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História Livro 1: Dangerous Reality|Fred Weasley - Capítulo 49-Confrontos.


Escrita por: analuna_w

Capítulo 50 - Capítulo 49-Confrontos.


(…)

A passagem dava acesso a mesa onde os professores faziam as refeições, haviam dois lugares vagos, próximos a cadeira do diretor, ela achou estranho ser convidada para jantar com os mais velhos, e preferia mil vezes sentar-se à mesa da Grifinória. Os alunos ao verem que ela estava próxima ao diretor, se cutucavam e cochichavam, Hermione, Rony e Harry olharam para mesa e sorriram para ela, que retribuiu. A garota cumprimentou os demais professores e sentou-se ao lado de Dumbledore e depois Snape sentou-se ao seu lado, deixando o clima mais desconfortável do que já estava.

– Ah, Srta. Riddle…– Dumbledore sorriu gentilmente para ela. – Espero que esteja confortável, guardei um lugar ao meu lado para você, pois gostaria de conversar durante a refeição…

Por mais inusitado que fosse, Catherine não estava com fome, mas não negou o banquete delicioso, pois sabia que iria se arrepender mais tarde, além o fato de que assim que o cheiro hipnotizante chegou a suas narinas, o estômago da jovem roncou alto, fazendo Dumbledore dar uma risadinha abafada.

Catherine deu a primeira garfada sentindo o sabor de cada especiaria utilizada na comida, e agradeceu mentalmente pela refeição.

– Então, professor Dumbledore. – Catherine disse tomando um gole do que parecia ser suco de uva. – O que o senhor gostaria de conversar?

– Eu gostaria que você viesse a escola no dia Sete de Setembro, teremos uma aula...– Ele disse em voz baixa. – Se quiser trazer o Sr. Weasley…

– Não estamos mais juntos, senhor. – Catherine respondeu tentando não ser rude, mas ela sentiu um gosto ácido subir por sua garganta ao dizer aquilo. Era estranho demais para a jovem dizer aquelas palavras, e sempre que fazia isso, era como se algo a rasgasse de dentro para fora.

Dumbledore pareceu espantado com a notícia, e olhou para a garota com um olhar entristecido.

– É uma pena ouvir isso…– Ele disse. – Peço desculpas pela minha falta de tato...

– Sem problemas, senhor. Não tinha como você adivinhar. – Catherine respondeu dando um sorriso curto.

– Nunca fui muito bom com os assuntos do coração, mas se precisar de alguém para conversar, saiba que estou à disposição. – Dumbledore falou carinhosamente.

– Obrigada, senhor. – Ela respondeu, então mudou de assunto antes que ela começasse a ter uma crise de choro na frente de todos. – E o que veremos na aula?

– Ah, isso será uma surpresa minha...– Ele respondeu, depois que tomou um longo gole do suco. – Como antes, mandarei todos os detalhes necessários por carta. Lembrando que seria prudente se você não fizesse truques para entrar na escola, a vigilância está muito rigorosa, e a sua chegada repentina pode não ser vista como algo agradável, e não queremos acidentes.

– Hã, claro senhor… nada de truques. – Catherine concordou. Ela ouviu Snape murmurar algo ao seu lado, mas ignorou-o totalmente, não estava a fim de se irritar com ele naquele momento. Ela não entendia bem quais eram as motivações dele para sentir tanto raiva da garota, Catherine tentava a todo custo não levar para o lado pessoal, mas o professor não facilitava as coisas.

Alguns minutos depois, Hagrid apareceu e juntou-se aos professores para a refeição, ele sorriu para Catherine de um jeito caloroso e a garota retribuiu, levando um olhar nada amigável de Snape. Novamente, ela se perguntou o porquê de o professor tratá-la daquela forma, não poderia ser apenas o fato dela ser parecida com sua mãe, havia algo a mais, que o incomodava, mas Catherine não seria a pessoa que perguntaria a ele sobre isso, embora sua curiosidade para saber o que passava na mente do bruxo fosse enorme.

Ela olhou para a mesa da Grifinória perdendo-se em um devaneio, quando a lembrança de seus momentos com Fred nos jantares tomou conta de seus pensamentos. Catherine queria reviver cada dia em que passara com ele, era extremamente doloroso não o ter por perto, e por mais que ela entendesse as razoes do rapaz por ter dado um fim ao relacionamentos deles, Catherine ainda tinha um resquício de raiva que corroía as paredes de seu estômago dia após dia, pois ela queria lutar por eles...

A sobremesa apareceu algumas horas depois, e Catherine comeu um pedaço de pudim que estava esplêndido. O assunto com o Diretor de Hogwarts se estendeu pelo resto do jantar, ela precisou segurar-se ao máximo para não o questionar diversas vezes sobre o porquê de ele esconder tantas coisas dela, quando ela era pessoa que mais merecia saber de toda a verdade. Era frustrante demais não conseguir ter informações dele, e mais uma vez ela estava colocando em dúvida o seu caráter.

Ao final da refeição, haviam poucos alunos no salão principal. Harry, Hermione e Rony ainda permaneciam sentados a mesa, esperando que Catherine fosse até eles.

– Com licença, diretor. Mas, será que eu poderia me retirar? – Ela perguntou.

– Claro, Srta. Riddle…– Dumbledore respondeu, parecendo que sairá de um devaneio. – Severo, por favor, poderia acompanhar Catherine até a saída?

– Não precisa, senhor... eu conheço o caminho. – Catherine disse mostrando uma falsa simpatia.

