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História Ring of Fire - Ring of Fire


Escrita por: Madison_Mermaid

Notas do Autor


Pessoal!!
MUITO OBRIGADA, MAS MUITO OBRIGADA pelos comentários! Sério. Eu não tenho palavra pra descrever o que tenho sentido. Tenho recebido tanto carinho atraves destes comentarios, inclusive de autores pessoas a quem eu admiro mto, e isso é tão gratificante que me sinto que nem um pinto no lixo!
Demorei pra escrever essa cap, porque ele é especial.
A música tema, é a que me inspirou a escrever esta história, e é a minha favorita dentre todas as músicas de Johnny Cash e acho que nunca mais irei ouvi-la e pensar em outra coisa, que não seja no Maravilhoso de Fênix e na Delicinha de Ofiúco. Deem uma ouvida no link, se puderem. Pra mim é muito o clima fogoso e intenso dos dois.
Vamos la, desculpem os erros e espero que gostem.
Beijos desta feliz sereia que vos escreve.

Capítulo 8 - Ring of Fire


Fanfic / Fanfiction Ring of Fire - Ring of Fire

Shaina subiu até seu quarto, furiosa.

Desferia, pela segunda vez em poucos dias, os piores xingamentos que conhecia contra o Fênix.

“O que ele está pensando?”, se perguntava mentalmente.

Entrou em seu quarto feito um furação, e bateu a porta com força.

Sentou-se em sua cama, colocando os punhos fechados sobre seus joelhos. Fitava vigorosamente a parede à sua frente, como se estivesse tentando se focar no sentimento negativo que estava sentindo.

“Então ele vem com esse papinho de amor sofredor, me amolece e depois me deixa extremamente interessada, dai encontra outra mais atraente, começa a me ignorar e fica de pegação? Não comigo, Ikki de Fênix. Já estou cansada de tipinhos como o seu, e eu não preciso disso”.

Shaina estava com seu ego ferido. Em sua cabeça, o leonino a tinha feito de idiota, a tinha enganado para que tivessem algo e estava agora tirando casquinha da outra moça.

“Maldita hora em que Athena escolheu Ikki para ser seu parceiro”.

Ela terminaria aquela missão e depois com sorte nunca mais teria que ver a cara de Ikki pela frente.

Aquela linda, máscula, deliciosa cara.

Mas que infelizmente, era a cara de um macho idiota.

 

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Ikki perguntou na recepção em qual quarto Shaina estava e então subiu até o seu, pegou o telefone e fez uma interligação para ela. Queria saber se ela já tinha descansado, e perguntar se poderiam se encontrar para ele lhe contar tudo que o velho Hashkeh havia lhe dito.

Depois de alguns toques, a Amazona enfim atendeu.

_Sim – disse ela, tentando simplificar ao máximo no inglês.

_Shaina, você já está descansada? - perguntou Ikki do outro lado da linha.

Shaina tapou a parte de baixo do telefone, e movimentou seus lábios em um palavrão que sussurrou. Depois disse, sarcástica:

_Já sim Ikki, nossa, muito obrigada por perguntar. O que quer?

_Preciso falar com você. Posso subir até seu quarto? É um assunto sério.

Shaina se perguntou se ele iria dizer a ela sobre a arqueóloga, ou se iria vir com um papinho mole de novo. Acabou que decidiu pagar para ver, e respondeu que ele poderia subir.

 

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SANTUÁRIO, GRÉCIA

 

Mu subia as escadas entre a Casa do Mestre e o Templo de Athena rapidamente. Chegando ao salão onde a Deusa estava, se ajoelhou em reverência, segurando o elmo de sua armadura nos braços.

_Athena – disse ele.

_Mu, obrigada por ter vindo tão rápido – respondeu Saori, que andava de um lado para o outro – As coisas estão cada vez piores no Anel de Fogo. Acabei de receber um relatório da Fundação dizendo que existem chances de uma nova e grande erupção em algum momento nos próximos dias, juntamente com mais um movimento da placa tectônica... pessoas vão morrer, Mu. – Athena estava com os olhos cheios de lágrimas.

