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História Reviving Feelings - Acidente


Escrita por: SatsukiMari

Notas do Autor


Em comemoração ao fato de que eu consegui passar para o word tudo que estava planejando para essa fic e de cara escrevi três capítulos de uma vez eu decidi atualizar hoje, também porque ando com medo de me matarem pelo que to fazendo hauehaueha
Boa leitura pessoal

Capítulo 18 - Acidente


Fanfic / Fanfiction Reviving Feelings - Acidente

As três últimas semanas foram como uma tortura para Naruto. O rapaz que, a principio, era o mais motivado com as férias havia se tornado o mais ansioso para voltar para casa.

– Finalmente estamos voltando para casa. – Naruto comemorou enquanto terminava de arrumar suas bagagens no carro.

– Quem vê você agora nem fala que é a mesma pessoa que programou e estava todo ansioso com essa viagem. – Ino falou. – Isso tudo por causa de uma garota.

Naruto deu de ombros. Desde que Hinata havia voltado para o Japão, ele acabou perdendo boa parte da motivação para se divertir ou aproveitar o restante da viagem. Ele desejava abrir seu coração para a garota e contar o que realmente sentiu quando se beijaram, mas com os problemas envolvendo a família Hyuuga, ele acabou perdendo a oportunidade que tanto almejava.

– Não precisa se preocupar que agora vai tudo dar certo. – Shikamaru deu um leve tapa nas costas do amigo. – Parece que o pai da Hinata vai receber alta essa semana, isso significa que ela também estará melhor, então você vai poder declarar seu amor. – Debochou.

– Não seja idiota. – Naruto torceu o nariz. – Eu nem sei se eu estou apaixonado, eu só quero ser sincero com ela pra não ficar nada estranho entre nós.

– Ninguém fica do jeito que você está só pra dizer pra uma garota que gostou de beijá-la. Pare de mentir pra si mesmo, idiota. – Shikamaru retrucou e Naruto o ignorou.

Mesmo que tudo tenha ocorrido com um mal entendido, a estadia do grupo na mesma casa foi algo que acabou se tornando bem divertido para todos. Por isso, o grupo decidiu trocar as passagens de volta para a casa, para que pudessem retornar juntos ao Japão.

– Eu não quero ir pra casa. – Ino disse choramingando. – Ainda não estou preparada para o internato.

– Eu disse pra você desistir. – Sakura riu da amiga. – Agora não adianta mais querer voltar atrás.

– Estou com medo. Não quero matar ninguém. – Ino dizia de forma apreensiva.

– Você não vai matar ninguém, você será a melhor médica da sua classe. – Sai sorria para Ino enquanto tentava animá-la, obtendo êxito.

– Se eu fosse você se esforçaria só pra não decepcionar o Sai. – Sakura riu. – Ele parece bem convicto de que você vai conseguir se tornar a melhor médica da classe.

– Pois eu vou. – Ino parecia bastante determinada. – Esperem para ver, eu serei a melhor de todas.

– Nós acreditamos em você Ino. – Shikamaru falou debochado. – Só não espere que procuremos você quando estivermos doentes. – Todos riram das palavras do rapaz.

– Vocês vão ver só, eu farei com todos mordam a língua quando eu me tornar uma excelente médica. – Ela fez uma careta.

– Agora você já esta sendo realista. – Shikamaru comentou. – Talvez você se torne uma boa médica, já que conseguiu chegar até aqui, mas a melhor? Bem, eu não tenho certeza disso.

– Eu sou bem realista, sei que não posso me comparar a nerds neuróticos com a Hinata, mas eu posso ser uma das melhores sim. – Ino soltou a brincadeira ao lembrar-se de como a amiga sempre fora esforçada com os estudos, sem pensar em como seu nome poderia ser um tabu naquele momento.

Após ouvir aquele nome, Naruto que já estava apreensivo, ficou ansioso e ao mesmo tempo deprimido. Ele mal via a hora que de finalmente falar com Hinata.

– Olha o que você fez Ino. – Shikamaru apontou para Naruto. – Agora ele ficou deprimido outra vez.

– Credo. – Ino fez uma careta ao ver a reação do amigo. – Espero que esses dois se entendam logo, não aguento mais essa aura depressiva em volta do Naruto.