– Com todo respeito, Professor Dumbledore. Acredito que senhorita é mais do que capaz de seguir o caminho sozinha, já que ela é uma das bruxas mais poderosas de todos os tempo, – Snape falou com certa ironia em seu tom de voz. Então ele acrescentou.  – Depois do senhor, é claro.

– Estou longe de ser a bruxa mais poderosa. – Catherine falou.

– Muito modesta, como sempre…– Snape disse com o mesmo tom de voz irônico.

– Severo…. – Dumbledore olhou para ele de modo estranho, e Catherine não gostou daquilo. O bruxo mais velho baixou o olhar para a garota. – Se a Srta. Sente-se segura para ir sozinha, fique à vontade, mas tome cuidado. Talvez seja melhor usar uma chave de portal...

– Eu estou bem, senhor… Obrigada. – Catherine disse. – Espero receber sua carta confirmando os detalhes da aula.

– Não me esquecerei... – Dumbledore disse dando um sorriso. – Tenha uma boa noite.

– Os senhores também. – Catherine disse ao retirar-se da mesa.

Ela desceu os degraus e andou na direção do trio que agora conversavam enquanto saiam do salão principal. Catherine foi andando atrás deles, até hall de entrada que antecedia as escadas.

– Eu estou dizendo...– Harry dizia. Ele mal havia notado a presença da garota. – Catherine conversou com o Malfoy, e do jeito que ele estava falando dela na cabine, parece que foi sério. Sem falar que ela parece que está tentando esconder algo de mim...

– A Catherine deve estar fazendo para o seu bem, Harry…– Hermione disse em defesa da amiga. – As vezes é bom você não saber de tudo, sempre que acaba fazendo algo imprudente…

– Isso não é verdade! – Harry disse como se tivesse sido ofendido. – Eu sei ser bem estratégico quando eu quero…

– É Harry... como no trem mais cedo, quando o Malfoy quebrou o seu nariz...– Catherine disse em voz alta, fazendo com que o grupo se assustasse. – Bem estratégico...

– Porra, Catherine…– Rony praguejou. – Não deveria fazer isso!

– Olha a boca, Rony! – Hermione reclamou.

– Falando assim você parece a mamãe…– O garoto resmungou para ela, e Harry tentou segurar uma risadinha.

– Enfim…– Catherine disse antes que Hermione dissesse qualquer coisa. – Eu conversei com o Malfoy, mencionei a marca e ele ficou todo desconfortável, apesar de manter a cara de durão. – Ela falou prestando atenção se havia alguém mais nos corredores. – Eu disse a ele, que se tentasse armar algo, eu iria ser um empecilho bem grande para ele... Depois ele jogou algumas coisas na minha cara, eu joguei na dele também, e fui embora.

– Vocês dois sempre se metem em encrenca…– Hermione disse com preocupação. – Sabe, as vezes vocês tiram conclusões precipitadas das coisas.

– Odeio concordar com a Hermione, mas é verdade...– Rony falou. – Principalmente você, Harry. Catherine tem os motivos para não gostar dos Malfoy, que vão muito além deles serem comensais da morte...

– Dessa vez é diferente. – Catherine explicou. – Não sei ao certo o que ele está tramando, mas ele está... Sem falar de que desde o ano passado ele anda praticando oclumência, já tentei ler a mente dele algumas vezes e não consegui, quem não tem nada a esconder, não usaria oclumência.

– Como o Snape, ou Dumbledore… todos os bruxos experientes usam...– A garota ralhou.  – Não que eu o ache experiente, mas também não é um completo imbecil.

– É... esses dois também escondem muitas coisas. – Catherine falou sentindo um gosto amargo subir por sua garganta.

– Como assim?

– Riddle, achei que estivesse de saída...– A voz de Snape surgiu atrás do grupo. – Ou vai continuar a fazer aulas em Hogwarts e eu não fiquei sabendo?

– Conversamos melhor quando eu voltar. – Catherine falou tentando manter a calma.

– Até...– Harry disse, mas antes de ir embora, o garoto a surpreendeu com um abraço apertado. Catherine pareceu congelar no lugar por alguns segundos, mas ao mesmo tempo, ela sentiu-se bem ao receber um abraço sincero do rapaz, isso significava muitas coisas, já que ele não era muito de falar sobre os próprios sentimentos.

– Nos vemos depois, então...– Rony falou. O olhar do garoto foi do rosto dela para o do professor Snape.

Hermione deu um abraço rápido nela, sem ao menos dizer uma única palavra e logo tratou de seguir os meninos.

– Comovente a amizade de vocês...– Snape falou interrompendo os pensamentos da garota.

– Boa noite, professor Snape. – Catherine disse ríspida, em seguida ela andou até a porta enorme do castelo. No caminho ela notou os Aurores perambulando pelo perímetro, que ao verem instintivamente pegaram as varinhas, o gesto fez ela rir. Catherine levantou as mãos e sacudiu casualmente, fingindo estar rendida. – Não sei para que sacar a varinha...

– Você não é confiável. – Um homem alto e barbudo respondeu. – Não deveria estar aqui.

– Jones, a senhorita Riddle veio a pedido de Dumbledore, caso não tenha notado ela trouxe o Sr. Potter em segurança. – Snape disse atrás dela. Mais uma vez ela não notou a presença repentina dele, e isso a deixou preocupada, as vezes ela parecia distraída demais para conseguir sentir qualquer coisa da forma devida.

