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História Rise. - Hate.


Escrita por: hyungwonaly

Notas do Autor


Ei. OAKSODJDOJDF eu já tô rindo antes de vocês lerem porque eu sei que alguém vai querer me matar lendo isso. Mas tudo bem, eu avisei que as tretas começariam... Pelo menos eu acho que avisei. xD
Enfim, sem mais delongas, leiam com paciência e pensem que eu preciso sobreviver pra continuar. oaksoskof
Vejo vocês nas notas finais. 💕


AHHHH! ~ Muito obrigada pelos favoritos e pelos comentários também. Luv u. ♥

Capítulo 9 - Hate.


O ponteiro do relógio marcava poucos minutos após as oito horas da manhã. A primeira aula acontecia em uma das mais procuradas escolas públicas da cidadezinha sul coreana. O clima estava ameno, sendo decorado principalmente pelas primeiras folhas amareladas que caiam das árvores; o outono estava próximo, e logo o inverno também chegaria. 

Uma manhã envolta pela típica calmaria presenteava os alunos que, em silêncio, acompanhavam tudo o que o professor dizia e copiavam tudo o que era exigido. Todos estavam atentos, ao mesmo tempo que a preocupação com as provas antes das férias também os consumia um pouco. 

Todos, exceto um garoto. 

O humor tempestuoso de Hyungwon ia de encontro ao humor predominante ali naquele local. Ele estava tomado por uma miscelânea de nervosismo, raiva, chateação e confusão. 

Aquela cena de minutos atrás não deixava sua mente; não conseguia engolir o fato de que havia sido abandonado por uma das pessoas que mais amava no mundo. Saber que Wonho havia trocado-lhe fazia o coração do garoto doer das piores formas possíveis. 

E o pior; saber que Minhyuk, depois de tudo, ainda acobertava o dono dos cabelos azulados o fazia se sentir completamente traído. Por mais que ele tivesse lhe dito que a culpa não era toda de Wonho, o Chae era teimoso demais para poder acreditar em algo aparentemente tão... ridículo. 

Do outro lado da sala, estava Seola. 

Seus olhos condenavam e carregavam um fardo muito pesado chamado tristeza. Ela praguejava a si mesma por ter destruído um laço tão forte de amizade, ainda que a culpa de fato não fosse sua.

Na verdade, a culpa não era de ninguém; a culpa era do destino que havia colocado Wonho em uma corda bamba. Na verdade novamente, doeu muito no coração do guardião saber que teria que abrir mão do garotinho que tanto prezava e amava. Doeu mais do que Hyungwon seria capaz de imaginar. 

Quantas vezes a garota havia pegado o amigo no canto dos cômodos, cabisbaixo, falando sobre uma pessoa que até então ela não conhecia; quantas vezes ela foi obrigada a lidar com os desabafos de Wonho por conta da distância que ele havia sido obrigado a enfrentar. Ele sentia saudades do menino, talvez pudesse se equiparar com a saudade que ela sentia pela mãe falecida. 

Para o de cabelos azuis, parecia que haviam tirado um pequeno pedaço de si; pequeno, porém um importantíssimo pedaço. Hyungwon era como uma válvula de escape para ele, uma válvula que depois de alguns anos recebeu um outro nome e outra forma. Agora, a válvula de escape dele era Seola. Bem como, o garoto havia se tornado a válvula de Minhyuk. 

Aparentemente, tudo estava bem. E de fato estaria, se Hyungwon não tivesse descoberto tudo da pior maneira possível. Ele ficara tão enraivecido que sequer quis ouvir o que realmente havia acontecido. 

Ele se sentiu sem chão. 

 

• • • 

— Minhyuk e Wonho, onde estão? — Perguntou Shownu, sentando-se em uma das cadeiras em frente a enorme mesa que se encontrava no âmago do salão de fábrica de brinquedos.