_Athena, creio que devemos mandar mais alguém para ajudar o Fênix e a Ofiúco – ele estava sério – Sei que eles são excelentes, mas temo que não consigam recuperar o Artefato, acalmando assim o local, lutar contra um possível inimigo e ainda ajudar às pessoas que estão por lá caso essa erupção ocorra realmente.

_Você tem razão – respondeu Saori, enxugando uma lágrima – Vamos mandar mais alguém. Precisarei da sua ajuda.

Mu acenou positivamente com a cabeça.

 

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DESERT DIAMOND, ARIZONA

 

Ikki bateu à porta da Amazona. Foi atendido por ela, que estava se segurando ao máximo para parecer fria e desinteressada, mas que por dentro queria lhe desferir um soco no meio da fuça.

_ Shaina, você não sabe o que aconteceu – disse, entrando em seu quarto.

“Ah eu sei sim... sei muito bem!”, pensou ela.

Mas, não disse nada, apenas cruzou os braços, parada de frente a ele e o encarou, muda.

_ Sialea-lea me levou para falar com o avô, o velho índio. Talvez o que vou lhe dizer pareça ser inacreditável, mas garanto, aconteceu e....

Shaina já não prestava atenção nas palavras dele. Olhava seus lábios se movendo, mas apenas pensava: “A lá... já está até chamando ela pelo primeiro nome. Nem o Dra ele usa mais. Maledeto!”.

_ … e então ele me disse sobre Esmeralda. Disse que eu precisava deixá-la descansar, e descansar minha alma. E... - continuava Ikki.

“Mas é um babaca mesmo! Agora já vai voltar com essa historinha de Esmeralda meu amor, será que ele quer é pegar as duas, eu e a índia, é isso?”

_ E no fim me disse que vamos enfrentar um perigoso inimigo – concluiu o japonês – Eu sei que parece fantástico demais, eu mesmo estou me achando um pouco imbecil, mas …. a energia que estava naquele local, Shaina. Nunca senti nada parecido em toda a minha vida.

_ Que bom, Ikki – respondeu, seca – Agora que já me contou, pode ir embora. Obrigada por compartilhar – e caminhou para a porta, abrindo-a e dando passagem para Ikki – e não precisa me esperar para jantar ou nada do tipo. Até mais.

Fênix franziu sua testa. Não parecia a mesma mulher com quem a duas noites atrás ele havia aberto seu coração compartilhando seus mais profundos sentimentos e tristezas. Caminhou até a porta, parando em frente a ela e disse:

_ Shaina, o que houve?

Ikki lhe dirigiu um olhar que fez seu estômago arder. Ele estava olhando diretamente para seus olhos, e o azul dos olhos do Cavaleiro era tão profundo que se ela não estivesse tão irritada com ele e tão na defensiva, teria se perdido.

_ Não houve nada, Ikki de Fênix, porquê pergunta isso? Por acaso há alguma coisa para haver, alguma coisa que eu deveria saber e não sei? - disse, se afastando do rapaz para seu próprio bem.

_ Mulher, se foi por causa do nosso beijo... escute... – disse ele, tentando tocar o braço de Shaina, que com um rápido reflexo, se desviou, levantando-o para o alto.

Ikki se irritou. Se tinha uma coisa que ele não gostava, eram joguinhos. Tudo que ele queria dela era sinceridade. Acabou saindo do quarto, bravo, e enquanto se afastava ouviu o som da porta fechando com uma batida forte.

“Maluca! Eu sabia que não deveria ter me deixado envolver”,  pensava ele.

