História RIVALS - Fanfic Billie Eilish - Capítulo 26

A música parecia entrar por todo meu corpo, mas sinto o som sumir rapidamente, e a visão que eu tinha do sol, escurecer. Me fazendo perceber que alguém havia tirado meus fones, abro meus olhos, vendo a silhueta da garota ruiva na minha frente.

- Uau, já te vi melhor ouvindo essa música.- A ruiva diz e eu sorrio em seguida.

- Que merda você tá fazendo aqui?- Pergunto e ela estende a mão, pra me ajudar a levantar e levanto em seguida.

- Eu vim cuidar da minha irmãzinha linda.- Ela responde apertando minhas bochechas.

- Aiii, soltaa!! Maju, odeio quando faz isso.- Digo e ela ri, soltando minhas bochechas em seguida.

- Você tá tão grandinha.- Ela responde sorrindo e eu reviro os olhos.

- E você continua pequena.- Digo e a mesma empurra meu ombro de leve.

- E você continua chata.- Ela diz e eu concordo.

- Vai, anda logo, diz porque veio, e porquê precisa tanto de mim.

- Que autoestima é essa? Tá virando narcisismo garota.... Preciso que me ajude.- Ela diz e eu solto um riso baixo.

- Eu sei, nunca me procura quando eu preciso.- Digo andando pelo parque e a mesma me segue.

- Mas que mentira... Precisa de algo?- Ela pergunta e eu nego.- Ahh, vi que você deu um beijo na Billie a um tempo atrás, ela gostou? Foi o bastante pra ela ver que era do Vale?- Maju pergunta e eu a olho séria.- Não né? Foi que nem um filme típico lésbico?- Ela pergunta e eu afirmo.

- Quase isso, mas sim, no final eu acabei sozinha e ela, com um cara.- Digo colocando um lado do fone.

- Ahhh não, eu aguentei a infância e a adolescência inteira você ouvindo essas músicas com o pai, me da um pouco de sossego, e outra, a cada cinco minutos dentro de um carro, e eu ouço uma música do seu álbum, então me deixa respirar? Vamos ouvir coisas diferentes?- A mais velha diz e eu sorrio, senti falta dela reclamando.

- Como ele e a mãe tá?- Pergunto a olhando.

- Velhos... Mas bem, a mãe disse pra você não ficar dirigindo bêbada, e parar de usar drogas, afinal, sabe que o pai te mataria se soubesse disso né?- Ela diz e eu a olho séria.

- Eu fumo maconha, só, não tenho uma biqueira em casa, tá me achando com cara de Zé pequeno?- Respondo atravessando a rua junto com ela. 

- Tá, mas sabe que pra ele tem fases e da maconha você vai..- Ela diz mas eu a interrompo.

- Eu vou pra cocaína, da cocaína pra heroína, depois paro em algumas balinhas, uso metanfetamina vou pro crack, e logo em seguida pro desinfetante de casa, eu sei, ouvia ele me dizer com frequência. - Falo e a mesma parecia surpresa.

- Quando foi a última vez que fumou?- Ela pergunta e eu paro pra pensar um pouco.

- Ontem, tava falando com meu empresário, acabei acendendo um no meio do papo furado.- Digo.

- Nenhum hoje ainda?- Ela pergunta e eu nego.- Isso é ótimo, você precisa parar. Vem, vou te levar pra comer.- Ela diz e abre a porta do seu carro e eu entro, esperando a mesma entrar em seguida, me levando em um restaurante perto dali.

Passamos a tarde conversando, ela passaria uns dias na minha casa, ela pediu pra ficar, não gosta de gastar muito dinheiro, e estava fazendo um curso. Minha irmã se tornou quem ela sempre quis ser, minha mãe, sempre fazendo cursos sobre oque gosta, trabalhando em diversos lugares e tendo um currículo com no máximo quatro páginas.

Foi bom ter a companhia da minha irmã, me ajudou muito naquele dia, ela me acompanhou em três shows seguidos, não reclamou, oque me deixou impressionada. Passamos a madrugada falando sobre a vida uma da outra, e ela fez o meu dia passar rápido, me ajudou a por de lado tudo que estava me deixando meio mal.

[...]

- Meu deus, faz três dias que você tá aqui e minha casa tá uma zona.- Falo pegando o copo de café que minha irmã havia deixado em cima da mesa.

- Hmm, desculpa, eu esqueci de tirar.... Tá toda arrumada, vai pra onde?- Ela pergunta sorrindo e eu a olho séria.

- Pra um lugar onde você não esteja pra fazer bagunça.- Digo e ela me olha, parecendo esperar eu realmente responder sua pergunta.- Pra uma festa com um amigo.- Digo levando o copo até a cozinha.

