da mulher, olhando-a de cima. – Acredito que o senhor não esteja entendo corretamente a situação...– Ela disse pegando um pergaminho de dentro das suas vestes horrendas e rosas, Catherine notou que ainda havia algumas manchas de tinta na roupa, e sentiu um certo prazer pelo trabalho bem-feito na última pegadinha. – Tenho aqui, uma ordem de demissão assinada por mim e pelo Ministro da Magia. Receio que o senhor tenha conhecimento, de que acordo com o decreto número vinte e três...

– A Alta Inquisidora, tem o poder de inspecionar, colocar sob observação e demitir o profissional que não está desempenhando suas funções de acordo com o Ministério da Magia...– Dumbledore completou dando um sorriso largo, deixando a mulher extremamente irritada. Catherine olhou para Fred que deu uma risada baixa, ao ver a cara feia de Umbridge contorcida de nojo. – Sim, a senhora está certa... A Alta Inquisidora, tem o poder de demitir os meus professores. Entretanto, não tem autoridade para expulsá-los do castelo. – Ele continuou dizendo, sua voz era suave, apesar de que Catherine sabia que ele não havia gostado da situação. – Suponho que, o poder de fazer isto, ainda pertença ao diretor... E é o meu desejo que a professora Trelawney permaneça morando em Hogwarts...

Catherine não sabia o que era melhor, a risadinha desacreditada que Trelawney deu, ou o gemido de frustração que Umbridge deixara escapar. A professora Sibila, protestou por alguns segundos dizendo que não havia necessidade, mas Dumbledore insistiu com severidade para que ela ficasse, e pediu a MacGonagall que a levasse de volta para os aposentos dela.

MacGonagall, Trelawney e a professora Sprout, – que Catherine não fazia ideia de onde havia surgido. – Entraram na escola novamente, com as malas levitando logo atrás delas.

Dumbledore ainda encarava Umbridge com um sorriso no rosto, enquanto ela estava completamente paralisada com a situação.

– E o que o senhor fará, – a voz de Umbridge soou como se ela estivesse engasgada. – Quando eu nomear outra professora para lecionar as aulas de adivinhação?

– Ah! – Dumbledore exclamou bem-humorado, como se tivesse esquecido de mencionar algo. – Isso não será um problema, já consegui encontrar um professor de adivinhação... e ele prefere ficar no andar Térreo.

– Como assim, o senhor encontrou ?!– Umbridge exclamou de forma estridente. "Credo...", Catherine pensou. – Permita-me lembrar-lhe, Diretor, que de acordo com o decreto Número vinte e dois...

– O ministro tem o direito de indicar um candidato que seja adequado se... apenas se, o diretor não puder encontrar um. – Dumbledore disse ainda calmo. – E eu encontrei um, pura sorte... Posso apresentá-lo a você?

De repente Dumbledore se virou para a porta, e todos fizeram o mesmo movimento, ao ouvirem o ruido dos cascos. Alguns alunos murmuraram de espanto ao verem recém-chegado caminhar graciosamente. Seus cabelos eram loiros num tom quase prateado como os de Catherine, e era dono de lindos olhos azuis, o tronco era de um homem e o resto do corpo era de um cavalo. Catherine surpreendeu-se com a beleza do Centauro, ficando boquiaberta por um momento. Fred cutucou-a, e riu quando viu que a garota estava embasbacada ainda.

– Este, é Firenze...– O diretor disse com contentamento. Umbridge olhava horrorizada para o homem, seus pensamentos eram os dois mais nojentos possíveis, e carregados de preconceito, ela não disfarçava o seu horror pelos mestiços, ou qualquer criatura que fosse diferente. – Creio que você o aprovará...

Umbridge não respondeu, apenas encarou-o, ainda com o olhar assustado, numa mistura de raiva e medo, ela então saiu furiosa do local, sem ao menos cumprimentar o professor...

(...)