– Desculpe, professor Snape. – Jones o homem barbudo disse com extrema relutância.

– Não é a mim, que o senhor deve se desculpar. – Snape disse sério e virou lentamente o corpo indicando para ela. Catherine achou estranho a atitude de Snape, ela não conseguia entender como funcionava a cabeça dele. Uma hora ele era irritantemente rude, e depois ele resolvia agir de uma maneira legal com ela, isso a deixava confusa.

– Me desculpe, Senhorita Riddle. – O homem disse entredentes.

– Não há problemas. – Ela disse revirando os olhos.

(…)

O lado de fora da escola estava estranhamente frio ao ponto de que a cada respiração dela uma pequena fumaça saia de suas narinas, e espiralava para o alto. Catherine continuou caminhando até o grande portão de ferro, sentindo o vento gelado bater em seu rosto, Snape ainda a seguia de uma distância segura.

– Veio abrir o portão para mim? – Ela perguntou parando de forma abrupta.

– A não ser que você consiga abri-lo sozinha…– Snape respondeu. – Estou curioso para saber se consegue.

– Deve estar longe das minhas habilidades incríveis. – Catherine falou com estupidez. Ela não iria tentar abrir o portão, não quando ela sabia que se caso ela tivesse sucesso, qualquer coisa que desse errado em Hogwarts seria jogado nas costas dela, e ela já estava em seu ápice de irritação com as consequências sempre caindo em cima dela.

– Então me dê licença...– Ele retrucou arqueando levemente a sobrancelha. Ela se afastou e deu passagem para o Snape. Assim que o professor passou por ela, Catherine sentiu um cheiro suave de ervas, que lembravam vagamente o cheiro que sua mãe tinha. Erva doce e alecrim.

Em poucos segundos o portão já estava sem o cadeado e entreaberto. Snape encarava o horizonte sombrio com os olhos semicerrados.

– Boa noite, Riddle. – Ele disse quando a garota passou por ele, ainda sentindo o aroma familiar, que despertou memórias que ela tanto lutava para esquecer, como a morte da sua mãe.

– Boa noite.

Catherine andou por alguns metros, sentindo olhares as suas costas apesar de estar completamente só naquele momento. Seu corpo entrou em estado de alerta máximo, os pelos de seus braços estavam eriçados como se previssem que algo estava a espreita, barulhos de galhos se quebrando faziam o rosto da garota virar em diferentes direções, mas ela não conseguia enxergar naquela escuridão, seu coração estava acelerado ao ponto de ela conseguir ouvir cada batida que ele fazia. Mais uma vez ela ouviu um barulho alto, próximo demais dela e Catherine parou onde estava, e começou a sentir as pontas dos dedos formigando, de modo que se estendeu até seus braços rosto, e pernas.

A sensação era extremamente boa. O poder correndo por cada pedacinho de seu corpo, lhe dava uma sensação de êxtase, como se ela tivesse experimentado a melhor droga. A garota ouviu os pensamentos maldosos a poucos centímetros de onde ela estava, apesar do escuro ela conseguia sentir a presença da pessoa.

– Sabe, Sra. Lestrange…– Catherine falou em voz alta. – não precisa se esconder… ou tem medo de que eu acabe com você?

Bellatrix não respondeu, mas os pensamentos altos da mulher estavam mais próximos que antes.

– Você acha que eu vim atacar você, gracinha? – Ela disse como se estivesse falando com um bebê. – Ah, não… embora talvez eu devesse me vingar daquele dia em que…

– Eu te dei uma surra no Ministério? – Catherine disse recordando-se do momento. – Aquele dia foi glorioso, pena que você sumiu depois, achei que ficaria mais tempo para a festa...

– Ah, mas ainda não acabou…– Bellatrix disse saindo do meio da floresta. Ela trajava um vestido longo e preto justo na cintura, que lhe dava um ar jovial, os cabelos negros cacheados, estavam presos em um coque desarrumado, e em seu pescoço havia um cordão de prata com um pingente de cobra. Uma coisa era certa, por pior que Bellatrix fosse, ela era uma mulher muito bonita. – A brincadeira só estava começando, ainda tem muitas coisas boas para acontecerem, e se você vir para o nosso lado, quem sabe podemos poupar algumas pessoas…

– Como se o Tom, fosse deixar qualquer um vivo…– Catherine disse em tom de desafio. A garota deu um largo sorriso ao ver – com extrema dificuldade– as narinas da mulher dilatarem-se de raiva.

– Como ousa, chamá-lo assim! – Ela esbravejou. – Sua mestiça imunda… Você é muito sortuda por ser filha do Lorde das Trevas, caso contrário eu teria matado você com gosto.

– Não sei o porquê de tanta raiva, eu só o chamei pelo nome de nascimento dele, e por mais que ele queira fugir do passado, e tenha trocado o nome dele por essa coisa brega e ridícula que é “Voldemort”, não há escapatória. – Catherine sorriu. – Esse será apenas um dos fantasmas que o perseguem.

– Você gosta de desafiar as pessoas, igualzinho a sua mãe. – Bellatrix disse com desgosto.

– Só herdei as melhores características...– Ela respondeu, notando que a bruxa sentia ciúmes, pois no fundo, Eleonor havia conseguido algo que ela não teve sucesso. – Você está com ciúmes, o que é compreensível, diante da falha horrenda que você é em tudo o que faz… Começando pelo fato de não ter conquistado o coração do seu tão amado mestre, não é?

