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História Rica Dignidade - Assessoria


Escrita por: SWANLIVE

Notas do Autor


Olá luas! Prometi um capítulo a cada dia e não cumpri, mas tenho minhas explicações: provas na escola, quatro ontem e quatro hoje, então é mesmo de se imaginar haha. Mas espero mesmo que gostem e aproveitem. Desculpem qualquer erro.

Capítulo 4 - Assessoria


02 de janeiro de 2015 - 06:00

Despertador. Como eu odeio despertador, como eu odeio a maneira como eles estragam nossos sonhos e nos fazem ver novamente um novo dia. É certo não gostar de acordar todas as manhãs? A vida não devia ser alegre ao ponto de você acordar e sorrir com ansiedade para saber o que vem depois? Eu nunca acordo assim, mas querendo ou não, hoje eu acordei.

Abro meus olhos e como sempre, percebo que Graham não está aqui pela manhã, nem sequer para poder dar um "bom dia". Me levanto e abro as cortinas, ganhando em troca um sol amarelo.

Procuro pelo quarto algum recado e acabo vendo um pequeno papel, com a letra de Graham, que diz que ele teve que fazer uma viagem a trabalho.

- Pufff, que novidade. - jogo de volta na cama e desço para pegar meu celular.

É estranha a sensação de estar na casa de Graham sozinha, mesmo que nós tenhamos o nível completo de intimidade, ou não. Ainda não me sinto completamente a vontade. Ouço uma pequena batida na porta e corro para pegar um roupão, depois corro para abrir a porta, eu sei quem é, é Dorothy, quem cuida da casa de Graham todos os dias. Destranco e sorrio para ela, que logo me dá um abraço.

- Emma, quanto tempo você não vem aqui. - ela aperta mais ainda o abraço.

- Realmente, ano passado não é mesmo? - ela sorri da minha "piada".

- Vem, vou fazer um café para você.

- Eu já vou.

Pego meu celular e volto para o quarto. Quando vejo, percebo que têm nada menos que dez ligações perdidas da Tinker e uma do meu pai, fico feliz com a preocupação de minha amiga, depois que sai do golfe esqueci completamente de ligar a avisando do que tinha acontecido. Vejo que a última foi as cinco da manhã, então ela já está acordada. Disco seus números, logo ela atende, mas por alguns segundos não fala nada.

- Tinker? - ouço alguns sussurros abafados - Tinker. - falo mais alto.

- Oi. - ela fala ofegante, já ativa a essa hora da manhã. - Emma, - seu tom fica mais arrogante agora.

- Desculpa eu sei que devia ter te avisado, mas eu pedi que Killian avisasse. - já a corto.

Novamente ela fica em silêncio por alguns segundos, mas claramente ainda está na ligação.

- Está com alguém aí? Se quiser eu ligo depois.

- Não. Não, está tudo bem. Vamos conversar. O que aconteceu ontem?

Respiro fundo e fecho a porta para que Dorothy não ouça nada do que vou compartilhar com Tinker.

- Você sabia que eu e Killian estamos no The New York Times? Não precisa responder, eu sei não sabia. Nós estamos, e você sabe quem me falou isso? Graham. Ninguém menos que Graham.

- O que? - ela parece tão surpresa quanto eu fiquei - E você já viu o que está escrito? - ela sussurra.

- Por que está sussurrando? Enfim. Não eu não vi, quando voltar para meu apartamento espero ler isso o mais rápido que puder.

- Está na casa de Graham?

- Ah, sobre isso...

- Eu não acredito que ele deixou você sozinha naquele restaurante, vocês brigaram e no final ainda vem correndo para você como segunda opção!

Seguro minha língua, eu sei que Tinker está certa, mas parte de mim quer defendê-lo, enquanto a outra quer matá-lo.

- Espera... Isso foi a noite certo? Ele viu a mensagem do The New York Times, era ele no telefone na hora do golfe não era? Ele mandou você sair de lá e você saiu e depois foi pra casa dele. Emma! Ele quer te garantir.

- O que? - pergunto, mesmo sabendo a resposta, mesmo não tendo visto por esse lado antes.

- Ele viu sua foto com Killian, ficou com medo e quis saber de uma maneira distorcida se você tinha algum caso com ele.

