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História Romance de Cafeteria - Capítulo 5


Escrita por: Heynaah

Notas do Autor


Publicidade de capa :

Créditos da Capa para a linda da May--
Feito com muito carinho 🤍

Olá gente !!! Como vocês estão ? Espero que bem não é mesmo ?
Podem preparar os lencinhos pois esse capítulo está pura lágrimas, ou não vai depender do emocional de você s rsrs
Eu quero agradecer pelos o favoritos que recebi desde que a fanfic foi postada, somos +60. Espero muito que vocês estejam gostando.
Estou escrevendo a história pelo celular, então alguns erros pode ser por conta de corretor ou passei batido.
Boa leitura e até breve.

PS. Olhe as notas finais.

Capítulo 5 - Capítulo 5


Sakura

 

A semana passou rápido, e desde daquele dia não esbarrou no Sasuke e muito menos mandou alguma mensagem para ele, apesar que quando chegasse sexta ela o perguntaria se estaria tudo certo para aquele “encontro” se é que poderia se dizer assim, mas pela forma como ele disse sobre sua curiosidade da história da pulseira ela entendeu que não vai ser apenas pegar seu pertence e ir embora. Ela também não teria nada a perder já fazia alguns meses que não saia com alguém, então porque não Sasuke Uchiha ? Ele era o rapaz mais aleatório que ela poderia pensar em sair um dia, mas como coisas acontecem ela não perderia a oportunidade que a vida lhe entrega de bandeja não é mesmo ? 

Mas apesar disso tudo outra coisa lhe aguardava nessa semana, e era o pior dia de sua existência e ela sabia o quanto ela estaria em um estado depressivo pois seria mais um dia amargurado.

O aniversário de morte de seus pais.

Seria o oitavo ano sem ouvir as vozes deles, sem toque físico e aquilo era frustrante e assim como todo aquele depreciável dia ela não iria para a faculdade, ela se conhecia o suficiente para saber que estaria muito mal ao ponto dela mesma não se reconhecer, desde daquele acidente todos os anos são a mesma coisa, ela extravasava toda sua tristeza em um único dia aquilo já virou um hábito anual.

Sakura passou por acompanhamento psicológico durante três anos após o ocorrido, tomou seus antidepressivos por um período também, afinal muita coisa aconteceu nesses anos com o tratamento psicológico e Tsunade achava importante ela ter uma base, pois afinal Sakura era um grude com seus pais, eles sempre eram tão atenciosos e nunca deixaram faltar nada a ela e um dia tudo isso foi tirado sem ter algum tipo de aviso. 

Depois de um ano e meio do acidente, iria fazer medicina em uma faculdade ótima com apenas 17 anos, foi a melhor escolha que ela pode fazer mas com isso veio a pressão de ser um pouco mais madura. Tsunade lhe deu todo o auxílio para sua saúde mental e seus estudos lhe dando livre acesso para usar o material acadêmico em seu escritório e ajudar Sakura sempre que tivesse alguma dúvida. Mas poucos foram os casos que ela recorreu para sua madrinha, a rosada era muito inteligente e com apenas os livros e citações de Tsunade neles já era o suficiente para sua aprendizagem. Em breve ela se formaria e seus pais não estariam para receber-la em sua colação, assim como não estiveram em sua reunião formal da escola prestigiando por sua competência em se tornar uma prodígia em entrar na faculdade de medicina sem precisar terminar o ensino médio. Mas suas amigas e madrinha estiveram lá, vibrando por sua vitória aquilo fazia bem a Sakura, mas não o suficiente. E talvez nunca seria, pois sempre haverá aquele buraco não cicatrizado, em algum momento da vida ela saberia que a dor ia amenizar e tudo bem ela extravasar uma vez ao ano, era uma dor que só ela compreendia mas sabia que no dia seguinte estaria bem melhor.