As palavras saíram da boca de Catherine com tanta amargura e nojo, que até mesmo ela ficou impressionada em como estava lidando com a situação. Algo dentro dela ansiava por um duelo, no qual ela sabia que ganharia.

– Você vai se arrepender, Catherine. – Bellatrix disse segurando firme a própria varinha. – Eu vou garantir que você sofra bastante…

– Que nem no Departamento de Mistérios, quando eu arremessei você para o outro lado da câmara? – Ela disse andando casualmente. – Eu adoraria ver você tentar… Encoste um dedinho naquela escola, ou em qualquer pessoa do meu círculo de amizade, e eu farei questão de caçar você até o inferno!

Bellatrix deu uma risada transloucada, ela estava prestes a atacá-la, mas algo a fez recuar. Ela ergueu o queixo e deu um sorriso diabólico.

– Em breve, coelhinha…– A mulher disse antes de sumir pelo céu escuro, Catherine conseguia ouvir a gargalhada alta da bruxa perfurando seus tímpanos.

A jovem ao relaxar o corpo, sem querer deixar-se descontrolar fazendo com que uma grande quantidade de eletricidade se expandisse no local, derrubando algumas árvores ao seu redor. O baque havia sido tão forte que Catherine chegou a ajoelhar-se no chão, que agora estava marcado com o formato de seus sapatos. E pela primeira vez ela se sentiu viva, como se o seu corpo finalmente estivesse sentindo as coisas da forma que deveria.

(…)

Ao chegar no Largo Grimmauld tudo estava escuro, exceto por uma luz fraca que vinha da cozinha, a garota ao se aproximar do local, se deparou com Aurora dormindo com a cabeça em cima da mesa.

– Aurora...– Catherine chamou-a delicadamente. – É melhor você se deitar na sua cama.

A amiga levantou-se de repente como se tivesse acabado de sair de um péssimo pesadelo, ela estava completamente desnorteada, e ao ver Catherine ela fez uma careta furiosa.

VOCÊ BEIJOU O DIGGORY??– ela disse em voz alta. – SUA SAFADA!

– Mas que porra…– Catherine praguejou. – Fala baixo! Está maluca?

– Eu não estou maluca, mas aparentemente você está! – Aurora falou irritada. – O bonitão gosta de você, não é justo sair dando umas beijocas nele se não sente o mesmo.

Catherine sentiu-se culpada por aquilo, Aurora tinha razão.

– Eu sei…, mas me pareceu certo. – Catherine falou. – Ele é importante para mim.

– Mas não do mesmo jeito que o Fred é! – Ela retrucou, ouvir aquilo fez com que uma ferida reabrisse em seu coração. – Eu entendo que o Cedrico é gostosão e tudo mais, é só que talvez ele tenha a impressão errada disso tudo, e não acho que seja correto dar falsas esperanças a alguém.

– Ele disse que estávamos vivendo num momento que tudo está incerto, e então...– Catherine bateu com a mão na testa, novamente sentindo-se idiota, ela havia cedido a um desejo seu, e mal pensou nas consequências que poderiam ser acarretadas.

– Só estou dizendo, que é bom conversar com ele sobre isso. – Aurora falou limpando o canto da boca que estava com um pouco de baba escorrendo. – Ele chegou aqui todo sorridente, e eu o vi fazendo uma dancinha da vitória esquisita enquanto fazia um sanduíche. – ela deu uma risadinha. – Cedrico é um bom garoto, Cathy. Não o deixe confuso.

– Eu vou conversar com ele amanhã. – Ela disse bocejando alto. – Estou exausta! – Aurora olhou para ela de modo estranho como se escondesse algo. – O que você está tentando esconder de mim? Ficou tensa de repente.

– É... é…– A garota começou a gaguejar, então ela gemeu com insatisfação. – Fred fez uma merda hoje...

Catherine respirou fundo.

– Que tipo de merda? – Ela perguntou ficando nervosa.

– Ele trouxa a garota com quem está saindo até aqui. – Aurora respondeu. – Que é muito chata, por sinal… ela fez perguntas estranhas, e não sei por que tem algo nela que soa muito familiar...

Ela olhou para Aurora desconfiada.

– Que tipo de perguntas?

– Ah, várias… o que fazíamos aqui, ou porque você continuava na Sede, já que você é tida como perigosa por muitos. – Aurora explicou. – E perguntou coisas pessoais também sobre tudo e todos. Quando questionei Fred o porquê que ele trouxe aquela perua aqui, ele ficou todo estressadinho, e disse que ele também era membro da ordem, e estava tentando ajudar a todos trazendo reforços, eu achei meio suspeito. – Ela estremeceu. – Não gostei daquela garota, e não é nada relacionado a competitividade feminina, longe disso! Mas a aura que ela carrega, não é boa Cathy.

O ar pareceu ficar mais gelado dentro da casa, à medida que os segundos em que ela ficou em silencio iam passando.

– Bom, eu não posso fazer nada em relação a isso... infelizmente, Fred é bem grandinho e sabe que todas as ações dele possuem consequências. – Catherine falou tentando ser o mais racional possível, embora o seu ciúme lhe desse um certo combustível para ir até o apartamento do garoto e enchê-lo de bolachas na cara, ela tinha esperança de que assim os neurônios dele começassem a fazer a sinapse de forma adequada, pois havia algo estranhamente errado com ele. – E duvido muito que ele iria me escutar, ainda mais depois da cena ridícula que ele fez mais cedo.