— Não faço a mínima ideia. — Jooheon respondeu de supetão, com um pincel em mãos e um ovo de páscoa sobre a mesa — Devem estar perambulando pelas ruas. Principalmente o Minhyuk  já que ele não faz nada além disso. 

— Minhyuk é realmente peralta, mas não acho que ele tenha apenas essa função. — Kihyun alfinetou, desenhando algumas formas geométricas com a sua própria areia mágica enquanto jogava as pernas sobre a mesa; estava completamente entediado — E você precisa parar de ser tão implicante. 

— O que foi? Só estou dizendo a verdade. — Jooheon continuava sem olhar diretamente para o menor, estava atento demais com a pintura — A páscoa está chegando, e quando conversamos sobre isso, ele sequer se importou. Só conseguia pensar naquele garoto.

— A páscoa não é a data dele, Jooheon. 

— Não é a sua também, mas só por isso você deixa de se importar? — O ruivo parou o que estava fazendo e fitou Kihyun, o mesmo que direcionou um olhar sério para si — Afinal, todas as datas são importantes, independente de pertencerem a determinado guardião ou não. Se fazemos o que fazemos, e para alegrar as crianças e, consequentemente, para que possamos nos manter vivos nas mentes e nos corações de cada uma delas. 

— Quando fomos escolhidos como guardiões, fomos instruídos sobre a compaixão que deveríamos ter com os demais. Você usa isso apenas com as crianças, Jooheon? — Kihyun franziu o cenho e se levantou, colocando as mãos sobre a mesa para impulsionar o corpo na direção do ruivo. Seus olhos encararam profundamente os dele, então ele continuou; — Que tipo de guardião é você que sequer tem empatia com os outros guardiões? 

— Ter compaixão com um guardião é completamente diferente do que ter compaixão com alguém que só atrapalha e não leva nada a sério. — Jooheon largou o pincel e imitou a posição do menor — Para mim, Minhyuk não foi, não é e jamais será um guardião. 

— Chega, Jooheon! — Shownu elevou o tom de voz ao bater na mesa. Já estava farto de tantas reclamações partindo do ruivo a respeito de Minhyuk — Assim como cada um de nós, Minhyuk também foi escolhido por alguém muito mais forte. E se Minhyuk foi capaz de ser selecionado, foi porque ele mereceu. 

— O Homem na Lua estava louco quando escolheu aquele garoto. — O ruivo retrucou. 

— Cale a boca. — Kihyun bufou de raiva, odiava injustiça. — E da próxima vez seja menos covarde, Jooheon, diga tudo o que te incomoda quando Minhyuk estiver presente. 

— Ora, já chega vocês dois! — Shownu interviu novamente; dessa vez sua expressão estava completamente carrancuda, e ele encarava os dois guardiões com um olhar completamente opressor. Jooheon foi o primeiro a se sentar, sendo seguido por Kihyun, que fez o mesmo — Ótimo, nós temos muito o que fazer. Como Jooheon disse, a páscoa está se aproximando, e nós precisamos fazer com que tudo seja perfeito. Se algo der errado, nós teremos sérios problemas. 

— Nós já sabemos. — Jooheon interrompeu, revirando os olhos.

Shownu suspirou.

Realmente estava com muitos problemas naquele momento. Sem a presença de Wonho ali, ele sentia um mal pressentimento. Ele olhou ao redor, algo o incomodava; uma presença negativa rondava pelo recinto, e ele podia sentir isso correndo pelo seus nervos que reagiam conforme os impulsos cerebrais. Algo estava errado, e ele temia que isso tudo fosse real... Temia que algo atrapalhasse os preparativos para a páscoa. 

 

Longe dos três, Changkyun observava em uma das extremidades do salão. Naquele dia em especial, ele estava indisposto a se juntar para os planos. Ele queria ficar sozinho, apenas prestando atenção nos assuntos que circulavam ali. 