14 de abril de 1996

Os dias se transformaram em semanas e depois, quando ela menos esperou, já estavam no mês de abril, que deu entrada com uma série de tempestades, e uma avalanche de deveres de casa, e mais cobranças sobre as provas que se aproximavam cada vez mais. Catherine estava mais ranzinza do que nunca, talvez fosse o nervosismo com as avaliações chegando, ou talvez fosse Voldemort, infernizando-a a cada momento em que ela fechava os olhos para descansar. Poucas coisas davam prazer a garota, ela estava adorando as aulas com Firenze, não que ela não gostasse das aulas da professora Trelawney, mas não espirrar há cada cinco minutos por conta dos cheiros fortes de incenso e poeira durante a aula, era um tanto quanto libertador para ela. O professor novo de adivinhação compartilhava tantos conhecimentos, que as horas passavam rápidas em suas aulas, e ao término delas sempre os deixavam com um gostinho de "quero mais".

Além disso, Catherine estava animada, pois em março finalmente havia passado no teste de aparatação, o que a deixou contente, apesar de preferir voar em uma vassoura.

Passar um tempo com Fred e George também ajudava bastante, eles eram divertidos e mantinham ela ocupada na maioria das vezes. Aurora também sempre arrumava um jeito de alegrar o dia dela, mas ainda assim, Catherine sempre conseguia perder a razão, e acabava perdendo o controle em algum momento do dia.

Umbridge não estava contente com toda a situação, e andava mais carrancuda do que nunca, a brigada Inquisitorial, ou como Aurora gostava de chamá-los de "Mauricinhos babadores de Ovo!", sempre arrumavam um jeito de dedurar "atitudes suspeitas" a Alta inquisidora, causando diversos constrangimentos para eles.

Os alunos pareciam estar entrando em um colapso, com a aproximação das avaliações. Ana Abbot, naquela semana havia caído no choro na aula de Herbologia, e precisou ir à enfermaria tomar uma poção calmante. Neville estava tão nervoso que as vezes, fazia cair neve nas pessoas que estavam ao seu lado. Hermione estava ranzinza e resmungava a todo tempo, principalmente depois que os gêmeos resolveram fazer uma festa de aniversário para eles na comunal da Grifinória, ocasionando uma pequena zona.

Aurora e Angelina trocaram farpas durante todos os dias que se passaram, os treinos do time de quadribol estavam sendo extremamente cansativos, e por mais que Catherine gostasse muito de Angelina, ela estava começando a lhe dar nos nervos, por conta de suas cobranças.

(...)

Catherine estava na sala de poções com Snape, em uma de suas falhas tentativas de bloquear a sua mente. Ela estava exausta, um pouco mais cedo naquele dia ela precisou ir ao treino de quadribol, e suas forças já estavam quase se extinguindo.

– Vamos, Riddle! – Snape disse entredentes. – Concentre-se!

– Eu estou cansada! – Ela disse impaciente. Já havia repetido esta frase mais de duas vezes. – Podemos só fazer uma pequena pausa?

– O Lorde das Trevas não descansa, Riddle! – Ele respondeu num tom de voz desdenhoso. – Não seja fraca! É exatamente o que ele procura, se você não fechar a sua mente, ele terá acesso a cada ponto fraco seu... Não acho que gostaria de ver o seu namoradinho ruivo em perigo, ou qualquer um dos seus amiguinhos, não é?

Catherine ficou em silêncio, e desviou o olhar para a prateleira, onde encarou por longos segundos os ingredientes para as poções.

– Foi o que eu pensei...– Ele murmurou. – Vamos continuar... Em posição Riddle!

Ela voltou-se para ele com os olhos embaçados, e cerrou o punho na esperança de conseguir segurar o choro.

–Legilimens! – Snape disse. Naquele mesmo instante, ele passou por diversas lembranças de sua infância. Quando sua mãe lhe ensinara a andar de bicicleta pela primeira vez, as noites tempestuosas onde ela aconchegava Catherine para que ela se sentisse protegida, até mesmo os momentos mais incríveis que ela teve com Fred, as risadas com seus amigos..., mas de repente tudo ficou sombrio, como se a luz do local tivesse sido apagada.