 

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A hora do jantar estava próxima. Shaina se lembrava de que havia visto em algum cartaz pelo hotel quando estava andando por ali que naquela noite no Cassino haveria um show, com uma banda e um sósia de um tal de Johnny Cash, que ela não fazia idéia de quem era, mas enfim, música sempre a animava. Resolveu se vestir da melhor maneira que conseguisse, se maquiar, arrumar seu cabelo. Com seu ego ferido, se sentir bonita seria um belo remédio.

Tomou um banho, lavou os cabelos. Os secou com um secador que havia no banheiro, fazendo com que ficasse liso e as pontas tivessem pequenas ondulações. Pegou um dos cremes hidratantes que havia comprado em Dallas e o usou, sem avareza, o que deixou seu corpo extremamente perfumado.

Ela não havia trazido muitas roupas, mas pensou em trazer alguma coisa para caso fosse em algum lugar mais ousado. Escolheu um vestido cinza, de pequenas mangas, que era justo, com um bonito decote. Se maquiou, não fazendo nada muito pesado mas suficiente chamativo para que realçasse seus belos olhos verdes e passou em seus lábios um bonito batom vermelho queimado, quase roxo. Colocou um sapato de salto fino e saiu para o Cassino.

Ela, que já era uma mulher bela e atraente, vestida daquele modo chamou mais atenção ainda enquanto caminhava. Vários pescocinhos curiosos se viraram para vê-la passar. Inclusive um homem que andando de braços dados com sua esposa foi pela amada esbofetiado, após um sorrisinho escapar pela visão do belo derrière da Amazona.

 Shaina foi até o restaurante e se sentou em uma mesa de canto. Olhou ao redor, e viu que Ikki não estava por ali. Um sentimento misto se formou em sua cabeça. Estava feliz e desapontada, ao mesmo tempo, pela ausência dele. Só conseguia pensar que Ikki era perigoso e que deveria tomar cuidado com ele e não se deixar levar por “aqueles olhos azuis, aquela pele levemente morena, os braços fortes e o erótico volume que havia sentido na piscina”. Chacoalhou sua cabeça, tentando afastar tais lembranças.

As cortinas do Palco que ficava na parte da frente do restaurante se abriram. John Ho'kee apareceu com um microfone e começou a falar com todos que alí estavam. Ela não entendia bem, mas ele estava agradecendo alguma coisa, perguntando alguma coisa que fez os demais clientes rirem e agora falava mais alguma coisa sobre a comida e a bebida do local que ela estava se esforçando para entender.

Shaina pegou o cardápio, que estava em cima da mesa, pensou em como queria que o Cavaleiro estivesse alí para ajudá-la, e logo se repreendeu. Ficou lendo, e lendo, e lendo, para tentar escolher alguma coisa. Uma pena que tinha deixado seu dicionário no quarto, mas não estava a fim de ir buscá-lo então caso não conseguisse entender, iria na sorte mesmo.

Ikki, por sua vez, chegou ao restaurante. Usava uma bela camisa social preta, a qual havia dobrado as mangas até o cotovelo, calças sociais cinza escuras de modelagem mais justa e um sapato preto. Um pouco de gel nos cabelos, que ainda pareciam bagunçados, mas agora de uma maneira proposital.

Parado na porta, olhando para dentro, não demorou para localizar as madeixas da italiana, a quem olhava por trás.

Respirou fundo.

Ela era uma doida. Claro que uma doida linda, interessante, cuja vontade de viver havia despertado nele sentimentos que ele nem mesmo tinha certeza que aidna possuía... mas o que ele menos queria era problemas.

Se sentou do lado oposto à mesa de Shaina, mas de onde com um pequeno olhar de lado a conseguia ver, perfeitamente.

Após algum tempo, percebeu que ela olhava para o cardápio em suas mãos, e que o garçon já havia ido até a sua mesa pelo menos três vezes em vão para tentar anotar seu pedido. Ikki sorrindo balançou sua cabeça e então, se levantou e foi até ela.

Puxou a cadeira e se sentou. Shaina assustou-se com a abrupta movimentação em sua mesa e fechou a cara ao vê-lo ali, já sentado, com os cotovelos apoiados no topo da mesa e com as mãos juntas.