O grupo continuou conversando por algum tempo depois que o voo decolou. Devido à drástica mudança no fuso-horário e o tempo de viagem, acabaram adormecendo até que chegassem em seu destino final.

**

Enquanto seus amigos estavam a caminho de casa, após algumas semanas desde que Hinata partiu, a mesma permanecia dia e noite ao lado de seu pai no hospital.

– Filha, vá para casa. Eu estou bem e em ótimos cuidados profissionais. – Hiashi suspirou. Gostava dos cuidados da filha mais velha, mas ao mesmo tempo se preocupava com o fato de que ela mal dormia durante a noite quando estava ali.

– Eu não quero passar por esse susto outra vez. Então prefiro ficar aqui com o senhor. – Ela respondeu.

– Mas eu não quero você aqui mais. Eu sei que você se preocupa, mas eu ainda sou um homem e preciso dos meus momentos de privacidade. – Hiashi tentou um novo artifício para que a filha fosse para casa.

– Você terá todo esse tempo que deseja manhã, quando estiver em casa papai. – Foi tudo que Hinata respondeu.

Hiashi deu um suspiro. Ele ainda possuía uma carta na manga.

– Venha até aqui querida. – Hinata que se encontrava em uma pequena sala de estar no luxuoso quarto de hospital se aproximou de seu pai. – Você já fez tanto por mim, até mesmo abandonou suas férias para vir ficar comigo, eu não sei como agradecer a você por todo esse cuidado, mas às vezes você é um pouco irritante. – Hinata fez uma careta com a fala do pai.

– Seus cuidados são excessivos. Eu sou médico a mais de 30 anos e eu sei bem como um paciente cardíaco deve se recuperar, se você continuar agindo dessa forma eu vou ter outro infarto. – Hiashi tocou seu coração como tentativa de dramatizar.

– Médico há mais de 30 anos e nem mesmo sabia que era cardíaco. – Hinata rolou os olhos.

– A vida de um médico é assim, nos preocupamos e nos dedicamos tanto em cuidar do próximo que acabamos esquecendo de nossa própria saúde. – Hiashi abriu um sorriso. – Além do mais, quando se está perfeitamente bem, nem mesmo passa pela nossa mente que vamos ter um infarto bem no meio do corredor de um hospital. – Ele soltou uma gargalhada baixa.

Hinata deu um suspiro e uma leve risada.

– Tudo bem papai, já que eu sou tão irritante assim, vou voltar para casa. – Hiashi sorriu aliviado ao vencer a discussão com Hinata.

– Eu prometo que amanhã estarei novinho em folha, pronto para voltar para casa. Dirija com cuidado. – Hiashi se despediu da filha com um carinhoso beijo em sua testa.

Hinata caminhou ainda um pouco apreensiva por deixar o pai sozinho, mas durante o percurso até o estacionamento, encontrava diversos funcionários do hospital que lhe cumprimentavam educadamente, além de desejar melhoras a seu pai e se prontificarem em oferecer os melhores cuidados. Hiashi poderia ser um homem bastante rígido em alguns aspectos, mas era inegável o quão humano era em relação ao trabalho, além de oferecer as melhores condições para seus empregados. Estava extremamente aliviada por toda aquela situação ruim finalmente ter passado. Seu pai estava cada vez melhor e sob ótimos cuidados médicos.

Quando retornou ao Japão com urgência ao saber o que havia acontecido, o pânico e o medo da perda lhe tomou ao se deparar com seu pai em uma UTI, entubado e ligado a diversos aparelhos. Hinata sofrera tanto com a perda de sua mãe, que não conseguia pensar e aceitar a possibilidade de perder o pai.

Por sorte, da mesma forma que a situação de seu pai havia sido bem crítica, sua recuperação foi bastante rápida, e o prognostico de recuperação para dois ou três meses se reduziu para três semanas.

Hinata suspirou profundamente, depositou sua cabeça obre o volante de seu carro e começou a chorar. Desde que havia voltado, era a primeira vez que conseguia chorar. Seu desespero no começo era tanto que nem mesmo forças para derramar lágrimas possuía. Ao sentir que tudo havia acabado, ela finalmente conseguiu derramar todas as lágrimas acumuladas, mas agora eram apenas de alívio.

