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História Right By Your Side - KiriBaku - Sorria! Tudo vai ficar bem pois eu estou aqui!


Escrita por: xabellquinn

Notas do Autor


AYOOO! Voltei galerazinha.

Então, bora com tudo?

Eu ainda não respondi os comentários, pois nn tive tempo, vcs sabem que gosto de dar uma atenção especial à todo mundo, e como não consegui parar ainda decidi postar um capítulo mesmo assim só para vcs não ficarem na ansiedade 💖💖

Enjoy!

Capítulo 30 - Sorria! Tudo vai ficar bem pois eu estou aqui!


26 de Janeiro de 2019, Central de polícia.

Sero estava com a cabeça entre os braços, deitado sobre a mesa, cochilava após passar a madrugada inteira estudando para um trabalho, precisaria elaborar uma tese de absolvição e apresentar ao júri de heróis, bem simples.

- Sero! Deixa de corpo mole, garoto, levanta essa bunda da cadeira e faz alguma coisa. - O chefe falou batendo em sua nuca com o jornal bem enrolado, fumando seu charuto como de costume, apenas interrompeu seu sono, seguindo para sua sala.

Hanta amaldiçoou até a última geração daquele babaca, mas levantou-se limpando os olhos meio nublados e tentando se situar no espaço-tempo que se encontrava. Riu sem força ao ver seu jantar mal terminado num bento largado sobre os papéis, ele tinha dormido bastante até, suas costas doíam como o inferno, e as artérias na lateral de sua cabeça pulsavam.

Precisava de café, mas o cansaço e a falta de vontade em seu corpo apenas lhe aprisionavam na cadeira.

- Olá, jovem Sero! - Apesar da animação na voz, Toshinori não falou alto, numa mão tinha um envelope gordo e amarelo vivo, na outra, uma bandeija com alguns copos. - Aceita um café? Espero que goste com uma pitada de chocolate. - Ele ofereceu sorrindo, e como Hanta poderia negar? Pegou um dos copos e viu All Might sentar na cadeira em frente a sua mesa.

- Obrigado, Toshinori-Kun, não precisava mesmo... - Envergonhado, ele encolheu os ombros, a lembrança do que tinha feito ainda lhe perseguia, quando poderia imaginar que tão cedo em sua vida fosse passar por uma situação tão desconfortável.

- Deixe disso, você sempre fica para estudar, eu sei bem disso... - E sabia que por vezes ficou com Tsukauchi, mas preferia deixar o passado no passado. - Bem, eu tenho um trabalho extra, e 'pra falar a verdade, só você pode me ajudar... Quero ter certeza que o louco da história não sou eu.

- Sim, uhm... - Ele bebericou do café, pegando agora o envelope posto a sua frente. - Do que se trata?

- Tsukauchi Naomasa.

Sero respirou fundo, negou rapidamente, sem querer mais abrir os papéis, o empurrou novamente para Toshinori. Por quê? Por que tinha que ser tão difícil? Ele só queria uma boa experiência de trabalho em seu currículo, mas agora teria a mancha íntima de ter sido um amante sórdido.

- Eu sei, sei que não quer mais tocar nesse assunto, e mais que ninguém eu sei que dói ser enganado, mas não existe outra pessoa em que eu confie, dentro desse gabinete. - All Might tinha tanta certeza e seriedade em seu olhar que chegou a assustar um pouco o mais novo.

- Por quê? Você deveria me odiar, cacete eu-

- Abra o envelope que lhe entreguei, não aqui, mas em casa, qualquer outro lugar seguro... E se você concordar com o que está aí dentro, saiba que pode me ligar. - Ele sorriu triste. - Aquele homem não é mais o meu Nao-chan, o meu melhor amigo e companheiro... Alguém muito diferente tomou o controle, e se for possível reverter essa... Essa loucura, eu não vou hesitar em agir, não posso fazer isso sozinho.