_ Precisa de ajuda? – perguntou ele.

_ Fênix, mas que atrevimento é esse? Vem aqui e e senta sem nem mesmo me perguntar.... o que está pensando, heim? E sim, eu preciso de ajuda. – Shaina acabou se arrependendo um segundo mais tarde do que deveria.

Ikki tomou o cardápio das mãos dela, e o olhou, passando seus olhos rapidamente por toda a sua extensão.

_ Tem peixe, frango, frutos do mar e carne de boi. O que quer? - disse, olhando ainda para o cardápio em suas mãos.

_ Frutos do mar? Tem camarão?

_ Tem uns dois tipos de camarão aqui – respondeu – Um com molho de ervas e outro empanado. Qual quer?

_ Com o molho. E aproveita e peça um vinho também. De preferência um Cabernet, se tiver ai.

O bronzeado olhou mais um pouco o cardápio e depois fez um sinal com os dedos para que o garçom se aproximasse. Pediu a comida que Shaina queria e um grande filé com fritas para ele.

_ Ikki! – Shaina protestou um pouco alto demais, pois estava brava – Você pediu comida pra você, é isso mesmo? O que te faz pensar que quero que se sente aqui?

_ Shaina, vamos parar com esse jogo bobo. Já estou de saco cheio. Quero que me diga qual o problema. Somos adultos, então aja como tal! - disse ele, meio alterado.

_ Está me chamando de criança, Fênix? É isso mesmo? -  estava ainda mais brava e gesticulando sobre a mesa.

_ Se a carapuça serviu, estou sim. Mas que diabos, apenas quero que me diga o que está acontecendo! – logo foi segurando a amazona por um dos pulsos.

Ficaram parados, se olhando por alguns minutos. Shaina estava possessa, então respirava alterada, quase que bufando. Ikki estava sério, e a encarava, franzindo sua testa e pressionando suas sombrancelhas em um tom inquiridor.

_ Pensa que eu não vi você agarrado à Pocahontas na recepção do hotel? – finalmente contou, tentando se livrar da mão masculina.

_ Mas o quê? - Ikki continuava segurando forte – Agarrado? Pocahontas? Shaina, mas que diabos, do que está falando?

_ Estou falando que eu pensei que você era diferente, mas vi que você é mais um igual a todos os outros babacas, igual ao Milo! E pensar que eu gostei daquele beijo, eu sou uma otária mesmo! - gritou.

Ikki a soltou e a olhou, pasmo. Shaina esfregava com sua mão o pulso onde ele havia segurado.

O jovem pensava: “Será que ela está com ciúmes? É isso mesmo? Havia lhe visto sendo abraçado pela arqueóloga, só podia ser isso. E gostou do beijo.”

_ Mulher, escute, não foi nada disso. Se você tivesse ao menos tentado prestar atenção no que eu lhe disse em seu quarto, entenderia que.... - Ikki foi interrompido pelo garçom, que lhes trouxe os pratos que pediram, e abrindo a garrafa de vinho, serviu a ele um pouco em uma taça. Ikki provou, e acenou, sinalizando que o vinho estava bom e que ele poderia ser servido para os dois.

O Fênix iria começar a falar novamente, mas a italiana pediu para que eles pudessem comer em paz, já que ele estaria sentado ali a contragosto dela. O show começou e um homem vestido de preto sentou-se em um banquinho no meio do palco, com um violão no colo e uma pequena banda atrás. Começou a cantar com uma voz grossa e potente e as luzes diminuiram, deixando o estabelecimento com um clima mais agradável.

Comeram, em silêncio. Tomaram quase todo o vinho, e depois que o garçom retirou os pratos, Shaina pediu a ele morangos cobertos com chocolate (que era uma das poucas coisas que ela havia entendido do cardápio).