 

Aquela sexta amanheceu um pouco nublada, e fria os poucos raios de luz que se atreviam a sair das nuvens densas do céu invadiam as frestas da persiana do quarto de Sakura que dormia se remexendo, alguns pingos de suor caiam em seu rosto o seu cabelo estava molhado como se tivesse saído de um banho, sua respiração ofegante, quem a visse diria até que estaria com uma febre, mas não, era um pesadelo que sempre acontecia naquela data eram lembranças misturado com sonhos, a sua mente a levava a memórias felizes de sua infância e depois o cenário mudava para uma Sakura adolescente enterrando seus pais, seu cérebro projetava inúmeras cenas de como foi a morte de seus pais naqueles acidente, mesmo ela não estando no local sua mente criava uma cena de horror de seus pais indo bater naquele caminhão, as expressões faciais que seus pais provavelmente fizeram antes de suas vidas chegarem ao fim. E Sakura só acordava quando seu sonho chegava no fim, o carro batendo e os gritos de seus pais ecoando em sua mente até ela abrir os olhos e pulando praticamente da cama.

E assim aconteceu, seus olhos arregalaram e jogou seu corpo para frente o seu estômago embrulhado, seus olhos em lágrimas levantou em um pulo e correu até o banheiro que se encontrava no mesmo ambiente de seu quarto, ergueu rapidamente a tampa do vaso e soltou tudo o lhe restava do seu estômago. Ficando assim por pelo menos seus primeiros 10 minutos do dia.

_Filho da puta de dia. Sua voz estava rouca, ainda apoiada no vaso tentou arrumar sua respiração que ainda se mantinha ofegante, ela sabia que estava tendo uma crise de ansiedade e seria assim o dia inteiro.

Eram por volta das 6h30 da manhã, nesse horário Tsunade já se encontrava a caminho do hospital, sua madrinha também sentia o peso do luto mas não era de forma tão intensa como de Sakura, usava aquele melancólico dia para extravasar no hospital como cirurgiã esquecendo um pouco a administração, a mesma também fazia o mesmo ritual na data da morte de Orochimaru, todas as cirurgias naqueles respectivos dias eram um sucesso fazendo com que voltasse para casa no começo da madrugada, mas satisfeita com um resultado de ter salvado mais uma vida.

Os primeiros anos de luto foram os mais difíceis, mas acabaram sendo mais fáceis de serem tolerados por parte de Tsunade, ela parou de frequentar o cemitério e decidiu focar apenas no que havia restado deles, lembranças e Sakura. Mas sabia que para sua afilhada todo ano era horrível, no início ela ficou preocupada pelo estado que rosada ficava irreconhecível, mas ela compreendia.

Sakura se acalmou e se levantou se olhou para o espelho e viu que sua aparência estava horrível, mais pálida do que o normal olhos inchados por conta do choro que teve enquanto dormia, seus olhos não continham nenhum brilho em outras palavras parecia que seu corpo estava sem alma.

A rosada começou a se despir, ligou seu chuveiro deixando cair a água na banheira e em pouco tempo o vapor começou a ocupar o espaço do ambiente. Ela colocou algumas ervas deixando a água com tonalidade verde, e em seguida foi se deitando até a água cobrir até seu pescoço. A coloração de seu corpo começou a se avermelhar por conta da temperatura que ela havia deixado propositalmente elevada, aquele momento Sakura não pensava em nada que não fosse lembranças de seu passado, já haviam se passado tanto tempo mas suas lembranças estavam intactas o que deixava seu coração aquecido.

Ela fechou seus olhos se perdendo em suas memórias, um sorriso surgiu em seus lábios.

 

Sakura tinha sete anos estava passando as férias de verão na praia com seus pais, era sua primeira vez de frente ao mar e aquilo foi emocionante. Seu pai a carregava pelos ombros e sua mãe do lado com o cooler.

_Papai olha só como é azul - Sakura naquela época com seus cabelos loiros que ficavam praticamente albinos no sol._ E o sol aqui é tão amarelo. A menina sorria apreciando a vista, arrancando risadas de seus pais ao ver a pequena tão emocionada.

_Querida vamos entrar ! Aposto que você não ganha de mim em uma corrida até o mar. Seu pai tirou ela de seus ombros após chegarem em um lugar para se acomodar.

_Vamos papai !! Estava eufórica e com seus olhos verdes brilhando direcionou para sua mãe_Vamos todos juntos, quero ganhar dos dois. A pequena segurava as mãos de sua mãe, a mesma não iria recusar a proposta de sua filha, ajeitou o cooler na areia olhou ao redor e haviam poucos banhistas por perto e não estavam tão longe do mar, da beira conseguiriam avistar as coisas.

