1. Spirit Fanfics >
  2. Right By Your Side - KiriBaku >
  3. Manter a calma é manter o foco

História Right By Your Side - KiriBaku - Manter a calma é manter o foco


Escrita por: xabellquinn

Notas do Autor


hola pessoas!

to me controlando pra não postar tudo de uma vez mano kkkk essa fic é a que atualizo mais rápido mds

Edit: eu sou mto dislexa e esqueci de explicar, placa dispersiva é um aparelho de metal que colocamos sob a perna do paciente para que a carga elétrica descarregada no corpo através do bisturí elétrico não queime o paciente.

Enjoy!

Capítulo 9 - Manter a calma é manter o foco


02 de janeiro de 2019.

Quando Kirishima deitou na sua cama ele sentiu o sono bater em su corpo imediatamente, as pernas doíam, seu peito estava apertado e o ar não parecia ser o suficiente, foi só depois de um banho quente e um soba com carne de porco que ele pode dar o plantão por acabado. Mirando o teto com seus olhos quase fechando, ele cantarolava baixinho a letra de uma música. Foi quando a figura de Hitoshi apareceu na sua porta, dando leves batidas antes de se colocar para dentro completamente, aquele era o jeito de Shinsou o intimar para um diálogo de forma pacífica, ele não entendia muito bem sobre a quirk do amigo, mas Kaminari o falou que basicamente se você respondesse a ele, boom, estava lascado, palavras do próprio.

- Oi cara... - Eijirou sentou no colchão, vendo seu colega puxar a cadeira de sua escrivaninha e acomodar-se, o copo que estava em sua mão fôra oferecido.

- Camomila com gengibre, invenção do Denki pra você. - Sorriu amigável, sua voz rouca soando pelo local silencioso, o ruivo aceitou com um agradecimento quase inaudível, seus cabelos estavam soltos e já perdiam o brilho, o que o fez brincar com umas pontas ressecadas caídas por seu peitoral antes de encarar Shinsou de verdade. - A minha individualidade permite que eu controle a mente de quem responder qualquer pergunta que eu faça, mas isso ocorre apenas quando eu quero, então vou deixar claro que não precisa se preocupar, eu uso meus métodos de forma legal e apenas com seu total consentimento.

Eijirou bebeu do chá, respirou fundo esticando a coluna na parede atrás de si.

- Eu tenho uma dor crônica... No incêndio eu tive queimaduras de primeiro e segundo grau nos braços e peitoral, por causa da minha Quirk consegui resistir bastante, mas inalei muita fumaça, e... Inalei calor. Tive queimaduras graves no esôfago, nas fossas nasais, e ainda compromentimento pulmonar... - Ele simplesmente falou, era seu estado clínico, e como médico Shinsou entenderia.

- Essa dor, ela é localizada?

Uma pergunta, o ruivo sabia que a partir de agora estaria se expondo, e mesmo que Hitoshi o tivesse explicado ele não podia deixar de fica com uma ponta de receio, não era como se não confiasse no colega, mas... Se ele respondesse, se ele deixasse suas barreiras de lado por um momento, estaria admitindo que precisava de ajuda... Era bobo pensar assim, logo ele que sempre colocou o espírito heróico em tudo que fazia, o instinto de salvar, de ajudar...

- É em todo peito, eu.. Sinto falta de ar, ou como se os meus pulmões não aguentassem, não suportassem o ar. - Ele respirou fundo, tentando ao máximo não lembrar do fogo azul queimando sua pele, e consumindo tudo ao seu redor. - Também acontece quando eu estou paramentado, eu não entendo... É como se uma sensação claustrofóbica tomasse conta do meu corpo quando eu estou... - Olhando para o teto numa tentativa inútil de evitar as lágrimas, Kirishima via o seu eu de 17 anos, na primeira vez que vestiu um capote cirúrgico, as luvas estéreis, passou 6 horas em pé 'numa cirurgia de fêmur, a felicidade que ele sentiu naquele dia ao contar aos seus colegas e família... Parecia uma vida muito longe agora.

- É uma espécie de gatilho, você já tentou... Falar sobre o que aconteceu? - Shinsou tinha uma mão em seu joelho, o observando atento.

- Sobre o incêndio?

- Sim. - Hitoshi arqueou uma sobrancelha concordando, num pedido silencioso para que ele respondesse com sinceridade.