– Que cena ridícula? – Aurora perguntou curiosa.

– Ele me viu beijando o Cedrico, e saiu todo nervosinho da Toca. – Catherine falou revirando os olhos com irritação.

 

– HÁ!!!Dor de cotovelo! – Aurora disse rindo. – Ele não pode reclamar, até porque ele quis terminar...– Catherine olhou para ela com olhar de censura. – Eu sei, eu sei… os “dois” quiseram… embora eu saiba que você não quis porra nenhuma…

– Olha os modos Aurora...– Sirius surgiu de repente. Ele usava um roupão na cor vinho que o deixava extremamente bonito. – Deveriam estar dormindo, isso não é hora de vocês estarem acordadas!

 – Ah, qual foi cabeludo! – A garota disse em tom brincalhão, mas Sirius olhou sério para a garota. – Tá bom... eu estava esperando a beijoqueira chegar.

– Ah, sim…– Sirius olhou para Catherine com os olhos semicerrados. – Agora entendi, porque o Diggory chegou tão feliz aqui...

 – Por Merlim, vocês dois…– Catherine disse revirando os olhos. – Você não deveria estar dormindo com o seu marido?

– Remus e eu não somos casados ainda..., mas sim eu estava com ele – Sirius disse ajeitando o roupão. – Só eu ouvi a voz esganiçada de vocês e desci para certificar que estavam bem.

– Minha voz não é esganiçada! – Aurora falou enquanto mexia no próprio cabelo. – É tão bela quanto o canto de uma sereia.

– É... que ficou entalada com algas marinhas…– Sirius retrucou dando uma risada alta.

Ei! – Aurora reclamou. – Vai ficar sem petisco, hein cachorrão!

Catherine estava cansada demais para lidar com a criancice dos dois e rapidamente deu as costas a eles.

– Boa noite, crianças…– Ela disse ao subir as escadas pulando de dois em dois degraus.

Ao chegar em seu quarto, Athena estava empoleirada na gaiola e assim que viu Catherine a coruja desatou a piar alto e se sacudir freneticamente fazendo com que a escrivaninha ficasse coberta de penugens. Ela se aproximou da gaiola e abriu-a delicadamente, e logo Athena pulou em seu braço e deu leve bicadinhas em sua mão quando a garota fez carinho em seu pescoço.

– É eu sei, também senti sua falta... – Catherine sussurrou para a coruja que piou manhosamente.  Ela colocou Athena em sua gaiola, deixou o animalzinho voltar ao seu descanso, e então foi procurar uma roupa confortável, e mesmo que estivesse exausta, ela tomaria um banho relaxante, o dia não tinha sido fácil Catherine sentia os ombros tensos por conta dos conflitos que tivera.

(…)

A madrugada de Catherine foi agitada com sonhos aleatórios que envolviam uma mansão enorme, e uma junção de de coisas que ocorreram naquele dia. Ela acordou de supetão, quando ela viu Cedrico e Fred sendo mortos por Bellatrix Lestrange, a garota conseguia ouvir a a risada alegre da mulher ao ver o rosto de Catherine se contorcer de tristeza e ódio.  

A jovem estremeceu ao relembrar a cena, e ao olhar o relógio na mesa de cabeceira, viu que ainda eram 6h50 da manhã, mas ela se permitiu ficar em seu quarto por mais tempo, ela ainda estava cansada demais para tomar café da manhã.

Por volta do meio-dia, Catherine acordou de vez e lamentou pelas dores em seu corpo. Era como se ela tivesse sido esmagada pelo expresso de Hogwarts, seus pés formigavam, e sua cabeça latejava de forma extremamente incomoda, dando-lhe a impressão de que estava de ressaca.

Catherine andou até o armário com dificuldade, suas pernas tremiam e ela nem ao menos sabia o porquê disso. Ao abrir a porta do guarda-roupa, ela se deparou com uma quantidade absurda de roupas enroladas e suspirando pesadamente ela pegou a primeira roupa que viu. Um lindo vestido curto franzido na cor preta com pequenas estrelas enfeitando-o.

A temperatura estava agradável naquele dia, e como Catherine não tinha planos de sair do Largo Grimmauld, aquele vestido seria ideal para ficar confortável o suficiente para treinar os seus poderes.

A jovem herdara muitos dons de sua mãe, ela lia mentes, sentia o que todos sentiam, conseguia alterar pequenas coisas dentro daquela realidade, e muitas vezes mexer com os pensamentos das outras pessoas, e mesmo estudando muito sobre realidades e as propriedades de cada uma delas, a garota ainda se sentia frustrada por não conseguir viajar entre elas como havia feito no dia em que sua mãe faleceu. Ainda assim, mesmo que a frustração batesse na sua porta, Catherine não conseguia deixar de expressar certo alívio, pois com todo esse poder que já havia dentro dela, Voldemort já a queria por perto, o que ele seria capaz de fazer se ela soubesse viajar dentro das infinitas realidades? A bruxa estremeceu ao pensar nisso. Talvez fosse melhor ela não saber fazer de tudo, já era perigosa o suficiente com o pouco conhecimento que tinha.

Ao descer para o almoço, estranhamente a casa estava vazia não havia sinal algum de Aurora ou Sirius por perto, muito menos Cedrico e ela agradeceu mentalmente por não precisar conversar com ele naquele momento, sua cabeça ainda latejava de um jeito que poderia levá-la a loucura facilmente.

