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História Livro 1: Dangerous Reality|Fred Weasley - Capítulo 51- A Casa dos Gaunt.


Escrita por: analuna_w

Notas do Autor


Espero que todes gostem do capítulo, tenham uma boa leitura!! <3

Capítulo 52 - Capítulo 51- A Casa dos Gaunt.


(…)

– Beto Ogden, foi funcionário do Departamento de Execução das Leis da Magia. Morreu há algum tempo, mas não antes que eu o tivesse localizado e convencido a me confidenciar essas lembranças. Vamos acompanhá-lo em uma visita que fez no desempenho de suas funções. Se puderem se levantar...

Os dois levantaram-se das poltronas e caminharam até ele. Catherine notou a dificuldade do diretor em destampar o frasco de cristal que possuía um líquido prateado dentro, a mão machucada do diretor, parecia rígida demais e dolorida.

– Me dá… licença, senhor? – Harry falou com cautela.

– Ah, não se incomode, Harry...– Ele falou dando um sorrisinho travesso. Dumbledore pegou a varinha e apontou para o frasco, fazendo com que a rolha saltasse para fora.

– Senhor… como foi que machucou a mão? – O mais novo perguntou, seus olhos observavam as manchas escurecidas nos dedos do diretor.

– Agora não é hora de contar essa história, Harry. Contarei em breve. Agora temos um encontro importante com Beto Ogden. – Ele despejou o conteúdo estranho na Penseira que espiralou dentro da substância prateada que já havia lá.

– E como usamos a Penseira? – Catherine perguntou.

– É só enfiar a cara na água, Catherine...– Harry explicou.

– Exatamente! – Dumbledore concordou com um certo ânimo. – Primeiro as damas…– Ele gesticulou para a garota que não gostou muito da ideia, mas não questionou.

Catherine se inclinou, inspirou a maior quantidade de ar que conseguiu, e mergulhou o rosto na substância prateada. Ela sentiu seus pés sairem do chão, o que lhe causou certo pânico, e aos poucos ela foi caindo por um remoinho escuro, causando mais angústia em seu peito, e então, ela se viu piscando os olhos sob um sol forte, que poderia facilmente ter torrado as suas córneas. Não demorou muito para que Harry aterrissasse ao seu lado, e logo em seguida, Dumbledore apareceu ajeitando as próprias vestes.

Eles estavam de pé em uma estrada rural ladeada por cercas vivas emaranhadas, sob um céu azul e sem uma única nuvem sequer. A poucos metros de onde eles estavam, avistava-se um homem baixinho, desengonçado que usava óculos de lentes grossas demais que faziam com que seus olhos ficassem pequeninos. Catherine imaginou que aquele seria Ogden, já que ele usava uma estranha variedade de roupas, que somente bruxos usariam para tentar se enturmar com os demais. Ele usava uma combinação esquisita de um casaco e polainas por cima de uma roupa de banho listrada. Ela mal tivera tempo para observar melhor o local a sua volta, Ogden começou a andar apressado pela estrada, e Catherine precisou andar com rapidez para acompanhá-lo. Havia um grande letreiro de madeira onde se dividia em duas setas. A seta que apontava para o lado de onde eles tinham vindo, leu: Great Hangleton, 8 km. Na que andava para Ogden leu: Little Hangleton 1,6 km. 

Eles caminharam por uma distância curta, mas não havia nada de interessante para ver além da vasto céu azul, além de Ogden que caminhava apressado. A estrada fazia uma curva para direita e despencava de maneira íngrime descendo a encosta do morro, permitindo que eles tivessem uma visão panorâmica de um vale inteiro. O lugar era como se tivesse sido escrito em um livro de fantasia. Havia uma aldeia que Catherine imaginou ser Little Hangleton, que ficava bem no meio de dois morros, ela conseguia ver a Igreja e o cemitério em destaque. No outro lado do vale havia uma casa senhorial com um gramado que possuía aparência extremamente macia. Ela pensou em como seria delicioso deitar-se na grama e observar o céu, mas logo Catherine lembrou-se que era apenas uma lembrança e que não estava ali para se distrair.

O homem que caminhava a frente deles, diminuiu os passos na ladeira, enquanto Dumbledore de forma repentina aumentou a velocidade com que andava fazendo com que Catherine e Harry precisassem se apressar para acompanhá-lo. A princípio, ela havia pensado que o destino final seria Little Hangleton, mas logo, ela avistou uma curva a direita que a estrada fazia, e quando a contornaram viram a ponta do casaco de Ogden desaparecer por uma abertura na cerca.

Catherine, Harry e Dumbledore, continuaram seguindo o homem por uma trilha estreita que era ladeada por cercas vivas enormes e desordenadas. O caminho era completamente instável e a jovem ficou receosa de que Dumbledore se machucasse, a pequena estrada era torta, e havia uma quantidade infinita de buracos e rochas espalhadas, além de ser uma descida que conseguia ser tão íngrime quanto a anterior. Catherine notou que esse caminho levava a um arvoredo estranho, sombrio. Ogden parou um pouco antes e puxou a varinha.

