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História Right By Your Side - KiriBaku - Eu estou vivo, seus idiotas!


Escrita por: xabellquinn

Notas do Autor


Hello hello hello! It's me mab

Feliz dia dos namorados! Pra quem não tem namoradx, pra quem tem tb, pra quem namora fanfic ou pior... Personagem de fanfic. Anyways kkkk

Na mídia é a imagem que a equipe está discutindo sobre.

Midazolan: remédio tipo rivotril soq forte para um caralho que é muito usado na UTI, para manter os pacientes dormindo.

ENJOY!

Capítulo 8 - Eu estou vivo, seus idiotas!


Fanfic / Fanfiction Right By Your Side - KiriBaku - Eu estou vivo, seus idiotas!

Mesmo dia, 08:54 da manhã.

- Chama o Aizawa...

Katsuki tentava abrir os olhos a todo custo, queria saber onde estava, ele parecia estar acordado mas... Sua consciência estava acordada, seu corpo não. O loiro não sentia também, mas ouvia tudo ao seu redor. Os bips irritantes das máquinas, as conversas aleatórias entre a enfermeira e o médico, tudo!

- Olha as extremidades dele! O corpo dele está indicando desoxigenação... Mas, ele está entubado... Não faz sentido.

- Caramba, o oximetro está medindo 87% de saturação.

Ouvindo aquilo ele não pôde deixar de se assustar, Bakugou podia não ser médico ou essas coisas, mas também não era idiota! Ele sabia que uma saturação em 87% mesmo com todo aparate de suporte vital era preocupante... Ele tinha lido isso em algum lugar uma vez, na escola talvez? Como é que seu corpo não respondia aos seus comandos? Tinha ficado paraplégico? Perdido a sensibilidade?

Ele lembrava das últimas palavras que ouviu antes de acordar ali "Durma Ground Zero" mas tudo antes dessa frase parecia borrado, estranho, tentava lembrar dos rostos, as figuras que lhe eram familiares mas ao mesmo tempo... Tão desconhecidas.

- É melhor chamar a doutora Momo, e...

- Calma, Kirishima. Eu sei o que fazer, tudo bem?

A voz do homem estava exasperada, como se ele não soubesse ao certo, preocupado, enquanto a da mulher era estridente, mas mesmo assim... Calma.

- Okay.

Bakugou Katsuki estava ali tentando gritar que estava vivo, ele precisava reassumir o controle do seu corpo, mas não sabia como... Por que ele não conseguia lembrar de nada importante?

- O que houve cara?

Era uma voz diferente agora.

- Ele 'tá cianótico, saturação em 87.

- Caramba... Você viu a pressão arterial? Kirishima!

- Puta merda!

O quê? O que estava acontecendo? Katsuki entrava em desespero, ele queria explodir tudo ao seu redor, queria o controle do seu corpo, e socar a cara de quem fez isso com ele até a morte! Ele tentou se concentrar em nada mais além de si mesmo, na sua própria consciência acordada dentro do corpo apagado.

- Vamos mandar ele 'pra TC de crânio, Ashido já bipou Yaomomo, enquanto isso eu vou administrar midazolan, 5% para 500ml.

- Ótimo, vamos ter que o manter em coma induzido...

TC de crânio? Por acaso era aquele exame que entrava 'num tubo gigante? E esse medicamento! É o que...

NÃO! Ele não queria ser apagado novamente.

Katsuki não ouviu mais nada depois disso, sua consciência voltando a dormir.

"DURMA GROUND ZERO"

-X-

Sala de análises, quinto andar.

Denki bebia seu refrigerante em frente ao quadro luminoso que mostrava as folhas da tomografia. Tinha o cérebro normal, ocupando a calota craniana como o lindo e majestoso órgão que era.

Mas... uma coisa não estava certa, e era para esta coisa que Kaminari olhava.

- Cheguei com os exames de laboratório. - Kirishima anunciou e sentou ao lado do técnico em radiologia que armazenava as imagens do crânio. - Como ele está?

- Mal... - Denki sussurrou sugando o líquido pelo canudo mordido, pendendo a cabeça para o lado esquerdo ao tentar comprender o que aquela mancha enorme significava, e o por que de estar ali. - Vamos ver a live agora? - O loiro perguntou sentando junto dos outros dois, observando a tela do computador atentamente.

- Você sabe que não é um tipo de desenho, é o cérebro desse paciente ao vivo e com funções ativas, não sabe? - Eijirou perguntou um tanto quanto preocupado, franzindo suas sobrancelhas curtas e grossas.

- Sim! Como eu disse... uma live!

Kirishima suspirou desistindo de acompanhar o raciocínio de Kaminari, logo Momo chegou, vestia ainda um dos jalecos cirúrgicos.