Um sorriso bailou em seus olhos quando ouviu as poucas provocações de Kihyun para Jooheon, e o sorriso cresceu ao perceber que o dono da cabeleira azulada não havia aparecido.  

Ele ergueu a destra em frente ao próprio rosto e estalou os dedos, vendo pequenos cristais negros sendo expelidos dali. 

Faltava pouco, e aquela era a sua deixa.

 

 

• • •

 

 

Conforme os dias se passavam, Hyungwon se tornava mais distante, não apenas de Seola, mas também de Minhyuk. Ele sentia profundamente aquilo em seu peito, e por vezes trocava os papos com o amigo platinado para que pudesse ficar completamente sozinho, isolado no canto do quarto, ou vagando pelas ruas até tarde. 

O fato de ter sido trocado de uma forma tão dura – de acordo com o que ele pensava – o deixava a mercê das preocupações do passado. Ele tentava a cada dia mais voltar no tempo de sua mente para que pudesse recuperar qualquer vestígio do que havia acontecido consigo. Agora, ele não queria mais a ajuda de ninguém, nem mesmo de Minhyuk. 

Ele queria estar sozinho, do mesmo modo que ele estava quando fora socorrido por Minhyuk, mas dessa vez ele não cairia novamente. 

O platinado várias vezes tentou seguí-lo, mas fora repreendido rudemente pelo garoto. Hyungwon estava entrando em uma fase um pouco difícil de controlar; a adolescência. E à medida que o tempo passava, Minhyuk sentia que estava perdendo o vínculo que tinha com o garoto. Tal fato o deixava tão entristecido que ele se sentia como antes: sozinho e invisível. 

Era noite quando Minhyuk resolveu sair das dependências da casa dos Chae para tomar um ar fresco. Tinha o inseparável cajado em mãos e os pés descalços que não tocavam o chão ao flutuar calmamente pelas ruas. As luzes de quase todas as casas já estavam apagadas, foi então que ele se deu conta de que a hora já beirava à madrugada. 

Ele suspirou, estava completamente sem rumo. 

O platinado só parou quando chegou em um campo vasto, onde havia um lago; mais precisamente um rio. Parecia profundo demais para ser apenas um lago. Seus olhos correram por todo o lugar, analisando-o. Minhyuk não lembrava de ter ido em um lugar como aquele, mas ao mesmo tempo ele sentia que não estava em um ambiente estranho. 

Ele se sentou sobre o gramado e dobrou as pernas em posição de lótus. Ele precisava ficar em paz consigo mesmo, já que as desavenças com Hyungwon o deixavam cada vez mais inconstante. 

Fechou os olhos, inspirando o ar que continha um aroma peculiar de água doce... Na verdade, podia se assemelhar com o típico cheirinho de terra molhada. Era um aroma muito agradável ao ver de Minhyuk, ele gostava da paz que apenas aquele cheiro podia trazer para si. Não sabia se aquilo parecia uma espécie de mantra, mas Minhyuk realmente queria encontrar o seu nirvana. 

— Minhyuk? — Uma voz conhecida invadiu os ouvidos do platinado, que rapidamente abriu os olhos e encarou a direção de onde o som vinha. Logo uma silhueta conhecida se aproximou de si e se sentou ao seu lado — Me desculpe, eu não queria te atrapalhar. 

— Está tudo bem, Wonho. — Minhyuk suspirou desanimado — O que você está fazendo aqui? 

— Eu sei que não deveria, mas eu precisei.

— Aconteceu alguma coisa?

— Aconteceram várias... 

— Bom, não quer me contar? 

— Antes eu quero me desculpar. — Ele respirou fundo — Foi culpa minha tudo o que aconteceu. Eu acabei estragando tudo ao achar que podia ser responsável por duas crianças ao mesmo tempo... Quando na verdade eu não sou capaz nem de ser responsável por mim mesmo. 

— Que isso, Wonho?! A culpa não foi sua. Você fez o certo. 