Catherine se surpreendeu ao ver que havia uma lasanha de quatro queijos esperando por ela, aquilo sim fez com que o coração da garota palpitasse, e ao mesmo tempo ficasse tão saudoso ao lembrar-se dos jantares que a Sra. Cooper (dona da loja de livros) costumava fazer nas noites de sexta feira. Ela se perguntou se a Sra. Cooper teria algum parentesco com Aurora, mesmo sendo de outra realidade, Catherine havia lido em um livro, que poderiam existir mais de uma versão de uma pessoa como um grande multiverso cada um com uma Catherine diferente, mas então rapidamente ela recordou que a filha da senhorinha já havia partido aos vinte e sete anos num acidente de carro, ou seja, caso Aurora tivesse parentesco com a Senhora Cooper, naquela realidade ela nem ao menos existia.

A refeição estava deliciosa, enquanto ela aproveitava o silêncio da casa, que uma vez ou outra era interrompido pelo barulho do encanamento, ou pela madeira estalando e até mesmo o som dos vizinhos do prédio ao lado que assistiam televisão ou deixavam algo cair no chão. Era estranho ficar lá “sozinha”, na verdade Catherine tinha se acostumado a estar rodeada de pessoas, principalmente de seus amigos… e Fred.

Era doloroso pensar na solidão agora, e um tanto bizarro, já que há muitos anos ela sempre foi sozinha, mas agora, isso tinha um peso diferente em sua vida, era como se ficar sozinha a deixasse vulnerável aos pensamentos sombrios e sádicos que tentavam penetrar em sua mente.

Em alguns segundos a porta da frente se abriu, e fechou com um estrondo. Não demorou muito para Remus aparecer, com a aparência ainda cansada da última lua cheia, ele usava uma roupa simples, calça preta, uma blusa clara e um sobretudo surrado. Ao ver Catherine ele sorriu timidamente.

–Olá Catherine! – ele disse sentando na cadeira a sua frente, e tirou do bolso uma pequena barra de chocolate. – Dormiu bem?

–Mais ou menos… parece que eu fui atingida pelo expresso de Hogwarts. – Ela responder contorcendo o rosto.  

–Você teve uma noite agitada ontem. – Remus falou encarando-a, a jovem arregalou os olhos e por um momento ficou com medo de perguntar o que havia acontecido, mas o bruxo mais velho começou a contar. – Ouvimos você chamar Fred várias vezes…– Ele suspirou. – Sente muita falta dele ainda, não é?

Catherine ficou em silêncio, era óbvio que ela sentia falta do rapaz, cada centímetro dela ansiava pelo toque dele, pela presença dele.

– Sei como se sente…– Ele falou. – Fiquei doze anos longe da pessoa mais importante da minha vida, e por muitas vezes me senti só, e não fui nenhum pouco gentil comigo mesmo… – Remus deu um sorriso triste. – Parece que não estou ajudando muito, não é…, mas o que eu quero dizer Catherine, é que as coisas se resolvem, e se vocês estão destinados a ficarem juntos, em algum momento isso vai ocorrer. Pode demorar, mas no fim o amor vence essas pequenas barreiras.

Catherine sorriu para ele ao ouvir aquelas palavras. Remus era do tipo que observava mais do que falava, mas ainda assim quando resolvia dizer algo, era sempre conseguia escolher bem cada palavra, como se ele soubesse exatamente o que falar e quando falar, e ela admirava essa habilidade dele, porque nem mesmo ela sabendo o que todos sentiam e pensavam– na maior parte do tempo– conseguia se expressar daquela forma.

– Obrigada Remus. – Ela disse. Sua voz saiu em um tom baixo, quase num sussurro. – Sirius tem muita sorte em ter alguém como você na vida dele.

– Acho que eu tenho mais sorte de tê-lo em minha vida. – Remus falou dando um sorriso envergonhado. – Ele, James, Lilian e Eleonor me deram uma família na qual eu jamais imaginei que teria. Todos foram fundamentais em cada momento, e mesmo com tantas dificuldades, e discussões que tivemos ao longo de todo esse período de amizade, eles nunca me abandonaram. Me lembro bem quando estive passando por alguns problemas relacionados a... bem, o meu “outro eu”, a sua mãe mesmo estando metida na confusão com Voldemort, ela não deixou de me acudir quando precisei, chegou até mesmo a convencer Snape de fazer a poção de acônito para mim. – Ele riu ao lembrar-se. – Ele fez uma grande quantidade para que sua mãe não o perturbasse mais. Eleonor tinha o dom de ser irritante quando queria algo, e conseguia sempre o que almejava.

– Minha mãe sempre foi muito bondosa, até mesmo com pessoas que não mereciam, mas ela sempre dizia que a gentileza era a maior arma que alguém poderia ter... – Catherine falou fungando, os olhos da garota estavam cheios de lágrimas. – Sabe, quando eu era mais nova, ela costumava contar histórias sobre um grupo de amigos que desbravavam o universo atrás de aventuras, – ela sorriu de forma saudosa. – hoje em dia eu sei que ela falava dos tempos dela em Hogwarts, com vocês. Ela sempre lembrou de todos com muito carinho, e as vezes eu a via chorando enquanto escrevia cartas que nunca foram mandadas, até porque estávamos em uma realidade onde não havia essa magia que existe aqui. Mas ela sempre os amou com todo coração.