- Não bebe muito, e volta pra casa de uber, não faz aquilo que eu não faria.- Ela diz sorrindo e eu a encaro.

- Meu deus Maria Júlia, eu tenho idade o bastante pra saber oque eu faço, tá tudo bem, relaxa.- Digo e a mesma me olha arqueando a sobrancelha.

- Eu tenho sérias dúvidas, eu vou pedir uma pizza, devo guardar alguns pedaços pra você ou comer tudo e ir deitar no quarto de hóspedes porque provavelmente vai trazer alguém?- Ela pergunta com um olhar malicioso.

- Pode pedir, e dormi no meu quarto mesmo, eu não transo.- Digo e ela ri.

- Aham, e eu sou a Beyoncé.- Ouço a mesma dizer e apenas balanço a cabeça.

- Eu volto tarde.- Digo indo em direção a porta depois de pegar tudo que eu precisaria.

- Tchau irmã, eu também te amo.- Ela diz e eu a olho sorrindo antes de sair pela porta.

Vou até o elevador, fazendo o trajeto que fazia todos os dias, esperando o mesmo chegar no primeiro andar.

Billie não me mandou nada, não falamos mais nada depois daquilo, acho que ela possa ter esperado de mim, esperado que eu fosse atrás e pedir desculpas, mas eu não fui, e ela não havia errado em nada, então nao iria aparecer pra me dizer alguma coisa, mas oque importa é que eu sei que ela tá bem.

Fiz meu caminho até o meu carro, indo com ele até a festa, o Brandon disse que a Emma estaria na festa, e que quando ela bebe, o bom é ter alguém sóbrio pra levar pra casa, então ele se ofereceu pra dirigir quando voltar, já que não iria beber.

Chego no endereço da festa, e sou recebida por algumas pessoas, ate conseguir encontrar com o Brandon, que estava com a Emma, que já aparentava não estar muito sóbria.

- Perry, oii, como você tá? Aquele beijo foi perfeito, não fala sobre como foi pro Brandon, porque ele ficou com ciuminho. - A garota diz e eu olho pro Brandon ao seu lado, que olhava sério pra garota.

- Ela tá cheia de graça pra cima de mim em relação ao beijo de vocês.- Ele diz e eu seguro o riso.- Foi a primeira e última vez viu?

- Tudo bem, você sabe que não foi por mal.- Digo e ele afirma, me dando um copo de bebida.

- Tem alguém querendo ficar com você aqui.- Ele diz olhando pra uma loira no fim de um corredor, que me olhou em seguida, e sorrio de um jeito meigo.

- Eu não tô afim, hoje não.- Digo bebendo o conteúdo que tinha no copo.

- Certeza? Ela parece legal.- Brandon diz e eu o olho afirmando.

- Eu tô bem.

A festa havia pessoas próximas do Brandon, mas não muito próximas de mim, então estava um saco, depois de um tempo eu já havia bebido o bastante pra perceber que deveria parar, andei pela casa, conheci algumas pessoas, mas eu realmente não tinha oque fazer, a música não era nada boa, depois de andar tanto pela casa e conhecer todos os lugares e quartos, eu acabei me perdendo do Brandon, mas via a Emma sempre muito animada, a última vez que a vi, avisei as pessoas dali que depois que ela terminasse aquele copo, pra ninguém dar mais bebida a ela, Brandon havia sumido, e isso era preocupante, ele só some quando apronta, mas eu iria acabar trombando com ele em algum momento, então eu decidi ir pro lado de fora da casa, fumar um pouco.

Aquela noite estava bem fria, tava em tempo de começar a esfriar mesmo, pego uma latinha pequena que eu levava no bolso da calça, e tiro um cigarro, guardando a latinha de volta no bolso, coloco o mesmo entre meus lábios, o segurando entre o dedo do meio e o indicador, pego meu isqueiro, acendendo o cigarro, espero alguns segundos, e trago, sentindo a fumaça invadir meu corpo, seguro por um tempo, e solto a fumaça em seguida.

Enquanto eu fumava, ouvia vozes se aproximarem cada vez mais, reconheci a de Brandon, e isso me fez virar rapidamente, a procura do garoto, dou mais uma tragada, e ando em direção a voz que eu ouvia, soltando a fumaça em seguida.

Chego perto da parte onde havia uma piscina na casa, e vejo Brandon conversando com alguém, e me aproximo do mesmo, percebendo reconhecer a sua companhia.

- Oi, atrapalho?- Pergunto dando uma última tragada no cigarro, vendo os dois me olharem.