_Vou contar até três e todos nós corremos. Sua mãe sorria._Preparados ? Os dois assentiram se posicionando para a largada_1...2...3...Eles correram, Sakura disparou e seus pais diminuíram a velocidade para garantir a vitória da menina.

_Eu venci! Exclamou a pequena enquanto estava na beira do mar chutando as águas que viam com as leves ondas_Papai, Mamãe a água está quentinha igual o sol. Seus pais se aproximaram, e riram da comparação da pequena, ambos deram as mãos para sua filha seguindo para a parte rasa do mar onde começaram a brincar de jogar água, nadavam e quando uma onda um pouco mais alta aparecia seus pais um de cada lado levantavam a pequena menina pelos braços para ela pular._Isso é tão legal, eu amo o mar, amo o sol, amo vocês papai e mamãe.

 

Sakura era uma criança muito carinhosa, sua criação sempre teve muito amor e ela sempre achava que demonstrar o sentimento por seus pais era muito importante. 

A rosada então abre seus olhos e sua visão é direcionada para a parede, uma lágrima escorreu descendo pelo seu rosto levemente molhado, ela novamente fechou seus olhos.

 

Era sábado de manhã, Sakura estava com 13 anos, seus cabelos estavam longos e loiros se olhando para o espelho do banheiro com as mãos em seus fios, ela respirou e saiu do ambiente se direcionando para o quarto de seus pais bateu na porta até que seu pai abriu.

_Bom dia querida. Seu pai bocejou enquanto sua mãe se levantava da cama._Aconteceu algo ?

_Estou determinada a fazer uma coisa. A jovem adolescente estava séria olhando fixamente para os adultos em sua frente._Mas acredito que preciso da permissão de vocês.Seus pais a observam_Eu acho bonito meu cabelo, mas me sinto muito apagada. Seus pais sorriram_Sou muito branca e meus fios são claros demais, só meus olhos tem destaque.Sakura olhou para seus pés até que levantou o olhar com um beicinho para os dois adultos que a fitavam carinhosamente._Tudo bem se eu pintar de rosa ? Ela achou que seus pais não aprovariam que talvez pintar dessa cor seria uma loucura, mas não.

_Aposto que irá ficar mais linda do que já é. Seu pai sorria._ Não é mesmo Hitomi ? Dirigiu se a sua esposa que sorria concordando com a cabeça._Podemos ir no salão ou pintar aqui em casa mesmo. Sugeriu seu pai.

Sakura estava muito feliz com a aprovação de seus pais, seus olhos brilhavam.

_Podemos fazer aqui em casa, mamãe pode me ajudar a pintar. Direcionou o olhar para a moça loira, que concordou com a ideia.

_Vou trocar de roupa e te levo para a farmácia e compramos as tintas tudo bem ? Sakura concordou e foi para seu quarto se trocar também para sair com seu pai.

Após se arrumarem entraram no carro se seguiram para a farmácia mais próxima, Sakura comprou a caixa de tinta rosa tom pastel, e depois seguiram para casa. Sua mãe havia separado uma toalha e os pentes, Sakura estava empolgado em mudar o visual, sua mãe separava parte por parte seu cabelo e aplicava a tinta, como seus fios eram muito claros não precisou passar o descolorante.

A tinta havia pego rapidamente, quando Sakura lavou o cabelo e sua mãe com secador passando a escova para assentar os fios.

_Terminei. Sua mãe desligou o secador colocando em cima da bancada da pia._Rosa realmente é a sua cor minha filha. Estava admirando a adolescente._Ficou mais bonita do que já era.

Quando Sakura se olhou no espelho seus cabelos longos que eram loiros haviam ganhado destaque com aquele tom de rosa, criando uma personalidade diferente.

_Uau. A rosada ainda estava em choque, tocava em seus cabelos com um sorriso de orelha a orelha, olhou para sua e abraçou._Obrigada mamãe.Sua mãe envolveu seus braços ao corpo de Sakura a apertado._Vou mostrar para o papai. Soltou sua mãe e foi correndo para a cozinha._Papai!  Seu pai estava preparando as panquecas para o café da manhã ao ouvir Sakura virou se e sorriu quando viu a felicidade da jovem com os cabelos pintados.