Após alguns minutos de descarrego, Hinata secou suas lágrimas, se recompôs e começou a dirigir para casa, se esforçando para continuar atenta ao transito mesmo que estivesse muito cansada. Mesmo fazendo isso em uma velocidade menor do que a que costuma dirigir e tendo o dobro de atenção que sempre tivera, ainda assim acabou cometendo um deslize.

Enquanto passava por uma rua pouco iluminada, ela ouviu um som estranho seguido de um choro felino. Imediatamente ela parou o carro e saiu para ver que havia acontecido. Foi então que se deparou com um gatinho que havia atropelado acidentalmente. Pelas condições do animal, era evidente que o mesmo não possuía um dono. Hinata ficou bastante assustada com o que havia acontecido, pegou uma toalha que estava dentro de seu carro, enrolou o animal e foi em busca de algum hospital veterinário que estivesse funcionando naquele horário.

Após alguns minutos de procura, encontrou um hospital que funcionava 24 horas. Pegou o pequeno felino magricela e se dirigiu aos portões que estavam trancados. Tocou o interfone e foi atendida por uma voz masculina.

– Posso ajudar? – A voz falou meio sonolenta.

– Boa noite. Eu acidentalmente atropelei um gato, e estou procurando um veterinário que possa socorrê-lo. – Hinata estava um pouco nervosa.

– Só um momento que eu irei recebê-la. – A voz masculina respondeu. Após alguns segundos o portão se abriu. Hinata pode ver uma figura masculina na porta de entrada do hospital.

– Me desculpe pelo horário. Acontece que eu fiquei muito preocupada com esse animalzinho, e pelo estado dele, creio que não daria para esperar amanhã. – Hinata entregou o gato para o rapaz.

– Não se preocupe. O hospital funciona 24 horas, hoje eu estou fazendo o plantão. Por favor, fique a vontade. – Ao ver Hinata, o rapaz que ainda estava um pouco sonolento se esforçou um pouco mais para melhorar sua postura.

– Tem certeza? Parece que eu lhe acordei. – Hinata falou um pouco envergonhada.

– Não se preocupe com isso, eu nem estava com sono. Acontece que nesse horário é raro aparecer alguém por aqui, então eu durmo mesmo sem querer. – Ele sorriu de forma simpática. – Há propósito, nós nos conhecemos, certo? – Ele mentiu. Sabia exatamente quem era a garota, mas preferiu se apresentar de um jeito mais sutil.

– Seu rosto não me é estranho. Estuda na Universidade Konoha? – Hinata perguntou.

– Sim. Estou terminando o curso de medicina veterinária. E eu também estava na festa do Shikamaru, lembro de ter visto você por lá com suas amigas. Me chamo Inuzuka Kiba.

– Hyuuga Hinata. É um prazer. – Ela sorriu gentilmente para o rapaz que corou levemente.

– Muito bem. Vamos examinar esse rapaz. – Ele caminhou com o pequeno gato que choramingava até um dos consultórios. – Você vem? – Ele perguntou a Hinata.

– Acho que sim. – Ela seguiu Kiba até o consultório.

Kiba colocou o animal em uma maca e começou a examiná-lo. Apalpou todo o seu pequeno corpinho e em alguns momentos o animalzinho soltava um miado de dor, e isso deixava Hinata ainda mais angustiada.

– Nessa primeira avaliação não parecem haver lesões internas, mas uma das patas está quebrada. Eu vou fazer um raio-x completo apenas por precaução. Mas esse animal está muito debilitado, parece que não come há dias, além de estar infestado de pulgas. Vamos ter que ficar com ele aqui alguns dias até que ele se recupere completamente.

– Tudo bem, pode fazer tudo que for necessário para que ele fique saudável. Eu irei arcar com todas as despesas.

– Há proposito, é uma fêmea. Se vai cuidar dela assim deveria escolher um nome. – Kiba sorriu para Hinata.

– Na verdade eu não havia pensado nisso ainda. Eu só queria que ela fosse socorrida logo. Mas vou pensar em um nome.