- Mas o que isso tem a ver? Eu poderia muito bem ter um caso com Killian e ter com ele também. - retruco.

Tinker dá uma gargalhada falsa e posso ver sua expressão se fechando novamente.

- Emma, nós que estamos com você todos os dias conhecemos você, e você nunca, nunca mesmo faria isso! Você se sentiria a pessoa mais culpada do mundo, não daria conta nem de olhar para Graham sem cair aos choros.

Pense Emma, pense, isso está certo?

- Posso ir aí?

- Não! - ela fala alto - Quer dizer... Sim pode, não agora, sua agenda está bem cheia, vem aqui quando der, pode ser? Não esquece de avisar.

- Hã... Tudo bem então. Você não vai comigo hoje dar uma olhada?

- Não tem como hoje, mas posso outro dia. Vou desligar, beijos.

- Okay, tchau.

Desligo e fico pensando com quem Tinker provavelmente pode estar, ela com certeza não está normal como todos os dias.

Tomo um banho e me arrumo com algumas roupas minhas que Graham tem sua casa e sai da maneira mais escondida que pude, para que Dorothy não me visse, sei que isso é errado, mas como Tinker disse, eu tenho muita coisa pra fazer, não posso perder meu tempo.

- Senhorita Emma, onde quer ir? - o guarda da casa me pega de surpresa e dou um pulo.

- Aí meu zeus! Que susto! - levo minha mão ao meu coração.

- Me perdoe senhorita. O motorista já está vindo, desculpe a demora, já estaria tudo preparado mas não sabíamos que estava aí.

- Não, não, está tudo bem. Deixe que o motorista tome seu café em paz, estou bem. - falo guardando minha bolsa no carro.

- Certeza? Não queremos que nada aconteça a senhorita.

- Estou bem. Aliás, você pode deixar essa posição imóvel e se sentar, Graham está em uma viagem, está tudo limpo por uns três dias. - pisco e entro no carro, fechando a porta.

Dirijo direto para a empresa HANS, a concessionária de carro do meu pai, ou nossa, como ele prefere chamar.

Ele abriu essa franquia assim que chegamos em Nova York, colocou no nome de nós três, o meu, da minha mãe e o dele. Cresceu aos poucos e logo ficou bem grande. O nome Hans, ele diz não saber o porquê de tê-lo escolhido. Depois de já ter instabilidade com a empresa, abriu outra franquia em Storybrooke, o que foi bom.

As ruas começam a mudar assim que vou chegando perto da loja, as ruas mais largas e muito mais pessoas em cada calçada. Estaciono em um estacionamento privado e me dirijo direto para a sala de John.

Estar aqui na verdade só atrasa meus planos, hoje eu deveria conhecer minha assessora do casamento e começar a definir algumas coisas, porém, John me pediu para estar aqui depois do ano novo e eu nunca consegui vir, acho que está passando da hora de desenrolar minha vida.

Bato na porta levemente e entro devagar, esperando ver John sentado em sua cadeira, o que é uma coisa rara de se acontecer.

- Emma! - ele chega por traz e me viro devagar com um sorriso.

- John. - o dou um abraço apertado.

- Achei que nunca viria até aqui ver seus negócios. David acabou de sair daqui. Já tomou café? Quer comer alguma coisa?

John sempre foi uma pessoa maravilhosa e super prestativa, ele parece sempre saber o que você está precisando e na hora que está precisando. Às vezes que fico por aqui o meu passatempo favorito é conversar com ele a respeito de tudo.

- Bem, não pretendo demorar, mas não cairia mal algo para comer.

- Sinta-se a vontade. - ele apontou com sua mão o pequeno banquete no corredor.

Pego um biscoito, particularmente um pouco menor que minha mão e corro para acompanhar John, que se encontra no final do corredor.

- Quando digo que não pretendo demorar, não quer dizer que precisamos correr. - tento acompanhar seus passos largos.

Outro homem que passa com uma pasta, me para e a entrega em minha mão, que espero que ele explique o porquê de estar me dando isso.

- Pode entregar isso para David por favor? - apenas concordo e continuo meu percurso com John, que entra no estacionamento de carros novos.

- Você já deve imaginar porque está aqui.

- Bem, na verdade não. - dou uma mordida no meu biscoito.