Catherine estava novamente no cômodo escuro onde ela tinha visto Rookwood. Uma sensação de pânico atingiu-lhe os pulmões, e de alguma forma ela conseguiu bloquear a lembrança. Mas então algo estranho aconteceu.

Ela viu um garoto de cabelos pretos longos, e rosto pálido acompanhado de uma menina da mesma idade, seus cabelos eram ruivos, poucas sardas cobriam o rosto.

Eles pareciam contentes, mas visão mudou, o rapaz agora estava um pouco mais velho, ele encontrava-se em frente a passagem do retrato da Grifinória, a mesma garota– "Lílian?", ela pensou a mulher parecia exatamente com a mãe de Harry, porém mais nova. – De antes dizia algo para ele que Catherine não entendeu corretamente o que era...

Mais uma vez a lembrança mudou, agora ele estava sentado lendo um livro de poções enquanto fazia algumas anotações, e uma jovem de cabelos quase brancos estava ao seu lado enfeitiçando uma pequena flor, fazendo com que ela se duplicasse mudasse de tamanho e cor.

"Viu Severo?", ela sorriu animada para ele, que revirou os olhos.

"Você deveria estar estudando, Ell!", ele falou carinhosamente.

"Não seja tão chato e ranzinza...", Eleonor retrucou mostrando a língua, e jogou as pétalas coloridas em cima dele como se fossem confetes...

– Chega! – Snape disse cheio de raiva e vergonha. – Já tivemos muita prática por hoje!

– Professor... Me desculpe! Não foi minha intenção invadir sua privacidade. – Ela disse, cada palavra sua era sincera.

– Saia, Riddle! – Ele disse jogando a mochila aos pés dela. A sala de aula estava carregada com um sentimento que Catherine compreendia perfeitamente. Arrependimento.

– Sinto muito...– Catherine disse, então pegou sua mochila e saiu da sala.

Ela se perguntou o que tinha sido aquilo tudo, e porque aquela lembrança o assombrava tanto. Lhe assustou descobrir que Snape e Lílian foram próximos, mas o que mais doeu, foi ver sua mãe jovem e feliz, antes de tomar todas as decisões erradas.

(...)

O jantar havia sido entediante, como sempre. Ethan não se sentou ao lado dela, naquela noite e Catherine achou estranha a sua atitude, o rapaz resolveu sentar-se ao lado de Umbridge que sussurrava algumas coisas em seus ouvidos eventualmente, Catherine não gostou nenhum pouco daquilo, e se manteria alerta.

Como de costume, ela se dirigiu a torre da Grifinória, e foi até o dormitório de Harry onde pegou a capa e saiu novamente com o rapaz.

– Onde está a Riddle? – Ethan perguntou parando-o.

– Não sei. – Ele respondeu com indiferença.

– Como não sabe, vocês não são amigos? – O auror retrucou.

– Ela pode ser minha amiga, mas não fico grudada com ela vinte e quatro horas por dia. – Harry disse ríspido, e voltou a andar, deixando Ethan sozinho com cara de taxo.

Os dois esperaram um pouco antes de entrarem na sala precisa, para certificarem-se de que não estavam sendo seguidos. Assim que ficaram seguros de que tudo estava tranquilo, eles passaram três vezes em frente a parede, e o portal grande apareceu para eles, que rapidamente entraram.

– Harry não estou gostando dessa desconfiança do Ethan...– Ela disse tirando a capa de cima dela.

– Você sempre diz isso...– Harry disse com indiferença.

– Não, você não está entendendo...– Catherine começou a dizer. – Ele ficou perto da Umbridge durante todo o jantar cheio de segredinhos...– o garoto cruzou os braços e suspirou com impaciência. – Ele nunca pergunta onde eu estou depois que entro na comunal... só estou dizendo que precisamos ficar atentos.

– Ok, ok...– Ele disse. – Se isso vai fazer você parar de tagarelar...

– Não seja tão ridículo, Harry! – Ela retrucou. – Aliás queria te mostrar uma coisa, enquanto estamos sozinhos.

– O que? – Ele perguntou receoso.

