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História Rica Dignidade - Ano Novo


Escrita por: SWANLIVE

Notas do Autor


Olá luas! Meu nome é Bella (pra quem não me conhece), vocês podem me encontrar no twitter de vez em quando @jenswanlive e essa é a segunda fic que escrevo para Captain Swan, porém ambas estão no Nyah, mas decidi publicar aqui também, principalmente por minha mana que implora isso a anos, pronto mana, seu desejo é uma ordem.

Enfim, para os novos, espero que gostem e para os antigos, continuem por aí luas. Aproveitem, mil beijos.

Capítulo 1 - Ano Novo


23:40 - 31 de dezembro de 2014

Festas de Ano Novo, eu sempre gostei, adoro a maneira como as pessoas ficam sensíveis e solidarias umas com as outras, como ficam esperançosas de seu ano ser melhor, fazem planos e metas para fazer uma limpeza na vida, como limpam vírus de computador, simplesmente decidem que o ano que se passou não importa mais, agora, olham para frente.

Eu concordo. O ano que se passou não importa mais, o problema é o backup. O backup sempre aparece para estragar a limpeza, traz de volta o que você queria esquecer, deixa a tona as decepções e principalmente, te lembra das péssimas escolhas.

Graham. Nós nos conhecemos em Storybrooke, minha cidade natal, ele era xerife, e talvez isso que tenha me chamado atenção nele, sua responsabilidade com seu trabalho mesmo tendo dinheiro suficiente com seus pais em Nova York. Eu não sei o que aconteceu depois disso, tudo foi tão rápido, uma troca de beijos acabou virando um namoro e logo depois Graham ajoelhado com um anel me pedindo em casamento, e eu, disse sim. Depois disso ele só me mostrou que eu deveria ter dito não.

Graham varia seu olhar discretamente pelas mulheres que passam por nós, dando preferência as morenas, algumas com seus longos cabelos em uma perfeita trança de lado, outras simplesmente prederam metade e deixaram a outra metade solta, dando ainda mais charme a seus vestidos extravagantes de festa.

Eu não conheço nem metade da elite presente nesse recinto, me sinto como um simples peixinho fora da água, que logo logo irá morrer caso alguém não a tire desse sufoco e a traga de volta o fôlego da vida. Eu quero apenas ir embora, mas eu não posso decepcionar meus pais, que dizem que o único motivo de fazerem uma festa dessa grandeza é para ver um sorriso no meu rosto, o que não acontece desde de os últimos meses.

Faltam vinte minutos para o novo ano e o que eu mais quero é chorar em vez de sorrir. Não deveria ser assim, eu deveria sorrir por ter uma esperança de dias melhores, ou que talvez a solução dos meus problemas simplesmente caia do céu.

O jazz começa a ser mais sutil agora que está mais próximo, tocando I'll Let You Know de David Hazeltine. As pessoas que estão na minha roda sorriem e conversam, animadas, assim como Graham que parece se divertir bastante com sua taça de champanhe e visão privilegiada das mulheres ao redor. Ele se vira para mim, parecendo me notar de verdade pela primeira vez na noite, posso dizer que talvez tenha até ficado um pouco surpreso.

- Ao nosso noivado. - ele ergue a taça em minha direção, que permaneço estática - Que foi amor? Aconteceu alguma coisa?

Me seguro ao máximo para não revirar os olhos ao ponto de ver meu crânio. Meu noivo é hilário.

- Está assim por algum motivo que provavelmente você pensa que é o que está acontecendo mas na verdade não tem nada a ver?

- O que? Não é nada... - minha voz sai fraca, devido ao longo tempo sem falar nada, porém o sarcasmo permanece intacto.

- Emma, sei quando alguma coisa te incomoda. - Graham envolve seu braço em minha costa descoberta pelo decote do vestido, discretamente me desvencilho.

- Talvez seja o fato de você nem notar quantos homens bonitos já me olharam essa noite, porque estava ocupado demais desejando outras mulheres. - viro-me para sair, mas volto novamente - Eu estou bem Graham, só por favor, não me siga.