– Você pode fazer isso em sua casa. Está com uma aparência bastante cansada, suponho que precise dormir. Daqui pra frente eu vou cuidar dessa menina até que ela fique melhor. Se quiser pode vir aqui amanhã vê-la. – Kiba falou gentilmente.

– Eu vou confiar em você então. – Hinata sorriu. Em seguida retirou um cartão de sua bolsa e entregou para o rapaz. – Por favor, me ligue se acontecer alguma coisa. Estes são meus telefones pessoais, residencial e celular. Vou indo então, obrigada por tudo. – Hinata se despediu e foi em direção ao seu carro que estava estacionado na porta da clínica.

– Eu nunca mais vou reclamar de ser plantonista. – Kiba estava eufórico. – De cara já consegui o telefone dela, não dá pra acreditar. Eu posso ter dito que ela era muita areia pro meu caminhão, mas tentar não faz mal? – Ele sorria enquanto encarava o cartão que foi entregue por Hinata.

**

– Finalmente em casa. – Sakura comemorou ao desembarcar. – A viagem foi excelente, mas nada é melhor que o nosso lar.

– Tem razão. Voltei como o coração apertado, mas confesso que estou sentindo falta de um quarto só pra mim. – Ino falou e em seguida levou um beliscão da amiga.

– Eu não consigo acreditar que em algumas semanas nossa vida volta ao normal. Não vejo a hora de terminar a faculdade. – Shikamaru falou.

– Com toda essa falta de motivação, eu não sei como chegou até aqui. – Temari debochou do próprio namorado que soltou um suspiro.

– Pessoal, eu chamei um taxi e vou indo. – Naruto se separou dos amigos e foi embora primeiro.

– Esse garoto, espero que não faça nada de estúpido. – Shikamaru falou.

– Não se preocupe, o Naruto é bem idiota, mas essas semanas foram muito úteis para ele pensar um pouco em tudo que aconteceu, ele não vai fazer nada idiota, não agora. – Sasuke defendeu o amigo, mas acabou rindo da própria constatação, no final.

– Espero que esteja certo. – Shikamaru se dirigiu a Sasuke. – Bem, eu e Temari também vamos indo. Vejo vocês em breve.

– Também estamos indo. – Ino falou. – Sakura você vem com a gente? – Antes que Sakura pudesse responder Sasuke falou.

– Não se preocupe com a Sakura, ela irá comigo. – Sasuke abraçou a rosada de lado, se apoiando em seu obro e abrindo um sorriso amarelo para Ino. Ambas ficaram um tanto chocadas com a repentina atitude do rapaz.

– Se é assim, deixaremos a Sakura sob seus cuidados. – Sai sorriu e se retirou, levando Ino junto de si.

Já afastados, Ino questionou a atitude do namorado.

– Por que fez aquilo? E se a Sakura não quiser ir com ele?

– Isso não é problema nosso. Além do mais, pela cara dela, não parecia que ela era totalmente contra isso.

Ino foi obrigada a concordar com o namorado ao voltar seu olhar para a miga e constatar que ela não demonstrava estar infeliz com aquilo, apenas um pouco envergonhada. Riu divertida com a situação e seguiu seu caminho.

Sakura estava extremamente desconcertada e confusa com a atitude imprevisível de Sasuke. Desde o beijo, nenhum dos dois voltou a falar muito sobre o assunto e durante o voo sequer trocaram palavras. Agora sem nenhuma motivação aparente ele se oferecera para deixa-la em casa.

– Você vai ficar ai me olhando desse jeito? Vamos. – Ele falou de um jeito bastante indiferente. Sakura mudou sua expressão para uma careta. Apenas suspirou, ainda sem entender exatamente o que estava acontecendo, apenas seguiu o rapaz.

Ao entrarem no carro, Sasuke pediu que Sakura colocasse seu endereço no GPS, e assim ela o fez. Os dois permaneceram em silêncio durante todo o percurso.

Ao chegarem próximos a casa de Sakura, Sasuke parou o carro. Ela agradeceu carona, mas no momento que iria deixar o carro, ele trancou a porta, impedindo sua saída.

– Onde pensa que vai com tanta pressa? – Ele falou. O som de sua voz fazia com que Sakura se arrepiasse da cabeça aos pés.

– Vou para casa. – Ela se fez de desentendida.

