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História Rich boys in love II - Romance gay (Yaoi) - Sequestro - Parte 2


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Essa atualização é a continuação do antepenúltimo capítulo! Esse não ficou realmente bom, mas serviu para o fim de toda essa sessão artificial, assim posso me preparar para um final mais calmo.

Boa leitura.

Capítulo 20 - Sequestro - Parte 2


Morgan P.O.V.

Fiquei parado como um poste encarando Pandora que me fitava com nojo, mas nem um pouco surpresa. Ela com certeza sabe sobre o plano de Mike por isso esse desdém todo com a minha presença. Ficamos com os olhos fixos um no outro até o silêncio se tornar constrangedor. 

Abri a boca, mas nada saiu porque não tenho nada para dizer a ela. Desviei o olhar para o chão pensando no que fazer enquanto ela continua com sua cara de asco. Respirei fundo e me aproximei dela que arregalou os olhos. 

- Você sabe o que está acontecendo? - Questionei. 

- Eu não sei. Sei? - A loira está com uma tigela de granola na mão. 

- Pandora, isso aqui não se trata do que aconteceu entre eu, você e Jonathan no passado. Esqueça disso, por favor! 

Ela fitou a tigela e revirou as sementes com a colher. 

- Por que eu te ajudaria? 

- Eu fui sequestrado! Ou praticamente isso. Você não percebe a gravidade da situação? - Estou me segurando ao máximo para não aumentar a voz. 

- Eu não tenho motivos para lhe ajudar - Deu de ombros e pousou a tigela na bancada.

- E quais são os motivos para não me ajudar? 

Pandora pareceu ficar sem resposta. Ela apenas desviou seu olhar e suspirou com pesar. 

- Desculpa, Morgan... - A mesma passou por mim e saiu da cozinha. 

Continuei ali, estático, por alguns poucos segundos. Não reconheço exatamente o cenário em que me encontro. Isso é um sequestro mesmo que eu conheça o lugar, as pessoas e essas não estão me agredindo? Eles não vão me deixar sair por nada, disso eu sei. Mike não deixaria tão fácil para mim. Ou será simples? 

- Ei, Pandora, espera! - Corri atrás da mesma que já estava no final do corredor - Podemos conservar?

- Conversar o que? - Ela claramente ficou entendiada com a minha ideia. 

- Tudo aquilo e tudo isso - Fui até ela de forma não ameaçadora. 

A garota cruzou os braços e apoiou-se na parede.

- Não, mas se você quiser dizer algo... estou esperando. 

- Não estou pedindo que sejamos amigos. Eu não quero ser seu amigo, mas nós podemos resolver as nossas desavenças. 

- Eu não sei se podemos chegar num consenso. 

- E por que não? - Franzi o cenho um tanto indignado - O grande problema é o Jonathan, não é? É ele quem você quer. 

Pandora descruzou os braços e olhou para o teto.

- Eu amo o Jonathan! Não sei porque gosto tanto dele, mas é assim. 

- Você realmente não tem nada para me falar. Eu, sinceramente, também não tenho nada para te falar. Na verdade, não quero, mas eu vou! - Fechei os olhos, respirei fundo e nesses míseros segundos, uni todas as forças para vencer o meu orgulho - Desculpa, Pandora. Nem sei se tenho motivos para te odiar tanto assim. Eu sei que você gosta muito do Jonathan e isso não devia ser o maior problema entre nós, quer dizer, talvez. Não sei se você pretendia estabelecer um relacionamento sério com ele ou apenas uma relação duradoura mesmo que sem compromisso, mas ele é o meu namorado e você precisa entender isso. 

- Falou bonito. Quase me convenceu, mas eu não vou te dizer nada da mesma forma. Eu sinto muito por você estar aqui supostamente sequestrado. Só que não há nada que eu poça fazer. 

 Eu tentei. Juro que tentei fazer as coisas do jeito certo. Eu quis conversar com ela, mas a mesma não quis. Não vou xingar ou bater mesmo que queira muito, mas se eu fizer coisas do tipo a situação só vai piorar. 

- Está bem. Você pelo menos pode dizer o que está acontecendo? - Coloquei as mãos na cintura. 

- Do que eu sei, Mike vai exigir dinheiro pelo seu resgate. Ele não quer te machucar. Acho... 