Os olhos de Remus estavam marejados, e ele não precisou dizer o quanto que sentia falta da mãe da jovem, e de todos aqueles que se foram de forma tão repentina e triste.

Mais uma vez a porta da frente se abriu, e Sirius colocou a cabeça para dentro da sala de jantar e sorriu ao vê-los juntos. O bruxo aproximou-se de Remus e deu-lhe um abraço apertado, em seguida, fez o mesmo com a garota.

– Os dois amores da minha vida…– Ele disse admirando-os ainda com um sorriso nos lábios.

– E onde é que o Sr. Cachorrão foi? – Catherine disse rindo. – Acordei e todos estavam fora!

– Eu precisei resolver algumas coisas no Gringotes…– Sirius disse. – Depois fui à loja dos gêmeos, George parecia preocupado com algo, mas não disse nada. O Diggory foi trabalhar, e Aurora foi resolver questões da faculdade de Alquimia.  

Catherine quase havia se esquecido de que a amiga havia conseguido uma vaga em dois cursos superiores, dentre eles Alquimia e Astronomia. Aurora estava ansiosa ao ponto de querer fazer as duas coisas, mas Catherine conseguiu convencer a amiga a escolher apenas uma, ela ficou feliz ao ver que finalmente ela havia escolhido.

– E você, Cathy? – Remus perguntou. – Foi aceita em alguma?

Ela desviou o olhar para o outro lado da sala, e seu silencio foi suficiente como resposta. Sirius acariciou os ombros da filha postiça.

– Eles que saem perdendo, você e esse seu cérebro gigante! – Sirius esbravejou. – Uma garota brilhante!

– Ah, eu já sabia que isso aconteceria...– Catherine falou tentando mostrar indiferença, mas no fundo ela estava mordida com a situação. – Não tem problema, eu preciso focar mesmo em outras coisas por enquanto. –Sirius abraçou ela e deu um beijo em sua cabeça. – Eu vou para o meu quarto... preciso ler algumas coisas ainda, e treinar mais um pouco hoje.

– Tudo bem…– Sirius falou. – Moony e eu vamos continuar a nossa... pesquisa para o Moody. – ele então olhou para barra de chocolate em cima da mesa, e seu olhar entristeceu. – Já não conversamos sobre o senhor comer chocolate demais? Vai acabar ficando doente!

Catherine nunca havia entendido o porquê Remus costumava comer uma quantidade absurda de chocolates, ela achava que era apenas um velho hábito do bruxo, mas agora, olhando para o olhar de reprovação de Sirius, e na quantidade grande de chocolate que ele havia consumido durante todos aqueles meses, ela questionou em seus pensamentos o motivo dele consumir tantas barras por dia.

– Eu vou parar… Não se preocupe. – Remus disse, Sirius resmungou algo como “estou ouvindo isso há dois meses”, mas o bruxo rapidamente mudou de assunto. – Bom estudo, Cathy…

A garota ao passar por ele, deu lhe um abraço apertado.

– Pare de comer porcarias, hein…– Ela disse ao soltá-lo. – Você precisa viver bem até os 175 anos, caso contrário vamos ter um grande problema, Senhor Lupin! – Remus riu alto com a fala dela, e assentiu com a cabeça.

 – Prometo que vou me cuidar mais! – Ele falou.

– Acho bom mesmo! – Catherine falou antes de subir as escadas.

(…)

Nas primeiras duas horas, Catherine estava completamente focada em sua leitura, enquanto anotava e grifava trechos importantes de seu livro que explicava sobre magia não verbal e transfiguração, mas isso não durou muito tempo. Um zumbido irritante insistia em perturbá-la, ao ponto de ela causar pequenas rachaduras no teto de seu quarto, nem mesmo Athena quis ficar no cômodo a coruja que estava solta pelo quarto, logo tratou de querer escapar pela janela.

Depois de passar um longo tempo, a jovem resolveu dar uma pausa para escutar uma música, ela precisava de algo que a distraísse daquele zumbido, ou as coisas ficariam difíceis de lidar. Em cima de sua escrivaninha havia um rádio pequeno, e colocou um CD dado por Sirius que tinha um compilado de músicas, a sua favorita era “All The Young Dudes” de uma banda chamada Mott The Hoople dos anos 70, Sirius gostava daquela música, e o fato de significar tanto para ele, a música acabou se tornando especial para Catherine. O quarto estava estranhamente frio, ela pegou um agasalho e cobriu-se rapidamente, mas a sensação não passou.

Ela cantarolava o refrão desafinadamente, absorvendo cada nota tocada na música. Seu momento de paz, não durou muito, pois logo depois Cedrico apareceu em seu quarto perguntando se ela queria algo, Catherine sentiu-se tentada a reponder que precisava de paz e silêncio, mas ela engoliu as palavras rudes e apenas sorriu e disse que estava tudo bem. O rapaz estava bem arrumado, a barba bem cortada, os cabelos grandes presos em um rabo de cavalo, e trajava as vestes de Auror que eram basicamente uma calça jeans, blusa social e um sobretudo de couro preto por cima... Quando ele estava prestes a ir embora, Catherine suspirou e chamou-o novamente.

– Hã… quer alguma coisa, afinal? – Ele perguntou erguendo levemente a sobrancelha, mas ela sabia que ele tinha expectativa de que conversassem sobre o ocorrido no dia anterior.

– Sim, é que… eu queria falar com você. – Catherine falou, sentando-se em sua cama. Ele se aproximou e sentou-se de frente para ela.