Eijirou nunca havia experimentado falar em detalhes sobre o que aconteceu fora do tribunal. Aquele processo estava o desgastando a meses, a incerteza da próxima audiência, o tempo que a polícia passava investigando os fatos minuciosamente, aquilo lhe gerava uma ansiedade desnecessária.

- No tribunal... Quando eu dei meu depoimento sobre o ocorrido, aleguei que foi um acidente, mas... Não haviam provas que indicassem um acidente, segundo a polícia. - Ele bebeu o chá e encolheu os ombros, nem mesmo Kirishima entendia o que havia acontecido naquela noite, por que alguns fatos estavam distorcidos, ele lembrava exatamente do fio causando uma faísca, da faíscas correndo pela base do bisturí e descarregando no corpo do jovem, que teve a individualidade ativada. - O caso de negligência e imperícia se enquadra por que não acharam a placa dispersiva na mesa cirúrgica, e eu me pergunto o que porra conseguiram encontrar naquele caos? Também argumentaram sobre falta de análise da Quirk de Touya, e... Eu não entendo.

- Você está se sobrecarregando, tentando entender algo que não está ao seu alcance no momento, uma coisa que não está dentro do seu controle. Entende isso, Eijirou? - Hitoshi simbolizou com as mãos um pequeno espaço. - Você está aqui. - Ele mostrou o espaço, - E tudo ao seu redor é o que você não pode controlar, que tal nós procurarmos algo dentro do seu espaço para resolver?

O que poderia estar dentro do seu espaço? Nem mesmo sua profissão podia exercer normalmente, morando 'numa república, não tinha onde cair morto, e agora o caso de Ground Zero.

- Fisioterapia respiratória? - Sugeriu com a primeira coisa que veio a sua cabeça, dando um sorriso forçado, e Hitoshi concordou.

- Sim, ótimo... Assim você já começa a eliminar um problema da sua lista. - O rapaz de roxo se virou procurando um papel e caneta. - Aqui, eu não vou te prescrever nada, mas eu vou aconselhar que você tome esta medicação, não é nada muito forte. - Ele escreveu algo no papel e entregou para o ruivo. - É um ansiolítico fitoterápico. E além do mais, falar... Falar é bom, pode ser com um diário, com sua parede, mas falar sobre o que você sente vai te fazer bem. Denki por exemplo fala pelos cotovelos, uma vez saí do banho e vi ele conversando com meu abajur. - O rapaz riu, o que era raro de ser visto. Kirishima terminou sua bebida sorrindo mais aliviado.

- Você vai cobrar por essa conversa?

Os dois riram. Mas Eijirou sentia como se um peso morto tivesse sido retirado de suas costas.

-X-

Mesmo dia, agência Bakugou.

Os alunos haviam sido dispersados, e os estagiários remarcados para alguns meses mais tarde, afinal a estrutura do prédio ainda estava comprometida e não era seguro heróis menores de idade ou sem licença permanecerem lá. Izuku estava engajado em remover os arquivos do subsolo com a ajuda de alguns pro hero, enquanto Shouto cordenava a equipe de obras para a análise das vigas e reforma de todos os andares atingidos.

- Eu ouvi sobre o que aconteceu a uns dias, mas só agora tive como vir. - Cementoss disse sorrindo para seu ex-aluno de cabelos bicolores. - Aliás, nesse momento você e Deku devem se concentrar no caso de Bakugou-kun.

- Obrigado, Sensei. Estamos realmente atarefados com toda a situação. - Todoroki guiava o homem de pedra pelos corredores do lugar, não demorando para ver Mirio e Izuku abrindo mais um dos armários que existiam ali, o último provavelmente.

- Toshinori me contou, ele está ajudando Tsukauchi Naomasa na investigação, a Liga dos Vilões apesar de ter atacado na noite do sequestro, não parece ter envolvimento direto com o fato. - Cementoss acenou para os ex-alunos por quem passava, sempre simpático, escondendo o verdadeiro teor da conversa com Shouto. - Hizashi também contou que Ereaserhead deu o caso de Bakugou para um médico novo, tal de Kirishima Eijirou.

- Sim, já nos conhecemos, ele teve a infelicidade de estar sendo processado por Endeavor, acho que criou uma antipatia por mim. - O bicolor suspirou, eles chegaram a parte mais destruída do prédio, era onde guardavam os equipamentos de batalha maiores, e por isso foi um alvo dos vilões.

