História Roles Reversed - Over again. Second season.

Cinco anos depois.

Os raios de sol incomodaram meus olhos, me remexi na cama e sem querer, meu braço bateu no rosto de Shawn.

— Aí. — Ele reclamou massageando a região afetada.

— Desculpa, eu não tive a intenção, amor. — Disse rindo e dando um beijo em seu nariz.

— Tudo bem. — Ele respondeu sorrindo. — A culpa é da minha cara que ficou no caminho do seu braço.

— Engraçadinho. — Respondi rindo e me levantei. Fui para o banheiro e fiz minhas higienes matinais. Shawn veio logo ao meu lado. O nosso banheiro era aquele típico de filme, onde havia duas pias e o casal escovava os dentes lado a lado. Saí do banheiro e fui em direção a minha cama para arruma-la.

— Não arruma a cama não. — Shawn disse me abraçando pela cintura e beijando meu pescoço. — Vamos namorar um pouco.

— Nos já transamos ontem à tarde, a noite e de madrugada. América vai pensar que você está me batendo. — Respondi rindo.

— Eu tapo a sua boca. — Ele sussurrou. Sorri de imediato.

Shawn me jogou sobre a cama e subiu por cima de mim. Fui rápida em retirar minha camisola e Shawn tirou sua blusa rapidamente.

— Nada de preliminares, apenas vamos rápido com isso. — Disse e ataquei seus lábios com certa urgência.

— Assim não tem graça, eu adoro brincar com você. — Shawn sussurrou malicioso em meu ouvido e meu corpo estremeceu.

Shawn beijou meus lábios rapidamente e encaixou sua cabeça entre minhas pernas. Sua boca chupou meu clitóris lentamente e eu arfei baixo. Agarrei os cabelos de Shawn com força, e joguei minha cabeça para atrás. Mordi meu lábio inferior com força, para evitar um gemido alto, quando Shawn me penetrou com dois de seus dedos.

— Mamãe, porque o papai está com a cara dele na sua parte íntima? — Ouvi a voz de América e Shawn saltou assustado, logo caindo da cama.

— Ahm, o papai estava... Ele estava fazendo cosquinhas na mamãe. — Gaguejei.

— Cosquinhas? — Ela disse sorridente. — Eu também quero papai. — Ela riu sorridente.

-— É um tipo de cosquinhas só para adultos, meu amor. — Shawn disse pegando América em seu colo enquanto eu me vestia rapidamente.

— Porque não vamos tomar café? — Perguntei sorrindo e beijei a bochecha de América.

(...)

A morte da mãe de Matthew já havia sido anunciada a todos os conhecidos. Meu coração se apertou ao saber da triste notícia. A senhora Lee era uma mulher muito gentil e carinhosa, estava afastada do filho e isso a entristecia muito. Shawn e eu já estávamos nos preparando para ir ao enterro. América brincava com Clary, a filha de Nash e Laryssa, enquanto caminhávamos em direção ao carro

— Você está bem? — Shawn me perguntou enquanto adentrávamos o carro.

— Estou sim. — Respondi. Ele beijou minha mão e deu partida no carro.

Clary e América brincavam com suas bonecas no banco de trás. Laryssa e Nash também iriam ao funeral.

Por incrível que pareça, o caminho não foi longo. O clima de tristeza impregnava o local. Adentramos o local e nos sentamos em um banco no meio da igreja. Pude ver o caixão da senhora Lee no palco da igreja.

Shawn segurou a minha mão e entrelaçou nossos dedos. Sorri de imediato.

Olhei para frente e meu olhar se encontro ao seu. Meu coração bateu mais forte. Ele parecia estar maior. Seu cabelo estava arrumado em um topete e seus lábios curvados em um sorriso triste enquanto pessoas prestavam seus pêsames a ele e sua família. Pude ver a surpresa em seus olhos ao me encarar. Seus olhos estavam fundos e ele parecia estar mais magro, devia ser de tanto chorar por conta da mãe. Nossos olhares não se encontraram por muito tempo. Matthew desviou seu olhar para a família que estava indo cumprimenta-lo e eu desviei meu olhar para América, que brincava de boneca junto a Clary , Nash e Laryssa chegaram e se sentaram ao nosso lado.

— Vocês acham que devíamos ir até lá? — Laryssa perguntou, logo apontando com a cabeça na direção de Matthew.

— Acho que deveríamos ir. — Nash comentou. - Ele pode ter sumido e largado a gente.... Mas a mãe dele morreu. E nós estamos aqui. Devíamos pelo menos abraça -lo.

— Ok. — Laryssa disse. — Vamos, garotas. — Laryssa falou e as garotas se levantaram, logo as duas seguiram a morena. Me levantei logo após ela e Shawn veio atrás de mim. Cumprimentamos a família de Matthew e logo já era a vez dele. Nash e Laryssa já haviam o abraçado e apresentando sua filha, Clary. Matthew sorriu e brincou com a pequena. Nash chorou ao abraçar o amigo. Logo chegou a vez de América.

— Oi. — Ela disse tímida.

— Oi, princesa. — Matthew disse e sorriu.

— Meus pêsames pela sua mamãe, minha mamãe disse que ela era uma boa mulher. — Ela disse e abraçou a perna de Matthew.

— Obrigada, pequena. — Ele disse e pegou ela em seu colo. Ela sorriu. — Quem é sua mamãe? — Ele perguntou sorridente. América apontou para mim. — Bom, está explicado porque você é tão bonita. - Ele disse e me encarou, minhas bochechas coraram.

— Sou um cara de sorte. — Shawn disse sorrindo. Matthew cumprimentou ele e Shawn levou América para eles sentarem. Era a minha vez.

— Oi. — Disse tímida. Matthew me encarou por um instante e depois me puxou rapidamente para os seus braços. Ele me abraçou tão forte que temi que ele pudesse quebrar uma de minhas costelas.

— Obrigada por vim. — Ele disse com a voz chorosa.

— É claro que eu viria, Matthew. — Disse o abraçando. Nós afastamos e ele beijou minha testa.

— Você tem uma família linda. — Ele disse.

— Obrigada.  — Respondi.

— Eu... Ahm.... Vou ficar na casa da minha mãe por um tempo. Eu ouvi dizer que sua mãe morreu a um tempo atrás e agora você está vivendo lá. — Ele disse. — Meus pêsames.

— Obrigada. — Respondi.

— Seremos vizinhos de novo. — Ele disse sorrindo.

Três dias depois.

Acordei com um grito feminino vindo da casa ao lado. Levantei num pulo e corri para a janela. No momento em que abri as cortinas eu paralisei. Eu vi a mim mesma na janela. Só então percebi que eu não estava na minha casa ou sequer no meu quarto. Era isso. Tudo estava acontecendo novamente, pois por mais uma vez os papéis foram invertidos.