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História Rhythm and Poetry - 1.003; de cuidados por quem ela mais odeia.


Escrita por: tilask

Notas do Autor


Nada a declarar, apenas tenha uma boa leitura.

Se você gostar ou não, não esqueça de deixar um feedback nos comentários pra eu ficar sabendo se vcs tão curtindo e tal.

Capítulo 3 - 1.003; de cuidados por quem ela mais odeia.


Fanfic / Fanfiction Rhythm and Poetry - 1.003; de cuidados por quem ela mais odeia.

— Não sabia que a biblioteca ficava aqui. — sorriu maliciosamente, despejando fora os vestígios de tristeza que também assombravam o seu rosto.

Europe virou, o olhando bem no fundo de suas íris carameladas com os olhos semicerrados, mas logo pegou a mochila, a partitura e ameaçou sair. Então, encarou o chão. As lágrimas brigavam para sair e a Kriezi não estava mais aguentando segurá-las, logo, correu para fora da sala, deixando uma folha solta de caderno cair de dentro da partitura. O rapaz estranhou o comportamento da moça e se abaixou para pegar o papel, abrindo-o e ficando encantado com um desenho de uma mulher parecida com ela, segurando uma garotinha nos braços. As duas mais pareciam mãe e filha, pensamento que fez o Bieber se perguntar o que estava acontecendo. Ainda que os dois não se dessem muito bem, o zero à esquerda não deixava de se importar com ela, mas nada que fosse além da ideia de ajudar uma colega de classe. Ou talvez fosse.

O rapaz enfiou o esboço feito a lápis no bolso da calça de moletom cinza, sentando-se no banco do piano e tentando afastar os pensamentos sobre Europe da mente. Ansiando tocar algo diferente do costume, optou pela música Someone You Loved do cantor Lewis Capaldi, começando a tocar com delicadeza, se permitindo sentir cada verso da música. Contudo, a tentativa de afastar a Kriezi dos pensamentos não teve êxito, visto que ora ou outra o louro balançava a cabeça, tentando tirar os devaneios de lá. — Droga! — socou a parte livre da madeira do piano, apoiando a cabeça na mesma e respirando fundo, com os olhos fechados. O estudante ficou sem alternativas: precisava ver como ela estava e, por conta dos longos minutos que passou tentando tocar a mesma música, talvez não a achasse.

Saiu da sala em passos apressados, esbarrando no zelador que o olhou de forma repreensiva, já que aquela era uma área onde ninguém podia entrar. Coçou a nuca e, com a mesma mão, afagou os cabelos, pensando em algum lugar que tivesse a visto por aqueles dias. Nada lhe veio à mente. Europe costumava sumir nos intervalos entre aulas e nos almoços. Frustrado, ansiando por checar a garota e devolvê-la o desenho da mulher desconhecida por ele, Justin cruzou o primeiro corredor rumo ao dormitório, mas sentiu algo vibrar em seu bolso. Dois toques estridentes de seu telefone o fizeram parar, aflito, então ele apenas ligou o identificador de chamadas e bufou, não muito à vontade para atender aquela ligação.

Após mais um toque, iniciou a chamada. — Cara, você precisa vir para a Rap House agora, o Ron quer falar com o Justice sobre negócios. — o barulho do sinal fraco do outro lado da linha fazia com que o louro se esforçasse para escutar direito o que seu melhor amigo tinha a dizer. No mesmo momento em que o outro terminou sua frase, Sophie e seu grupo de patricinhas passaram, cochichando e rindo de algo que lhes parecia muito divertido. — Alô, tá me escutando? — perguntou, atraindo a atenção do amigo.

— Chego em trinta minutos, preciso resolver uma coisa agora. — mais uma vez o chiado do sinal o incomodou, fazendo com que a fala do moreno atrás do telefone que ligava por outra linha saísse com alguns cortes. O Bieber apalpou o bolso onde estava o celular, sentindo falta das chaves do seu carro, coçou a nuca mais uma vez naquele mesmo dia. Lembrou, então, que as tinha deixado com a antiga professora particular, para que ela pudesse buscar uma encomenda mais cedo e, quando voltasse, estava certo de que a ruiva deixaria as chaves no "achados e perdidos".

— Você não está entendendo, ele quer o Justice aqui em pelo menos cinco minutos, ou vai oferecer a proposta a outro rapper. — estalou com a língua quando o amigo, Chaz, encerrou a chamada sem ao menos ouvir o orgulho do Bieber falar mais alto. O louro, ao invés de continuar andando, passou a correr na direção oposta, indo buscar sua chave no balcão receptivo no lobby da faculdade.