_Esta linda minha filha. Analisou cada parte do cabelo de sua filha._Sua mãe caprichou.

_Mamãe é muito talentosa.Sakura sentiu os cheiros das panquecas e do café que invadiam a cozinha._E o senhor papai é muito habilidoso na cozinha, o cheiro está uma delícia.

_Me ajude a por a mesa para o café. Seu pai fritava a última panqueca._Fiz a sua favorita. Apontou para panquecas recheadas de chocolate com pedaços de banana.

_Obrigada Papai. Sakura pegou uma toalha e colocou sobre a mesa de quatro lugares que ficava na própria cozinha. Seu pai colocou os alimentos e sua mãe logo apareceu para ajudar a por os pratos e talheres.

Todos se sentaram e apreciaram o café da manhã, foi um dia que começou feliz e terminou da mesma forma.

Sakura abriu os olhos e se abaixou um pouco mais na banheira deixando que a água estivesse sobre o nariz, seus lábios ainda fechados sorriam. E novamente fechou os olhos para sua terceira lembrança.

 

Era seu aniversário de 15 anos, foi uma reunião muito simples contando com seus pais, Ino, Hinata e Tsunade. Sakura não era de ter muitos amigos e festas não era o seu forte, preferia algo mais simples. Naquele dia arrumaram a sala de jantar com alguns enfeites junto com os salgadinhos, bebidas e bolo, sendo o suficiente para a rosada. Na hora de ser presenteada Sakura se emocionava com cada presente, Ino lhe deu um kit de hidratação de uma marca famosa para cabelos coloridos, Hinata uma maleta de maquiagens, Tsunade lhe presenteou com um livro de anatomia junto com um litro de saquê artesanal com baixo teor alcoólico, obviamente seus pais esconderam a bebida e disseram a Sakura só quando ela fizer 18 anos. Por último seus pais lhe entregaram dois presentes, uma carta e uma caixinha vermelha com um lacinho do mesmo tom.

 

“Querida filha, são 15 anos te amando todos os melhores momentos de nossas vidas foram com você ao nosso lado. Você está se tornando uma mulher incrível, o tempo está passando tão rápido e você só nos enche de orgulho, difícil lhe presentear quando você merece o mundo, por isso que dentro dessa caixinha irá ter um bilhete de uma viajem de um cruzeiro daqui duas semanas que irá passar por todo Mediterrâneo europeu, iremos  todos juntos por 15 dias, conseguimos antecipar nossas férias para podermos realizar essa viagem em família.”

 

Essa viagem nunca aconteceu, Sakura estava deprimida pois tinha acabado de perder seus pais, Tsunade tentou convencer ela de ir e a mesma faria companhia, mas a rosada negou.

Quando Sakura abriu a caixinha estavam os bilhetes e uma pulseira com pingente de coração rosa com uma frase “Nunca esqueça o quanto eu te amo” com inicial de seus pais Hitomi e Saruno.

Sakura amou cada presente que recebeu naquele dia, a simplicidade daquela festa foi gratificante pois tudo o que ela precisava em seu aniversário era o amor e aquilo ela tinha de sobra.Os dias após seu aniversário seguiram normais, até que chegou o acidente.

Os pais de Sakura saíram sexta de manhã após deixar a filha na escola, umas 3 horas depois Tsunade apareceu perguntando pela aluna de cabelos rosas e que ela deveria ser liberada imediatamente, não foi difícil saber de quem estavam falando e logo chamaram a Sakura pois sua madrinha estava a aguardando, ela estranhou tal comportamento e quando avistou sua madrinha desarrumada e com semblante choroso ela entendeu que algo havia acontecido e quando ela contou o ocorrido o seu mundo havia desabado.

O enterro de seus pais aconteceram no dia seguinte, não haviam muitas pessoas mas todas elas direcionavam os olhares para Sakura, a menina que ficou órfã. 

Ino e Hinata ofereceram suas casas para que a rosada pudesse morar com uma delas com a permissão de seus pais que a receberiam de braços abertos, mas Tsunade assumiu toda essa responsabilidade, acabou se mudando para casa de Sakura até o fim do seu colégio e depois vieram para o novo condomínio que ficava mais próximo da faculdade e do hospital. 

