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História Romance Proibido - Capítulo XIII


Escrita por: mildhritstark

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 13 - Capítulo XIII


Fazia pouco tempo que Sakura colocara Sarada para dormir quando a campainha tocou. Não precisava olhar pelo olho mágico, sabia que era Itachi pela maneira como sua pele ficou arrepiada.

Abriu a porta e permitiu que ele entrasse, usando um tom reprovador ao dizer:

— Devia ligar antes dizendo que viria para uma visita. Sarada acabou de dormir. Não quero acordá-la.

— Não vim ver Sarada — Itachi disse, fechando a porta.

Sakura prendeu uma mecha de cabelo atrás da orelha e enfrentou seu olhar inabalável.

— P-porque veio aqui?

— Onde esteve hoje?

— Hã. Por que quer saber?

— Liguei durante horas e você não atendeu.

— Tenho o direito de sair, não? — Ela fechou a cara. — Ou ser prisioneira faz parte do acordo?

— Não, mas gostaria que me mantivesse informado sobre o paradeiro de vocês no caso de precisar entrar em contato. Não tem celular?

— Sim, mas o deixo desligado para não acordar Sarada. — Era uma meia-verdade.

Ela o encarou.

— Está mentindo. — Itachi fechou a boca, como se estivesse enojado com a idéia de completar a frase. — Onde esteve hoje? Quero a verdade.

— Fui à biblioteca.

— Biblioteca?

Sakura ergueu o queixo e cruzou os braços.

— Sim, aquele lugar enfadonho e cheio de livros onde se deve ficar em silêncio o tempo todo. Resolvi passar por lá, entende? Para aprimorar o cérebro.

— Ficou lá o dia inteiro? — Ele parecia cético.

— Boa parte do dia. É por isso que meu celular estava desligado. O que você fez o dia inteiro?

— Estive trabalhando.

— Oh, sério? — Sakura lhe imitou o ar cético. — Pode provar?

Itachi fechou a cara.

— Não tenho que lhe provar nada.

Sakura ergueu a cabeça.

— Pois digo o mesmo.

— Se eu descobrir que está mentindo, Sakura, vai se arrepender.

— Não lhe devo satisfações enquanto não nos casarmos. E mesmo assim, não irei tolerar que me controle como se eu não tivesse cérebro. Agora, se já terminou de discutir o que queria discutir, é melhor ir embora.

— Vou embora quando achar que devo. — Venceu a pequena distância entre eles, uma das mãos apoiando-se na parede na altura da cabeça de Sakura, os olhos fixos nos dela enquanto os corpos ficavam mais próximos. Próximos demais.

Sakura sentiu as pernas fracas e o coração irregular. A fragrância atormentando seus sentidos.

— P-por favor, vá embora. — A voz saiu abafada.

Sentia-se afogar na insondável profundeza daqueles olhos escuros. O silêncio se prolongava. Perguntando-se se ele a beijaria, os olhos de Sakura instintivamente procuraram pela boca de Itachi. Arregalou os olhos quando sentiu o corpo de Itachi colado ao seu, evidenciando uma pressão potente mais abaixo. Sentia a energia do corpo dele disparando uma descarga elétrica no dela, arrepiando sua pele. Respirou fundo, os seios arfando, o coração disparado. Os olhos dele buscaram seus lábios, demorando-se ali por incontáveis segundos, antes que Itachi erguesse a mão para traçar o contorno deles com o polegar, lenta e sedutoramente. Quando Sakura imaginou que não poderia mais resistir, Itachi se afastou.

— Até amanhã. A que horas seria mais conveniente ligar?

Vários segundos se passaram até o cérebro dela voltar a funcionar.

— Hã. Pode ser a esta hora. Ficarei fora o dia inteiro.

Itachi riu ironicamente ao se dirigir à porta.

— Na biblioteca novamente?

— Sim. Pensei em ler alguns livros para Sarada. Dizem que é bom para desenvolver a linguagem.