As árvores projetavam grandes sombras, profundas, escuras e frescas, que dificultavam avistar a casa escondida entre seus troncos. Catherine de repente sentiu um arrepio, como se ela soubesse exatamente onde Ogden estava indo. A casa era estranha, musgos cobriam as paredes, e telhas quebradas estavam emaranhadas, urtigas cresciam em toda volta e acalcavam as janelas pequenas e imundas da residência.

O homem se adiantou, e foi coberto pelas sombras escuras das árvores, e tornou a parar com os olhos fixos na cobra morta que havia sido pregada na porta de entrada. Ao ver o animal morto, aquilo fez Catherine sentir náuseas, não só pela crueldade que tiveram, mas ela sentia uma certa repulsa por cobras, a pele gelada de consistência estranha, lhe causavam arrepios. Ouviu-se um estalo alto, e algumas folhas da arvore caíram sobre eles como confete, seria uma imagem linda, se não fosse pela figura que aterrissou perto de uma arvore que estava mais próxima deles, Ogden pulou rapidamente para trás e sendo desajeitado como era, acabou pisando nas abas do casaco e desequilibrou.

– Você não é bem-vindo.

O homem a frente deles tinha um cabelo emaranhado e espesso, tão sujo que mal conseguiam definir qual era a cor, ele não tinha quase nenhum dente em sua boca, e seus olhos eram pequenos e muito escuros. Ele possuía uma aparência decadente demais, suas roupas não passavam de trapos sujos, que chegava a dar pena, se não fosse pelo fato dele estar segurando uma faca de lâmina curta ensangüentada em uma mão, e uma varinha na outra.

– Hã... olá! Bom dia. Sou do Ministério da Magia…

– Você não é bem-vindo.

– Perdão… não estou entendendo. – Ogden disse nervoso.

Catherine achou estranho Ogden não entender, o homem havia sido claro no que estava falando, ele não queria que ele estivesse ali.

– Creio que vocês dois estão entendendo perfeitamente, não é? – Dumbledore disse em voz baixa.

– Sim…– Eles disseram.

– Ogden não entende por que…– Catherine começou a dizer, então algo veio em sua mente.

– Ele está falando na língua das cobras! – Os dois falaram simultaneamente.

– Exatamente! – Dumbledore assentiu com um sorriso no rosto.

O homem de aparência decadente avançou para cima de Ogden, a faca em uma de suas mãos, e a varinha na outra.

– Escute aqui...– Ogden começou a dizer, mas fora tarde demais. Naquele instante ouviu-se um estampido e ele foi parar no chão apertando o nariz que espirrava uma gosma nojenta de aspecto amarelado. Catherine olhou para o rosto de Harry e ela precisou conter-se para não rir da expressão de nojo que o garoto fazia.

– Morfino! – Gritou uma voz.

Um homem mais velho saiu de dentro da casa com rapidez, e bateu a porta ao passar fazendo com que a cobra morta balançasse. Catherine sentiu repulsa mais um vez ao ver a cena. O homem era alguns centímetros mais baixo do que Morfino, seus ombros eram largos e os braços compridos, seus olhos eram castanhos e os cabelos curtos e espessos demais. Ele parou ao lado de Morfino que ria descaradamente ao ver Ogden no chão.

– Ministério é? – O homem perguntou com arrogância para ele.

– Correto! – Ogden confirmou irritadiço enquanto limpava o rosto sujo. – E o senhor, presumo, é o Sr. Gaunt?

Catherine sentiu-se desconfortável ao ouvir aquele nome, mas ela não sabia exatamente o porquê.

– Isso. Ele acertou seu rosto, foi?

– Foi! – Ogden retrucou.

– O senhor não deveria ter anunciado a sua presença? – Gaunt perguntou com certa impaciência. – Isto é uma propriedade privada. Ninguém pode sair entrando e esperar que o meu filho não se defenda.

– Defenda de quê, homem? – Ogden argumentou levantando as do chao com uma expressão nada agradável em seu rosto.

– Bisbilhoteiros. Invasores. Trouxas. – Gaunt cuspiu no chão demonstrando desprezo. – E Ralé.

Ogden apontou a varinha para o nariz que ainda descia o corrimento estranho e estancou-o. Catherine notou Gaunt dizer a Morfino pelo canto da boca.

– Entre. Não discuta.

Catherine, assim com Harry, notaram o sibilado na voz do homem, ao dizer aquelas palavras, indicando que ele estava falando na língua das cobras. Morfino não pareceu gostar da ideia, e deu a impressão de que iria discordar, mas quando o pá o ameaçou com um olhar, ele mudou de ideia, e saiu em direção a casa, batendo a porta atrás dele.

– Foi seu filho que eu vim ver, sr. Gaunt– Ogden explicou limpando o resto de pus de seu casaco. – Aquele era Morfino, não?

– É... era o Morfino – O mais velho confirmou com indiferença. – O senhor tem sangue puro? – perguntou de forma agressiva.

– Isto não vem ao caso– Ogden respondeu com frieza. Catherine deu um pequeno sorriso ao ver o rosto do Sr. Gaunt contorcer-se numa careta. Pelo visto, para o homem aquilo era de extrema importância, pois ele pareceu estudar o rosto de Ogden com os olhos semicerrados.