- Compreendo, um amigo uma vez me disse que... Os seres humanos erram. Acho que, me perdoe falar isso, All Might, mas você só não consegue aceitar que ele tenha errado. - Com toda coragem que conseguiu reunir, Hanta disse, sem o olhar nos olhos.

- Não aceito. - Ele confirmou, em sua cabeça muitas lembranças se embaralhavam, Naomasa lhe fez sentir que podia, depois de muito tempo, deixar seu coração pertencer a outro alguém, Tsukauchi lhe dava uma sensação de segurança, conforto, amor... Mas agora quando mirava dentro daqueles olhos de um vazio frio, doía. - Não aceito o que ele fez comigo, e com alguém tão jovem como você, Deus do céu, você tem a mesma idade do Izuku-chan... E mesmo assim... Te usou, me machucou, veja o envelope e irá entender o que estou dizendo.

Agora Sero estava assustado, e sem saber o que pensar, mas curioso e ansioso para saber o que tanto perturbava Toshinori naquela proporção.

- O senhor disse "Se você concordar", tenho a chance de negar caso não me sinta bem com tudo? - Ele precisava de segurança, e mesmo que não conseguisse confiar nas pessoas como antes, deu um voto ao loiro, ele era o símbolo da paz afinal.

- É claro que sim... - All Might estava tão envolvido em descobrir a verdade atrás dos acontecimentos, que por vezes esquecia que aqueles jovens eram como crianças, precisavam de uma mão para dar os primeiros passos e sentir segurança para caminharem sozinhas. - Você tem todo direito de recusar, e está tudo bem com isso. Eu posso não saber o quanto tudo isso te machucou, mas, sei que é inegável o sentimento de culpa que você está carregando.

- Como não poderia? Você... Eu lembro de não ter nem mesmo um metro de altura e já colocar as mãos na cintura, um sorriso no rosto e dizer "Vai ficar tudo bem, por que eu estou aqui!". - Uma lágrima sozinha percorreu o rosto de Hanta e ele nem se importou ao deixar ela cair livre. - Eu estava realizando um sonho trabalhando com você... Qual criança não acharia o máximo ter seu herói favorito como parceiro de equipe? Acontece que eu não sou mais uma criança, pelo menos não por fora...

- Não precisa chorar, você ainda tem a chance de trabalhar comigo, jovem Sero! - Toshinori usou seu lencinho de bolso para limpar o rosto do menino. - Então sorria, por que tudo vai ficar bem, hm? 

-X- 

Hospital Central de Hosu. 

Kirishima tinha hesitado muito em ficar para mais um plantão depois de tudo, e sob os protestos de Tetsu, que queria ter lhe levado para seu apartamento, e Mina, ela argumentava que o médico não podia simplesmente virar a noite em plantões, ainda mais depois de ter um ataque de pânico. Mas muita coisa ainda estava lhe desconcertando, ele dormiu no recém chegado sofá de sua sala, havia encomendado um daqueles que se torna cama por motivos óbvios, então agora, na sua cabeça, nada seria capaz de lhe parar. Sentia que precisava de um banho, urgentemente necessitava comer, e a vontade de urinar se fazia mais presente que qualquer outra coisa. 

Ele jogou a manta para o lado, chutando a coberta levantou, seus cabelos estavam arrepiados, e sua cara de sono não lhe passava nenhuma credibilidade, mesmo assim se espreguiçou e pegou a escova de dentes, fez a higiene oral básica no banheiro que tinha anexado a sala, era apenas um toilette simples com vaso sanitário e pia.

Após sua higiene e necessidades concluídas, encarou a si mesmo pelo monitor do computador, e lembrou que precisava fazer alguns relatórios. Uma ideia surgiu na sua cabeça, se precisaria encarar Bakugou mais tarde, teria que estar preparado para isso.

