1. Spirit Fanfics >
  2. Romantic Murders >
  3. Sangue

História Romantic Murders - Sangue


Escrita por: kuroijack e makosanji

Notas do Autor


Olha quem está de volta! De antemão, mais uma vez peço perdão pela demora. Seu amigo aqui já tem umas provas finais para chamar de suas, então essa vida de universitário está puxada. Mesmo assim, não desisti da história e nem pretendo, quanto a isso fiquem tranquilos que ainda esse ano ela será encerrada. Agradeço a quem ainda está esperando até agora, e sem mais delongas, ao capítulo, mais um maravilhosamente escrito pela @Tossunie. Boa leitura.

Capítulo 12 - Sangue


h o s e o k

O galpão era grande ao ponto de suportar compartimentos capazes de fazer alguém se perder, e a falta de lucidez fazia com que fosse exatamente o contrário. Parecia que o lugar tinha a capacidade de mudar seu tamanho, o fazendo diminuir cada vez mais até que não possuísse espaço nem para o oxigênio se propagar. Sentia a falta de ar como se estivesse fora da órbita terrestre, contava os minutos até sua cabeça explodir e todas suas vísceras contendo o conhecimento de anos na faculdade sendo perdidos em pedaços.

Longe demais para poder alcançar, viu uma porta ser aberta, esta trouxe todo ar que faltava naquele compartimento de poucos metros. Ar e água. Estava sem condições de conseguir identificar qualquer figura, esperava de coração que fosse Suho tirando as fitas de seu rosto e enfiando uma garrafa de água em sua boca, o hidratando. Não tinha percebido a necessidade do líquido até começar a tomar como um animal desesperado. ­

Um ato de ajuda tão caridoso, não era do feitio de Namjoon ser assim, principalmente a alguém que tanto detestava como Taehyung.

– Você pensou em algum momento que ele poderia morrer desidratado? – Namjoon havia voltado para buscar Seokjin. 

– Na verdade, não. Nunca fui bom em cuidar dos meus animais de estimação.

Era um pouco difícil para si notar que suas histórias duravam doze horas, e não doze minutos. SeokJin também não se alimentava nesse período, no entanto não sangrava nem vomitava como Taehyung – que se encontrava num estado muito mais grave –. De qualquer maneira, precisava comer e fazer outras coisas que seu corpo exigia, então deixou seu psicólogo de lado por algum tempo e foi com Namjoon a outro lugar.

Por mais que se sentisse a cada segundo mais perto da morte, o silêncio e a ausência de alguém o observando fez sua cabeça parar de doer pela primeira vez desde que fora atingido. Os primeiros sinais de relaxamento misturados ao cansaço fizeram Taehyung conseguir a dádiva de dormir. Precisaria de muito mais tempo do que foi lhe concebido para descansar de verdade, seu sono foi mais longo do que o necessário, mas ser acordado com um chute na barriga o fez perder sua eficácia.

Teve a impressão que só fechou seus olhos por alguns segundos antes de retornar ao inferno falante que era SeokJin.

– Eu fiquei com raiva quando Namjoon me levou para comer, é fácil eu ter raiva dele. – SeokJin não se importava de soltar comentários daqueles com Namjoon presente na sala. – Só que admito que foi necessário, eu precisava me recompor antes porque eu não lembrava o quanto eu tinha raiva dessa história, possivelmente vou ter ainda mais quando acabar de contar. Mas enfim, sangue. 

Um detalhe que poucas pessoas sabiam sobre SeokJin, sobre seu corpo mais especificamente, era sua extrema fragilidade. SeokJin real, não os personagens que performava. Yoongi, Namjoon, e todas as pessoas do seu cotidiano que o viam como um garoto ingênuo que tinha medo da própria sombra.

Namjoon, o único que o conhecia de verdade e continuou vivo tinha dificuldade de acreditar como alguém que quebrou as mãos de uma pessoa com pedras, ou empurrou um deficiente nas chamas, podia se machucar tão fácil.

Kim SeokJin, um monstro cuja força não era demonstrada no corpo.

O último crime deformou sua vítima completamente, e as consequências físicas também aconteceram consigo. Não acabou com os próprios membros quebrados como os de Jungkook, mas após o efeito da adrenalina passar e suas sensações corpóreas voltarem, pôde sentir a dor forte em seus dois braços.

Estava na cama, tinha acabado de gozar e pronto para dormir por horas quando começou a gritar pela dor aguda que se intensificou do nada. Odiava qualquer tipo de dor e reagia de forma exagerada a qualquer uma, principalmente uma tão forte como aquela. Seu estado desesperou Namjoon, que inicialmente achou que era o culpado pela dor do namorado, então além da procuração de conseguir analgésicos, solicitou que um dos médicos do hospital do seus pais – o mesmo que SeokJin seria internado no futuro – fosse urgentemente até sua casa. Tratou como emergência algo que poderia ser resolvido facilmente.

Para Namjoon, ver seu amor sofrer, independente da forma, era uma emergência.

A consulta foi rápida e as perguntas do médico decepcionado por ter sido enviado a uma situação tão simples fez SeokJin entender de primeira sua condição.