– Olha o que aprendi a fazer...– Ela disse, então Catherine se concentrou, e sentiu cada molécula do seu corpo se movendo rapidamente, de repente ela retorceu o corpo, e o tudo ficou confuso, e deformado. Ela então apareceu de forma súbita do outro lado da sala, com um largo sorriso no rosto, enquanto Harry olhava para ela embasbacado.

Catherine estava treinando aparatação sempre que tinha tempo, por algum motivo desconhecido ela conseguia fazer isso dentro da escola, apesar de que Hogwarts tinha feitiços que impediam os residentes de o fazerem.

– Mas que caralho! – Harry praguejou. – Como você conseguiu fazer essa porra, Catherine? – Ele disse surpreso. – Isso é irado, mas... como?

– Não sei...– Ela respondeu com sinceridade. Catherine não entendia bem como o seu poder funcionava, cada descoberta era mais absurda do que a outra. – Um dia no dormitório das meninas eu consegui aparatar, agora, como eu fiz isso... não faço ideia!

– Meu Merlin...– Ele resmungou. – Às vezes me assusto com você, garota...

–Eu também...

(...)

Harry e Catherine continuaram conversando até que finalmente os alunos começaram a chegar. Alguns relataram que os alunos da Brigada Inquisitorial, estavam seguindo-os, e até mesmo chegaram a perguntar a eles aonde iam.

Harry tranquilizou-os dizendo que não deveria ser nada demais, mas Catherine ficou mais tensa ainda.

Assim que todos os alunos finalmente chegaram, com exceção de Marieta, Harry começou a passar as instruções de qual feitiço seria utilizado.

– Então, como eu estava explicando antes do MacLaggen me interromper...– Harry disse com irritação. – O feitiço do Patrono é um feitiço complexo e necessita da concentração de vocês, um patrono corpóreo é mais difícil, mas não significa não vão conseguir, mantenham-se focados nas lembranças felizes de vocês, isso alimentará o feitiço... Podem começar!

O som do apito ressoou alto no local. Catherine estava ao lado de Fred, George e Angelina. Por mais que Catherine buscasse as memorias felizes, ela não conseguia deixar de pensar nos acontecimentos ruins.

– Vamos Cathy...– Fred incentivou a garota. – É só pensar em como você tem sorte de ter um namorado lindo como eu...

– Aí, garoto...– Ela disse dando um sorriso. – Você se acha muito, Frederico!

Ela se concentrou, e tentou, uma, duas, três... sete vezes e nada. A maioria das pessoas estavam conseguindo, até mesmo Fred havia conseguido conjurar o patrono, mas ela não conseguia, talvez fosse o cansaço mental e as preocupações que assolavam seus pensamentos.

Harry estava próximo dela, tentando ajudá-la, dando mais dicas. E de repente houve-se um estalo alto, e um elfo baixinho com grandes olhos verdes, coberto de gorros na cabeça careca apareceu no meio da sala, parecia assustado.

– Dobby? – Harry disse confuso. – O que faz aqui?

– Harry Potter... Dobby, Senhor...– Ele dizia apressado. – Você tem... Ela está vindo...

– Quem está vindo, Dobby? – Harry perguntou.

– Ela senhor!!!– O elfo repetiu apressado.

Catherine conseguiu captar os pensamentos do pequeno elfo, e o pânico lhe atingiu como uma bala perdida.

– Puta merda! – Catherine xingou alto. – Saiam todos daqui agora! Umbridge está vindo!

Harry arregalou os olhos, Fred e George correram depressa, assim como Aurora e Angelina.

– Saiam Já! – Harry gritou a todos, os patronos que haviam conjurado foram se dissipando aos poucos. – VÃO! AGORA!

– Dobby, obrigada por ajudar, mas é melhor o senhor ir...– Catherine disse ao elfo que olhou para ela assustado, mas assentiu levemente com a cabeça, e sumiu.