– Não tão rápido assim. – Ele desabotoou o cinto de segurança. – Não acha que temos nada que conversar?

– Eu não sei. – Sakura estava um tanto quando desconcertada, mas ao mesmo tempo o comportamento imprevisível do Uchiha lhe deixava bastante confusa.

Sasuke se aproximou de Sakura e tocou seu queixo.

– Eu não esqueci o que aconteceu entre nós dois. Você se esqueceu? – Os olhos negros do Uchiha pareciam enxergar dentro da alma de Sakura com a intensidade que lhe encarava. Sakura teve a sensação de que seus pensamentos mais ocultos estavam sendo violados por aquele olhar.

– Como eu me esqueceria? Não é todo dia que me beijam sem minha autorização. – Ela retirou a mão de Sasuke de seu queixo.

– Entendo. – Ele deu um sorriso de lado. – Então é assim que você vê as coisas? – Ele perguntou.

– Não é assim que eu vejo as coisas, é assim que elas aconteceram Sasuke.

– E você não queria aquilo? – Ele voltou a encará-la de forma intensa.

– As coisas podem ser melhores bem melhores quando você sabe que elas vão acontecer, não acha?

– Você tem toda razão. – Sasuke deu uma leve risada. – Não se preocupe, da próxima vez eu só farei o que você pedir. Tenha um bom dia. – Sasuke segurou o rosto de Sakura de forma delicada e depositou um beijo em seu rosto, muito próximo de seus lábios. Mais uma vez, Sakura entrou em choque pelo comportamento do Uchiha. O quão imprevisível ele poderia ser?

Sakura ficou tão dispersa com a atitude do rapaz que teve até dificuldade em abrir o portão de seu prédio. Toda sua distração também impediu que analisasse cuidadosamente os arredores de sua rua, e não notou que era observada à distância. Mas Sasuke percebeu.

Quando finalmente chegou em seu quarto, antes mesmo que pudesse suspirar aliviada por estar em casa, seu celular tocou.

– Sim? – Ela atendeu.

– É o Sasuke. Escute com atenção. Quando chegamos na sua casa eu observei que havia um carro parado a uma distancia considerável do prédio onde você mora, mas parece que o motorista ficou um pouco mais atento quando chegamos. Eu fingi que havia ido embora para observá-lo mais um pouco. Consegui passar ao lado do carro, o motorista é um homem ruivo de cabelo liso meio bagunçado. Essa descrição te soa familiar? – Sakura sentiu cada pequena parte de seu corpo gelar ao ouvir as palavras de Sasuke.

– Só pode ser o Sasori. – Ela respondeu com a voz já embargada.

– Seus pais estão em casa? – Sasuke perguntou.

– Não, eles disseram que fariam uma viagem para a casa dos meus avós por uns dias, estou sozinha. – Ela disse, sua voz trêmula transmitia todo o medo que sentia naquele momento.

– Ouça, eu vou voltar e você vai comigo para a minha casa. Nem fodendo que eu vou deixar você ai sozinha.

– Tudo bem. Eu vou descer. – Sakura nem mesmo questionou a atitude se Sasuke, seu medo era tamanho que apenas aceitou a ajuda que lhe era oferecida.

– Espere eu estacionar na sua porta para sair, não fique do lado de fora sozinha por nem meio segundo. – Ele desligou o celular e acelerou o carro para que pudesse chegar ainda mais rápido.

**

Naruto chegou em sua casa completamente exausto. Como já sabia, Jiraya estava fora do país a negócios. Como não se sentia a vontade com a casa cheia de empregadas, ele pediu para que fossem enquanto ele estivesse fora. Era relaxante quando encontrava sua casa arrumada, mas seu espírito destrutivo e desorganizado não permitiria que aquilo ficasse assim para sempre.

Naruto desembarcou no Japão com um único desejo, ir atrás de Hinata, mas sabia que o ideal seria esperar mais um pouco. Segundo informações passadas pelas garotas, o pai de Hinata estaria saindo do hospital naquele mesmo dia, então decidiu não ir de imediato falar com ela, pois toda sua família estava passando por um momento delicado e provavelmente precisariam de privacidade.