– Acho que já vi narizes iguais ao seu na aldeia…– Gaunt disse em tom ofensivo.

– Não duvido nada, se o senhor costuma soltar seu filho contra eles. Que tal continuarmos essa discussão dentro de casa?

– Dentro? – Gaunt não pareceu gostar da ideia.

– É sr. Gaunt, já disse que estou aqui por causa de seu filho. Enviamos uma coruja. – Ogden disse dando-lhe a impressão de que estava tentando manter-se calmo.

Gaunt riu com desdém.

– Não estou interessado em corujas. Não abro cartas.

– Então o senhor não tem razão alguma para reclamar que as visitas aparecem sem avisar. – retrucou Ogden. – Estou aqui porque ocorreu uma séria violação das leis bruxas nas primeiras horas desta manhã.

Catherine observou Gaunt reclamar, e depois finalmente deixar que o homem entrasse na casa. Ela hesitou a seguir o caminho que os homens fizeram a sua frente, havia algo naquele lugar estranhamente familiar, Dumbledore encorajou-a com o olhar, e a jovem então seguiu-o, mesmo que a contragosto.

Assim que ela entrou na casa, ela entendeu o motivo de sua aversão ao lugar. Ela já esteve ali, Catherine se lembrou o momento exato em que ocorrera esse evento, aquela havia sido a primeira vez que ela aparatou, no dia em que colocara o anel que Dumbledore estava usando. Catherine se deu conta de que algo havia mudado naquele objeto, antes havia um sibilo e agora estava silencioso como qualquer objeto deveria ser, e por um momento ela sentiu-se levemente vazia.

A casa não era grande, parecia ter três cômodos muito pequenos, uma cozinha integrada com a sala, e apenas duas portas no cômodo principal. Catherine olhou incrédula para o lugar, que da última vez que estivera lá estava mais decadente ainda, a diferença era que não havia móvel algum.

Morfino estava sentado em uma poltrona suja ao lado do fogão que não tinha uma aparência muito boa, em seus dedos, havia uma cobra enrolada e ele cantarolava uma música sinistra em sua linguagem.

Bem no canto ao lado de uma janela aberta, Catherine notou a presença de uma garota cujo vestido estava tão cinza e rasgado quanto a parede de pedra a suas costas. A jovem moça estava em pé ao lado de uma panela que fumegava em cima do fogão, ela procurava algo nas prateleiras desarrumadas mais acima. Seus cabelos eram grandes e escorridos, e mesmo sendo uma moça bonita, assim como a casa ela estava maltratada, apesar de estar mais limpa que os dois homens que moravam com ela.

–Está é minha filha, Mérope. – Gaunt apresentou a garota, pouco satisfeito como se ela não tivesse significado algum.

– Bom dia! – Ogden a cumprimentou, mas a garota apenas lançou um olhar assustado para o pai e continuou a mexer nas prateleiras. – Bom, sr. Gaunt. Vou direto ao assunto, temos razões para acreditar que seu filho mortinho executou um feitiço diante de um trouxa no final da noite de ontem.

Naquele momento um estrondo alto chamou atenção deles. Mérope havia deixado cair uma das panelas.

– Apanhe isso! – Gaunt berrou para a garota com extrema estupidez. –Há… isso fuce o chão como trouxa porca, para que serve sua varinha, saco de estrume?

– Sr. Gaunt, por favor! – Ogden exclamou horrorizado com o tom que o pai usara para falar com a própria filha. Catherine precisou lembrar-se de aquilo já tinha acontecido e que era apenas uma memória, ela sentiu-se com vontade de encher Gaunt de tantos socos que ele ficaria irreconhecível, afinal de contas quem falaria com a própria filha daquela maneira? Mérope que estava com o rosto vermelho, tornou a soltar a panela no chão, puxou a varinha do bolso e ao apontar para o objeto murmurou um feitiço apressado no qual Catherine não conseguiu identificar, e fez como que a panela voasse para longe dela, batendo na parede oposta, fazendo com que a panela rachasse ao meio. Morfino riu em plenos pulmões, sua risada ecoou de maneira incômoda pelo local pequeno e Gaunt gritou com aspereza para a garota.

– Conserte isso! Sua imprestável! Conserte isso agora!

Ogden observou a garota andar aos tropeços pela sala, mas ele fez um gesto com a mão pedindo para que ela ficasse no lugar, o homem apontou a varinha para o objeto quebrado e ordenou com firmeza.

Reparo. – A panela consertou-se rapidamente.

Gaunt pareceu que ia gritar com o Ogden, mas ao invés de fazer isso ele voltou-se para sua filha e caçoou.

– Que sorte o homem bonzinho do Ministério está aqui, não é? – o tom dele era totalmente desdenhoso. – Quem sabe ele tira você das minhas mãos. Vai ver ele não se incomoda com abortos nojentos como você!

Mérope apanhou a panela e devolveu-a, com as mãos trêmulas a prateleira e se enfiou num canto entre a janela e o fogão. Catherine naquele ponto estava de punhos cerrados a fim de tentar não explodir.