Nesse momento, todos os outros alunos correram para todos os lados. Catherine pegou na mão de Harry, e estava perto de contorcer o corpo, na esperança de que conseguiria aparatar, ela não sabia se daria certo e estava rezando para que sim, mas então ela sentiu como se algo tivesse agarrado em seu tornozelo e a garota caiu com tudo no chão, assim como Harry.

– Filha da puta! – A garota xingou alto o suficiente para que todos ouvissem. Ela sentiu um gosto metálico em seus lábios, e ao olhar para o chão, gotas de sangue estavam caídas.

– Há! – A voz de Draco ressoou cheia de excitação devido a execução bem-feita do feitiço. – Azaração do tropeço, seus perdedores! – ele disse. – Professora! Professora! Peguei dois!

Umbridge surgiu ofegante, mas com um sorriso diabólico no rosto ao vê-los caídos no chão, Ethan estava mais sorridente ainda, ao seu lado. Catherine precisou de todo o seu autocontrole para não deixar toda a sua energia ser liberada.

A mulher deu algumas instruções aos outros alunos que estavam perto, nesse meio tempo, Ethan pegou Catherine com violência extrema e colocou-a sob os seus ombros como se ela fosse um pedaço de nada.

– Eu disse, Riddle...– Draco falou dando uma risada. – Você deveria tomar cuidado, princesa.

Em resposta, Catherine cuspiu no rosto do garoto, e gargalhou quando ele fez uma expressão de nojo.

– Vai se foder, Malfoy! – Ela disse mostrando o dedo do meio para ele. Quem a visse naquela situação, diria que ela havia enlouquecido de vez. Aquilo com certeza significaria o fim de seus dias em Hogwarts...

Eles chegaram rapidamente até a gárgula de pedra que dava acesso a sala do diretor. Catherine ainda estava sendo carregada por Ethan que fazia piadas sobre o estado dela.

– Vamos ver quem vai rir por último, Ethan...– Ela murmurou, seu tom de voz soou maligno até mesmo para ela, mas havia um certo prazer nisso.

Ao entrarem na sala, Ethan colocou-a com violência no chão. Ela analisou cada canto e cada rosto das pessoas que estavam presentes. Dumbledore estava sentado atrás de sua escrivaninha com o olhar sereno, em contrapartida MacGonagall estava tensa, e ao seu lado estavam o Ministro da Magia Cornélio Fudge, com uma expressão de satisfação, Kingsley Shacklebolt estavam parados próximo a lareira, e um outro bruxo alto carrancudo, estava do outro lado. Ela notou que um garoto ruivo de óculos que lembrava vagamente o Sr. Weasley estava parado no local próximo ao Ministro.

Percy Weasley. Catherine tinha escutado a Sra. Weasley falar sobre ele, o rapaz desde que começara a trabalhar no ministério, não acreditava que Voldemort havia retornado, e assim cortara relações com a própria mãe.

"Cuzão!", Catherine pensou. Afinal de contas, quem abandonaria a própria família?

Os retratos dos antigos diretores observavam a situação com certo nervosismo, alguns cochichavam entre si, e outros olhavam atentamente.

– Ora, ora...– Fudge falou de forma prazerosa.

Catherine abriu um sorriso grande quando ele encarou a garota, com medo no olhar. Harry o xingava de tantos nomes, que a garota agradeceu por ninguém conseguir ler a mente do rapaz, além dela.

– Esses dois estavam voltando à Torre da Grifinória! – Umbridge disse, sua voz tinha o mesmo tom da noite em que demitira Trelawney. – O nosso querido aluno Malfoy, encurralou-os com êxito! E é claro, contamos também com a ajuda do Auror, Ethan.

– Muito obrigado, senhora...– Ethan disse formalmente, sua voz esbanjava prazer e crueldade. – É sempre bom poder ajudar a manter as coisas em ordem. – Ele segurava Catherine com firmeza ainda, de modo que ela não conseguia se mover bem.

– Poderia afrouxar o aperto, por favor...– Catherine disse para Ethan. – Ou agora vocês maltratam alunos? Bom saber que o Ministério aprova esse tipo de atitude.

Ethan largou a garota com violência.

