História Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) - Festa - Parte 2

Jonathan P.O.V.

Morgan vestiu uma calça jeans justa e rasgada, uma camisa social branca, pra fora da calça e um tênis vans de botinha preto. Eu, vesti uma calça preta - também rasgada - e uma camiseta preta. Por cima, uma camisa xadrez preta e branca. Escolhi um tênis Nike Roshe One preto. 

- Estamos prontos? - Inquiriu ele. 

- Quase - Passei meu perfume Dior Homme Intense - Agora sim.

- Hmmm - Fechou os olhos sentindo o cheiro - Tem razão. Tenho que colocar o meu também - Ele passou Terre d’Hermès. 

Fomos para a sala. Claire e Eleonora arregalaram os olhos, impressionadas. 

- Uau! - Claire se levantou do sofá - A onde vão?

- Para uma festa qualquer aí - Dei de ombros. 

- Que horas voltam? - Interrompeu a mais velha.

- Eu não tenho certeza, vó - Respondeu Morgan - Ficaremos bem. Pode nos levar, Robert? 

- É claro - O senhor abriu a porta e fomos juntos.

Entramos num Lexus LS V6 cor chumbo.

- Onde exatamente essa festa fica? - Perguntou Robert. 

- O edifício se chama Monte Carlo Carré d'Or. Fica a beira-mar e perto dos jardins do Casino - Esclareceu.

 Em poucos minutos chegamos no tal lugar. 

- Te ligo quando for para vir nos buscar, ok? - Avisou Morgan ao mordomo - Ou a gente pega um Uber mesmo. 

O prédio era realmente muito bonito. Não que eu não esteja acostumado com tudo isso, é só que o design dele não é moderno como os de Los Angeles, mas continua muito luxuoso.

- Vamos? - O mesmo deu a mão para mim, e eu assenti. 

Entramos no local, e logo encontramos Emma com um menino barbudo. 

- Que bom que vieram - A menina nos abraçou - Assim podem se divertir um pouco. Ah, quero que conheçam Walter. Foi ele quem me convidou. 

O menino barbudo, que parecia já ter fumado uma plantação inteira de maconha nos cumprimentou. 

- A festa é no 115 - Informou ela - Só estamos dando um tempo aqui. 

"Dando um tempo aqui" = Se pegando. 

Entramos no elevador. 

- Gostei da sua amiga - Comentei.

- É. Ela é bem legal. Bem doidinha. 

- Aham... - Me aproximei dele - E você é uma gracinha - O beijei com calma. 

O próprio sorri em meios aos beijos, que ganhavam mais intensidade a cada segundo. 

A porta do elevador se abriu, rapidamente fingimos normalidade, e saímos. 

- Não deve ter mais ninguém morando aqui neste andar a não ser quem está dando a festa. Tem gente aqui no corredor, isso não é proibido? - Avaliei, curioso - Ou estou errado? Morgan? Ei?! - Olhei para ele. 

Morgan estava parado, como uma estátua, olhando diretamente para um lugar. Com os olhos bem abertos, vidrados. Parecia ter visto um fantasma. 

- O que foi? 

Olhei na direção de seus olhos, e acabou que dando em um garoto ruivo, que conversa com outras pessoas. Pela fachada que transmitia, ele era o dono da festa. 

- O que tem ele, Morgan? - Espremi os olhos e o encarei. 

- N-Nada - Ele olhou para mim, balançando a cabeça, como se tentasse voltar a realidade - É que...

- O que?! - Comecei a ficar irritado. Todas as encrencas que me meti até agora passaram em minha mente como um filme - Ele é um Christian, também? Se for, eu vou embora! 

- N-Não! Muito pelo o contrário - Morgan correu até a mim - Quando ainda estávamos nos conhecendo direito, eu disse que toda vez que alguém ia me beijar ou ficar comigo, essa pessoa dava o fora? 

- É, eu lembro - O mesmo se escondeu atrás de mim - Tá, e dai?

- E daí que esse ruivo desgraçado é uma dessas pessoas. Foi o que mais me marcou. 

Uma raiva percorreu o meu corpo e eu, inconscientemente, fechei o punho.

- Tive uma ideia. Vamos passar de fininho - Disse ele - Você me esconde. Eu já estive aqui, o apartamento é gigantesco, com toda essa gente aqui, talvez ele não nos ache. É só ele não nos ver agora. 

- Talvez?! - Exclamei, indignado - Ótimo, vamos passar a festa inteira escondidos. 

- Vamos logo! 

Passamos por ele despercebidos e entramos. Tinha até uma chance dele não perceber a nossa presença, já que a luz estava baixa e havia um mar de gente em cada canto. 

- Ufa - Soprou aliviado - Ah, é a minha música! - Gritou do nada. 

- Sua música? - Sorri, o vendo ficar animado.

- Sim, sim! - A música de Fergie, L.A. LOVE começará a tocar - Vem dançar - Me chamou safado, e começamos a dançar, assim como todos ao nosso lado. 