A estudante atrás do balcão ajeitou a postura e passou a mão no cabelo, vendo o mais gato do campus indo em sua direção. Se abaixou de forma sexy, torcendo para que ele a notasse enquanto pegava o objeto "perdido" do rapaz, que apenas revirou os olhos. — Deveria tomar mais cuidado, a professora…

— Sim, obrigado. — de forma grossa, ele a fez suspirar, apoiando a cabeça na mão direita e o seguindo com o olhar malicioso. Voltando a correr para que chegasse a tempo no lugar onde Justice se apresentava todos os sábados.

Entrou no carro rapidamente, sem antes checar se estava inteiro ou não, e cantou pneu, assustando o porteiro do campus. Justin estava agoniado, mas não sabia o porquê. Primeiro, preocupado com a garota que o odiava, segundo, nervoso com o que aconteceria na Rap House. O sonho de um pequeno Bieber ainda permanecia no coração adulto do rapaz, que ainda queria se tornar famoso com um contrato que o tornasse rapper para sempre. Talvez aquilo fosse acontecer, mas não sabia se iria. Com a verdadeira identidade escondida por conta do disfarce de Justice, a carreira estaria a salvo e seus estudos também. Não gostava de imaginar o que poderia acontecer se o senhor Hemsworth descobrisse que o seu pior aluno era rapper: quem sabe o convidasse a sair da faculdade.

•••

— Pense bem, garoto. — o homem falou, entrelaçou as mãos e as repousou sob a mesa de mármore que os separava. — Você tem um grande futuro no rap e quero ter certeza de que será a Rap House que te levará ao topo. E então, contrato fechado?

Os olhos do louro brilharam com as palavras que Ron tinha dito, mas ele tentou não deixar transparecer, estava tentando ficar sério ainda que debaixo da máscara que tapava todo o rosto. Puxou um pouco o pano mais para baixo, respirando fundo e assentindo com a cabeça, fazendo com que Chaz soltasse um grito interno de felicidade. Finalmente, Justin estava realizando o seu sonho, e assinar os papéis com a caneta dourada de Ron era a melhor parte dele. Eles apertaram as mãos e conversaram sobre uma reunião dali a mais dois dias, quando tudo fosse de fato efetivado e, então, Chaz acompanhou o melhor amigo até o seu carro.

— Isso tem cara de comemoração, não acha? — o moreno tentou animar Justin, que murmurou um "tenho prova da faculdade amanhã, Chaz" com at de preocupação. O estudante tirou sua máscara e entrou no carro, deixando o melhor amigo parado ali, e voltando para a casa que seus pais intitularam como digna de um pianista clássico.

Ao estacionar na garagem da casa de luxo, o louro desligou o carro e trancou o portão, se lamentando por ter pouco tempo para estudar a música moderna. De qualquer forma, era algo que ele apenas precisava revisar, então também agradeceu por estar anoitecendo. Dando a volta para ver se sua ex-professora tinha levado o automóvel para trocar o pneu, como ele pediu, o Bieber percebeu que a fechadura da mala estava arrombada. Rapidamente, pegou o celular e enviou uma foto do ocorrido para o número da senhorita Brooks, com a legenda: "maldito mecânico que você arranjou", e esperou alguns segundos para conseguir uma resposta da mesma, sem êxito algum.

Logo depois, começou a digitar uma mensagem de texto para o amigo do seu pai, o mecânico americano da família, enquanto abria a mala do carro. — Puta merda! — o rapaz levou a mão à boca, vendo um corpo nu, inerte em sua frente. Os lábios roxos de Europe mostravam o quão frio estava o ar, um pouco de sangue e alguns hematomas fizeram com que Justin jogasse o celular no chão, carregando a menina como se fosse uma pedra preciosa. Com cautela, a tirou dali, se assustando com a pequena quantidade de sangue que saía da boca de Kriezi. — Porra, Kriezi, fala comigo! — chacoalhou o corpo da morena, que soltou um baixo gemido de dor, mas não teve força o suficiente para abrir os olhos. — Quem fez isso a você?! Kriezi! — Justin correu para dentro da casa, deixando tudo do jeito que estava e colocando Europe delicadamente em cima dos lençóis brancos de sua cama. Cobriu parcialmente o corpo nu da moça e pegou uma bolsa de gelo na cozinha, além do kit de primeiros socorros, mas paralisou ao ver que tinha deixado logo a parte lateral da região abaixo do peito descoberta. Parecia que estava mais magra do que quando chegara da Grécia, e era pura verdade. Mil coisas passaram pela sua cabeça naquele momento, mas o louro balançou seus pensamentos um pouco e voltou a jogar foco no que precisaria fazer ali.