Mas e se Hinata estivesse angustiada naquele momento? E se ela estivesse necessitando de um ombro amigo para conversar? Ela estaria se consolando com Neji? Só a ideia de imaginar aquele que considerava um rival no amor consolando-a lhe enfurecia.

Naruto sentia a cada segundo que iria enlouquecer com seus pensamentos. Queria fazer algo de imediato, mas sua consciência sabia que era errado tomar uma atitude naquele momento, seria imprudente de sua parte e poderia causar uma má impressão. Por outro lado, a ideia de perder para o Hyuuga também lhe apavorava imensamente.

Após pensar nas inúmeras coisas que poderia fazer, uma ideia veio em sua mente. Pegou seu celular, procurou alguns números e em seguida iniciou uma ligação.

– Ino? É o Naruto. Sua família tem uma floricultura, certo?... Por favor, como eu faço para encomendar um arranjo de flores?... A ocasião?... Presentear uma pessoa que acabou de deixar o hospital... Não diga isso, a ideia é incrível, então apenas peça o arranjo... não precisa entregar, amanhã as 15:00 eu passo na floricultura e pego, me mande o endereço por mensagem. Até mais. – Naruto estava muito orgulhoso do plano que havia bolado. Qual seria a melhor forma de se aproximar de Hinata? Claro que ele achava errado usar as condições de saúde de Hiashi para ter uma chance de falar com a garota, mas era impossível não usar o fato de que o velho homem apreciava muito Naruto, logo as portas de sua casa sempre estariam abertas para o loiro.

**

Hinata retornou a clínica para saber do estado da pequena gatinha que havia deixado na noite anterior. Ao chegar no local, foi recepcionada por uma moça muito parecida como rapaz da noite anterior.

– Boa tarde senhorita, em que posso lhe ajudar? – A moça gentilmente falou com Hinata.

– Boa tarde. – Ela sorriu e respondeu com a mesma educação. – Ontem à noite eu deixei uma gatinha internada aqui. Hoje vim realizar os pagamentos e saber como ela está?

– Claro, só me informe o seu nome e o do animal, por gentileza.

– Meu nome é Hyuuga Hinata, o animal ainda não tem um nome, pois não tive tempo de decidir ainda, ela é um animalzinho de rua.

Antes que a moça pudesse responder, Kiba surgiu na recepção do hospital com largo sorriso em seu rosto.

– Ela é a garota que atropelou a gatinha de rua, Hana. – Ele sorriu ao ver Hinata, que ficou envergonhada com as palavras de Kiba.

– Mas não foi proposital, eu jamais machucaria um animalzinho. – Hinata tentou se defender, fazendo os dois rirem.

– Eu sei disso, uma garota tão gentil como você não parece ser o tipo de atropela animais de propósito. – Kiba piscou para Hinata, fazendo com que ela desse um sorriso tímido. – Além do mais, você se deu ao trabalho de trazê-la aqui aquela hora da noite e ainda vai arcar com todas as despesas. Não é qualquer pessoa que se dispõe a isso.

– É o mínimo que eu poderia fazer, como posso deixar uma criatura tão inocente morrer desse jeito? Mesmo que eu não fosse culpada eu teria a trago até aqui.

– Por falar nisso, você pensou em um nome? – Kiba perguntou bastante animado.

– Sim. Não sei se é criativo, mas pensei em chama-la de Taiga, já que as cores dela lembram a de um tigre.

– É um pouco clichê. – Kiba riu. – Mas combina perfeitamente.

– Não me culpe. Eu nunca tive um animal na vida, então não sei como é isso. – Hinata também riu. – Há propósito, no caminho para cá eu passei perto de uma lojinha de produtos para animais e acabei comprando isso. – Hinata estendeu um pequeno pacote para Kiba, ao abri-lo retirou de dentro uma pequena coleira cor de rosa com uma medalha dourada onde estava gravado o nome Taiga.

– É lindo. Vai ficar muito bem nela. Por falar nisso, você vai adotá-la? – Ele perguntou.

– Acho que sim. Sempre quis ter um animal de estimação, mas meu pai nunca foi muito favorável, agora tenho uma excelente desculpa.