– Bom, espero que vocês saibam por que estão aqui...– Fudge disse olhando para Harry e Catherine que estavam lado a lado. Ele então virou se para Percy Weasley. – Meu caro rapaz, poderia dar um lenço para a Srta. Riddle?

O ruivo ficou pálido, e se remexeu de forma nervosa vasculhando os bolsos a procura de algo, então surgiu com um lenço e entregou a garota com certo receio. Catherine precisou se conter para não rir dele.

– Obrigada, senhor Weasley. – Ela disse, e o garoto arregalou os olhos. Dumbledore deu um sorrisinho para ela.

– Como eu ia dizendo...– O Ministro disse sério. – Acredito que vocês dois saibam por que estão aqui...

– Não. – Os dois responderam.

– Perdão? – Perguntou Fudge.

– Não fazemos ideia do porquê que estamos aqui, senhor. – Catherine disse o mais inocente possível.

– Vocês não sabem?

– Não, senhor, não sabemos...– Harry disse.

Fudge olhou para Umbridge com a testa franzida, o seu rosto transparecia confusão. Catherine olhou para Harry que encarava Dumbledore, que continuava sereno como se nada demais estivesse acontecendo. Os olhos do diretor brilhavam de excitação a espera do que viria.

– Então vocês não tem ideia – Fudge começou a dizer de forma sarcástica. – Por que a professora Umbridge os trouxeram até aqui? Vocês não sabiam que acabaram de infringir um regulamento da escola, muito menos os decretos do Ministério?

– Não senhor...– Eles disseram em coro.

"Quem eles pensam que são?", Harry disse para Catherine.

"Maltratam os alunos o tempo inteiro, colocaram essa gárgula que não tem bom senso, e nós que estamos quebrando as regras e somos vistos como criminosos?", ela disse.

Catherine sentia que seu corpo estava entrando em colapso, seu coração estava tão acelerado que ela tinha quase certeza de que todos conseguiam ouvir o som dele batendo contra sua caixa toráxica, seus dedos formigavam, e suas têmporas pareciam estar sob uma pressão extrema. Em contrapartida, Catherine estava adorando ver Fudge e Umbridge ficarem irritados, nada se comparava a felicidade que ela sentia em vê-los vermelhos como dois tomates feios.

– Vão me dizer, então, que é novidade para os dois que foi descoberta uma organização ilegal de estudantes? – O Ministro falou ficando cada vez mais vermelho.

– É sim, senhor...– Harry disse com inocência.

– Nunca tive ciência disso...– Catherine confirmou, limpando o nariz que ainda sangrava.

– Sabe Ministro, – Umbridge surgiu atrás deles, falando com leveza. Mais uma vez Catherine respirou fundo. – Acho que faríamos um progresso se trouxéssemos a nossa informante.

Catherine ao ouvir aquilo arregalou os olhos levemente, ao lembrar-se de que Hermione havia colocado um feitiço no pergaminho. "Quem foi o doido de dedurar a gente?", ela se perguntou de forma nervosa.

– Nada como uma boa testemunha, não é Dumbledore? – o ministro alfinetou o diretor.

–Nada mesmo, Cornélio...– ele respondeu de forma amigável, inclinando a cabeça. Fudge mais uma vez ficou nervoso ao vê-lo tão calmo.

Catherine ouviu os passos apressados de Umbridge, e logo depois ela surgiu segurando pelos ombros Marieta Edgecombe, amiga de Cho Chang. Catherine não a conhecia muito bem, mas sabia que Marieta a princípio não queria participar da AD. A garota estava com o rosto coberto pelas mãos, e para a sua surpresa, seus pensamentos não eram lá muito reveladores, parecia que a bruxa estava numa espécie de transe, ou coisa parecida.

–Não tema minha querida...– Umbridge disse suavemente acariciando de leve os ombros de Marieta. – Você não fez nada de errado, estamos muito orgulhosos de você... Sua mãe sentirá orgulho de você, diremos a ela o quão boa você foi...– a garota se encolheu mais ainda. – Sabe Ministro, a mãe de Marieta trabalha no Departamento de Transportes Mágicos, na seção da Rede de Flu, ela tem nos ajudado a fazer vista grossa nas lareiras de Hogwarts.