Ele não lembrava de Midoriya ou Todoroki, precisava de fotos, e só após uma breve aula para explicar o que aconteceu, como o sequestro e toda pataquada que havia se metido, ele iria telefonar para a família do paciente, óbvio que também precisava de exames, e muitos. Abrindo o servidor do hospital, Eijirou digitou os testes de análises que precisavam ser feitas em Katsuki, enviando para cada qual especialista, que certamente já tinham uma boa ideia do que seria preciso.

Em outra guia, abriu o Google e na pesquisa digitou os principais rostos que precisaria mostrar, baixando as imagens de Deku, Shouto, All Might, por segurança uma foto dos pais de Bakugou que foi capa numa revista de moda, concluiu ao enviar tudo para o Email de seu celular, mas uma certa curiosidade lhe moveu.

Bakugou Katsuki.

Ele digitou novamente, vendo milhares de fotos e edições surgirem em sua tela, bem como algumas notícias. A maioria se tratava de fofocas sobre o sequestro, polêmicas de antigos post nas redes sociais, ele adentrou num site que falava sobre a postura de Ground Zero perante a sociedade e como ele era dúbio.

Tudo muito bem escrito tendenciosamente, e sem medir palavras ao explanar sobre o quão destoante da comunidade dos heróis Bakugou era.

E para ser sincero isso que lhe tornava tão especial, todos estavam acostumados com um herói que coloca a máscara e fala sobre moral e bons costumes, quando por trás, fodem com a vida dos outros. Mas Bakugou, ele não deixava de ser autêntico e mostrar para sociedade a personalidade do ser humano dentro do uniforme.

Muitas fotos estavam na Internet, uma mais impressionante que a outra, flashes de paparazzis, diversas dessas ele aparecia dando o dedo do meio, Eijirou riu anasalado com a figura na tela, Bakugou em suas vestes casuais, um moletom rosa bebê completamente fora de seu estilo, a carranca raivosa no entanto, permanecia. Kirishima não sabia quantas fotos chamaram sua atenção, mas definitivamente uma que surgiu dando link ao Instagram era importante.

Na imagem Katsuki vestia uma camisola hospitalar do Hosu, e preocupado com a exposição de seu paciente, ele apertou para ver, o site lhe direcionou para a página do perfil oficial de Bakugou, e na sequência de três fotos anexadas, tinha ele deitado com alguns acessos venosos, em outra ele sorria mostrando o braço o enfaixado, e no último arquivo, um vídeo.

A legenda era apenas algumas Hashtags, datava novembro de 2016, Kirishima deu play no vídeo e colou seus headphones.

"- Eu não ia fazer essa merda, mas o Deku tá enchendo meu saco, então lá vai uma breve atualização para vocês, fandom chato do caralho."

Ele parecia cansado e com muitos cortes no rosto.

"- Semana passada a gente enfrentou um filha da putinha que me jogou do prédio onde estávamos lutando, e sim, eu me fodi legal, lesionei o meu braço e desloquei o ombro, caí de cara no vidro e me cortei bastante, mas meu médico falou que tá tudo certo, o rostinho perfeito ainda está aqui. É isso, cambada!."

Kirishima estava muito confuso agora, ninguém nunca mencionou ter tratado de Bakugou antes, mas ele lembra que Midoriya parecia já conhecer Aoyama e Iida há muito tempo quando se viram da última vez na reunião.

Retirando daquela aba, ele viu que perdeu um tempo valioso em suas pesquisas.

Sua barriga roncou, e ele percebeu que não havia comido nada desde que acordou, pegou seu celular, smartwatch, e jaleco, calçando as crocs, partiu para fechar o sofá e lhe deixar como um móvel comum no canto da sala meio sem graça, ele não tinha nada nas paredes além de uma cópia do diploma bem enquadrado pendurado na parede, uma foto dos seus pais na mesa,  aquilo era o suficiente.

Trancou a porta e desceu para o refeitório, olhando as horas, 04:35 da madrugada, ainda tinha tempo até sua jornada as 07:00 em ponto começar.