— Não, Minhyuk, você não entende! — A voz de Wonho falhava um pouco e seus olhos se encontravam levemente marejados — Eu errei, e preciso reparar isso de alguma forma. 

— Não se culpe tanto. O Hyungwon está um pouco distante sim, desde o ocorrido, mas em breve ele voltará ao normal. — Minhyuk sorriu esperançoso — É apenas uma fase. 

— Ah não... — O de cabelos azuis fechou os olhos, não podia desabar na frente do platinado — Então está acontecendo...

— O quê? Do que você está falando? 

— Minhyuk... — Wonho o encarou sério, sendo correspondido com um olhar apreensivo — Há uma coisa que eu devia ter te contado há muito tempo, mas... Eu nunca tive coragem para fazer isso. 

— Por quê? — Minhyuk mordeu o lábio inferior, estava deveras nervoso apenas por ter ouvido aquilo — Quer dizer, isso não importa muito agora. Vá direto ao ponto, por favor. 

— O Hyungwon, ele... — Wonho tentou dizer, mas foi impedido por uma dor descomunal que sentiu no peito, parecia uma pontada forte no coração. Ele sobressaltou com brutalidade, fazendo com que algumas das penas de suas roupas se desprendessem e caíssem no chão. — Ai. 

— O que houve? — O platinado arregalou os olhos e esticou as mãos na direção do outro, mas ele se afastou rapidamente — Wonho, o que... 

— Minhyuk, Eu preciso... Eu... — Wonho não conseguia falar normalmente por conta da respiração pesada, além dos olhos que já despejavam lágrimas — Droga! 

— Wonho, pelo amor, me diz o que está acontecendo. 

O de fios azuis ficou em silêncio por um momento. A destra esmagava o peito de uma forma que parecia que aquele gesto seria capaz de sanar um pouco a dor que ele demonstrava sentir. Minhyuk estava perdido, mas sentia que uma áurea negativa estava rondando o amigo. Ele queria ajudar, mas não sabia ao certo o que fazer. 

Aos poucos, Wonho se apoiava e ganhava algum suporte para se levantar, e Minhyuk o acompanhava. Por sorte, pois logo um choque tomou o corpo de Wonho, que tombou para o lado e foi segurado pelo platinado. Um raio de relaidade havia caído sobre o cérebro do de cabelos azuis. 

— Essa não, Minhyuk... As memórias! 

 

• • • 

A lua estava mais brilhante do que nunca naquela noite. A brisa estava gelada, trazendo consigo aquela sensação de frescor tão agradável. 

Changkyun era um dos amantes daquela sensação, amava sentir-se livre, debruçado sobre o parapeito de sua janela e com os olhos fixos na lua.

Contudo, naquele momento a sua expressão não dizia isso. Ela não deixava transparecer nenhuma positividade, muito pelo contrário; ele estava claramente abatido, com os olhos vazios e sem nenhum tipo de sentimento vagando por ali. Nem os mais obscuros que rondavam-no. 

Pelo menos, era o que parecia. 

Ele suspirou, sendo contemplado por toda aquela luminosidade lunar; estava sentenciado com algumas coisas que lhe incomodavam. 

— Por que apenas eu? — Ele perguntou mais para si mesmo, mas tinha a esperança que de aquele Homem lá na Lua fosse capaz de lhe escutar. 

Changkyun não vocalizava suas palavras, mas a sua mente fazia questão de gritar e lhe incomodar. 

— Desde a idade das trevas... Por quê?! — O questionamento ele gritou a plenos pulmões, fazendo sua voz ecoar pela casa envelhecida e vazia. — Droga! Por que você não me responde?!

Ele simplesmente odiava não obter nenhuma resposta perante suas questões... por que apenas ele era tão escanteado? Ele já não aguentava mais.

Ele estava exausto, ele estava cansado e, acima de tudo, ele estava enraivecido. Ele estava no ápice de sua revolta interna. 