O homem no palco continuava cantando, alterando músicas alegres com outras mais românticas. Ikki se levantou e sentou-se ao lado dela. Aproximou-se de sua orelha para que fosse ouvido, passando o braço no encosto da cadeira onde ela estava, e disse:

_Shaina – a soma da voz do leonino, que era grossa e levemente rouca, com o pequeno sopro que sua respiração fazia no ouvido da Amazona, a arrepiou – precisamos conversar. Eu não sei o que você acha que viu, mas não foi nada disso. Eu não sou como o Milo, nunca fui e nunca serei. E eu também gostei do beijo, e por mais que eu tente, eu não consigo esquecer dele.

O garçom trouxe os morangos e os deixou em cima da mesa, enquanto Shaina olhava Ikki nos olhos.

E sem desviar seu olhar, ela pegou um dos morangos, um bem grande que estava coberto com chocolate ao leite e alguns riscos de chocolate branco, e o mordeu devagar (pois estava surpresa com o que ele havia lhe dito).

Ikki começou a fitar a boca da Amazona.

Encostar o morango na boca fez com que por alguns segundos os lábios dela tomassem o formato arredondado da fruta, abraçando-o, sensualmente. A mordida lenta e o pouco de suco que escorreu em um dos cantos de sua boca fez com que Ikki se perdesse naquela visão, sentindo um misto de excitação e fraqueza. Shaina era uma mulher sensual, e mesmo que aquela não fosse a intenção, sua boca o provocava, e parecia convidar os lábios do Cavaleiro para mais uma vez se tocarem. Então, subtamente, ele retirou o resto de morango que ela ainda segurava em sua mão, e agarrou seu rosto pelos dois lados, segurando-o firme.

Ikki lhe desferiu um beijo. Um beijo intenso, forte, quente. Shaina tentou se livrar, a princípio, mas acabou cedendo quando a língua dele prazerosamente tocou a sua.

Se beijaram como se não houvesse mais ninguém presente. Ikki deslizou uma de suas mãos para a nuca da Amazona, e a apertava, bagunçando seu cabelo. Ela se ajeitou na cadeira, colocado suas mãos nos fortes ombros do Fênix, cravando nele delicamente suas unhas, conforme o beijo se esticava. Ikki sugava e passava a ponta de sua língua nos lábios de Shaina, o que começou a deixa-la com a calcinha úmida. Então, em um lampêjo de sanidade em meio a toda aquele beijo delicioso, ela se afastou, se levantou rapidamente e disse:

_  Eu, eu preciso ir ao banheiro – e saiu.

Ikki estava começando a suar e havia ficado um pouco ofegante. Olhou para suas calças, e viu que estava alterado. Pegou a garrafa de vinho e a virou, tomando no gargalho mesmo, de um gole só, o restante da bebida. Colocou a garrafa de volta à mesa, pressionou a cadeira em que sentava um pouco para trás, levantando as pernas da parte frente do chão. Passou os dedos por entre os cabelos, e olhou ao redor.

E finalmente admitiu para sí mesmo que estava de quatro por aquela mulher.

O cantor anunciou que agora iria tocar um dos maiores sucessos de Johnny Cash, Ring of Fire. E com as primeiras dedilhadas rápidas que ele deu no violão, Ikki tomou uma decisão: foi atrás dela.

 

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Ikki estava parado em frente a porta do banheiro feminino.

Algumas mulheres sairam de lá de dentro e olharam para aquele homem, que encostado na parede, fitava a porta, imóvel. Seus olhos brilhavam de desejo. Ele iria, de uma vez por todas, tomar aquele corpo para sí. Talvez fosse o vinho, mas o calor como de um fogo que o queimava por dentro beirava à loucura. Shaina seria sua, pois ela também queria que isso acontecesse, e deixou isso bem claro com aquele beijo.

Ao abrir a porta, a Amazona deu de cara com o Fênix.

_ Mulher, eu não aguento mais! - disse ele.