E como se uma recompensa pelo caos do dia anterior, o hospital parecia tomado por uma aura calma. Ele passou pelos corredores até feliz, respirou fundo, soltou seus cabelos e penteando com os dedos para minimizar os fios rebeldes, prendeu num coque alto e firme.

Estava tudo muito pacífico.

Até demais.

Estava na esquina do refeitório quando sentiu o celular vibrar em seu bolso. Não reconheceu o número, mas atendeu.

- Alô. - Ele parou sua caminhada, e viu de longe Iida adentrar na lanchonete com o marido.

- Kiri? Aqui é o Joe, eu troquei meu número, cara.

Era Joseph Ross, seu advogado, suspirou aliviado, mas mesmo assim já imaginava o teor da ligação apenas pelo horário escolhido.

- Joe! Como você tá, bro? Me esqueceu por essas semanas? - Ele foi educado mesmo assim, gostava do rapaz, não podia negar.

- Eu tô suave, desculpa te ligar assim a essa hora da madrugada, e ainda por cima tão de repente, mas sua audiência foi remarcada, parece que a equipe do Todoroki recebeu ordens do próprio capeta lá... Para adiar a sessão, ele tá com uns problemas pessoais, e recentemente eu recebi um pacote direto de Tóquio que vai favorecer e muito sua parte!

Talvez fosse a mania americana de Joseph, mas ele falou tudo em um tom só, sem pausa para respirar, com seu sotaque muito mais trabalho do que da última vez que haviam conversado. Era uma boa notícia no final de tudo.

- Cacete... Obrigado, cara, nós podemos sair qualquer dia desses e você me explica melhor esse lance do pacote. - Sua barriga roncou novamente, e ele voltou a caminhar.

- Sim, senhor. A nova data é dia 21 de Fevereiro, temos menos de um mês, mas vai ser o suficiente, eu tô confiante!

Ele riu e concordou por mais que Joseph não pudesse ver.

- Bom, nos vemos antes disso, então.

- Maravilha, marcamos tudo por e-mail, okay?

- Sim, tudo certo. - E após o advogado se despedir, ele sorriu, feliz por estar caminhando com as próprias pernas agora.

Chegou finalmente ao ambiente cheio de médicos e com cheiro de comida, Iida, Aoyama e Momo estavam lá, acenaram para ele assim que o viram, e Kirishima sorriu sinalizando de volta. Ele seguiu para pegar algum carboidrato, qualquer coisa que lhe desse substância para encarar um dia cheio, optou por um hambúrguer, ultimamente só comia isso, quase como uma ração, e pegando um pote de fruta para desencargo de consciência caminhou até a mesa dos amigos.

- Bom dia ou boa noite para vocês? - Ele perguntou ao ver as caras de sono dos três, Aoyama estava quase dormindo deitado no ombro de Tenya.

- Desde que o Levi manerou nas cirurgias e me deixou com os casos dele eu perdi a noção de tempo. - Yaoyorozu disse, realmente ela parecia cansada, mal tocava nos seus legumes. - E eu queria uma torta de limão cheia de creme... Bem recheada com açúcar e-

- Eu sinto uma aterosclerose se formando só de ouvir. - Iida riu enojado da conversa de sua amiga, e olhando para Eijirou, que também se alimentava sem muito gosto, apenas para se manter em pé, ele constatou. - O seu LDL deve tá amando sua dieta, somos médicos, devíamos nos alimentar com responsabilidade. - Ele ergueu a mão no ar, com a mania de cortar o vento quando explicava algo.

- Você já percebeu que a gente da saúde faz exatamente aquilo que, ironicamente, dizemos ser errado? - Kirishima pontuou, e Momo quase furou seu olho com o hashi apontado em sua direção concordando.

- "Cuidado com o estresse" e eu estou quase arrancando os cabelos pela quantidade de casos malucos. - A neuro suspirou, desistindo da cenoura.