Aos poucos, vidros se partiram, móveis se quebraram, e a névoa negra tomou conta do ambiente do corpo perturbado de Changkyun.

Há tempos ele havia lutado contra si mesmo, contra seu passado, contra a sua áurea maligna, apenas para poder se redimir pelos seus pecados e delitos. Ele estava realmente se esforçando perante as suas próprias fraquezas, mas naquele momento era visível que ele não seria mais capaz de conter aquilo que estava selado dentro de seu próprio interior. 

— O que está acontecendo? Eu ouvi barulhos e..  — Logo a voz doce e ao mesmo tempo preocupada invadiu os ouvidos do rapaz que praticamente rosnava pela raiva. Kihyun parou ao fitar a situação que estava o lugar, e levou as mãos à própria boca, não queria evidenciar que estava boquiaberto com aquele emaranhado de cenas que tomava conta de sua cabeça — Changkyun... 

— O que você está fazendo aqui, peste?! — Changkyun estava completamente alterado, e não se conteve em lançar na direção do maior a primeira coisa que vira em sua frente; um cálice de vidro. 

Kihyun se abaixou imediatamente, esquivando-se do objeto que vieram em sua direção. Rapidamente sua respiração descompassou e seu coração disparou, mas não de um jeito bom, não do modo que gostava. Ele estava nervoso, estava com medo e sobretudo muito, muito preocupado. 

Ele sabia que Changkyun tinha um temperamento forte e inconstante, mas sabia também que existia uma calmaria, uma pessoa dócil, adormecida dentro daquela casca. Ele conhecia o lado amável de Changkyun, e era este que ele queria ver naquele momento. 

— Changkyun, o que houve com você? — Ele tentou questionar, mesmo com os vários objetos que ainda eram jogados em sua direção, o fazendo esquivar-se de todos. — Por que você está fazendo isso?! 

Kihyun estava realmente chocado com a quantidade de objetos cortantes que havia na casa do outro, e ele estava mais chocado ainda com o fato de tudo parecia se tornar incontáveis vezes mais perigoso em contato com as mãos de Changkyun. 

O menor olhou de relance para Changkyun, o que até então ele não conseguira fazer em nenhum momento. Fora rápido, mas ele pode ver aquela névoa negra ao redor do corpo de seu amante.

Aquilo não era um bom, não era nada bom. 

Fora imediata a reação que aquela imagem causou em seu corpo; a sua aura se atiçou com aquilo, fazendo com que aquele amontoado de partículas douradas se esvaísse através de seus dedos. 

Era uma nuvem de escuridão que o rodeava, a presença dos poderes malignos de Changkyun estava mais evidente do que nunca; estava gritante e causava pânico até nas células de seu corpo. 

O que era aquilo? 

Changkyun o encarava com um olhar sanguinário, seu peito subia e descia pela raiva contida ali dentro, suas mãos estavam fechadas em punho... Ele estava completamente fora de si. 

Kihyun sentiu que precisava fazer algo antes que tudo perdesse o controle de vez. Afinal, tinha certeza que algo muito errado estava acontecendo ali. Ele não tinha tempo para chamar os outros guardiões, e nem faria aquilo. 

Precisava parar Changkyun sozinho. 

— Você não vai me dizer o que está acontecendo? — Kihyun se aproximou do outro e à medida que seu corpo era pressionado pela aura de Changkyun, o seus próprios poderes reagiam; seu corpo aos poucos era rodeado pela sua areia dourada e ele fechava sua expressão a cada novo milímetro que se aproximava — Então me desculpe, mas eu vou precisar fazer isso. 

Kihyun suspirou e assim que fechou os olhos, todas aquelas teias formadas pela areia foram jogadas em Changkyun. Ele não pareceu hesitar e deixou-se levar por aquela envolvência que o encobria. 

O menor suspirou, estava certo que o outro não seria capaz de se livrar daquela prisão. Ele estava confinado ao redor de sonhos bons. 