- Precisamos do seu carro, de novo.

É, eu deveria ter imaginado isso. Algumas vezes tenho que doar meu carro já usado para algumas pessoas que querem comprar tal modelo em semi novo, como trabalhamos mais com carros novos alguns semi-novos faltam.

- Cliente nova?

- Sim, queremos mantê-la, e você sabe, o cliente tem que sentir que damos tudo de nós.

- E por que acha que eu não trocaria um carro de cinco meses de uso por um melhor e novo? - brinco com John.

- Eu não sei, você sabe como seu pai é apegado aquela caminhonete dele, talvez você tivesse pegado o gene.

- Está tudo bem pra mim.

- Pode escolher. É tudo seu.

- Pra mim tanto faz e você sabe disso.

Eu não ligo pra isso, não ligo pra nem metade do que tenho e acho que metade disso tudo é desnecessário, mas é minha vida, eu não posso nega-la, tenho que segui-la.

- Bem, as pessoas estão buscando muito por esse modelo, em branco em particular, para comprar usado, você pode fazer esse favorzinho para nós.

- Faço todos os que quiser John.

Aprecio a Range Rover em minha frente, passando a mão por seus detalhes e acabo dando uma olhada por dentro, percebendo seus bancos de coro. Tão supérfluo.

- Espero dar conta de carregar essa belezura.

- Você da conta de tudo o que quiser Emma. Você é uma grande mulher.

Dou um sorriso de canto para John e seguro sua mão, balançando-a.

- Obrigada por isso.

- Senti que estava precisando.

Sou tão feliz pelas pessoas que aparecem em meu caminho, que me ajudam psicologicamente a me reerguer de qualquer coisa, que me dão simples, porém, importantes palavras de conforto. Eu queria poder fazer o mesmo por todas essas pessoas, mas às vezes não dou conta de pensar positivo só para mim, imagina para outras pessoas.

Meu celular toca e vejo John revirar os olhos, meu celular sempre toca, mas quando estamos juntos parece ser em excesso. Vejo a foto de Tinker e atento.

- Pode falar.

- Essa você vai querer saber.

- Saber o que?

- Está em casa agora? Preciso de você pessoalmente.

- A uma hora atrás você estava super ocupada, já está livre? - percebo o quão rude fui - Desculpe. Estou na concessionária agora, mas posso te encontrar.

- Pode ser. E desculpa interromper seja lá o que estava falando com seja lá quem. - posso imaginar o sorriso que Tinker dá, ela adora provocar.

- Tinker, se eu não te amasse tanto, eu te amaria menos.

- Também amo você, e vem logo.

Desligo o telefone e me volto para John que já pegou a chave do carro e a roda em seu dedo.

- Desculpa, mas eu preciso ir. Prometo voltar aqui assim que puder, se precisar pode me ligar. E John, me desculpa não ter vindo antes, as coisas estão meio apertadas...

- Você se desculpa demais, eu entendo. - ela joga a chave e a pego no ar - As coisas com o casamento tão esperado, e seu noivo, e suas aulas, compromissos...

- Já posso pega-lo? - me refiro ao carro.

- Sim, eu te conhecendo muito bem sabia que ia aceitar, deixei preparado. Gasolina, óleo, motor, tudo. Você não tem nada no outro?

- Eu não sei, acho que não, mas se tiver peça que meu pai leve depois, estou com um pouco de pressa. 

Entro no carro e me ajeito no banco, sentindo a diferença desse para meu antigo Fusion.

Algumas pessoas nos dias de hoje achariam o máximo ter que trocar o carro para um novo quase todo o mês, ter dinheiro para um segurança, para um motorista ou seja lá o que for, mas eu não acho. Adoro as pessoas que estão comigo todos os dias me ajudando, e admito que muitas das vezes não sei o que faria sem eles, mas a vida é minha, eu deveria resolvê-la.

- John, nos vemos depois. Se precisar é só gritar, eu com certeza irei vir.  - aperto sua mão.

- Eu tenho certeza que sim. Obrigada futura senhora Humbert.

Abro um fraco sorriso para John. Ele não sabe nada do que passo com Graham, nós somos amigos, compartilhamos algumas informações, mas isso ninguém sabe, apenas eu, Tinker e o próprio Graham.