– Tudo bem…– Cedrico disse. – Sobre o que quer conversar?

– Sobre o beijo…– Catherine falou, e ela notou o garoto tentando permanecer sério. – Não quero que você tenha a ideia errada…

– Catherine, eu sei que os seus sentimentos por mim, não se comparam ao que você sente pelo Fred. – Ele interrompeu a garota. – Eu gosto muito de você, mas sei que seu coração já pertence a outra pessoa..– Cedrico fez uma careta.– Desculpe se me expressei mal, é que eu estou querendo dizer é que você ama o Fred– Catherine fez menção em dizer algo, mas ele levantou a mão num gesto que lhe dizia para não se preocupar.– Honestamente está tudo bem por mim, a gente não manda nos próprios sentimentos, e preciso admitir que o que eu sinto por você é mais uma paixonite do que qualquer outra coisa… – ele admitiu, e riu ao ver o rosto confuso dela. – Pensa bem, você é bonita, e eu tenho uma queda por garotas inteligentes,

mandonas e possivelmente perigosas.

– Você é ridículo, sabia? – ela riu. – Então está tudo bem...– Catherine falou com cautela. Na realidade ela ainda estava meio impressionada com a tranquilidade que Cedrico levou a situação.

– Tudo perfeitamente normal…– Ele falou abrindo um sorriso. – Não há nada de errado em amigos darem uns beijos, isso fortalece a amizade! – Cedrico brincou, mas ela viu certa tristeza em seus olhos, era como se ele estivesse dividido em gostar dela e de mais uma pessoa o que o deixava extremamente confuso.

– E eu preocupada em quebrar o seu coração! – Catherine reclamou.

– Ninguém consegue destruir o que já foi quebrado, Catherine. – O rapaz disse sério, e acrescentou. – Não foi por você… vamos dizer que eu coloco um pouco de expectativa demais nas coisas, e elas acabam não saindo da forma que eu gostaria..., mas está tudo bem, as coisas acontecem da forma que deveriam acontecer.

– A Chang? – Catherine disse referindo-se a ex-namorada do Auror, Cedrico assentiu com a cabeça.

– Depois do Torneio Tribruxo, eu não lembro exatamente o que aconteceu, eu estava no labirinto próximo da taça, mas fui empurrado para fora por um feitiço, só o Harry passou e sumiu de repente. – O rosto dele ficou sombrio por um momento. – Depois eu acordei no St. Mungus, Cho tentou se aproximar de mim, mas eu estava muito indignado por toda a situação, não com o Harry… E agradeci mentalmente por não ter ido junto com ele, ou eu poderia nem estar aqui, foi mais pelo fato de que nesse meio tempo que fui atingido, eu não lembrei de mais nada, como se houvesse uma folha em branco. Fiquei quase três semanas desacordado, minhas lembranças eram todas muito confusas, e isso não foi muito bom para o meu relacionamento com ela, muitas vezes fui impaciente, e joguei na cara dela diversas coisas que até hoje me arrependo, porque Cho foi extremamente paciente comigo diversas vezes. – De repente ele deu uma risada fraca. – Eu tinha até planejado antes do torneio, pedir ela em casamento quando terminasse os estudos...

– Talvez ainda de tempo de corrigir as coisas, Ced. – Catherine falou. – Não desista da pessoa que você realmente ama.

– Você também não deveria desistir...– O garoto retrucou, ela riu sem achar a menor graça do comentário. – É sério, sua cabeçuda! Você e o Fred foram feitos um para o outro.

– Só que isso não basta, Ced. – Catherine respondeu com relutância. – O amor não foi suficiente para esse momento em que estamos vivendo, e querendo ou não eu posso ser uma ameaça, e não iria me conformar se algo acontecesse a ele, ou a qualquer pessoa da Sede.

Antes que Cedrico pudesse dizer algo, George entrou no quarto completamente descabelado, suas roupas chamativas estava amassadas, em sua testa pequenas gotas de suor escorriam. A respiração dele estava acelerada e Catherine conseguia ouvir os pensamentos confusos do rapaz.

– Fred...– Ele falou tentando pegar fôlego, aquilo foi suficiente para que ela ficasse totalmente desnorteada, algo teria acontecido com o rapaz? – Ele não voltou para casa desde ontem, não sei onde ele está com quem está… nos temos um acordo de sempre avisar aonde vamos, e nunca dormir fora de casa.

O coração de Catherine apertou de repente, e ela só conseguia pensar no pior. Seus pulmões pareciam estar cheios de água, deixando sua respiração pesada e desregulada, ela se agarrou nas beiradas de sua cama, e tentou manter sua atenção no que Cedrico estava dizendo.

 


Notas Finais


Meus amores, espero que todos tenham gostado desse capítulo! E queria saber de vocês, o que estão achando da história até agora.

No próximo capítulo vocês irão conhecer a Florence Green a nova "companheira" de Fred.

Florence nasceu na Espanha, mas mora em Londres desde os seus 4 anos de idade. Ela nasceu no mesmo ano que o Cedrico,(1977), mas frequentou Hogwarts apenas até o terceiro ano, logo depois ela entrou num programa de intercambio para a Academia de Magia de Beuaxbatons, e ficou na França até terminar seus estudos. Atualmente ela voltou para a Inglaterra (Londres) e trabalha no Ministério da Magia no "Departamento de Relações Exteriores e Esportes".

O que vocês acham que ela vai aprontar?rsrs

Fiquem bem e se cuidem!

Ana XX


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