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História Rock of Love - Desespero


Escrita por: LudVenuto

Notas do Autor


Olá pessoas. Eu fui e já voltei.
Confesso que inicie esse capitulo com um enorme bloqueio. Não estava conseguindo escrever nada, e se escrevia não me agradava. Mas resolvi continuar a escrever e depois mudava o que não tinha gostado. Até que durante a escrita saiu esse capitulo. Eu não planejava aquele final, eu apenas escrevi. Enfim, foi um capitulo mais curto, mas acho que irão gostar.
Boa leitura :)

Capítulo 27 - Desespero


Alex Vause (POV)

No dia seguinte eu contei a Red, Nicky e Alexander os últimos acontecimentos. Ambos ficaram animados com a provável prisão de Fahri, afinal já não era hora. Mas também ficaram preocupados com uma possível ameaça contra mim.

Os amigos de confiança de Lucas também vieram aqui em minha casa e nos contaram que iriam ficar de segurança apenas por precaução. Eles iriam ficar a paisana, andando pelo edifico e também pela rua, próximo ao local, e também ao redor. Pediram para que seguíssemos nossas rotinas normalmente para que não levantássemos nenhuma suspeita e foi o fizemos.

Piper e Nicky foram trabalhar na gravadora. Alexander passaria o dia no estúdio da sua banda compondo novas músicas e trabalhando em seus projetos. Red iria fazer sua rotina de sempre e eu decidi que ficaria em casa, já que depois de todo esse transtorno eu ainda me sentia cansada pela turnê.

- Você contou toda a história para Piper, pequena? –Perguntou-me a russa enquanto ela fazia o almoço e eu a ajudava em algumas coisinhas.

- Sim! Contei ontem à noite.

- E como ela reagiu?

- Acho que bem. Quer dizer, sobre o fato de eu ter ajudado o FBI e ter acabado o quartel ela reagiu bem. Mas sobre os novos acontecimentos eu consegui ver o quanto ela ficou assustada.

- E não é por menos.

- Eu sei. Mas o seu medo era por minha vida, e não pela dela.

- Mas isso é lógico! –exclamou e eu a fitei. – Ela te ama pequena. E tudo o que ela quer é te ver bem.

- Tudo o que eu mais quero é vê-la bem também. Que nada a aconteça por culpa do meu passado, se não eu nunca me perdoaria.

- Criança, não carregue esse fardo que nem ao mesmo existi nas costas. Irá ficar tudo bem. Basta seguirmos com tudo o que nos foi pedido.

- Assim espero Red.

- Você vai ver, vai dar tudo certo. – Red abriu um sorriso confiante e eu acreditei nela que realmente iria dar tudo certo.

Continuamos com a preparação do almoço e assim que finalizamos tudo, por coincidência do destino, Piper e Nicky chegaram para almoçar conosco. Apolo ao ver sua segunda mãe, Piper, passar pela porta, correu até ela em busca de atenção da loira. A mesma sorriu e o pegou no colo, para a felicidade do cãozinho.

- Oi, minha princesa. – Beijei seus deliciosos lábios.

- Oi, Al. Como foi seu dia? Ou melhor, manhã?

- Normal e tediosa. E a sua?

- Relativamente chata.

- Ninguém perguntou sobre a minha, mas eu vou falar mesmo assim. –Nicky tirou sua jaqueta. – Dei um “puta” de um gelo na Lorna!

Arqueei minhas sobrancelhas, duvidosa, e Piper sorriu.

- É verdade. Quando nós estávamos vindo para almoçar, nós nos encontramos com Lorna no elevador. Ela tentou falar com Nicky, que a deixou falando sozinha. Foi engraçado.

- Bate aqui então, sister. –Ergui minha mão e Nicky a bateu na mesma hora.

Andamos até a cozinha enquanto Nicky contava com maiores detalhes sobre seu encontro com Lorna. Não tenho mais raiva da Morello, mas adorei o “gelo” que ela recebeu da Nicky. Foi muito merecido.