Sakura então imergiu abriu seus olhos tendo visão da água verde e da porcelana da banheira ela soltou todo o ar de seus pulmões gritando debaixo da água na intenção de soltar toda aquela tristeza.Levantou rapidamente e começou a chorar como uma criança até as águas mudarem do quente para o frio, foi quando ela decidiu se levantar e trocar de roupa, seguiu para a cozinha para fazer seu café da manhã e depois voltou para seu quarto pegou o seu celular e mandou uma mensagem a Ino.

“Bom dia Ino, poderia reservar dois arranjos ?”

Apesar de ainda ser cedo a loira havia respondido rápido pois a mesma tinha aula na parte da manhã junto com Hinata.

“Bom dia Sakura, eu sabia que você iria me pedir, já havia separados as flores favoritas de sua mãe e os incenso que seu pai mais gostava, a funcionária deixará os dois arranjos impecáveis, qual o horário você vai querer retirar ?”

“Vou buscar por volta das 16h“

“Tudo bem, estará pronto quando chegar, como você se sente ?”

“Como todos os anos Ino”

“Posso fazer algo por você ? Além dos arranjos?“

“Passa em casa à noite, avisa a Hinata para vir também, vocês podem dormir aqui se não tiverem nada para fazer”

“Vou avisar a Hina, nós iremos aí”

“Até a noite”

“Fiquei bem Sakura” 

 

Sakura colocou seu celular no modo avião e o bloqueou, ela agradecia muito pelas amigas que tinha, desde que seus pais vieram a falecer os pais de Ino todos os anos disponibilizam um pequeno kit para a rosada levar ao cemitério, sendo dois arranjos e dois incensos. Ino e Hinata sabiam como a sua amiga ficava fragilizada nesse dia, mas também não se tinha muito a ser feito, na maioria das vezes Sakura preferia sofrer sozinha, mas essa noite ela queria a presença delas e apesar do dia deprimente que ela passaria estar juntos com as meninas a faria se sentir melhor e colocaria alguns assuntos atualizados, como o encontro com o Jovem Uchiha na tarde de sábado.

Sakura foi até a escrivaninha de seu quarto e abrindo a gaveta tinha um calmante, ela o tomou pegou um álbum de fotos de sua infância até sua adolescência, ela o levou para cama e começou a folhear mostrando várias fotos com seus pais em viagens, festas de família, aquilo deixava seu coração aquecido apesar de toda dor que ainda carregava no peito.

_Vocês foram incríveis. Saiu como um sussurro, o calmante estava fazendo seu efeito e Sakura relaxou o seu corpo até adormecer.

 

Sakura dormiu o resto da manhã inteira e acordou apenas no começou do início da tarde por causa do cachorro do seu vizinho que latia muito. Estava um pouco desnorteada por conta do medicamento, sua ansiedade não estava mais atacada, mas sua tristeza ainda estava a flor da pele. Ela se levantou depois de alguns minutos guardou seu álbum novamente na gaveta seu estômago começou a fazer barulho e como já tinha se passado a hora do almoço ela teria que preparar algo, desceu até a cozinha e preparou o sua comida, ela não se esforçou muito nem estava no pique para isso, fez arroz e fritou um bife e com os tomates fez uma salada. Não havia frutas e muito menos refrigerantes então optou pela água.

Seu almoço foi solitário, assim que terminou lavou sua louça e foi até a sala assistir um pouco de televisão.Encima do painel tinha dois portas retratos Sakura com Tsunade com o monte Fuji de paisagem, e o outro uma foto em família do aniversário de quinze anos de Sakura. Ela observou por alguns instantes e se lembrou de quando Tsunade assumiu a responsabilidade de criar Sakura.

 

Sakura e Tsunade voltaram para a casa da rosada após o funeral, depois do acidente a jovem não tinha retornado para casa, estava desde ontem na casa de sua sua madrinha após buscar-la na escola, encarar aquele ambiente foi difícil pois até um dia antes eles estavam ali.O cheiro deles ainda estavam no ambiente, as coisas deles, todo o bem material. Menos eles, e nunca mais iriam voltar. Ela chorou tanto e Tsunade a abraçou tão forte que quase a fez a engasgar com o próprio ar, ambas perderam pessoas importante sem um aviso, e não estavam sabendo lidar.