–Sr. Gaunt...– Ogden voltou a dizer. – como eu ia dizendo, a razão da minha visita…

– É... eu já ouvi da primeira vez! – O homem retrucou irritado. – E daí? Morfino deu a um trouxa o que estava merecendo; o que é que o senhor vai fazer?

– Morfino violou a lei bruxa! – Ogden disse com severidade.

Gaunt repetiu o que Ogden havia falado num tom pomposo e cantado, e depois disse.

–Deu uma lição a um trouxa! Isso é ilegal agora?

– É. Receio que sim.

Ogden mostrou um pequeno rolo de pergaminho e abriu-o. A princípio Gaunt pensou que seria uma sentença a seu filho, mas o Ogden explicou que era apenas uma intimação, mas isso não acalmou os ânimos de Gaunt, o homem então gritou.

– Intimação? – Ele disse desdenhoso. – Quem o senhor pensa que é para intimar meu filho a comparecer a algum lugar?

– Sou chefe do Esquadrão de Execução das Leis da Magia.

– E o senhor pensa o que? Que somo ralé, é isso? – Gaunt gritou avançando na direção de Ogden. –Ralé que se apresenta quando o ministério manda? Sabe com quem está falando, seu anágua ruim nojento? – ele apontava o dedo para o peito do homem.

Catherine deu um passo a frente, mas Dumbledore colocou apoiou gentilmente a mão em seu ombro. “É só uma lembrança…”, ela repetiu para si. “Uma péssima lembrança...”

– Eu tinha a impressão de que eu estava falando com o sr. Gaunt. – Ele respondeu seu rosto era impassível.

– Exatamente! – O homem esbravejou, e mostrou o dedo anelar, onde o anel dourado com a pedra negra estava, e agitou-o na cara de Ogden. – Está vendo isso aqui? Sabe de onde veio? Está na minha família a séculos! Tão antiga ela é, e de sangue sempre puro! – Ele continuou aumentando o tom de voz. – Você tem noção do quanto já me ofereceram por isso com o brasão do Peverell gravado na pedra? Hã?! Sabe??

– Não faço ideia…– Ogden manteve a mesma feição apesar da grande proximidade de seu rosto com o anel. – e não é pertinente, sr. Gaunt. Seu filho cometeu…

Gaunt andou furioso até a filha e agarrou a garota de modo que Catherine achou que ele fosse esganar o pescoço frágil dela, mas ele a arrastou até Ogden pela corrente de ouro que ela usava.

– Está vendo isso aqui? – Ele puxou com força, sacudindo o medalhão fazendo com que Mérope engasgasse.

– Estou vendo! Estou vendo! – Ogden disse horrorizado.

Catherine estava sentindo-se péssima assistindo a tudo aquilo, era angustiante ver o modo que Mérope era tratada, como se ela não tivesse valor algum.

– Vem de Slytherin! – Gritou Gaunt. – Salazar Slytherin! Somos os seus últimos descendentes vivos. Que me diz isso?

– Sr. Gaunt! Sua filha! – Ogden alertou, naquele ponto Gaunt soltou a filha como se ela fosse um animal mais asqueroso, e a garota se afastou rapidamente cambaleando de volta para o canto onde estava, ao mesmo tempo que tentava recuperar o ar de forma desesperada.

– É o que eu queria dizer! – Exclamou Gaunt vitorioso, como se tivesse provado algo. – Não venha falar conosco como se não chegássemos aos seus pés! Foram gerações de Sangue puro, todos bruxos, o que tenho certeza, é mais do que o senhor pode dizer! – Ele cuspiu noção aos pés de Ogden, fazendo Morfino dar uma gargalhada mais alta ainda.

– Sr. Gaunt – Ogden insistiu, apesar de seu tom ser um tanto quanto impaciente. – receio que nem sus antepassados, muito menos os meus tenham a menor relação nessa questão. Estou aqui por conta de seu filho, Morfino e o trouxa que ele abordou na noite anterior. Tivemos a informação de que Morfino lançou um feitiço ou azaração no tal trouxa, causando-lhe uma urticária dolorosa.

Morfino gargalhou mais uma vez triunfante.

Quieto! – Gaunt rosnou para o filho na linguagem das cobras fazendo o garoto ficar quieto. – E se ele lançou, qual é o problema? – o homem retorquiu. – Espero que o senhor tenha limpado a pele do trouxa e de quebra a memória dele.

– O problema sr. Gaunt, é que foi um ataque gratuito a um indefeso...

– Ah, bem que eu achei que o senhor tinha cara de amigo dos trouxas...– Gaunt comentou com desdém, e cuspiu no chão.

– Esta discussão não está nos levando a lugar algum. – Ogden disse com firmeza. – E a julgar pela atitude de seu filho, ele não sente remorso algum. – Ele olhou o pergaminho verificando algo e então tornou a dizer. – Morfino deverá comparecer a uma audiência no dia 14 de setembro, para responder às acusações de usar magia diante de um trouxa e…

Ouviu-se alguns ruídos de metal fazendo com que Ogden se calasse. A casa ficava muito próxima a estrada que dava acesso a aldeia. Gaunt ouvia atentamente, enquanto Morfino olhava com uma expressão quase animalesca para o local aonde estava vindo o som. Mérope, no entanto ergueu a cabeça, seu rosto pálido estava salpicado com alguns pontos vermelhos de rubor.