- "Anticoncepcional faz mal para seu organismo." - Aoyama se ergueu um tanto para pegar sua água na mesa e bebeu um gole. -  Mas se eu esquecer uma pílula, já acho que vai ter um mini Iida correndo dentro de casa. - Tenya ruborizou e se virou para beijar a testa do marido. - E você, Kiri? Qual a sua hipocrisia profissional?

No clima da brincadeira, Eijirou mordeu o pão e encolheu uma perna na cadeira, procurando na sua mente algo que sempre repreendia, mas fazia com frequência.

- "Seja profissional com os pacientes e deixe de lado sua curiosidade" - Ele falou, quase rindo do quão hipócrita aquilo realmente era. - Eu acabei de fazer uma pesquisa sobre a vida pessoal do Bakugou na Internet.

Os três outros gargalharam, e ele sentiu-se um idiota, se juntando na risada.

- Depois dessa eu vou até comprar algo doce, vão querer? - Momo indagou se levantando, todos os rapazes negaram, e Iida ria, mas parecia muito mais concentrado em fazer um cafuné nos cabelos loiros de Yuga.

Foi então que Kirishima lembrou.

- Aoyama-kun, você já conhece o Ground Zero de outros acidentes? - Ele soltou limpando as mãos sujas de migalhas num guardanapo, continuando a comer em seguida.

- Ah sim, doutor Profissional-não-curioso, Katsuki é um herói, e eu sou casado com um mascote de pro heros, - Ele sorriu acariciando o peito do cirurgião cardiotorácico descaradamente. - Então pode se dizer que nós já o tivemos aqui outras vezes. - Os outros dois se encararam, e tocaram os narizes entre sorrisos.

Eijirou não podia negar, eles eram bem bonitos juntos.

- Cara, que legal. - Disse voltando a comer e  Momo retornou feliz com seu doce, entregou ao ruivo um copo de café. - Obrigado! - Seus olhos quase brilharam, e ele tomou um pouco, ainda estava bem quente, do jeito que ele gostava.

- Contando para o Eijirou como vocês se conheceram? - Ela perguntou retirando a tampa da torta inegavelmente gorda e cheia de chocolate.

- Não, acho que o Kiri não vai querer saber do nosso romance sórdido... - Podia ser de propósito, mas Yuga estava falando com aquele tom que atiçava o interesse no ruivo. - Bem... Eu era um paciente do Tenya.

O ortopedista quase engasgou, precisando beber mais café, arregalou os olhos para o casal a sua frente.

- Não! - Ele disse incrédulo.

- Sim. - O de cabelos azuis confirmou. - Ele teve uns problemas com a individualidade... E eu era residente, assim que botei os olhos nele... Me apaixonei. - Tenya tinha um tom verdadeiramente apaixonado, Momo encarava entre o casal e o ruivo surpreso. - Acho que essa é minha hipocrisia profissional, eu sempre quis ser o mais correto possível, e de repente, me vi caidinho por um paciente, sorte que ele também fazia medicina!

De fato, poderia esperar isso de qualquer outra pessoa, menos de Iida Tenya.

- Que loucura... - Ele sussurrou, imaginando sua vida pregressa e seu histórico de pacientes doidos. - Sempre atendi muitos idosos, e depois fui processado, acho que os meus pacientes dificultam um relacionamento. - Eles riram, mas Yuga lhe olhou malicioso.

- Nunca diga "Dessa água não beberei" - Sorrindo o loiro ironicamente deu um outro gole em sua garrafinha. 

-X-

Mansão Endeavor .

Hawks de fato caiu doente, vomitava quase todos os dias, sua febre não baixava normalmente, então precisava sempre de antitérmicos. Junto com sua enfermidade, veio também um cuidado exacerbado por parte de Enji.

O ruivo tentava lhe convencer a ir no hospital, mas tudo que ele dizia era que ficaria bem contanto que Todoroki estivesse por perto.