Gentilmente, pôs a bolsa de gelo onde havia um grande hematoma e molhou um pedaço de algodão num remédio, deixando molhar um pouco a calça de moletom que ele estava usando. O rapaz passou em cima de um pequeno corte no canto da boca de Europe, que reclamou com um grunhido de dor, voltando a receber os cuidados de quem mais odiava. Para o Bieber, já não importava o estado de espírito pessoal, ele precisava levar uma punição ao monstro que havia feito aquilo com a garota que amava irritar. Ninguém poderia machucá-la, não importava o quanto ela fosse chata o suficiente para ter vontade de apertá-la, ninguém tinha o direito de fazer aquilo.

Saiu do quarto após conseguir limpar o machucado e vestir uma de suas boxes e uma de suas camisas, que resultaram numa bela vista, exatamente no que o rapaz não estava pensando no momento. Checando se estava tudo bem com o seu celular, por um momento pensou que ligar para alguém fosse uma boa ideia, mas desistiu ao pensar que ela ficaria mais segura sob os seus cuidados. Depois, pensou em conversar com a colega de classe e perguntar o porquê de estar mais magra, e então pensou em mais mil coisas. Estava atordoado, nunca tinha imaginado que um dia encontraria a garota com mais classe que a escola inteira machucada, nua, inconsciente na mala do seu carro. Encarando o chão por alguns segundos, Justin simplesmente pegou os materiais em sua mochila, que estava dentro do carro, e voltou ao lugar onde estava a morena. Sentando ao seu lado com as pernas cruzadas em cima do colchão macio, espalhou os livros para começar a estudar para a prova do dia seguinte, mas falhou miseravelmente ao se ver fitando os fios, agora curtos, da musicista. Lembrou que quando a viu naquele mesmo dia, pela manhã, ela estava com os mesmos cabelos longos e lisos, quer dizer, não mais. Talvez a pessoa que tivesse cometido aquela crueldade tivesse cortado os cabelos da garota. Deveria punir quem fez aquilo.

Passados alguns minutos sem conseguir focar na preparação antes da prova do outro dia, considerou cozinhar algo para que a moça comesse, já que seu corpo trasmitia a magreza quase absurda. Após mais um médio período de tempo, conseguiu elaborar um belo prato de sopa, do jeito que a cozinheira de sua antiga casa costumava fazer. Tentando não derrubar a bandeja onde adicionou uma maçã, foi em direção ao quarto em passos lentos e cautelosos até demais para ele. O rapper posicionou a bandeja na cômoda em frente a cama e virou, ficando mais tranquilo ao ver que ela tinha mudado de posição, provando que estava viva.

Ainda em total silêncio, procurou pelos pertences da garota em seu carro, achando uma pequena mochila escondida no seu lugar secreto. Abrindo o zíper com força, se martirizando por quase ter quebrado a bolsa da garota, achou um celular, duas pastas de partituras e um livro de música moderna, que ela provavelmente usaria para estudar. Em meio às pastas, encontrou duas metades de uma foto rasgada do famoso Demetre Kriezi, com uma mensagem assinada pelo mesmo do outro lado. Pegou o livro, deixando cair uma outra folha de caderno, mas daquela vez, estava escrito "vadia gorda e inútil" com as letras cursivas de Sophie. Naquele exato segundo, sua mente parecia já saber quem tinha cometido tal ato contra Europe, mas no fundo o rapper sabia que Sophie não chegaria tão longe. No fim, restava a questão: quem fez isso?

Voltou ao quarto, dando de cara com uma Europe sensível, sentada, abraçada aos joelhos flexionados e com seus olhos que estavam cheios d'água. — O que aconteceu?


Notas Finais


Se preparem que por aí vem fofura!
Esse foi um capítulo pesadinho, quase perdemos Europe, mas ainda bem que ela tá viva.

E agora, hein, quem será que fez isso?
Meldels, o pau vai rolar solto quando todo mundo descobrir.

Beijãooo!
Até o próximo capítulo!!


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