Chego na casa dos meus pais e vejo o carro de Tinker estacionado em "sua garagem" e ao lado o carro do meu pai, o que é novidade, ele quase não fica em casa pelas manhãs.

Meu pai sempre trabalhou pela manhã, nunca lhe falta algo para fazer, mas mesmo assim ele vive procurando mais coisas para se ocupar, é como se aquilo não bastasse para ele, sempre quer mais. Ele é um trabalhador de honra, adora o que faz e provavelmente qualquer outro cargo que encontrar, e sempre me ensinou "O trabalho dignifica o homem", e funcionou, pelo menos com ele.

Já minha mãe tem outros pontos de vista, ela diz que a família é o melhor que uma pessoa pode ter e querer, pode-se não ter nada, mas se tem uma família que te ama e que você ama, você tem tudo. E a junção das duas ideias formam uma boa combinação.

Entro em casa e já ouço Tinker e David conversando, provavelmente na cozinha, ou na sala ou na sala de estar. Nunca sei exatamente de onde as vozes vem aqui nessa casa, já no meu apartamento sei em que cômodo uma possível agulha pode ter caído. 

- Bom dia. - grito.

- Bom dia sol! - recebo de volta e sigo até a cozinha, dando uma olhada pelas portas só para certificar.

- Oi pai. - o avisto em pé ao lado da mesa.

Ele me abraça forte e Tinker entra no meio do abraço, falando gracinhas com vozes de neném.

- Achei que tinha esquecido do seu velho pai. - ele toma um gole de seu café.

- Jamais. Não sei nem porque pensou isso. Aconteceram algumas coisas e... Esquece. Sobre o que estavam conversando? - olho para eles - Pai tem um papel pra você, deixei na sala.

Tinker arregala seus olhos, provavelmente no meio da conversa ela se esqueceu o real motivo de estar aqui. Trocamos alguns olhares e logo meu pai perceber e entra no meio dos olhares com um sorriso.

- O que aconteceu que não querem me contar?

- Ah você já sabe, eu tenho certeza que sim. - Tinker me puxa pela mão e segue até meu quarto.

- Tinker, estou ficando um pouco nervosa. - aviso.

- Não precisa, é coisa boa.

Franzo meu cenho, se é coisa boa por que ela quis me contar pessoalmente e por que todo o drama?

Entramos no quarto e ela pega uma revista em cima da cama antes que eu pudesse pegar. The New York Times.

- Eu mandei você ler, você não quis, agora senta aí, acho que vai precisar.

Me sento sem muitas enrolações.

- Ah, mais antes, como foi seu encontro com sua assessora? Já conheceu a pessoa com quem vai passar metade do seu tempo de hoje em diante? Ela é legal? - ela coloca a mão atrás das costas e a sigo com o olhar, isso é estranho.

- Tinker, eu não conheci minha assessora ainda, se lembra? Eu iria fazer isso agora, mas estou aqui com você.

- Hm... - ela dá um sorriso, claramente irônico. - Que pena. Pode ler agora. - ela joga a revista e a pego, enfim vou matar a curiosidade que tanto me atormenta.

"The New York Times 
01 de janeiro de 2015.

Uma das queridinhas entre os queridinhos de New York, Emma Swan, estava passando a virada do ano com ninguém menos que Killian Jones, o novo assessor pessoal de seu casamento, e pela sua reputação, um dos melhores,  porém, ainda novo na área. Fontes dizem que seu pai, David e sua mãe, Mary, o escolheu a dedo, já outras fontes dizem que o próprio se ofereceu ao cargo.

Ambos pareciam se divertir e um de nossos fotógrafos conseguiu uma boa foto, a qual os dois parecem bem próximos.

Killian Jones não perde tempo não é? Parece que uma tempestade de sorte está o atacando a alguns dias. Você achou o baú do tesouro Killian, vai fundo.

Se ambos continuarem com essa sintonia, tenho certeza que o casamento de Emma e Graham será um sucesso, e podemos ter certeza, impecável.

Boa sorte a vocês."


Notas Finais


Bem, o que estão achando? Aliás, não posso deixar de comentar sobre o carinho de vocês, muito fofas no twitter e nos comentários, sério, fico feliz que a fic esteja tendo um resultado positivo. Até o próximo luas, mil beijos. ♡


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