- Wow, que aneurisma gigantesco, quem é o paciente? - A morena parou analisando as imagens no quadro. - Olha só, toma quase todo o lobo parietal! - Ela apontou, mas logo virou a cabeça para o lado assim como Denki fazia a um minuto atrás. - Mas... Não é um aneurisma, já teria rompido...

- Foi exatamente o que eu pensei. - O barulhinho chato de canudo puxando ar parou quando o anestesiologista pulou da cadeira para mostrar a área com uma caneta. - Olha isso, bordas regulares, e toma todo o lobo responsável pelas respostas cognitivas mais externas...

- E parece ter vida própria... - O rapaz da radiologia falou assustado, a imagem no computador mostrava atividade centralizada na mancha, que podia ser identificada pela alteração das cores vermelho, verde e azul dentro do espaço limitado.

- É uma individualidade. - Kirishima expandiu a tela

- Como assim? - Kaminari inclinou-se para ver a tela junto do amigo.

- Ele está sendo mantido 'num estado de coma, por causa de uma individualidade. - Com a caneta de Denki, ele circulou os pontos "mortos" no cérebro. - Eu sei que não é minha especialidade, Yaomomo,  pode ter certeza se isso fosse algo como um fêmur, um condrasarcoma ou qualquer outra merda relacionada a ossos eu já teria resolvido... Mas eu também entendo sobre individualidades...

- O que quer dizer, Eijirou? - A morena via ele gesticular com a caneta nervosamente, pousando as mãos na cintura. Ela cruzou seus braços disposita a ouvir mais do que o colega falava.

- Me deixa tomar conta do caso, com você é claro! - Kirishima passou as mãos pelo rosto, nem ele mesmo sabia por que estava tão agitado, mas tinha um palpite... E poderia estar muito certo. - Eu quero recolher as informações da polícia, dos pro heros... Por que se ele estiver sob efeito de uma individualidade, além de estarmos arriscando a vida dele, como paciente, estamos arriscando a de todos aqui. É uma lógica até meio maluca, mas faz sentido se parar para pensar que individualidades mentais geralmente não funcionam por muito tempo, ou perdem logo seu efeito quando o emissor não está por perto. Entendem?

- Sim... isso pode ser considerado. - Momo sorriu para o colega, Denki continuava mordendo o canudo, mesmo que o refrigerante já tivesse acabado, e o rapaz da radiologia só alternava o olhar entre os dois médicos de azul. - Eu falo com Aizawa, e você vai atrás dos Pro heros.

-X-

Mesmo dia, sala de espera, 10:00 da manhã.

Não foi difícil achar os heróis profissionais, Deku estava sentado numa das poltronas ainda usando aquele uniforme de coelhinho verde, ele era bem fofo, mas se visse de perto até parecia uma ótima fantasia sexual, okay, não era hora para pensar naquilo, Shouto também estava lá, caminhando de um lado para o outro. Eijirou respirou fundo, recuperando-se da curta corrida que havia feito pelo andar, seu pulmão não era o mesmo desde o maldito incêndio.

- Bom dia, eu sou o Doutor Kirishima Eijirou... Responsável pelo Bakugou Katsuki. - Ele falou arrumando o jaleco, estendendo a mão para Shouto, o herói levantou os olhos ao ouvir o nome conhecido, aceitando a apresentação do outro. - Eu venho com notícias, e uma proposta. - Tinha que ser ditreto e conciso.

- Ah, Meu Deus, ele está bem? Ele... O Kacchan... - Deku levantou com lágrimas nos olhos, apertando uma mão na outra ansioso. - Aliás, Midoriya Izuku. - Ele disse trêmulo.

- Todoroki Shouto, você disse que tinha noticias...

Todoroki.

Aquele nome bateu fazendo a mandíbula de Kirishima travar, por um segundo sentiu uma queimação subir por suas costas, exatamente onde a cicatriz da queimadura se localizava. Shinsou disse uma vez que ele poderia estar sofrendo de TEPT, Transtorno de estresse pós-traumático, o psiquiatra disse isso simples num momento que o viu chorando na porta do banheiro da casa onde moravam, apertando-se contra a parede, por que o pesadelo parecia tão real... Shinsou disse e saiu, dando a abertura para que ele fosse o procurar depois, mas ele não foi, ele não via necessidade. E desde a última audiência em setembro ele vinha dizendo aquilo para si mesmo.

- Você é filho do Enji, não é? - Antes de o herói pudesse responder, Kirishima falou: - Eu sou o médico que ele responsabiliza pelo acidente com seu irmão. O estudante de medicina que ele culpou por um problema técnico que infelizmente... - Engolindo seco, Eijirou mordeu o lábio, não para isso que ele estava ali, não, Bakugou Katsuki era o foco no momento!

- Eu não sabia, Doutor Kirishima. Mas eu quero que você saiba que eu não concordo com as atitudes do meu pai. - Shouto esclareceu, segurando firme a mão de Midoriya para ter forças e não desabar ali na frente do médico. - Eu... peço desculpas pelos atos dele.