Shaina o encarou, um pouco temerosa, mas extremamente excitada, afinal de contas ela também o desejava muito.

 

Love is a burning thing

(O amor, é uma coisa que queima)

and it makes a fiery ring

(e produz um círculo de chamas)

bound by wild desire

(cercado por um desejo selvagem)

I fell into a ring of fire

(eu caí neste círculo de fogo)

 

Então, num impulso, se jogou para cima da Amazona. Ele a empurrou de volta para dentro do banheiro, até entrarem em um dos cubículos privativos. Sem demora e agressivamente, a prensou na parede, e com um chute para trás fechou a porta.

Começou a beijá-la com voracidade, em um beijo faminto. Sua língua caçava a língua de Shaina, e as poucas respirações que conseguiam dar eram intensas.

Ikki afastou seu rosto do dela e sem delicadeza, abriu os botões de seu vestido, arrancando dois deles que foram parar no chão, fazendo com que seu decote aumentasse vertiginosamente, deixando seus peitos e seu sutiã expostos. Deslizou sua língua pelo pescoço dela e foi descendo, até se encontrar com a parte coberta pelo sutiã de renda vermelha que usava.

 

I fell into a burning ring of fire

(Eu caí dentro de um círculo de fogo que queima)

I went down, down, down

(eu caí, caí, caí)

and the flames went higher

(e as chamas aumentaram)

And it burns, burns, burns

(e queima, queima, queima)

The ring of fire

(o círculo de fogo)

The ring of fire

(o círculo de fogo)

 

Shaina puxava os grossos cabelos azuis do Cavaleiro de Bronze, o toque da língua daquele homem na fronteira entre seu tórax e seus seios era delicioso. Ela sentia que estava enxarcada de desejo, sua intimidade pulsava de tesão por ele.

Ikki então buscou os seios com seus lábios, mordiscando os mamilos entumecidos por cima da renda vermelha do sutiã.

Shaina queria gemer alto, mas se lembrou de que eles estavam alí, dentro do banheiro de um restaurante. Então, colocou um dos próprios dedos em sua boca e o mordeu, para controlar esse impulso.

Ikki se abaixou, e se ajoelhando levantou sem cerimônia o vestido que ela usava, deixando-a desnuda até a altura do seu umbigo, protegida apenas pela pequena calcinha vermelha, que fazia par com o sutiã. Achou aquela visão extremamente tentadora e deu-lhe um beijo, próximo de onde os lábios de suas partes femininas começavam. Então, sem pestanejar, rasgou sua calcinha, a partindo em duas. Shaina provavelmente ficaria brava se a situação fosse outra, já que a calcinha era nova, mas estava tão entregue que ficou ainda mais molhada com aquele ato selvagem e másculo.

 

The taste of love is sweet

(o gosto do amor é doce)

when hearts like our´s meet

(quando coraçoes, como os nossos, se encontram)

I fell for you like a child

(eu me apaixonei por você como uma criança)

oh, but the fire went wild

(Oh, mas o fogo se tornou selvagem)

 

 

Como um animal, Ikki cheirou a intimidade quase totalmente depilada da italiana. Aquele cheiro doce e levemente cítrico o entorpeceu, e o fez dar alí uma longa e lenta lambida em toda aquela extensão cor de rosa.

O corpo de Shaina extremeceu. Novamente ela se segurou para não gemer alto.

_ Ikki... - disse, com a voz rouca de tesão.

_Shiuu, não fale nada. Eu quero mais.

Ikki voltou a lambe-la, e gradativamente aumentou o rítimo de sua língua, alterando as lambidas com pequenas sugadas. Estava deliciado no mel que vertia daquela mulher. Seu membro estava extremamente duro, e pulsava querendo se libertar de sua cueca.

Fênix então começou a concentrar sua língua e lábios na parte mais sensível dela, e levou e enfiou um de seus dedos até aquela abertura que ele tanto cobiçava.

