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História Romance Vagabundo! - Cap 28


Escrita por: fujoshisBL

Notas do Autor


💚💜💙♥️💛😉

Capítulo 28 - Cap 28


       Interrompemos o beijo e Todoroki começou me puxar em direção à saída do bar.

       Ele abriu a porta do carro e entramos nos agarrando como loucos no banco estofado.

       Shouto tirou os lábios dos meus e partiu diretamente para o meu pescoço. Seu contato me causava arrepios da cabeça aos pés. Mergulhei os dedos no seus cabelos e deixei que ele tomasse o controle da situação. 

       Seus dedos traçaram um caminho sinuoso entre minhas costelas e ele me encostou no banco do carro, colando o corpo no meu. Ele era tão envolvente. Tão errado e certo ao mesmo tempo.

       Levantei o seu rosto e comecei a beijá-lo, totalmente atrevido. O beijo, o cheiro e o toque dele levavam qualquer um a loucura. Definitivamente, eu me derretia por Todoroki.

       Continuamos o beijo até o bicolor separar sua boca da minha, em um movimento repentino. Olhei confuso para o seu rosto, notando que ele também estava sem fôlego. Foi então, que percebi que havia um cara a espreita do carro, ao lado da porta do motorista.

       - Fica aqui. Não saia do carro - disse Todoroki, virando-se para abrir a porta.

       - Mas o que você vai fazer? - Perguntei.

       Não obtive resposta, pois a porta do carro foi fechada naquele instante.

      Olhei através da janela ele começou a dizer alguma coisa com aquele cara. O sujeito usava boné e seu corpo parecia ter ganhado forma numa sala de academia.

       Continuei olhando. Senti vontade de sair do carro para saber o que estava acontecendo, mas aquilo não me dizia respeito.

       Tentei relaxar e me encostei no banco. Segundos depois, houve um baque de alguma coisa contra o carro, que quase me fez pular de susto.

       Nem raciocinei ao ver Todoroki sendo enforcado pelo cara de boné. Saí do carro como um relâmpago, enfrentando a brisa da noite.

       - Ei! Deixa ele em paz! - Falei.

       - Midoriya, fica no carro - disse Todoroki, tentando tirar a mão do cara que tentava enforcá-lo.

       - Olha só, até que seu garoto é uma gracinha -disse o cara.

       - Tira os olhos dele filho da puta - rosnou, fazendo o possível para que o cara não o enforcasse.

       - Solta ele agora - falei, tomando coragem e me aproximando.

       - Fica caladinho. A parada é entre eu e ele - disse o cara, me olhando de soslaio.

       - Eu vou chamar a polícia se você não o soltar! - Ameacei.

       - Olha - disse o cara, sorrindo e olhando para Todoroki. - Ele tem mais atitude que você seu saco de merda.

       - Não é a toa que ele é meu namorado, seu otário - Shouto fincou os dedos na mão do cara, finalmente deixando seu pescoço livre e então, proferiu um soco no rosto do oponente, que cambaleou para trás.

       - Entra no carro. Rápido! - Disse Todoroki, entrando no carro dentro de segundos.

       Corri e fiz o mesmo. Ao fechar a porta, o cara bateu os punhos na janela do motorista, deixando o vidro rachado.

       Ainda deu para escutar o que ele disse, quando Todoroki arrancou com o carro:

       - Você ainda vai me pagar muito caro, Todoroki!

       Com o coração a mil, eu olhei para o bicolor, querendo uma resposta.

       - O que foi isso? - Perguntei assustado.

       - Relaxa, tá? Você vai para casa - disse ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

       - Eu não quero ir para casa. Você está sendo ameaçado, é isso?

       - Depois a gente conversa -disse, mantendo os dedos pressionados no volante.

       - Nada de depois, me fale agora - exigi.

       - Izuku, por favor. Estou dirigindo.

       - Não importa. Me diz quem é aquele cara!

       - Agora não. Depois eu falo, tudo bem?

       - Depois? Quando você estiver morto? - Falei, exaltado.

       Ele olhou para mim. Seu olhar não devolvia nada, apenas consumia.

       - Isso é coisa minha. Por favor, não se mete nas minhas merdas.

       Não acredito.

       - Ok - falei. - Não vou me meter - respirei fundo. - Para a merda desse carro. Posso muito bem voltar sozinho.

       Ele continuou dirigindo, calado, fingindo que não me ouviu.

       - Para o carro, por favor -falei.

       - Não começa. Como eu disse, vou te deixar em casa.

       - Não, obrigada. Prefiro voltar sozinho.

       Ele riu. Uma risada sem humor. Quase sarcástica.

       - Por que você faz isso? -Perguntei. - Me trata como uma criança? Pra você tudo é depois e acabou. Me diz a verdade, caramba!

       - É você que se faz de criança. Nem tudo é na hora que queremos, Midoriya.

       - Mas que ódio! Eu estou preocupado com você, Todoroki. Sei que você está escondendo uma coisa muito séria de mim e se caso acontecer uma merda...  eu nunca vou te perdoar - me afundei no banco, segurando minhas lágrimas.

       Segundos depois, sua voz ecoou no carro:

       - Fica a seu critério. A escolha é sua, anjo.

       O que ele disse serviu para me irritar ainda mais.

       - Você nem se importa, não é? Para você tanto faz! Me diz, pelo amor de Deus, o que está acontecendo com você.

       Ele negou com a cabeça.

        - Ok. É assim? Eu vou perguntar para o Bakugou e ele sim vai me dizer. Só que depois não venha ficar bravo comigo. A culpa é toda sua.

       Ele respirou fundo. Parecia estar se controlando para não explodir.

       - Se você quer fazer suas coisas sozinho, que faça. Não quero mais saber. Se não tem mais confiança entre a gente, ficamos nessa mesmo. Um escondendo as coisas do outro.

      Todoroki olhou para mim. Seu rosto era pura seriedade.

      - Você fala, hein? Eu já te disse que vamos conversar sobre isso, mas não agora.

       - Então vai ser quando? Vai agendar data e horário, por acaso?

       - Tirou as palavras da minha boca.

       - Você só pode estar brincando.

       - Pareço estar brincando? - Ele olhou para mim rapidamente.

       Respirei fundo.

       - Ok. Já que não tenho escolha.

       Dez longos minutos depois, Todoroki estacionou o carro de frente à minha casa. Tirei o cinto de segurança e me preparei para sair.

       - Até mais - falei, abrindo a porta.

       - Se cuida - disse ele.

       - Pode deixar, você não precisa me dizer isso - saí do carro e fechei a porta com força.

- Quebra mesmo — O olhei sério.

       Assim que entrei, Todoroki saiu com o carro, deixando uma saudade profunda dentro de mim.

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