Ele fez menção de dizer algo, mas desistiu no último instante. Ao sair, endereçou-lhe um último olhar antes de fechar a porta. Sakura ficou olhando para a porta, esperando o coração voltar ao ritmo normal. Ino estava certa, pensou ao deixar escapar um suspiro. Estava mais do que apaixonada por Itachi Uchiha.

A choradeira de Sarada foi ainda maior na manhã seguinte quando Sakura tentou deixar a creche. O pranto da menina a torturava e, apesar da funcionária parecer tão tranquila e confiante como no dia anterior, Sakura sentia-se culpada ao sair do prédio, os olhos ardendo pela ameaça de lágrimas. Não viu a figura alta apoiada ao carro diante da entrada da creche. Parou assustada quando a sombra de Itachi bloqueou a luz do sol, o coração quase saindo pela garganta.

— I-Itachi. O que está fazendo aqui?

— Eu poderia perguntar a mesma coisa se já não soubesse a resposta. — Os olhos dele estavam na placa da creche. — Então é aqui que larga Sarada? Sem dúvida para se divertir o dia inteiro com seus amantes.

— Não. não! Não é nada disso!

Ele ergueu a sobrancelha com cinismo.

— Então talvez queira me explicar por que larga minha sobrinha com estranhos.

— Não são exatamente estranhos. São profissionais competentes.

Ele franziu a boca enquanto agarrava Sakura pelo braço.

— Então é melhor vermos se são mesmo competentes, não?

Sakura não teve escolha senão segui-lo, pois Itachi a arrastava com determinação. Não foi difícil encontrar Sarada. Seu choro ecoava pelo prédio. Quando se aproximaram da sala dos bebês, Sakura percebeu que Itachi apertava seu pulso com mais força, como se transmitindo a ela a raiva que sentia.

— Calma, calma, Sarada — a funcionária murmurava enquanto acariciava a menina. — Mamãe volta mais tarde. Vamos, vamos, não chore. Oh! Olá, Srta. Sakura — disse ao ver Sakura. — Acho que sua garotinha está demorando a se acalmar hoje.

Sakura pegou a menina nos braços e o berreiro parou imediatamente, substituído por alguns soluços enquanto o bebê se agarrava a ela.

— Não tem problema. Acho que vou levá-la para casa.

— Podemos tentar amanhã novamente, se quiser — a mulher sugeriu. — Como eu disse, no começo é difícil para a criança separar-se da mãe, mas ela logo se acostuma.

— A Srta. Sakura não precisará mais de seus serviços — Itachi anunciou.

A mulher ergueu ligeiramente as sobrancelhas, e Sakura logo acrescentou:

— Este é meu. noivo, Itachi Uchiha.

— Ah. Sim, bem. — A mulher sorriu envergonhada.

— Vamos, Sakura. — Itachi puxou Sakura pelo braço e a conduziu até a porta.

Sakura esperou chegarem lá fora para enfrentá-lo.

— Não tinha o direito de se intrometer assim!

Itachi a encarou enquanto abria a porta do carro.

— Você estava colocando minha sobrinha em risco. Olhe para ela. É óbvio que estava chorando histericamente, está toda vermelha. — Pegou a menina no colo, encarando Sakura por cima da cabeça dela. — Não acredito que foi tão insensível a ponto de deixar uma criança completamente desconsolada ao cuidado de estranhos.

— Oh, pelo amor de Deus! — Sakura bufou, frustrada. — Encare o mundo real, Itachi. Mães do mundo inteiro deixam os filhos na creche. Elas precisam trabalhar.

— Mas você não trabalha, então não precisa desses serviços. — Virou-se para acomodar Sarada no assento de bebê dentro do carro.

— Como sabia que eu estava aqui? Estava me seguindo?

— Depois do seu suposto desaparecimento, decidi ficar de olho em você

Sakura mordeu o lábio.

— Itachi. — Tentou não se deixar abalar pela expressão carrancuda de Itachi. — Não fui completamente honesta com você. Eu. Eu tenho um emprego.

— Que tipo de emprego?

— Sou bibliotecária.

 

Continua...



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