– Ela gosta do rapaz? – Catherine perguntou a Dumbledore, mas ele não pareceu ouvir a pergunta dela, estava concentrado demais nos acontecimentos.

– Meu Deus, quanta monstruosidade! – A voz de uma garota ressoou pelo local. – Será que seu pai não podia mandar remover esse casebre, Tom?

Catherine se atentou ao nome.

– Não é nosso– respondeu o rapaz, sua voz era grave, porém jovem. – Tudo do outro lado do vale nos pertence, mas essa casa pertence a um velho pobretão enlouquecido chamado Gaunt, e aos filhos dele. O rapaz é bem maluco, você deveria ouvir as histórias que contam dele na aldeia...

– E a garota? – A jovem perguntou. – É bonita?

– E isso importa? – Tom retrucou com indiferença.

O som dos cascos e do metal aumentara, Morfino fez menção de levantar, mas Gaunt mandou-o ficar sentado.

– Tom...– A voz da garota ressoou novamente, mas com preocupação. – Será que me enganei ou alguém pregou uma cobra naquela porta?

– Santo Deus! – O garoto exclamou. – Deve ter sido o filho, eu não disse que ele não era bom da cabeça? Não olhe para isso, Cecília, querida…

Os sons das vozes e dos cascos foram se distanciando até ficarem completamente inaudíveis.

– Querida – Morfino murmurou na língua das cobras, num tom debochado. – Chamou a moça de querida. Então não ia mesmo querer você.

O rosto de Mérope estava com o rosto pálido, e o brilho nos olhos da garota havia sumido.

Que foi, Morfino? – Gaunt perguntou com rispidez, na mesma linguagem. – O que você disse?

Ela gosta de olhar o trouxa. – Morfino respondeu com um sorriso cruel em seu rosto, e encarou a irmã que estava completamente apavorada. – Sempre no jardim quando ele passa, espiando pela cerca, não é? E a noite passada… – Mérope naquele momento sacudia a cabeça deusa lado para o outro freneticamente, implorando pra que ele parasse de falar, mas o rapaz apenas olhou-a de cima a baixo e continuou a dizer. – Pendurada na janela esperando ele voltar para casa, não é Mérope?

Pendurada na janela para olhar um trouxa? – Gaunt falou baixo deixando o tom de voz sinistro. – Ogden observava a situação completamente confuso, pois não conseguia entender o que estava sendo falado. – É verdade? – Gaunt perguntou andando na direção da filha. – Minha filha, uma pura descendente de Salazar Slytherin, suspirando por um trouxa nojento de veias imundas?

Não…– Mérope disse sua voz saiu como um sussurro, ela sacudiu a cabeça novamente, e encostou-se na parede como se pudesse sumir.

Mas eu peguei ele, pai! – Morfino disse em meio as gargalhadas. – Peguei quando passou por aqui e ele não ficou nenhum pouco bonito, não é irmãzinha?

Gaunt agarrou a garota pelo pescoço enquanto praguejava descontroladamente aos quatro cantos.

Sua bruxinha abortada imunda! Sua traidorazinha do sangue!

Harry e Ogden gritaram “Não!” ao mesmo tempo, enquanto Catherine deu um passo decidido na direção do homem. Aquilo era demais para ela, Mérope não merecia ser tratada daquele jeito. Mas antes que a garota conseguisse alcançar Gaunt Dumbledore segurou o ombro dela com firmeza a tempo de ouvir Ogden ordenar.

Relaxo!  – Gaunt foi lançado para longe da filha; tropeçou na cadeira e caiu no chão de costas. O filho mais velho deu um salto da poltrona e andou furiosamente na direção de Ogden com a faca suja de sangue e disparando aleatoriamente azarações com a varinha.

Ogden saiu do local rapidamente. Dumbledore naquele instante fez sinal para que o seguissem, mas Catherine se deteve a imagem da jovem moça completamente desnorteada vendo o mundo dela, que mesmo não sendo perfeito antes, desmoronar sob seus olhos, Mérope soltou um grito agudo que soou doloroso demais, como se ela estivesse guardando-o há muito tempo.

Catherine virou as costas para a cena e seguiu Dumbledore depressa, seu coração estava pesado, como se houvesse uma quantidade enorme de chumbo nele, e em sua mente as imagens do rosto triste de Mérope se repetia diversas vezes. Assim que eles chegaram próximos a estrada, a garota viu a tempo, Ogden bater com tudo em um cavalo lustroso de um rapaz com cabelos castanhos, ele era lindo, e possuía traços familiares, principalmente o sorriso..., mas no momento da confusão Catherine não conseguiu ligar os pontos. O jovem e uma moça de longos cabelos dourados que o acompanhava riram descaradamente de Ogden.

– Acho que por hoje, basta...– Dumbledore encostou nos braços de Catherine e Harry. Ela sentiu seu corpo sendo erguido novamente e passar pela escuridão, seus pensamentos voltados completamente para a cena de Mérope, maltratada e sozinha.