– Você faz muito bem, não vai se arrepender, animais são ótimas companhias. Nossa família é amante de cães, temos mais de 20 em nossa casa. – Kiba se vangloriava do número de animais que possuía.

– Família? Então vocês são mesmo irmãos? Eu fiquei um pouco desconfiada já que vocês são bem parecidos. – Hinata comentou.

– Você está certa, somos irmãos. – A garota respondeu. – Kiba é o caçula da casa, nossa família tem tradição na medicina veterinária. Nossos avós, nossos pais, tios, primos e por fim nós dois. Esse hospital está na família há anos, e nossa mãe é a atual administradora.

– E nós trabalhamos como escravos. – Kiba fez uma careta. – Mas fazer o que, nós amamos muito o que fazemos. – Por fim ele riu, fazendo as garotas rirem também.

– Posso ver a Taiga um pouco? – Hinata perguntou.

– Claro, venha comigo. – Kiba acompanhou Hinata até o local onde a gata estava.

– Esse meu irmãozinho realmente cresceu, até aprendeu a falar com as garotas. – Hana pensou enquanto observava seu irmão ao lado de Hinata.

– Olha só como ela está melhor hoje. – Kiba abriu uma pequena jaulinha onde a gata se encontrava dormindo confortavelmente. – Fizemos alguns exames, ela só está um pouco desnutrida e com vermes, já estamos a alimentando e medicando adequadamente. Demos um banho e aplicamos vermífugo e alguns medicamentos nos machucados que provavelmente foram causados por brigas com outros gatos, então não é nada com que devemos nos preocupar muito. Não houve fratura muito grave no osso, com uma contenção por duas semanas ela voltará a andar normalmente. Quando ela estiver recuperada vai precisar de vacinas, e eu recomendaria uma castração para que ela vivesse melhor, mas para isso preciso do seu consentimento. Se autorizar, Hana fará isso imediatamente e amanhã a tarde ela já estará liberada para ir para casa.

– Eu não conheço muito de animais, então se você diz que a castração é a melhor opção eu irei confiar em você. – Hinata sorriu para Kiba enquanto acariciava a cabeça da pequena gatinha.

– A castração impede que a gatinha entre o cio e tenha cria, além de deixa-la um animal mais dócil e facilitar a domesticação. Se você não tiver interesse em ter alguns filhotes, eu recomendo de olhos fechados.

– Por favor, faça isso então.

– Então direi a Hana que pode realizar o procedimento. Amanhã nós a levaremos até a sua casa, já que ela estará em um pós-cirúrgico recente, para ajuda-la nos cuidados domésticos, a minha irmã irá te passar uma lista de medicamentos e utensílios domésticos para cuidados que você precisará comprar. Mas seja lá o que acontecer você pode falar comigo. – Kiba se aproximou um pouco mais de Hinata para falar em seu ouvido. – Isso não vai ser um serviço, será mais como uma gentileza. – Ele sorriu para Hinata, que retribuiu o sorriso.

Os dois voltaram para a recepção do hospital. Kiba passou os detalhes para sua irmã, que organizou alguns documentos e receitas veterinárias para Hinata. Em seguida ela se despediu dos dois e se retirou.

– Você não anda nada bobo em irmãozinho. – Hana deu um sorriso malicioso para Kiba, que corou.

– Não é como se eu tivesse alguma esperança ou coisa do tipo, mas não dá pra evitar, ela é linda e ainda por cima é tão gentil, isso me faz sentir uma vontade enorme de ser o namorado dela. – Kiba observava Hinata se afastando com um olhar hipnotizado.

– Não custa nada tentar, você é um cara bonito, claro que não está aos pés dela, mas também não é tão baixo nível assim. – Hana riu e Kiba fez uma careta com o comentário.

– Eu vou me esforçar, nunca imaginei que isso aconteceria, mas eu quero ter uma chance com essa garota. – Kiba falou de forma determinada. 


Notas Finais


EEEEEEEEEEEE eu sinto que até Naruhina se concretizar vocês vão me desejar me matar, mas promento que não vai demorar gente, até lá sofram com o Kiba se metendo no meio hahahah e só aguardem para saber o que o Naruto vai aprontar nessa visita ao Hashi heheeh.
Um beijo e até quinta (sim, tualizarei normalmente)


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