Gostaria de estar agora em qualquer outro lugar, talvez em um simples café comemorando o ano novo apenas para mim, analisando as estrelas sentada em um bando do parque, qualquer ano novo seria melhor do que passá-lo ao lado de Graham.

Encosto-me no apoio de vidro do terraço do prédio onde estamos, busco algumas estrelas, sem sucesso. Tomo um gole do champanhe que está em minha mão, analisando as pessoas em pé sendo fotografadas, apenas na espera do show de fogos, que cobrem o céu com uma beleza extraordinária. Fecho os olhos e imagino que talvez uma nova aventura em minha vida não seja pedir demais. Os fogos começam, anunciando o novo ano.

- No meu país é tradição, se estiver sozinho no ano novo, beije um desconhecido. - viro-me assustada ao ouvir uma voz masculina nunca ouvida antes. - Te assustei Emma Swan?

Franzo o cenho levemente, não desejo mostrar a um homem tão bonito como esse,que estou com "medo" pelo simples fato dele saber meu nome. Seus olhos verdes, ou azuis, conseguem se manter perfeitamente estabilizados com os meus, o que poucas pessoas conseguem fazer, por se sentirem constrangidas com a intensidade que o olhar costuma ficar depois de se encarar alguém por muito tempo.

- Como sabe meu nome... cavalheiro?

- Cavalheiro? Achei que estivemos no século vinte e um. - ele subiu um degrau, agora, no mesmo piso que eu - Emma Swan, é o primeiro nome da lista, seu pai fez essa festa de milhões e você é a mulher mais linda, elegante e de bom gosto que eu vi até agora. Foi apenas um palpite.

Abaixo minha cabeça e analiso minha escolha de vestido, não foi o mais caro da loja, mas o que mais me chamou atenção por sua simplicidade severamente elegante. Sempre me senti bem com vestidos longos e bem cobertos, mas essa noite algo em mim quis ser mais ousada, eu queria ser notada, surpreender, por isso a escolha com um decote enorme em forma de V que se inicia bem abaixo do colo e segue até o fim das costas.

- E eu posso saber o nome do meu admirador secreto? - abro um sorriso.

- Seu admirador secreto Killian Jones deseja o seu número de telefone.

Killian Jones... Um nome realmente marcante, principalmente quando se trata da noite mais importante do ano. Ele abre um sorriso delicado e pisca, apenas aguardando uma resposta.

- Bem, Killian, acho que deveríamos parar por aqui, como você deve saber eu tenho um noivo. - tento abrir um sorriso, mas por dentro tento não chorar.

Por que eu tenho que ser tão fiel a Graham quando não é recíproco? Desde de que comecei a conhecer a verdadeira pessoa dentro dele, cada vez mais me decepciono, mas por que continuo o amando? Por que meus sentimentos são tão profundos ao ponto de sentir ciúmes de alguém que não merece? O problema é que eu tenho escolha, eu sei o que certo a fazer, mas eu não tenho escolha, não sei o que fazer.

- Tudo bem se não quer me passar Swan, mas saiba que eu não vou desistir, - seu olhar é desafiador - pode me dizer seu número da sorte?

Umedeço meus lábios tentando compreender o que ele está tentando fazer.

- Setecentos e sessenta e cinco. - me apoio novamente no vidro, parece que não vamos acabar agora.

- Por acaso seu número de telefone é dois, dois, sete, quatro, seis e cinco?

Killian se encosta próximo a mim e me olha nos olhos e me pergunto, qual o nível máximo de beleza que um homem pode acalçar? Porque acho que Killian conseguiu atingir o ponto máximo, talvez nem mesmo tenha passado pelo mínimo para chegar no ponto mais alto.

- Não, é dois, nove, sete, três, oito e nove.

- Viu, não foi tão difícil.

Abro minha boca por alguns segundos ao perceber o que acabei de fazer e o analiso com um sorriso incrédulo. Não sou burra, é apenas que algo nele me fez o querer vencer, mostrá-lo que ele não é tudo que aparenta ser e que estava errado sobre meu número.

- Como fez isso, algum tipo de bruxaria? - coloco minha franja atrás da orelha.