No almoço não conversamos muito, preferimos ficar em um silêncio confortável. Red havia colocado uma música de fundo, o que deixou o clima ainda mais gostoso. Piper estava sentada ao meu lado e eu estava sempre a acariciar sua mão, e isso tornou o almoço ainda melhor.

Depois do almoço, Piper e Nicky ainda ficaram um tempo aqui conversando comigo e Red, mas logo tiveram que retornar para a gravadora. Durante o resto do dia Red ficou entretida com programas russos e uma ligação para Norma. Já eu brinquei com Apolo até não aguentar mais e vir filmes de ação e terror com, lógico, meu fiel companheiro:  o meu pequeno lobinho Apolo.

Dois dias depois...

Piper e eu estávamos jogadas no sofá da sala embaixo de uma coberta enquanto assistíamos a um filme e tomávamos chocolate quente. Ao nosso lado, meio deitada, meio sentada, em uma poltrona estava Nicky, que também estava debaixo de uma coberta e tinha uma caneca de chocolate quente nas mãos. A noite havia chegando a Nova York e com ela veio um friozinho gostoso.

Olhei distraidamente para a grande janela que tinha na sala e observei os pequenos flocos de neve cair. Era incrível como a temperatura havia caído de uma hora pra outra. O céu estava mais escuro que o habitual e o vidro estava embasado por conta do frio e da neve que caía. Piper se aconchegou mais em mim e eu nela, assim como Apolo se aconchegou mais em meus pés, lugar onde ele estava deitado.

Dentro desses dois dias não havíamos tido nenhuma outra noticia de Fahri. Era como se ele nem tivesse voltado para o país. Ele também não tornou a aparecer para mim e o FBI havia falhado em todas as buscas. Se eu não o tivesse visto, acreditaria que o contato do FBI estava errado e que Fahri ainda estaria aonde quer que ele estivesse antes.

O tempo foi se passado até que ouvimos a campainha tocar. Estranhamos. Não esperávamos ninguém e o porteiro também não havia ligando pedido permissão para liberar a entrada de alguém.

Beijei o topo da cabeça de Piper e com cuidado tirei meus pés debaixo de Apolo. Levantei-me do sofá e fui atender a porta. Olhei pelo olho mágico e consegui ver que era o Harrison.

Lucas usava seu terno de sempre. Em seus ombros e cabelos tinha alguns flocos de neves. Ele também mantinha sua expressão séria de agente, mas desta vez havia algo a mais.

- Oi, aconteceu alguma coisa? – Perguntei ao abrir a porta e ver sua expressão desesperada e assustada.

- Na verdade, sim. Posso entrar?

- Claro. –abri espaço para que ele pudesse entrar. – Estou ficando preocupada com essa sua expressão.

- Hey, Harrison. Esperava te ver nunca mais.

- Eu também senti saudades, Nicole.

Nicky fez uma careta diante do nome que o agente a havia chamado.

- Está tudo bem? –Questionou Piper ao também ver sua expressão preocupada e assustada.

- Eu posso falar na frente delas, Alex?

- Sim Lucas. Elas já sabem de tudo.

- Okay. Bom, eu não sei como dizer isso, então irei direto ao ponto. –Lucas respirou fundo e soltou a bomba. – Kubra fugiu.

- O que? –Fiquei surpresa pelo grito que saiu da minha garganta, mas não liguei. Tinha outras preocupações na hora.

- Como assim “Kubra fugiu”? – Perguntou Nicky que havia dado um pulo da poltrona com a notícia.

- Fugiu. – o tom dele era puro desespero. – Ele simplesmente sumiu da prisão.

- Mas ele estava em uma prisão de segurança máxima! –gritei. – Como ele fugiu de uma prisão de segurança máxima?

- Eu não sei Alex. –suspirou. – Estamos tão perdidos quanto vocês.

- Isso só pode ter alguma ligação com a volta de Fahri. –joguei os cabelos pra trás, nervosa.