– Ah sim... Muito bom! – Fudge deu uma risada rouca. – Vamos, querida não se acanhe, erga a cabeça.... vamos ver o que você tem a nos dizer.... Por Merlin!

Marieta ergueu a cabeça e Catherine quase se engasgou ao ver a cena, nesse meio tempo, Fudge pulou para próximo da lareira fazendo com que a capa quase pegasse fogo. Não haviam palavras suficientes que pudessem descrever o espanto que Catherine sentiu ao ver que além do rosto da garota estar completamente desfigurado com pústulas roxas que formavam bem grande, a palavra "DEDO DURO!".

A garota estava totalmente envergonhada e logo puxou as vestes para cima, a fim de cobrir o rosto. Umbridge chegou a pedir para a garota que ela falasse algo, que não precisava sentir-se envergonhada, mas Marieta apenas sacodiu a cabeça em negativa.

– Ah, pobre garota... Se você não quer contar, eu conto! – Umbridge disse furiosa, então sorriu enlouquecida para os que estavam presentes, e voltou a dizer. – A Srta. Edgecombe, veio a minha sala antes do jantar de hoje à noite, e disse que queria me contar algo. E assim, contou que havia uma sala no sétimo andar, conhecida como a sala precisa, e que se eu fosse lá em algumas noites, eu descobriria que algo que me interessava aconteceria. Perguntei-lhe do que se tratava, e ela mesma havia dito que ocorreria uma reunião lá mais tarde. Infelizmente não consegui mais informações, pois a azaração produziu efeito deixando-a nervosa.

Catherine não deixou de sentir-se feliz ao ver que Hermione executara a azaração com perfeição, ela estava tão irritada por Marieta ter contado à Umbridge sobre a AD, que sem querer ela fez o fogo da lareira ficar alto por um minuto, assustando a todos. Dumbledore tossiu alto chamando a atenção para si.

– Perdão, essas lareiras...– Ele disse como se aquilo fosse algo habitual. – Continuem, por favor...– O diretor lançou um olhar cheios de significados para Catherine. Ela precisava se acalmar, mas a atmosfera do lugar estava tão ruim, que seus poderes estavam completamente descontrolados.

– Claro... Bom a senhorita Edgecombe agiu muito bem, contando a Umbridge...– Fudge disse. – Gostaria de saber o que aconteceu nessas reuniões, e nomes de quem participava... poderia nos dizer? Não há uma contra azaração?

Marieta continuou em silencio, e balançou a cabeça em negativa, seus olhos observavam os rostos de cada um presente naquela sala, com espanto.

– Não consegui achar ainda, mas não faz diferença se ela não quiser falar. – Umbridge disse com certa indiferença. – O senhor deve lembrar-se que lhe enviei um relatório informando a ida de Potter e Riddle ao cabeça de Javali em Hogsmead...

– E qual prova seria? – MacGonagall disse interrompendo a mulher. Catherine acreditava que se não fosse o ministro da magia, ou até mesmo a presença de Dumbledore na sala, MacGonagall com toda certeza iria azarar Dolores.

– Temos o testemunho de Willy Widdershins, que por acaso estava no local naquela ocasião. – Dolores respondeu dando um sorrisinho de triunfo. – Ele ouviu tudinho, que eles disseram. Inclusive, belo discurso sobre a "morte", da sua mãe, Riddle...

– Por mais doloroso que seja, professora Umbridge, minha mãe realmente está morta...– Catherine disse, sua voz soava frieza.

– Ah, sim... Riddle... – Umbridge sorriu com falso pesar. – Mas não temos provas concretas do ocorrido...

– Dolores, o assunto não é sobre Eleonor Clark, e sim sobre as descumprimento das regras...–Fudge disse chamando a atenção da mulher.

– Claro, Ministro... Me perdoe. – Umbridge falou com mansidão. – Bom, a finalidade desse encontro deles com esse grupo de estudantes, era fundar uma sociedade ilegal, com o objetivo de aprender feitiços e maldições. – Ela voltou a dizer. – Maldições que o próprio ministério declarou inadequadas!