- Bruxaria? Não mesmo, parei de mexer com isso desde de meu último copo de sangue de galinha preta hoje mais cedo. Eu apenas sou matemático.

Dou uma gargalhada tão forte que meu pescoço é jogado para trás, o que acho que chamou atenção de algumas pessoas próximas a nós, inclusive o fotógrafo, que parecia não ter me visto antes, sua expressão foi de quem achou a alma da festa. Se aproximou rapidamente, deixando o casal de pombinhos para trás.

- Posso tirar uma foto? - ele ergue sua câmera.

- Não... - fecho meu sorriso - não acho que seja uma boa ideia.

- Mas a senhorita está tão bonita, - insistiu -, todos da sua família já registraram esse momento.

- Jovem, você ouviu, ela disse que...

- Graham? - indaguei, interrompendo a fala de Killian.

- Com todas as suas primas.

Primas? Eu não tenho primas. Em outro vida essa desculpa cairia muito bem caso eu fosse patética, mas na vida real, não mesmo. Eu não quero utilizar uma pessoa tão legal como Killian como isca e maneira de passar ciúmes em meu noivo, mas admito que foi a primeira coisa que passou na minha cabeça. Se ele não pôde estar comigo na virada do ano, que outra data ele estaria?

- Por que não uma foto de recordação?

Killian se afastou enquanto o fotógrafo se posicionava.

- Você pode vir se quiser, afinal, estávamos juntos na virada.

- Claro. - pareceu em duvida ainda, mesmo depois de ter pensando por alguns segundos.

Ele cercou minha cintura e pude sentir o quanto suas mãos estavam frias. Inclinei meu corpo para o seu lado, nos aproximando, e Killian novamente olhou nos meus olhos e esticou os lábios em um sorriso, sem me dar o privilégio de visualizar seus dentes. Foi quando a foto foi batida e o fotógrafo, satisfeito, provavelmente pensando o quanto essa foto valerá, saiu.

O silêncio reina. E esse provavelmente é o silêncio mais constrangedor que já passei em toda minha vida, talvez pelo fato de Killian Jones me olhar com tamanha intensidade que me sinto transparente, ele parece ler todos os meus pensamentos e entender todos meus sentimentos.

- Eu... preciso ir agora, foi um prazer conhecer você Killian Jones. - estendo minha mão, na esperança de que ele a aperte e eu simplesmente caminhe para longe desse gelo.

Mas ele não aperta. Continua me analisando com as mãos no bolso de seu terno.

- Não vai falar adeus?

Ele enfim parece ter caído na realidade. Sinto que ele não irá falar nada, mas está escrito que ele percebeu que o usei para passar ciúmes em meu noivo.

- Não, porque isso não é um adeus Swan.

Da maneira como ele fala, eu realmente acredito que isso não é um adeus e que ainda nos veremos novamente. Não posso adivinhar se ele é problema ou não, mas o que eu sei agora é que foi a única pessoa que conseguiu me fazer sentir especial em tempo restrito, e isso faz o meu sangue ferver, me faz o sentir correr por minhas veias.

Quando você não é devidamente notada, muitas e qualquer pessoas podem te levantar com elogios, podem subir seu auto estima em segundos, apenas com olhares de desejos e respeito, exatamente por isso que eu me sinto enganada, engana por minha própria mente, que acredita no que Killian fala, enquanto na verdade é apenas uma linha do tempo passageira, que se desfará assim que virar minhas costas e me ver em frente minha própria realidade. É a pior maneira de se pensar, mas é a única maneira de pensamento que as pessoas vem me proporcionando.

Concordo levemente com a cabeça.

- Não é um adeus. - Killian se aproxima e deposita um beijo em minha bochecha, demorando o máximo que pode.

Eu sei que ele não irá ligar, nem mesmo anotou meu número de telefone. Eu seria apenas mais uma distração loira para esse homem caso tivesse ficado com ele, não acredito no que diz e nem deveria, iria apenas me iludir caso fizesse.

- Adeus, Killian.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, se sim, espero que compartilhem suas opiniões e também quero ver todos nos próximos capítulos, é importante. Obrigada por lerem até o fim e me desculpem qualquer erro! ♡


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