Shaina apoiou uma de suas pernas no vaso, para dar-lhe mais acesso. Ela se segurava, pois a esta altura já queria gritar de prazer.

Ikki era como o fogo, e ela era a gasolina que o mantinha queimando.

Então, após penetrá-la com seus dedos por um tempo e continuar com aquela carícia oral, ele se levantou, e ainda com o gosto de Shaina em sua boca, voltou a beijá-la. Se afastou, para encara-la em seguida, ofegante, suado. A região em volta de seus lábios estava totalmente úmida, pela lubrificação da amazona.

 

I fell into a burning ring of fire

(Eu caí dentro de um círculo de fogo que queima)

I went down, down, down

(eu caí, caí, caí)

and the flames went higher

(e as chamas aumentaram)

And it burns, burns, burns

(e queima, queima, queima)

The ring of fire

(o círculo de fogo)

The ring of fire

(o círculo de fogo)

Ele só conseguia pensar em como Shaina era intensa, fogosa, deliciosa.

Ela o encarou, e passou a ponta de sua língua pela extensão dos próprios lábios, terminando de sentir o gosto de seu mel, que havia sido levado até lá pelos lábios inchados do Cavaleiro.

_ Eu quero te devorar, Amazona – disse ele, com a voz firme e maliciosa.

_ Vamos para o quarto.

Shaina fechou o botão remanescente de seu vestido como pôde e saiu correndo de mãos dadas com Ikki para fora do banheiro, ignorando totalmente duas mulheres que pasmas ouviam a tudo, paradas perto da pia. Ikki estava tão duro que elas não puderam deixar de reparar em como ele era bem dotado, quando passou por elas.

Correram para fora do cassino, esquecendo-se de que talvez deveriam ter pago a conta. Atravessaram o jardim, chegaram ao hotel e subiram o elevador. Começaram a se beijar com volúpia novamente, mas lembraram que o elevador era panorâmico, por isso se contiveram como podiam. Correram para a porta do quarto de Ikki, que desajeitadamente pegou a chave de seu bolso e a abriu. A chutou e puxou a italiana para dentro, fechando-a logo em seguida.

Shaina encostou Ikki na parede, logo ao lado da porta, e enquanto beijava e mordia seus lábios começou a acariciar o membro dele por cima da calça. Ela podia sentir o calor e a firmeza de Ikki enquanto alterava apertadas. Eles se arrastaram, sem se separar, seguindo encostados pela parede até uma mesa que lá havia. Derrubaram alguns pequenos quadros no caminho, mas nem repararam.

Ikki arremessou com uma passada rápida de sua mão as coisas que haviam em cima da mesa para o chão, deixando-a livre para ser usada, sem se desgrudar dos lábios de Shaina. A ajudou a se livrar de suas roupas e sapatos, e ficou ele mesmo apenas de calça. Então a colocou sentada em cima da mesa

Shaina devorava com os olhos o corpo parado em frente a ela. Ikki parecia ter sido esculpido pelos Deuses. O peito forte e definido, aquela barriga musculosa que levava a um caminho de perdição, o deixavam ainda mais viril. As pequenas cicatrizes que ele tinha espalhadas pelo torax e braços devido a todas as batalhas que lutou, faziam Shaina se maravilhar. Um arrepio subiu pela espinha da Amazona quando com uma mão ele apertou e segurou seu próprio membro, olhando safadamente para ela.

_ É isso que você quer, gostosa? - ele perguntou.

Com um pulo, ela desceu e o tomando pela mão, o girou e o encostou na mesa. Ele se movimentou, como se quisesse agarrá-la mas com um movimento rápido, Shaina ergueu uma de suas pernas, segurando-o imóvel com seu pé na altura do peito de Ikki, ficando perfeitamente equilibrada em um só pé. E olhando para ele, disse:

_ Agora é a minha vez, Fênix.