- Concordamos com isso. – disse Lucas. – Já estamos procurando por eles. Vim aqui apenas lhe avisar isso. Agora tenho que ir, quero prendê-los o mais rápido possível.

- Tudo bem. Obrigada por avisar.

Levei Harrison até a porta e ele foi embora, mas não sem antes nos prometer nos deixar a par de tudo que acontecesse. Voltei à sala e encontrei Piper e Nicky com expressões assustadas no rosto.

- O que faremos agora, Alex? –Indaga Piper com um olhar perdido.

- Eu não sei. –novamente me sentei ao seu lado. – Irei deixar o FBI cuidar do caso, mas caso eles não consigam nada, eu estou pensando em ajudá-los.

- Você ficou doida? –gritou Piper e Nicky histéricas. – Acha mesmo que vamos deixá-la se envolver nisso? –completou minha loira.

- Eu preciso fazer isso.

- Precisa um caralho. Vause, você já se arriscou muito naquela época entregando o quartel. Sofrer esse risco agora é completamente desnecessário.

- Tudo bem. Vocês têm razão.

Abaixei minha cabeça e a apoiei em meus braços. Como tudo isso foi acontecer? Como Kubra conseguiu fugir da prisão? Realmente, estava tudo muito bom para ser verdade. Eu queria ajudar o FBI a ajudar capturar Kubra e Fahri, mas Nicky e Piper estavam certas. Era um risco desnecessário para se correr.

Ficamos todas em silêncio, não havia muito que se falar. Piper abraçou meu corpo e apoiou sua cabeça em minhas costas. Em minha mente um milhão de coisas se passava. Eu não sabia o que fazer. E eu odiava não saber o que fazer.

Red que descia as escadas para poder beber um copo de água na cozinha estranhou nos ver naquele estado. Observou-nos por um longo tempo até que finalmente perguntou:

- O que aconteceu?

- Kubra fugiu. –Nicky foi direta, assim como Lucas.

- Kubra? –perguntou retórica. – Como ele fugiu?

- Não sabemos. –disse a ela. – Seguinte Harrison, ele apenas sumiu.

- Meu Deus! Como que isso foi acontecer?

- É o que gostaríamos de saber.

Red se sentou na poltrona que ficava de frente para a que Nicky estava e seu rosto também tomou uma expressão assustada e preocupada, era assim que todas nós estávamos. Fez-nos algumas perguntas, mas logo também ficou em silêncio.

- Vou ir tomar um banho. –Avisei já me levantando do sofá e indo até as escadas.

- Espera Al, eu vou com você. –Piper também se levantou. Ela se despediu de Nicky e Red e veio até mim, agarrou meu braço esquerdo e subimos as escadas.

Nós tomamos um longo banho e quando saímos já nos deitamos na cama e nos entregamos ao sono. A informação sobre a fuga de Kubra havia acabado conosco mentalmente.

* * *

Os dias foram se passado e não tivemos mais nenhuma notícia de Kubra ou Fahri. A notícia da fuga do ex-chefe de quartel de drogas foi muito falado nos noticiários e jornais. As investigações do FBI não estavam dando em nada, e mais e mais eu queria me juntar a eles e ajudar.

Harrison também aumentou o número de nossos seguranças. Com Kubra solto o perigo agora ficava ainda maior. Red, Piper, Nicky e Alexander nem tentam mais mascará seus medos de que algo me aconteça.

Eu simplesmente não estou mais aguentado tudo isso. Queria que esse inferno acabasse de uma vez por todas.

E nesse exato momento eu tentava tirar todo esse sentimento de raiva, medo ou o sentimento que for de dentro de mim através da música, algo que sempre me acalmou.

Tocava violão e cantava as letras das músicas, mas nada funcionava. Cenas do meu sonho ficavam voltando em minha cabeça e me atormentando.

“Abri meus olhos e estranhei estar em uma sala totalmente escura. Ouvia gritos de fundo me chamado. Os gritos ficando cada vez mais distantes. Eu forçava minha audição, tentado identificar aqueles gritos. Logo os reconheci como sendo de Piper.