Quando eles voltaram ao escritório de Dumbledore, que agora estava iluminado pelo crepúsculo, Catherine procurou a poltrona mais próxima para sentar-se, sua cabeça estava um caos de pensamentos.

– Eu já estive naquela casa…– Catherine murmurou.

– Como? – Dumbledore perguntou. Harry observava-os em silêncio.

– A primeira vez que eu aparatei aqui na escola. – Ela disse levantando o rosto para encará-lo. – Eu havia acabado de receber a caixa com os pertences da minha família, a que o senhor mandou. E o anel parecia sussurrar… como se estivesse chamando algo de dentro de mim, e eu o coloquei em meu dedo. – Catherine ainda lembrava a sensação estranha do anel em volta de sua pele, maciço, mas parecia pulsar, como se houvesse vida. – Foi então o momento em que eu aparatei para a casa dos Gaunt, estava vazia e tão podre como na memória do sr. Ogden…

– Curioso a descrição que dera sobre o anel...– Dumbledore disse alisando a extensa barba. – curioso…

– O que quer dizer com isso?

– Não sei ainda, é apenas intrigante... acho que teremos uma ideia mais para frente...– O mais velho disse. Catherine odiava o modo misterioso que Dumbledore sempre falava, sempre escondendo algo, ao invés de contar de uma vez o que estava acontecendo. Será que ele não havia aprendido a lição de que esconder os fatos não vai levá-lo a lugar algum?

–Mas e a Mérope? – Catherine mudou de assunto antes que se estressasse.

– O que houve com ela? Ela ficou bem? – Harry perguntou. Ele parecia ainda horrorizado com a situação.

– Bom, ela sobreviveu…– O diretor disse acomodando-se atrás de sua escrivaninha. Harry sentou-se ao lado de Catherine. – Ogden aparatou até o Ministério e voltou quinze minutos depois, com reforços. Morfino e o pai tentaram lutar, mas os dois foram subjugados, levados da casa e posteriormente condenados pela Suprema Corte dos Bruxos…– ele ajeitou novamente e suspirou calmamente, aquilo irritava Catherine, o fato dele ficar tão calmo contando histórias absurdas. – Pelo comportamento apresentado por Morfino, já imaginam a quantidade de denuncias que ele colecionava no Ministério por ataque a trouxas... ele oi condenado a três anos em Azkaban. Marvolo feriu diversos funcionários do Ministério além de Ogden recebeu uma pena de seis meses de prisão.

– Marvolo? – Catherine e Harry disseram em conjunto.

“Não pode ser..”, Catherine pensou.

Ela recordou da Arvore genealógica da família Clark onde havia o nome completo de seu pai. Tom Marvolo Riddle.

– Isso só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto senhor...– Catherine disse ainda em choque. – Senão aquele homem… asqueroso seria o meu...

– Bisavô. – Dumbledore completou. – Não se fique se martirizando por isto, Catherine. Infelizmente não podemos escolher a nossa família.

– Ele… era avô do Voldemort...– Harry sussurrou para si, tão incrédulo quanto a garota.

– Marvolo, assim como seu filhos Morfino e Mérope foram os últimos Gaunt, uma família antiga demais, conhecida pelo índole instável e violenta, que acabou sendo transmitida através de gerações devido ao hábito de se casarem entre primos. A falta de juízo, combinada com a mania de grandeza resultou na dissipação do ouro da família, isso muito antes da geração de Marvolo nascer. Por isso ele viveu naquelas péssimas condições, e dono de um gênio horrendo, acompanhado de uma arrogância e um orgulho sem tamanho…

– Mérope então, é mãe de Voldemort...– Harry disse tentando acompanhar oque Dumbledore dizia.

– Exatamente. E por acaso, vimos o pai dele... – Dumbledore falou.

– O rapaz bonito que passou pela casa? Tom? – Catherine disse, as peças aos poucos iam encaixando-se em sua mente, uma a uma, montando aquele quebra cabeça. – Então, ele é meu avô... ok... Isso é muita informação... – ela respirava com dificuldade, e tinha uma pequena sensação de que algo pressionava seu peito.

– Exato, o nome dele era Tom Riddle...– O diretor disse. – Sei que é muita informação, mas… tudo fará sentido no final.

– Como eles acabaram se casando? – Harry perguntou ainda espantado com tudo que estava sendo falado. – Não que Mérope não fosse uma moça bonita, mas… eu não consigo imaginá-los juntos.

Catherine pensou o mesmo, e chegou a apenas uma conclusão.

– Da forma mais óbvia possível, Harry...– Catherine disse. – Poção do amor...

– Muito bem, Catherine. – Dumbledore falou inclinando levemente a cabeça. – Acredito que Mérope tenha achado interessante e um tanto romântico oferecer ao jovem rapaz uma água em um dia de calor com uma pequena dose de Amortentia. De qualquer forma, alguns meses depois do acontecimento que presenciamos, a aldeia inteira deliciou-se com um espantoso escândalo. Vocês podem imaginar o falatório que houve ao ouvirem a notícia que o dono das terras locais fugiu com Mérope, filha de um vagabundo.