A amazona se abaixou, e abrindo o cinto e descendo o zíper da calça, retirou de uma vez as últimas peças de roupa de Ikki. Ficou com seu rosto bem perto do membro latejante de Ikki, que ereto, apontava para o teto. Segurou-o delicadamente, com ambas as mãos e lambeu, bem devagarzinho o líquido que dele saía e escorria pelo seu comprimento. Depois, o acomodou com vontade dentro de sua boca, e começou a dar-lhe prazer ao fazer um movimento de vai e vem com sua cabeça.

Shaina e Ikki não tinham mais medo de se entregar, e por isso, tudo o que faziam era intenso, com paixão.

Shaina realizava os movimentos com mais vontade ainda ao ouvir Ikki gemer e perder o compasso. Ela continuou assim por mais um tempo, até que ele, extasiado, puxou-a com força pelos cabelos a levantando e disse, autoritariamente:

_ Eu quero te comer, mulher. Agora.

A sentou sobre a mesa novamente, e ela abriu as pernas para ele. Ikki as segurou e colocando os tornozelos de Shaina em seus ombros, a penetrou de uma vez e sem problemas, pois o líquido desejo da Amazona a havia deixado totalmente escorregadia e quente.

O Fênix desejava consumar aquele ato com Shaina há algum tempo, e por isso gemia e respirava como um animal. Havia um cheiro de cio no ar. Seu membro deslizava para dentro e para fora com vigor, dando aos dois amantes um deleite imensurável.

Shaina havia deixado sua cabeça cair para trás, desarmada, em resposta ao turbilhão de sensações que estava sentindo. Logo percebeu que se aproximava do clímax e disse:

_ Ikki... vou gozar.

E quando ele aumentou ainda mais o rítimo das estocadas, gemendo seu nome, ela atingiu o prazer máximo.

O som da voz rouca da Amazona, chamando por ele, o enlouqueceu ainda mais, e ele também gozou, derramando-se dentro dela. Ikki foi diminuindo os movimentos, lentamente, até que parou por completo.

Ficaram assim, conectados, por mais um tempo, até que ele se movimentou, a retirou de cima da mesa e a abraçou. Ambos estavam suados, mas isso não importava. Shaina colocou seus verdes cabelos no peito do cavaleiro, e suspirou ao ouvir o coração dele tentar retomar um rítimo mais calmo, pois sabia que naquele momento batia descompassado por causa dela.

Ikki acariciava os cabelos verdes e sedosos. Estava feliz, como háa muito tempo não se sentia.

Tomaram um banho juntos, onde mais algumas caricias ousadas rolaram, e como estavam esperando que no dia seguinte seguiriam em missão, se deitaram e adormeceram abraçados, nús.

Naquela noite a insônia de Ikki não o perturbou.

Na manhã seguinte, Shaina acordou primeiro que o Cavaleiro de Fênix. Olhou ao redor, viu todas aquelas roupas espalhadas pelo chão, e sorriu. Virou-se para ele, Ikki ainda dormia profundamente. Não era de se admirar, ainda mais sabendo que ultimamente ele não estava conseguindo dormir. Beijou de leve sua testa e acariciou com as pontas dos dedos seu rosto, se vestiu e saiu do quarto, de mansinho.

Ela caminhou feliz, assoviando, até o elevador, e depois até seu quarto. Tomou um banho, se vestiu e desceu para o lobby. Pensava em buscar algo para Ikki comer quando acordasse, algo meio um café na cama.

Quando saiu do elevador e passou em frente ao balcão da recepção, seu coração gelou.

Foi uma surpresa nada agradável dar de frente com os longos cabelos azuis de Milo, que ao preencher papéis de sua entrada no hotel, percebeu a presença da Amazona.

Virando-se para ela, disse, sorrindo maliciosamente:

_Oi, Cobrinha. Sentiu minha falta?

 

Continua...

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
To com vergonha do Hentai heheheehe
Beijos
LINK do Cap: https://www.vagalume.com.br/johnny-cash/ring-of-fire.html


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