_Vou cuidar de você. Tsunade se afastou do abraço olhando para os olhos verdes._É meu dever como madrinha.

Tsunade se mudou para casa de sua afilhada e se transferiu para o hospital na qual ela é diretora hoje em dia, a rosada não quis se mudar da casa em que cresceu por motivos de afeto e por estar perto da escola.

Conforme ela crescia se interessou ainda mais por medicina Tsunade lhe ensinava algumas coisas e assim Sakura pegou ainda mais gosto pelo curso e estava decidida que seria médica. Aos 17 ela fez o vestibular apenas por curiosidade e não esperava que ganharia uma bolsa de 100% em umas das faculdades mais conceituada de Tóquio, ao conversar com o colégio eles deixaram a rosada se formar sem precisar fazer o seu último ano, pois se ela conseguiu uma bolsa integral no curso de medicina a escola entende que o aluno não tem mais necessidade de fazer a escola pois seus níveis intelectuais foram atingidos. Naquele mesmo ano Sakura decidiu que sairia da casa de seus pais e começaria de forma nova sua vida, Tsunade procurou um condômino que ficaria perto do hospital e da faculdade, não foi difícil encontrar uma casa que agradasse as duas e então Tsunade vendeu sua antiga casa e com o dinheiro comprou a casa atual. As duas tinham gostos parecidos então mobiliar a casa nova foi algo bem divertido, Sakura trouxe algumas coisas da casa de seus pais, só o que ela achava importante, outras como as roupas deles foram para doação, alguns objetos de valor foram vendidos.Não demorou muito para terem pessoas interessadas no imóvel então ela decidiu alugar, sendo a sua renda mensal até hoje.

Tsunade se tornou uma segunda mãe para Sakura, ela mudou seus horários de serviços para ter os fins de semana de folga para ter mais tempo para a afilhada enquanto no dia de semana normal ela fazia horas extras, após ela se tornar diretora ela tinha as folgas de fins de semanas, e algumas vezes ela poderia sair mais cedo mas seus horários eram bem melhores de quando ela era apenas a médica cirurgiã.

Sakura saio de seus pensamentos quando olhou para o relógio ao lado dos porta retratos, daqui uma hora ela teria que ir pegar os arranjos, desligou a televisão e subiu para seu quarto, se sentou na cadeira e na escrivaninha pegou uma folha na gaveta e uma caneta.

 

Mamãe e Papai 

 

Já se passaram 8 anos que vocês se foram, semana passada eu completei 22 anos, Ino e Hinata me fizeram um bolo e Tsunade me presenteou com um saquê, ela me disse que agora tenho idade para consumi-lo. Até hoje não sei onde vocês esconderam o saquê que ela me deu aos quinze anos, será que vocês beberam ou jogaram fora ? Mistério que talvez eu nunca irei resolver. Estou prestes a terminar a faculdade iniciarei à residência semana que vem em um horário acessível, e estou pensando em qual área irei me especializar, talvez seja na cardíaca. Mas antes de cuidar dos corações dos outros eu preciso lidar com o meu. 

Hoje está sendo difícil como todos os anos, tomei um calmante para lidar com a ansiedade e tive muitas lembranças e o mesmo sonho ruim. A pergunta é até quando ? Mas acredito que não está tão longe desse dia acontecer, eu já tive dias piores. O tempo cura tudo não é mesmo ? 

Tsunade cuida muito bem de mim desde que vocês partiram, somos bem parecidas mas ela acha um absurdo eu preferir um suco do que um saquê, pois em defesa dela é mais saudável. Ironia não é mesmo ? Uma médica dizer isso. Ela sente a falta de vocês assim como eu.

Ino e Hinata completaram dois anos de namoro no começo do mês, estou feliz por elas pois os rapazes aparentam ser de bom coração e tem uma boa família, elas estão felizes. Eu por outro lado continuo solteira, acho que não é a hora certa de ter um relacionamento por conta dos estudos, mas não deixei de aproveitar algumas oportunidades que a vida me trouxe. Amanhã terei um encontro com um garoto bem cobiçado, Sasuke Uchiha, mas não porque a gente se conheceu ou algo do tipo, fui descuidada com a pulseira que vocês me presentearam e ele achou e irá me devolver amanhã, mas a forma como ele se referiu a me entregar aparenta que está afim de me conhecer melhor ? Aposto que vocês cansaram de me ver encalhada e fizeram com que a pulseira caísse e logo o Uchiha pegasse, isso é a cara da mamãe.