Colados, Morgan rebolou seu bumbum devagar em meu membro. Nesse instante, o mesmo corou forte. Eu o puxei para ficar mais prensado a mim. E então, ele desceu até o chão. Incrível, fofo, no entanto, sexy quando quer.

- Vou pegar algo pra beber, que algo também? - Questionei.

- Sim, eu quero, mas nada forte. E você nem pense em ficar caindo por aí. 

- Fique tranquilo - Fui até ao balcão

Peguei um licor para Morgan, para mim, peguei algo especial, e voltei.

- O que é que você pegou? - Ele deu um gole na taça.

- Ah, isso - Olhei para o meu copo - Cocoroco.

- Eu disse para você não pegar nada forte, mas você me exagera, pegando uma bebida boliviana? Isso é de derrubar qualquer um! - Brigou, batendo os pés no chão, como uma criança. 

- Que nada! - Dei um gole, sem pena, e o líquido desceu rasgando a minha garganta. Minha visão chegou a embaçar, mas era ótimo - Wow! 

- Se der merda, eu te largo aqui e nem chamo a ambulância. 

- Como você é mal, Morgan - Disse uma voz sexy, não tão grossa - Quem lhe deixou com esse coração de pedra? 

Virei a cabeça, e lá estava o tal menino ruivo, olhando para o meu namorado, com um sorriso sacana no rosto. 

- Quando ia me contar que estava aqui em Monte Carlo? - O estranho se aproximou dele vagarosamente. 

- Nunca! - Morgan desviou o olhar.

- Ah, qual é? Gosto tanto de você. Faz o dois anos que não te vejo. 

- Valentim... mas eu não gosto de você. 

- Awn, baby. Qual o problema? 

- E você ainda pergunta? - Revirou os olhos - Você prometeu me amar. Lembra quando me jurou isso? Estávamos na praia, bem aqui na frente do prédio. Mas o que você fez? Me deixou! 

O mesmo veio até a mim, ficando do meu lado e segurando minha mão com força 

- Eu já tenho alguém que faça isso por mim. Não preciso de você. Me deixe paz.

- Ah, olha só, ele tem namorado - O tal Valentim deu um riso nasal e cruzou os braços, olhando para mim com desprezo - Qual é o seu nome, menino desvalido? 

- Desvalido?! - Soltei uma gargalhada - Você se acha o mais rico, mas não percebe que tem gente do mesmo nível que você bem do seu lado. 

- Então quer dizer que temos mais um playboy aqui, ham? - O menino veio para perto de mim - Você não me parece bom o suficiente pra ele. 

- Fui bem eu que jurei amor e larguei ele numa praia, né? Tá bom, olha, vai arranjar o que fazer, que tal? 

- Tá me mandando cair fora quando estou na minha própria casa? - Arqueou a sobrancelha.

- Ahn... sim? Tem tanta gente pra você transar aqui, por que não faz isso? 

Valentim me ignora e olha para Morgan, pega uma de suas mãos e acaricia.

- Estou arrependido, se quer saber - O menino respira fundo - Quer resolver as coisas? Amanhã, estarei correndo no Circuito de Monaco.

- Tá, tudo bem - Deu de ombros - Talvez eu vá. Mas sem gracinhas! 

- Com certeza - O ruivo sorri - Te espero lá. 

Observei o filho da puta desaparecer no aglomerado de gente. Olhei para Morgan, que estava de cabeça baixa. 

- Ele foi importante pra você? - Questionei. 

- Não vou falar nada a respeito dele. Vai estragar nosso relacionamento, pra variar. 

- Não, não. Nada vai estragar nosso relacionamento - Fiquei de frente para ele - Essa insegurança sua de falar de pessoas do seu passado é minha culpa. Tenho que ser mais compreensível. 

- Sim, ele foi - Balanço a cabeça pensativo - Mas isso é passado. 

- Então você não vai ir vê-lo amanhã? 

- Vou. Só para ouvir o que ele tem pra dizer. 

- Ok. Tudo bem - O abracei com todo o cuidado. 

Ele enfiou seu rosto no meu pescoço. 

- Ele descobriu a gente, e eu já sei porque. 

- Por que?

- Virgínia - Falou - A irmã dele deve ter nos visto. 

- Ele tem uma irmão, é? 

Morgan fez que sim. Ficamos abraços por alguns minutos. 

- Já voltamos a nos divertir. Deixa só eu voltar ao normal. 

Enquanto isso, fiquei observando tudo e todos ao meu redor. Havia vários tipos de pessoas ali. Isso era intrigante. Infelizmente, uma notificação no meu celular me impediu de continuar analisando a festa.

Meu coração simplesmente parou.

Pandora: Eu sei que já trouxe problemas de mais para você, mas podemos conversar de novo? Resolver as coisas, sem deixar esse mal entendido no ar? Nós podemos até tentar de novo. Eu preciso disso.