Desesperei-me. Minha Pipes estava em perigo. Passei a correr por aquela sala escura, procurando-a, mas nada encontrava. Seus gritos implorando por socorro ecoavam em minha cabeça. O que estava acontecendo?

Gritei-a.

Nada.

Apenas o mais profundo silêncio. ”

Meus dedos doíam de tanto que eu apertava as cordas do violão. O medo de que algo acontecesse com Piper me consumia por completo. Eu sentia o mesmo desespero que senti em meu sonho quando não a encontrava.

E mais cenas voltavam a minha mente com toda a sua força.

“De repente uma luz surgiu ali no meio de toda aquela escuridão. Levantei meu olhar para luz, enchendo-me de esperanças de que Piper estivesse ali. Mas não estava.

Naquela luz surgiu um homem nada desconhecido por mim.

- Alex, Alex. –disse em seu tom asqueroso. – Não deveria ter feito aquilo.

E outra luz surgiu na sala, ao lado do primeiro flash. E novamente ali apareceu um homem com seu tão conhecido traje de calça e blusa social.

- E agora eu estou indo atrás de você. –disse o segundo homem. ”

A voz de Kubra parecia ecoar por todo a minha mente. As palavras de Fahri agora concretizadas. Ele havia voltado, e agora estava vindo atrás de mim. As lágrimas se pedirem permissão saíram de meus olhos e se derramaram por todo o meu rosto. Eu estava desesperada, com medo e assustada.

De repente minha voz parou de sair pela minha garganta. Meus dedos pararam de tocar as cordas do violão. Meu peito doía. Meus pulmões pareciam que estavam apertando, esmagando meu coração.  E em uma onda de desespero o ar começou a me faltar.

O violão simplesmente caiu no chão e meu corpo caiu ao seu lado. Eu me contorcia toda, em uma busca desesperada por ar. A dor que eu sentia parecia cada vez mais intensa. As lágrimas saiam cada vez mais fortes. Tentei gritar, mas nada saía pela minha garganta.

Ouvi a porta sendo aberta e logo depois a voz de Red me chamando:

- Alex? – a russa correu até mim. – Alex?

Eu mal a ouvia. A dor em meu peito parecia aumentar, assim como a falta de ar. Eu sentia meu corpo suar e lágrimas ainda saíam, sem nenhum controle, por meu rosto.

- Piper! – Red gritava por ela. – Piper! Venha até aqui. Rápido!

Piper ao ouvir os gritos de Red veio correndo da sala até o cômodo onde elas estavam. Ao entrar no cômodo encontrou Alex chorando e se contorcendo no chão enquanto Red tentava sem nenhum sucesso segurar seu corpo.

Correu até elas e se agachou ao lado do corpo de Alex que estava ensopado por suor e lágrimas. Piper a abraçou e a trouxe pra si.  Na mesma hora Red se levantou e correu até o telefone para chamar uma ambulância.

-Alex, meu amor. – Piper apertava a morena contra seu peito. – Se acalme. Eu estou aqui com você.

Alex continuava a chorar. Seu peito ainda doía e ela ainda se sentia se ar, mas quando Piper a abraçou aquilo tudo diminuiu, mas não sumiu por completo. 

- Eu estou aqui. – dizia para ela. – Eu estou aqui com você e não vou para lugar nenhum.

Piper tentava fazer com ela parasse de se contorcer, mas não conseguia. A cada tentativa, parecia que mais a morena se mexia. Ela agarrava sua blusa e chorava e chorava.

O desespero também começava a tomar conta de Piper. O que estava acontecendo? O que Alex tinha? O que havia acontecido com a sua Alex? E tudo o que Piper queria era que a sua morena ficasse bem.


Notas Finais


Foi um capitulo menor do que o habitual, mas espero que tenham gostado e até o próximo capitulo da nossa saga Vauseman <3


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