Encomendei as suas flores favoritas mamãe, Ino deve ter separados as mais bonitas, e papai não esqueci dos seus incenso de aroma de canela, não tem como esquecer, não quando se trata de vocês.

Eu sinto tanta a falta de vocês, todos os dias da minha vida. 

Tudo o que eu sou e me tornei foram graças a vocês.

Então eu me despeço novamente por essa carta e volto no ano que vem.

 

Nunca esqueça o quanto eu te amo 

S.H

Sakura finalizou mais uma carta na qual ela fazia todos os anos, suas lágrimas desciam pelo seu rosto alguns soluços saiam pela sua boca. Sempre era uma data difícil.

Ela se levantou e pegou seu celular que ainda estava no modo avião, olhou a hora e faltam 20 minutos para ela ir buscar os arranjos.

Ela foi até seu guarda roupa, colocou uma calça jeans, uma camiseta amassada bege e um tênis vermelho, se Sakura estivesse com o senso de moda ativado ela nunca se vestiria daquela forma, mas ela pouco estava se importando com a sua beleza. Amarrou seu cabelo em um coque e pegou chave do carro, dirigindo se até a garagem.

Sakura chegou pontualmente às 16h, pegou os arranjos com a funcionária que havia feito um belo trabalho, Ino realmente tinha caprichado na escolhas das flores, e neles estavam grudados em uma fita os incenso. Ela forçou um sorriso para atendente e seguiu para seu carro. Guardou tudo no porta malas, entrou e respirou fundo passando suas mãos em seu rosto avermelhado, ela odiava em ir no cemitério, deu partida e seguiu até seu destino.

Chegou no cemitério após uns 30 minutos dirigindo, ela poderia ter chego antes mas fez todo o percurso lentamente. O local era bonito todo gramado com as lápides no chão, ela andou pelo local até chegar no de seus pais, colocou os arranjo em casa lápide é um recipiente de plástico onde ficaria os incensos, com um isqueiro ela acendeu os dois e o cheiro de canela fez presente, ela colocou a carta que fez entre as duas lápides e colocou uma pedra para segurar, fez suas orações e olhou para as duas lápides.

_Até ano que vem. Deu as costas e seguiu o seu caminho para voltar pra casa.

Sakura entrou no carro e segui o caminho para casa, após chegar tomou outro banho deixando o seu corpo mais leve, ela havia parado de chorar mas seu rosto entregaria que ela havia sofrido. Após sair do banho colocou um shorts jeans com uma moletom branca do seu curso escrito “Medicina” em azul escuro, estava apenas de meia e seu chinelo, decidiu ler um pouco um livro sobre insuficiência respiratória e ficou assim até anoitecer, a campainha tocou ela foi até a janela de seu quarto e avistou Ino e Hinata, ela desceu imediatamente, abrindo a porta.

_Sakura!! Hinata logo a abraçou_Tentamos te mandar mensagem e ligar para saber se precisava trazer alguma coisa, mas só caía na caixa postal e não nos retornou as mensagens.

_Então trouxemos apenas nossa companhia. Afirmou Ino.

_Eu deixei ele no modo avião desde da hora que te mandei mensagem. Olhou para Ino enquanto ainda estava abraçado a morena._Entrem, podemos pedir uma pizza.

Hinata desfez o abraço e entrou na casa junto com as duas, seguiram para a sala.

Passaram a noite vendo Brooklyn 99,  na intenção de animar a amiga, e pediram uma pizza de margarita com refrigerante, Sakura se sentia melhor, seu humor estava mais parecido com o que sempre era, a três davam risadas das cenas hilárias da série.

Então escutaram um barulho lá fora de um carro que acabara de chegar, eram por volta da meia noite e provavelmente era Tsunade.

_Boa noite meninas.Tsunade acabara de entrar pela porta da frente atraindo atenção de três jovens risonhas._Tudo bem ? Olhou para as meninas mas essa pergunta foi mais para a Sakura.