Endeavor havia relutado muito em aceitar o que ele dizia, mas deixou para lá quando uma melhora foi notada. Talvez tivesse sido apenas uma onda de estresse mesmo.

E agora, com Keigo rebolando sobre seu corpo, lhe beijando e gemendo a cada vez que uma estocada acertava seu ponto de prazer, não podia agradecer mais pela recuperação dele. Takami suava, estava acostumado com o tamanho do membro avantajado de Enji, mas dessa vez parecia que todo seu corpo estava mais sensível, carente, queria ser tocado em todos os lugares possíveis.

Como se ouvisse os pensamentos de Keigo, Enji inverteu as posições rápido, jogou o loiro na cama, abrindo suas pernas ao lhe segurar firme pela face interior das coxas, deixando-o completamente exposto, Hawks gritou e agarrou os lençóis com a agressividade que era tomado agora, se contorceu pela onda de prazer emitida em todo seu corpo, ele sentia-se no paraíso, fechando os olhos para aproveitar.

Enji inclinou-se sobre o outro, apertando seu queixo e o obrigando a lhe encarar.

- Quando eu... Te fodo... Eu quero que você veja! - Ele esbravejou, usando cada vez mais força ao segurar uma das pernas de Keigo. - Olha só, que cadela desesperada pelo meu pau... Ugh! - Soltou o rosto de Hawks, apenas para lhe estapear a bochecha, Takami revirou os olhos mais que satisfeito por ser tratado daquela forma suja.

- Endeavor-san... Me beija... - Ele pediu necessitado, a ardência em sua face queimava e o excitava ainda mais. - Por favor... - Aquele tom suspirado foi o suficiente, Endeavor o puxou pela nuca, iniciando um beijo quente, ele tomou a língua do loiro, deixou os lábios dançarem ritmados sobre os de Keigo, mordendo vez ou outra, a coloração vermelha das asas se estendia pelo corpo arrepiado. O mais novo fechou as pernas no quadril largo de Enji o prendendo ali, sentia seu ápice se construído ao que era beijado com vontade.

Seus pensamentos sumiam, suas defesas caiam e tudo aquilo que jurou não fazer era esquecido quando Enji o beijava daquele jeito, que puxava seu fôlego, fazia seu corpo tremer, sem desconcentrar um minuto das estocadas intensas.

Um calor irradiava do seu baixo ventre, potencializando o clímax.

Ele nunca tinha se sentido assim, mesmo depois de tantas vezes na cama de Endeavor. Puxou o ar quando foi liberto do ósculo, em tempo de gemer alto pelo jato direto de jorrava de seu membro. O orgasmo lhe atingiu, fez suas pernas cederem, a tensão dos seus músculos se esvaía em espasmos enquanto ainda era estimulado.

Endeavor não estranhou quando Takami gozou sem se tocar, acontecia quase sempre, mas franziu o cenho quando as asas se armaram com as penas afiadas despontando para a borda da king size.

Ele estocou mais algumas vezes apenas, também alcançando seu prazer. Não era muito vocal na hora do sexo, mas deixou alguns gemidos escaparem quando preencheu Keigo de porra.

Ao se retirar, viu a entrada banhada em seu sêmen escorrer. A pele marcada do pescoço de Hawks foi beijada, ele suspirava ainda muito sensível. Endeavor levantou-se para pegar uma toalha, limpando o abdômen e peitoral do mais novo, ofegante e sem ter o que dizer.

Mais um beijo nos cabelos suados e desarrumados, ele tomou cuidado ao puxar o corpo do outro para mais próximo, tanto pelas asas, quanto pela carência de seus músculos.

- Eu preciso me recuperar... - Keigo o abraçou, mas ainda riu cansado e lhe beijou rapidamente. - ... Antes de um novo round.

Seu corpo estava quente, a fadiga tomava o lugar, deixando sua estrutura pesada, os olhos fechavam, mas ele queria tanto satisfazer Enji, nem se importava se desmaiasse de tanto que forçou seu organismo.