– E o que aconteceu depois? – Catherine perguntou curiosa. Pela primeira vez, estava sendo apresentado a ela, algo sobre sua família, mesmo que fosse uma parte podre demais, ainda era melhor do que não saber absolutamente nada de sua origem.

– Bom, imagine quão irritado Marvolo sentiu-se ao encontrar a casa totalmente empoeirada e com apenas um bilhete de adeus da própria filha...– Dumbledore disse limpando seus óculos em formato de meia lua. – Pelo que eu pude descobrir, daquele dia em diante, ele nunca mais mencionou o nome da filha ou da existência dela. O choque da deserção de Mérope, talvez tenha contribuído para sua morte prematura, talvez ele apenas nunca tenha aprendido como preparar a própria comida. Azkaban é um lugar hostil, e o enfraquecera muito ao ponto de que ele não presenciou o regresso de Morfino.

– E ela morreu, não foi? – Harry disse. – Voldemort foi criado em um orfanato…

– É verdade. A partir deste ponto, precisamos usar a nossa…– Dumbledore fez um gesto exagerado com as mãos acima da cabeça. – imaginação, mesmo achando difícil deduzir o que aconteceu. Alguns meses depois de fugir para casar, Tom Riddle reapareceu na casa senhorial de Little Hangleton sem a mulher. E assim, como anteriormente, os boatos circularam pela vizinhança, boatos esses, que diziam que o rapaz alegava ter sido ludibriado e abusado em sua boa-fé. Quando soubera da sua história os aldeões imaginaram que Mérope estivesse mentindo a Tom Riddle fingindo que teria um filho dele, razão pela qual o rapaz se casara.

Catherine manteve-se em silêncio. Em sua mente era difícil acreditar que Mérope tivera uma atitude como aquela.

– Mas ela teve um filho dele... — Harry argumentou.

– E de fato teve..., mas somente um ano depois de se casarem. – Dumbledore disse. – Tom Riddle abandonou-a quando ainda estava grávida.

– Isso é mórbido demais, por que as coisas não poderiam ser mais simples? – Catherine comentou pressionando as suas têmporas. – Mas porque ele a deixou? Quero dizer, Mérope havia usado a poção do amor...

– Talvez tenha acabado o efeito.

– Mais uma vez, imagino que Mérope, que estava profundamente apaixonada pelo marido, não suportou a ideia de continuar a escravizá-lo por artes mágicas. Creio eu que tenha decidido parar de lhe dar a poção...– Dumbledore falou enquanto pegava uma caixa de bombons sortidos. – Aceitam? – ele perguntou. Catherine e Harry balançaram a cabeça em negativa, e o diretor apenas pegou um dos bombons e colocou o na boca, depois de mastigar ele retornou a dizer. – Talvez ela estivesse convencida de que, aquela altura, a paixão já fosse mútua. E sinto dizer que foi tola ao pensar que Tom não a deixaria por causa do bebê. Mas o rapaz a abandonou, e nunca mais a viu e nunca se preocupou em descobrir o que acontecera ao filho.

Catherine olhou para a janela, o céu agora estava escuro demais, por um momento ela se assustou ao ver que algo batendo contra uma parede invisível.

– Forças das trevas tentam penetrar diariamente em nossa escola…– Dumbledore disse olhando para o mesmo ponto que ela. – Por isso reforçamos a segurança. Bom, acho que já tivemos informação suficiente por hoje.

Harry e Catherine se levantaram, mas não saíram da sala.

– Senhor... é importante saber sobre o passado de Voldemort? – Harry perguntou.

– Muito importante, acho…– Dumbledore respondeu, mas Catherine mais uma vez teve a sensação de que o mais velho escondia algo.

– E... tem alguma coisa a ver com a profecia?

– Tem tudo a ver com a profecia, Harry...– O diretor falou calmamente.

– Tudo bem...– O rapaz falou. – Boa noite, senhor. – Harry então disse antes da garota responder...– Posso contar a Rony e a Hermione?

– Acho que o Sr. Weasley e a Srta. Granger se provaram dignos de confiança. Mas recomendo que peça a eles para não repetirem nada disso para mais ninguém. Não seria interessante Voldemort ficar sabendo o quanto sei a respeito de seus segredos. –Catherine tinha muitas perguntas rondando seus pensamentos naquele momento, mas já estava tarde, e ela já estava cansada. – E Catherine. caso queira compartilhar com o sr. We...

– Eu estou bem, senhor. Obrigada. – Catherine disse rapidamente. – Acho que basta Harry, Rony e Hermione saberem dessa história...

– Se você prefere assim… – Ele falou. – Bom, espero que tenham uma ótima noite.

Catherine deu um sorriso sem graça, virou-se para Harry e os dois caminharam juntos até chegarem no corredor.

– Você está bem? – Harry perguntou enquanto eles caminhavam em direção a torre da Grifinória. Seus passos ecoavam nos corredores vazios e pouco iluminados.

– Sim...– Catherine respondeu, mas na realidade ela estava completamente perturbada pelas coisas que ouvira mais cedo, e a experiência de ver as memórias de outras pessoas, para ela não era muito agradável, e gerava uma sensação incômoda de angústia ao assistir tantas atrocidades e não poder fazer nada para revertê-las, pois elas já estavam feitas. – É só um pouco perturbador tudo aquilo...