_Como todos os anos. Sakura respondeu pelas três, as duas amigas apenas assentiram. E você ? 

_Como todos os anos. Rebateu a resposta que sua afilhada lhe dera._Trouxe um saquê . Mostrou a garrafa para as três jovens que lhe dirigiam um sorriso triste por conta de toda situação._Querem ? As três negaram com a cabeça._Não fazem mais jovens como antigamente. As meninas riram._Sobra mais para mim então. Bocejou._Vou me deitar estou cansada, boa noite. As meninas desejaram boa noite e acompanhou com os olhos o caminho de Tsunade até o segundo andar.

_Amanhã podemos acordar tarde e almoçar fora. Sugeriu Ino.

_Nao posso acordar tão tarde. Sakura olhou para a loira quê levemente franziu as sobrancelhas.

_Vai estudar amanhã Sakura ? Hinata olhou para a amiga.

_Nao, tenho que pegar a minha pulseira com o Sasuske Uchiha. As meninas olharam surpresa com a insinuação da amiga._Ah é mesmo! Eu esqueci de contar.

Sakura contou todo acontecimento com o jovem Uchiha no começo da semana, as meninas escutavam e olhavam atentamente.

_Bom Sakura, se tratando de um Uchiha. Ino sorria_Amanhã vamos te arrumar e te deixar belíssima.

_Não precisa para tanto. Sakura estava sem graça.

_Claro que sim! Não é mesmo Hinata? A morena apenas concordou_Você finalmente vai sair com alguém depois de meses.

_Ele apenas irá me devolver a pulseira.Revirou os olhos._Nao é para tanto.

_Duvido. Ino arqueou as sobrancelhas_Ele quer saber a história da pulseira, acho que ele quer uma brecha para abrir o diálogo. 

_Também acho. Hinata afirmou.

_Bom, de todo o caso amanhã saberemos. Sakura se rendeu._Vocês não estão com sono ? Tentou mudar de assunto.

_Estou- afirmou Hinata bocejando, Ino apenas concordou com a cabeça.

_Vamos subir então. Sakura desligou a televisão e as três subiram até o quarto da rosada que havia um colchão de casal no chão na qual Ino e Hinata dividiriam, elas fizeram suas higiene e deitaram._Obrigada por estarem aqui.

_Conte sempre conosco. Afirmou Hinata com um sorriso gentil.

_Te amamos muito. Ino sorria.

_Amo vocês duas também. Sakura se deitou e pelo interruptor do lado de sua cama apagou a luz_Boa noite.

_Boa noite. Ino e Hinata disseram juntas.

Com toda a situação do dia, Sakura não mandou mensagem para Sasuke confirmando encontro deles de amanhã, então de forma lenta levantou da cama e pegou o celular sem que as meninas acordassem, e voltou para a cama.Desbloqueou a tela e retirou do modo avião, várias notificações dos grupos da faculdade, e mensagem da Ino e Hinata de mais cedo, ela entrou no seu Instagram e foi no direct de Sasuke que estava como on-line a duas horas atrás, então mandou a mensagem para ele, mas talvez ele avistaria apenas amanhã.

“Eu sei que está meio tarde, mas podemos confirmar nosso encontro de hoje a tarde ?”

Eram 1h da manhã, de um sábado talvez ele poderia estar curtindo em alguma festa ou até mesmo dormindo, quais as chances daquele garoto lhe dar a atenção ?

Seu celular vibrou 3 min depois e era ele.

“Sakura ! Claro que pode, te espero amanhã no café, com sua pulseira óbvio.”

“Obrigada por cuidar dela para mim, te pago um café como agradecimento”

“Combinado, até amanhã Sakura”

“Boa noite Sasuke”

“Boa noite”

Ela bloqueou o celular e virou para o lado, então chegou à conclusão de que teria um encontro com o Uchiha, ela fechou os olhos e logo adormeceu.


Notas Finais


O que acharam desse capítulo emocionante ? Aposto que deixei alguém aí emocionado rsrs, me contem o que acharam e também preciso saber uma opinião de vocês, o próximo capítulo será o encontro deles, o que vocês esperam que irá acontecer ?
Mais uma vez obrigada a cada um de vocês por estar acompanhando a fic, e cada um que interage é muito importante 💚


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