- Não se preocupe, Eraser sabe o que faz, ele não entregaria um paciente tão importante para uma pessoa qualquer. - Isso era fato, Eraserhead tabalhou como herói clandestino nas ruas por diversos anos, sempre deixando os marginais presos em suas fitas de contenção prontos para serem presos, isso chamou atenção do conselho de pro heros, das agências e obviamente da U.A, pois Aizawa era um aluno que abandonou o curso de Heróis, anos depois ele parou, e formou-se em medicina, algo que supreedeu a todos que o conheciam, como era o caso de Cementoss, All Might e Present Mic.

O celular no bolso da calça de Shouto tocou, ele pegou o aparelho, que tinha o nome de seu pai brilhando na tela.

- Pode falar. - Curto e grosso ele parou sua caminhada e tocou a testa prevendo mais dores de cabeça.

- Shouto, o seu irmão fugiu da clínica.

- O quê?

- Está ficando surdo? Touya, seu irmão, fugiu da clínica onde estava internado! Venha para casa agora.

E assim, seu pai desligou. Todoroki não podia acreditar em tudo que estava acontecendo.

-X-

Mansão Endeavor

Todoroki Shouto adentrou na sala de sua antiga casa com passos firmes, tinha optado por ir sozinho, recusando a companhia de seu marido para aquela reunião de família desagradável. Fuyumi, Natsuo, Enji e Keigo estavam no local, ele suspirou para manter-se são.

- Bom dia. - Cumprimentou cordialmente, vendo seu pai bufar fogo e cruzar os braços.

- Onde isso é um bom dia? O seu irmão fugiu! - Enji eloquente como sempre, bradou o suficiente para fazer as chamas em seu cabelo, face e peito expandirem consideravelmente.

- Eu já ouvi. Temos mais notícias? - Ele indagou e Fuyumi veio com o tablet aberto em um vídeo.

- São imagens da clínica, ele queimou tudo... Igual no-

- Não! Não foi igual no hospital, garota, não fale sobre o que não sabe! - Endeavor apontou para a filha, se exaltando completamente. Keigo o segurou se colocando de frente as chamas e tocando o peito do mais velho.

- Por favor... Não é hora de discussões sem sentido. - Hawks falou com um tom que não lhe era característico, uma voz pesada e triste. - O meu noivo está 'num país diferente, onde não conhece ninguém... Sozinho e desaparecido, é nisso que precisamos focar.

Takami estava certo no final de tudo. Shouto pegou o tablet e deu play na tela, mostrava Touya dentro da UTI, puxando um tubo de sua boca e os acessos venosos dos braços, ele levantou e olhou para o próprio corpo vendo as ataduras nos punhos até a altura dos cotovelos, e na face, ele olhou para a câmera e logo as chamas azuis de sua Quirk queimaram a tela.

- Conseguiram as imagens por que a câmera faz upload simultâneo num computador a parte, eles enviaram para nós junto com os papéis de indenização. - Natsuo explicou melhor, até então se mantinha sentado e com as mãos unidas no colo. - Eu vou pegar o jatinho hoje a tarde, precisamos resolver isso, vem comigo Keigo?

- Não, ele não vai. - Endeavor disse antes que o loiro pudesse se pronunciar. - Shouto, por que não acompanha seu irmão? - O mais novo olhou para o pai com seus frios olhos heterocromaticos, seu pai só podia estar ficando louco. Enji baixou os ombros imponentes e respirou fundo olhando para ele numa ameaça silenciosa. Aquela expressão não o intimidava mais. - Filho, você e o Touya sempre foram mais apegados... Por favor. - Ele apelou para a falsidade, todos encaravam Shouto na expectativa da decisão.

- Tudo bem... Eu vou.


Notas Finais


Eu amo o Hawks mano kkkkk de noite ele ta quicando no Endeavor, no outro dia de manhã ele ta "meu noivo tadinho"

Eu tava com medo de receber uma porrada de hate com essa fanfic, por ela ser super técnica e cheia de outros casais além de kiribaku, (pois minha intenção é retratar a vida real, e na vida real ngm nasce com o pau amarrado a ngm) mas vendo os comentários de vcs eu fico tão UwU, saber que vcs estão gostando me deixa feliz pra porra aaaa tomar no cu amo todo mundo 💖


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...