Pandora entrou num quarto e eu me pus a andar sem rumo por aquele apartamento. Então, lembrei de Lukas, o qual eu havia metido um soco.

- Lukas? - Chamei por ele - Onde você está? 

Escutei seu gemido vindo de um banheiro do outro lado do corredor. Abri a porta e o encontrei tampando a cara com uma toalha grossa. 

- Perdão, fiquei nervoso. Está doendo muito? - Me aproximei. 

- É claro que está! - Falou abafado. 

- Deixe-me ver - Tirei a toalha de seu rosto. 

O nariz dele ainda sangrava muito. Não pensei que tivesse coragem e muito menos força para “dar” na cara de alguém. 

- Por que não chamou uma ambulância? - Indaguei - Eu te escutei ligando para alguém.

- Se alguém do socorro viesse iriam perceber o clima estranho que está aqui. Você com certeza pediria ajuda ou escaparia. Mike iria me matar! 

- Mike não faria isso. Vocês são amigos. 

Lukas riu com pesar e de repente, ficou seriamente... triste.

- Mike não gosta de nenhum de nós, Morgan. Ele é um traficante! Criminosos não tem amigos, apenas comparsas que se não fazem o trabalho sujo direito são severamente punidos - Ele tampou seu nariz de novo - Todos nós estamos presos a ele. Não que sejamos boas pessoas, porque não somos, nós escolhemos fazer isso, mas ele não se importa conosco. 

- Por que fez isso, Lukas? 

- Eu sempre te amei muito, mas você tinha centenas de problemas que te impossibilitavam de agir normalmente. Quando éramos amigos, você sempre dizia que não conseguia amar. Então, eu apenas te respeitava, não queria forçar nada. Mas um dia, não sei quando, fiquei sabendo que você estava namorando. Você não tinha dificuldades com isso? Eu me senti rejeitado. Mike sempre esteve com os olhos na sua família, digo, no dinheiro, porque é assim que criminosos fazem seu sucesso, roubando o sucesso dos outros e depois culpando aqueles que eles mesmos roubam - Ele massageou as têmporas - Isso já estava há muito tempo planejando, Morgan! Nada é atoa. Entrei nisso tudo por cobiçar você de Jonathan. 

- Eu queria ter pena de você, mas não consigo. Desculpa. Eu sinto falta da nossa amizade, mas não quero ficar perto de você. O problema, na verdade, é com quem você se mete - Pousei as mãos em seus ombros - Se me ama por que não me deixa sair? Com isso não vai conseguir nada. 

- Eu sei que não, mas e Mike? Ele vai me matar! 

- Nós podemos pensar em alguma... - Um barulho vindo da sala me interrompeu.

Lukas arregalou os olhos e correu para lá. Provavelmente, Mike chegou. Hesitei em ir até eles, mas fui. Ao chegar no cômodo, dei de cara com o traficante furioso. 

- Morgan, o que aconteceu com Lukas? - Indagou ameaçador - Você quebrou o nariz dele? 

- Sim, quebrei. Eu estava com medo. Já pedi desculpas por isso - Expliquei tentando não baixar a guarda. 

- Você acha que pode vim na minha casa e bater nos meus amigos? - Mike  aproximou-se de mim.

- Vim? Se não fosse você ter me sequestrado eu não ficaria nervoso a ponto de socar ele! 

Inesperadamente, Mike agarrou meu pulsou e colou meu corpo com o dele. Me encarou por alguns segundos. Puxou-me para perto de uma mesinha e ali me jogou no chão.  

- Com quem da sua família posso falar? - Indagou pegando um telefone do bolso.

- A-Ah... o que? - Sentei massageando os pulsos - T-Tente com o meu pai. 

Ditei o número e ele então ligou. Não demorou muito para alguém atender, e esse alguém foi o mordomo da família que logo comunicou meu pai. 

- Quinze milhões na minha conta - Soltou Mike - Quinze milhões na minha conta e terá o seu filho - Depois de minutos de conversa esse foi o negócio.

- Quinze, Mike? - Perguntei incrédulo - Quinze milhões é muita coisa! 

- Não para quem tem bilhões - Retrucou - Lhe dou vinte minutos para este dinheiro estar na minha conta - Continuou - Caso contrário... hoje, o seu filho não vai ter - Desligou. 