- Nada de novo Round, vamos descansar. - A voz rouca de Todoroki foi um sussurro em seu ouvido, os braços lhe embalando com delicadeza, e o carinho na penugem de suas costas lhe deixando suscetível ao sono. - Dorme comigo, passarinho. - Ele segurou o rosto do loiro, o beijando pela face, sobre sua barba rala, seus lábios vermelhos e inchados. Keigo assentiu, cedendo ao agarro.

- Boa noite, meu amor. - Em um suspiro, Takami caiu no sono.

Enji deixou algumas lágrimas rolarem por seu rosto, apertando Hawks contra si, beijando sua testa, desesperadamente tentando se desculpar sem palavras, pedindo perdão ao rapaz em seus braços.

Ele não tinha culpa de tudo, era um idiota por ter se apaixonado pelo próprio sogro? Sim! Mas... Quem começou aquele jogo de sexo sem compromisso foi Enji, sem saber que seu filho já amava Keigo, ele sentia um apego ao herói mais novo.

Pensar que todo esse caos que sentia podia acabar com apenas um tiro na cabeça, como vinha cogitando esses dias após ver Toshi naquele estado, assim levaria consigo toda dor que causou nas pessoas que ele amava. Antes Todoroki queria tanto ser o número um, mas agora só queria sumir.

Ele lembrava de quando viu Touya  pela primeira vez, Endeavor no auge de seus 20 anos,  avistou o menininho encolhido num dos berços da Radioctive, embrulhado em tantas cobertas e com seu nome escrito em uma pulseira apertada no braço gordo. Poucas coisas tocavam o coração de Enji, ele caminhou imponente até o miúdo, que se encontrava tremendo e chorando com aqueles olhos azuis enormes cheios de lágrimas.

Ele lembrava que a reação de Toshinori foi pegar o menino assim que viu a cena, sorrindo e beijando a cabeça de cabelos vermelhos, ele olhou para Endeavor cheio de esperança, mostrando o bebê em seu colo, lhe puxando para vê-lo e tudo.

"- Você é muito lindo, neném! - Ele ergueu o menino, Yagi sorria a cada pequeno barulho emitido pela bolinha gorda e idêntica a Enji, esticando os braços para cima, o neném tocou na fina barba vermelha do herói de fogo.

- Fã do melhor herói, tem bom gosto, criança. - Enji esboçou um sorriso.

- Claro que sim, papai! - All Might imitou uma voz de bebê e lhe encarou sorridente."

Ele não ficou com Toshinori obviamente.

Devido a uma coragem que ele não teve.

Mas tudo era muito mais complexo do que se imaginava, por que ele pensou, ele realmente se dispôs a assumir um relacionamento com Yagi até que... Descobriu sobre Melissa.

Casou-se com Rei, sua melhor amiga e uma pro-hero inexperiente e que não queria se tornar heroína,  após o nascimento de Natsuo, Fuyiumi, e Shouto Endeavor começou com suas compulsões e falhas graves como pai.

- Me perdoa, Toshi. - Ele sussurrou para o amante, as lágrimas caíam, e ele não soltava do outro. - Eu não queria que fosse assim.

Acontece que muita coisa não foi explicada. 


Notas Finais


Eu espero que a formatação tenha ido bem certinha e o app não brinque com a minha cara.

Gente eu estava esses dias trabalhando e escrevendo entre um almoço ou outro, agora que o bakuzinho acordou a história muda de figura totalmente, vamos ter uma pegada mais suave? Um negocio mais fofo e romântico por parte dos dois? Saberemos nos próximos capítulos dessa novela mexicana!

Agora vamos falar dos produtos Jequiti, vc já conhece a nova linha da rebecca abravanel- Kkkkkk zoas, meus amores, me contem o que acharam desse cap e eu prometo responder todos os comentários pendentes nesse fim de semana ainda!

Beijos, até o próximo capítulo!


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