Estava certo de que resolveria tudo sozinho. 

Isso até ouvir uma risada completamente maligna vindo de dentro daquela cadeia de areia. 

Kihyun sentiu uma fisgada muito intensa em seu peito e caiu de joelhos no chão, vendo a sua cobertura de areia dourada ganhando uma nova cor; um preto que ganhava ainda mais destaque em meio ao ódio. 

— Você é tão fútil, Kihyun! — Changkyun dizia entre risadas enquanto corrompia completamente a magia do menor, dando a ela uma nova aura; a maligna. — Quando é que você vai aprender que não pode me parar? Seu fracassado! 

— O quê?! — Kihyun olhou para o outro com uma expressão dolorida, afinal sentia-se exausto, e nem sabia o porquê. 

— Desde a idade das trevas, você não se lembra? 

— Do que você está falando? 

— A era que vocês guardiões foram escolhidos pelo desgraçado do Homem na Lua. Você acha que eu vou esquecer de quando vocês destruíram minha era de terror? — Ele dizia com o ódio evidente em sua voz e se aproximava de Kihyun. — Você sabe de regra, não sabe? Se eu não quiser, você não é imortal. 

— Então... você vai me matar, Changkyun? 

Kihyun podia estar perdendo aquela briga, mas na verdade ele não queria prosseguir... Ele não conseguia. Não queria machucar Changkyun, afinal ele sequer tinha noção do que estava se passando ali. Seus olhos estavam fixos sob a figura de Changkyun que se aproximava e o segurava pelo pescoço. 

Os dedos rodeavam-no com força; estava prestes a ser sufocado. 

Ele preferia morrer do que realmente machucá-lo. Se ele era um guardião, era porque havia salvado vidas para isso; não era à toa. Ele não podia ir contra todos os seus votos, não naquele momento. 

— Eu poderia... — Changkyun sorriu com o canto dos lábios e próximos seu rosto do alheio; uma expressão de nojo tomando conta de sua face. — Mas eu não vou. Você é tão patético que eu te deixarei viver dessa vez. 

Nos olhos de Changkyun existia uma luz... Uma luz diferente de qualquer outra, parecia um diamante negro rodeado por uma névoa vermelha de ódio.

— Diga aos guardiões idiotas que eu estarei no lado norte de montanha. Se eles não aparecerem, saiba que eu conheço cada uma de suas tão amadas crianças. 

O de cabelos negros disse com um tom diabólico e soltou o menor com toda a força no chão. 

— Ah, e mais uma coisa — Changkyun levou uma das mãos ao bolso de seu sobretudo, e de lá tirou uma pequena fadinha; estava encolhida e tremia de medo.  Kihyun conhecia bem aquele serzinho mágico e por isso uma incrível onda de raiva percorreu todo o seu corpo — Diga ao Wonho que para ser um guardião, nunca se deve abaixar a guarda. — Ele riu vitorioso, jogando a pequena em Kihyun, como se ela nada fosse, e nem ele — Vejo vocês em breve. 

Fora a última sentença de Changkyun, carregada de um sorriso hediondo e pútrido. Assim, ele simplesmente desapareceu. 

Como a névoa da noite, o espírito gentil e doce do rapaz de cabelos negros se esvaiu. 


Notas Finais


Ei de novo. OKAOAKKKKKAKKSKSKSOF
Não me matem, é sério. ;^;
Gente, antes de mais nada, eu e uma amiga – a linda da Eliza – escrevemos uma fanfic especial para o fim do ano: https://spiritfanfics.com/historia/caffeine-7460842
Espero que vocês leiam. 💕

Então acho que é isso.
Feliz Natal, atrasado, mas tá valendo. -n
Feliz ano novo também, já que provavelmente eu não irei att antes dá virada.

Vejo vocês em 2017. 💕 Shshshjsjsjkdj


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