– Sei como se sente...– Ele disse. – Mas é importante para nos dois que saibamos disso, talvez assim tenhamos alguma chance contra Voldemort.

– Às vezes fico me perguntando se é realmente uma boa ideia eu saber disso...– Catherine disse com sinceridade.

– Cathy… você precisa ter mais fé em você. – O garoto disse carinhosamente. – Quando a conheci, posso dizer que não confiei em você plenamente... achava que toda essa docilidade e a sensação de querer sempre ajudar a todos, fosse apenas uma farsa. – ele falou parando no meio do corredor. – Mas você é assim, Catherine... se doa independente do que lhe custe lá na frente, você faz o que é certo, e eu admiro isso demais em você.

Catherine não sabia o que dizer naquele momento, foi como se as palavras simplesmente não fossem suficientes para descrever o seu espanto com a fala do rapaz.

– Ah, Potter… que gracinha...– Ouviu-se a voz do Snape atrás deles. – Agora que você já se declarou à Srta. Riddle, pode ir para sua comunal, afinal de contas não deveria nem estar vagando a essa hora pelos corredores. – ele olhava para os dois de cima, e de repente Catherine sentiu-se pequena. – Ande, antes que eu mude de ideia e aumente sua detenção para o mês inteiro…

Harry olhou feio para o professor e com um aceno despediu-se de Catherine. A garota deu um passo a frente, mas Snape colocou a mão no ombro dela impedindo-a de prosseguir.

– Sim? – Catherine falou ríspida.

– A saída é por ali...– Ele falou apontando para o outro lado, Catherine viu o canto da boca do professor tremer, como se ele estivesse prendendo o riso.

– Obrigada por relembrar, professor Snape. – Catherine forçou um sorriso.

Como da última vez que visitara a escola, Catherine foi acompanhada por Snape até a saída, e ela agradeceu por ele não ter falado uma palavra sequer durante o caminho, já que a garota se encontrava exausta demais e naquele ponto tudo estava tirando-a do sério. Ela se despediu do professor assim que ele tirou o cadeado do portão, e então ela seguiu o caminho pela estrada escura.

Quando ela chegou em Hogsmead, não demorou muito para que Cedrico aparecesse com os cabelos arrepiados e rosto sonolento.

– Demorou a chegar – Ele disse e bocejou alto. – Acabei tirando um cochilo.

– É... deu para perceber...– Catherine riu. – Vai querer ficar ou prefere voltar para casa?

– Vou deixá-la em casa, eu disse que faria companhia a você. – Cedrico falou dando um sorriso, fazendo Catherine sentir-se bem por um instante. – Mas é melhor irmos logo, não gosto de ficar aqui muito tempo à vista...

– Claro… vamos. – Ela falou hesitou um pouco, mas segurou na mão do rapaz.

– Que foi, Riddle? – Cedrico disse dando um sorriso torto. – Eu estou te deixando nervosa?

– Ah, não ferra, Cedrico! – Catherine disse rindo. – Vamos, em um… dois… três…

Ela contorceu o corpo e ambos foram sugados para o redemoinho...

(…)

Assim que Catherine chegou na Sede, Sirius a recebeu com um sorriso e lançou um olhar de desconfiança para Cedrico, que não ficou muito tempo no local e se despediu da garota com um abraço apertado. Avery já havia se retirado do local, e Remus estava descansado a aquela hora, somente Sirius estava de guarda naquela noite.

A bruxa foi para o seu quarto e depois de cumprimentar sua coruja, ela escreveu uma carta para Adrian.

“Querido Adrian,

Soube a pouco que você estava tentando entrar em contato comigo, e gostaria de marcar um encontro com você para conversarmos. Tem uma cafeteria chamada “Costa Coffee”, que fica próxima a estação de Kings Cross, talvez possamos nos encontrar lá. Espero que você esteja bem, e fico no aguardo de sua resposta com o dia e o horário que você esteja disponível.

Atenciosamente.

Catherine C. Riddle”

Ela dobrou a carta, colocou em um envelope com o nome do rapaz escrito atrás, e selou-o com cera preta, já que era a única cor que ela possuía em mãos. Catherine se perdeu em mais um de seus devaneios, lembrando-se das memórias de Beto Ogden, que foram perturbadoras aos olhos dela. Ela achou que se descobrisse mais sobre sua família, talvez as suas dúvidas fossem sanadas, mas ela parecia ter mais perguntas do que nunca, e o questionamento principal que perturbava sua mente naquele momento era; E se ela realmente estivesse destinada a ser algo ruim?

(...)


Notas Finais


Notas da autora: Espero que tenham gostado desse capítulo! Fiquem bem e se cuidem, até o próximo! <3

Observação:
Optei por manter o nome Marvolo, pois a tradução desse nome para o português ficaria “Servolo” que havia sido alterado na versão em português para que fizesse sentido no anagrama “I am Lord Voldemort” que em português ficou “Eu sou Lorde Voldemort” usado em “Harry Potter e a Câmara Secreta”.


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