– A senhora está enganada Dolores...– Dumbledore respondeu calmo, enquanto observava a todos por cima dos óculos em formato de meia lua.

Catherine e Harry se entreolharam com certo pavor, não havia mais escapatória, eles estariam completamente ferrados. A garota já se imaginava fazendo as malas, e ficando sem lar.

– Ahá! – Fudge exclamou, então cruzou os braços a frente do corpo. – Vamos ouvir a próxima mentirada que o senhor vai contar para livrar Potter da punição. O Senhor Widdershins estava mentindo, então? Ou era um irmão gêmeo perdido de Potter, e uma alucinação o fez pensar que Riddle estava por lá também? Ou será outra baboseira, de reversão do tempo, um morto que retorna a vida e uns dementadores invisíveis, e viagens malucas para outra realidade?

– Se o senhor não acredita que Voldemort retornou, por que tem tanto medo de dizer o nome dele? – Catherine deixou escapar as palavras, Fudge olhou para ela furioso, e por um momento pareceu engasgar com as palavras proferidas por ela. – Afinal de contas, ele está morto, então não tem o que temer, Ministro.

– Ora... isso não vem ao caso, Riddle. – Percy defendeu-o. – E tenha mais respeito com o Ministro!

– Obrigado, Weasley. – Fudge disse voltando-se para o rapaz, que sorriu orgulhoso de si.

A cabeça de Catherine latejava sem parar, e ela se perguntava se era por conta do cansaço ou se era devido a pancada que ela deu com o nariz ao cair no chão.

– Mas veja bem, Cornélio...– Dumbledore sorriu gentilmente. – Não estou negando absolutamente nada, e acredito que Harry e Catherine também não estão. Só estou dizendo que Dolores está enganada de que o grupo fosse ilegal à época. Sabemos que a senhora tem uma ótima memória, e deve-se lembrar que o Decreto Educacional que proibiu as associações de estudantes, apenas entrou em vigor dois dias depois da reunião. Desse modo, não infringiram regulamento algum no momento.

Harry e Catherine seguraram uma risada, ao verem o rosto de Fudge se contorcer de um jeito estranho.

– Se o primeiro encontro não foi ilegal, os outros que ocorreram depois foram! – Umbridge disse com a voz um esganiçada. A mulher estava começando a perder o controle.

Dumbledore olhou para a professora com certa curiosidade, então disse.

– Eles seriam, se apenas, se... tivessem continuado depois do decreto entrar em vigor. A senhora tem alguma prova de que continuaram as reuniões?

Catherine de repente sentiu algo passar por trás dela seguido de um cochicho, mas era apenas Kingsley parado com as feições sérias. De repente ela sentiu a presença de alguém mais no cômodo, mas permaneceu quieta, talvez ela estivesse delirando.

Umbridge naquele instante estava prestes a ter um ataque cardíaco. Sua voz estava esganiçada e alta, enquanto ela tentava arrancar informações de Marieta que se manteve quieta a todo instante. A mulher chegou a sacudi-la pelos ombros quando negou que houveram mais reuniões. Catherine notou os olhos da menina ficarem enevoados e o olhar fixou-se a sua frente.

– Sabemos que a reunião de hoje aconteceu...– Fudge disse de modo quase autoritário como se quisesse determinar algo.

– Sim.... Sim! – A Alta Inquisidora disse. – Fui informada pela Srta. Edgecombe e fui diretamente para o local com os estudante de minha confiança. Porém ao que parece, eles foram avisados, pois quando chegamos ao sétimo andar, todos corriam em direções diferentes. Mas pedi a Srta. Parkinson que entrasse na sala precisa, para ver se havia alguma prova. E eis ela aqui!

Catherine olhou assustada para Dumbledore, enquanto a professora entregava um pedaço de pergaminho à Fudge. A lista estava entregue, o Ministro da Magia avaliava os nomes escritos.

Agora sim tudo estava perdido...

(...)



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