Que audácia! Como ele tem coragem de desligar na cara de um homem como o meu pai? 

- Você quer quinze milhões, é isso? -  O analisei dos pés à cabeça como se fosse ridículo.

- Eu roubaria todo o seu dinheiro e por fim, mataria sua família inteira, mas vocês são muito poderosos. 

- Eu tenho nojo de você! - Gritei e fui para o quarto onde deixei Louis. Meu pequeno Louis. 

Encontrei a criança dormindo no chão, sobre um tapete ao lado de alguns brinquedos. Sorri vendo aquele rostinho delicado em repouso. Ele parece estar tão longe daqui. 

- Meu bebê... - Disse para mim mesmo e me deitei do seu lado. 

Acariciei seus cabelos castanhos e seguidamente Jonathan me veio em mente. Louis é a miniatura do pai. Relembrei o dia em que o conheci. Fiquei desesperado, não queria esse filho. Agora é uma das coisas mais preciosas que eu tenho, além de minha família - incluindo meu namorado - e minha saúde mental, que novamente já está “indo pro saco”. 

Aconteceu muitas coisas, pequenas e grandes, há muitos anos atrás ou esse ano, que me machucaram muito e os cortes não cicatrizaram ainda. Só agora que deitei e tive tempo de pensar e sentir, percebi que algo está prestes a explodir dentro de mim. Uma ansiedade do passado juntamente com o nervosismo do momento. 

Quando comecei a namorar me senti seguro, mas muito ocorreu depois de Jonathan. Tenho falta dos problemas que não passavam de puro drama, e também de desbravar Los Angeles, algo que fazíamos muito no começo. As coisas estão estranhas agora, como por exemplo, fui sequestrado. Eu só não estou mais apavorado que isso porque Mike está mostrando que só quer dinheiro, mas a situação não é nem um pouco confiável. 

Tantos momentos passaram pela minha cabeça que acabei fechando os olhos sem querer. 

- Morgan.

Escutei de longe. 

- Você dois, acordem!

Mais uma vez. 

- Morgan! 

Levantei num susto quando dei conta de novo do cenário. Sequestrado! 

- Por favor, me deixa sair! Espera... - Esfreguei as mãos na cara e balancei a cabeça  - O acordo deu certo? 

- Sim. Seu pai está esperando lá em baixo.

- Os milhões, eles... 

- Estou com o dinheiro. Foi um prazer fazer negócios com você, Morgan - Mike tinha um sorriso vitorioso nos lábios. 

O encarei de cabeça baixa e estendi meu braço para que Louis pegasse em minha mão. Passei por ele e sai do quarto. Lukas e Pandora estavam na porta. 

- Adeus... - Saí do apartamento e entrei no elevador. 

O silêncio pairou, o único som era o das engrenagens e o da minha respiração acelerada. Um sequestro nada muito extremo, apenas por uma troca. Eu por dinheiro. Para ser mais exato: eu pelo meu dinheiro. Completamente injusto. 

A porta do elevador se abriu revelando uma recepção luxuosa, algo que não me surpreende. Deixamos o prédio e avistei meus pais. O céu estava totalmente escuro. 

- Pai! - Gritei - Mãe!

Eu queria correr e abraçá-los, mas estou com Louis ao meu lado. Assim como os meus pais não me abandonaram não farei isso com ele. 

- Você está bem? - Meu pai me agarrou - Não acredito que deixei você correr esse risco! 

- Eu estou bem. Não é sua culpa! Achei que seria... 

Mais uma vez fui interrompido, mas dessa vez, não pelo barulho de alguém chegando, mas de sirenes. Olhei para a direção do som e vi cinco carros de polícia chegando em alta velocidade. As viaturas freiaram bruscamente e delas saíram muitos polícias armados que correram para dentro do prédio. 

- Pai, o que é isso?!

- Achou mesmo que eu deixaria um criminoso impune? -  Questionou ironicamente com um ar de justiceiro - Aliás... seu tio está preso, Morgan. 

 


Notas Finais


O capítulo não é lá aquelas coisas porque quando faço um bom demoro e vocês casam de esperar muito. Perdão pelos erros! Comentem, por favor.


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