- Eu... - Por um momento Kirishima sentiu-se mal por tratar o herói daquela forma, a voz quebrada dele deixava transparecer que realmente não era como o pai. - Bakugou-kun teve muitos ferimentos graves, principalmente na cabeça, - Ele chamou os dois para sentar com um gesto, ficando na frente de ambde. - ele está estabilizado, na UTI. Bem... Primeiro suspeitamos de um aneurisma cerebral, que é um acúmulo exagerado de sangue 'numa área enfraquecida de uma artéria, mas após a analise de algumas imagens chegamos a conclusão de que possa ser o efeito de uma individualidade da mente. Dada esta suspeita, nos preocupamos bastante pois-

- Individualidades da mente são limitadas. - Midoriya completou fungando, tentando controlar as lágrimas.

- Exatamente. - Suspirando ele olhou para os dois rapazes. - O caso clínico de Bakugou-kun é delicado, mas creio que o caso do Ground Zero seja diferente, eu não sou um super-herói mas eu sei que vilões e gente disposta a ferrar com a vida dos outros existem, e estão por aí, por isso nós da equipe médica iremos precisar do máximo de informações possíveis sobre o sequestro dele para poder agir.

Shouto e Izuku se entreolharam, como se conversassem silenciosamente, Midoriya foi o primeiro a levantar, assustando um pouco Kirishima.

- Para salvar o Kacchan, pode contar comigo. - Ele disse firme, e Shouto concordou.

- E comigo. - Todoroki lhe olhou num pedido de confiança. 

Eijirou não podia deixar de sentir a obrigação de cuidar de Ground Zero até que ele estivesse completamente recuperado e bem, era um pensamento egoísta da sua parte? Ele não sabia... Talvez devesse mesmo falar com Shinsou.

- Obrigado, aos dois.

-X-

Mesmo dia, mansão Endeavor, 18:00 da noite.

Não era novidade para ninguém que Todoroki Enji era um homem ambicioso, arrogante, ganancioso, e todos os adjetivos que pudessem ser usados para definir alguém que realmente não se importava com nada e com ninguém, era exatamente por isso que nada o impedia de manter fodas periódicas com o noivo de seu filho Touya.

Takami Keigo era o herói número 7 atualmente, 26 anos, era bonito, e jovial... Não que Enji se importasse com tudo isso.

- Eu não entendo... Você odeia o Shouto ter casado com Deku, odiava Touya ter noivado comigo, mas parece adorar me jogar na cama e me comer... - Keigo riu vestindo uma cueca qualquer que achou no chão, esticando suas asas para as espreguiçar, as penas estavam todas embaraçadas depois de ter passado tanto tempo deitado, as encolhendo novamente Hawks caminhou descalço até o ruivo alto que fumava na varanda, sem roupa alguma. - Você tem homofobia seletiva?

- Quando você cala a boca vira uma obra de arte, sabia? - Enji se virou para agarrar o mais novo pela bunda, vendo o sorriso safado surgir no rosto do mesmo. - Eu queria que Touya e Shouto fossem diferentes... Fossem melhores do que eu.

- Ah! A viadagem tá no sangue... - Keigo usou suas asas para ficar da altura do seu sogro e amante, enlaçando os braços ao redor dele e o beijando. - Aliás... Você viu no jornal? Acharam o idiota do Ground Zero.

- Obviamente eu não precisei de um jornal para tomar conhecimento, Passarinho, e você sabe bem disso. - Soprando fumaça na face do outro, Enji mostrou seu sorriso diabólico por trás das chamas que acendiam em seu bigode e barba, obrigando Takami a se afastar.

Quando Keigo era criança ele estudou com Touya, eles cresceram juntos, brincaram juntos... Mas ele lembrava bem do dia em que o rapaz de cabelos vermelhos e individualidade única perdeu o controle de si mesmo 'numa briga exagerada com o próprio pai. Todoroki Touya nunca quis ser um herói, nunca quis nada daquela merda que seu pai o empurrava... Keigo tinha cansado de negar para si mesmo que nunca foi sobre ele e Touya, nunca esteve por perto por que queria estar com Touya ou coisa parecida... Ele queria Endeavor! Queria o pro hero que estava entre os três melhores.

Endeavor podia ser arrogante, egoísta, ambicioso e achar que isso era o melhor de sua personalidade, não percebendo que era também a sua pior fraqueza.

Hawks ouvia muito quando era criança, e o ditado estava certo afinal, O maior erro de um esperto é achar que todos ao seu redor são idiotas.


Notas Finais


Se Katsuki escuta? Escuta.

Curiosidade: Todos os estudantes/staff de anestesiologia que eu já conhecia na vida eram super good vibes, fofos e soltavam piadas muito idiotas kkkkk será que é um pré-requisito? Não sei, so sei que combina muito com o Kami

Até o próximo capítulo 💖💖


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