– Seus músculos estão inchados, rompidos posso dizer, e alguns ossos deslocados. Você fez algum exercício físico brusco que não está acostumado recentemente? 

Queria se acostumar ao ato de espancar alguém que odiava, poderia virar seu hábito semanal. SeokJin demorou para responder, precisava de algo convincente e optou por uma mentira simples que havia tentado fazer treinamentos pesados em uma academia, apenas com levantamento de peso. Podia ser algo motivo de ridicularização pela parte do médico, que apenas concordou e aconselhou a não repetir atos assim.

Falou uma longa lista de cuidados e conselhos enquanto enfaixava os braços de SeokJin, amarrando o suporte que precisaria ter por alguns dias antes que se recuperasse completamente.

– Não chegará a ficar um mês assim, porém para evitar que esse tempo se prolongue, não faça exercícios ou qualquer tipo de esforço.

As palavras finais do médico viraram uma lei, SeokJin passou semanas sendo mais mimado que o costume pelo namorado. Fazia apenas o necessário e se manteve semanas em repouso para que não sofresse outro impacto forte. Namjoon não reclamava nem um pouco das vezes que era explorado para fazer tudo, admitia que gostava daquela dependência e usou isso como desculpa para prender SeokJin o máximo que pôde.

Já estava completamente saudável e ainda sim era obrigado a ficar sob observação, impedido de sair sozinho para evitar que se ferisse ou piorasse. Não foi um grande problema, Seokjin tinha ficado tão satisfeito com Jungkook que seu comportamento estava tranquilo ao ponto que não desejava criar uma discussão nova a cada segundo, convivia bem com quem estava em volta pois ocupava seu tempo se alimentando da cena do metal destruindo o crânio abaixo de si. Era por isso que Namjoon gostava tanto dos períodos pós-assassinato. Porém não podia viver uma vida inteira pacífica, em pouco tempo já estava de volta por completo com seu humor ácido e olhando diferente para cada pessoa que cruzava seu caminho.

Rapidamente voltou a sentir fome por alguém aos seus pés.

Pensou em muitas possibilidades diferentes, um garoto novo do seu colégio que fazia o mesmo caminho na volta para casa, seu professor substituto, o médico que enfaixou seu braço, dezenas de situações que Namjoon conseguiu evitar por meses. Inventava motivos e fazia com que houvesse dias que ficavam tão perto um do outro que a sensação que tinha era que estavam algemados. Foram seis meses do inferno de agirem como siameses, que só veio ao fim por conta de uma notícia que marcava o início dos seus conflitos com a polícia.

A sua onda de sorte acabou, e quem assumiu o lugar foi um efeito dominó que tinha como peça final ser o culpado de um corpo encontrado. 

O desaparecimento de Jungkook não foi algo que passou desapercebido como imaginou, porque não se tratava de alguém invisível, ele era conhecido, e pelo padrão de vida miserável tinha dívidas e trabalhos com pessoas que não aceitariam um sumiço sem satisfação. Foi procurado, e assim que alguém acreditou tê-lo encontrado, acabou atirando sem querer em uma criança que tinha invadido sua casa na intenção de se abrigar em algum lugar.

O choro desesperado de uma mãe que perdeu seu filho sempre era algo forte, principalmente registrado para milhares de telespectadores. O repórter responsável possivelmente ganhou grande reconhecimento pela cena que foi assistida e repassada milhares de vezes, especialmente o trecho em que ela dizia "onde seu corpo está?". Tanta comoção junta moveu a investigação a procura do culpado e do cadáver da criança, que já tinha sido declarada morta pela quantidade de sangue encontrado no chão da casa.

Foi nesse ponto que o palácio de sorte começou a desabar. O assassino foi mais inteligente que Namjoon, pois diferente do moreno, o corpo que desovou nunca foi encontrado. Isso fez a busca pela criança não ter alcançado sucesso, no entanto não foi classificada como totalmente fracassada pois achou o cadáver de um homem de 18 anos embaixo de quase um metro de asfalto, bem conservado, que após algumas análises foi confirmado pertencer ao órfão que fugiu do orfanato, Jungkook.

'Destroçado', o adjetivo forte descrevia o estado que o corpo se encontrava. Tanta barbaridade de algo que foi concluído de imediato se tratar de um assassinato fez o caso ganhar muita atenção, mais do que a criança que logo foi esquecida. As manchetes trocaram seu foco, e chegaram até SeokJin, que precisou se segurar para não gritar na banca de jornal quando caminhava na rua.

Pensou em Jungkook por muito tempo, e mais seis meses após sua morte já não pensava nele com tanta frequência assim. Superava rápido, e depois de tanto pensar em seus gritos, já sentia abstinência de alguém novo. A notícia de sua 'volta' foi em um momento até feliz demais, quando Namjoon recebeu os resultados finais de sua faculdade e teve a confirmação que iria se formar, mesmo que SeokJin nunca tivesse presenciado a ele estudando ou fazendo qualquer coisa para merecer aquele diploma. Aconteceu, e como presente dos seus pais, o mais velho receberia a direção do hospital da família.

Os privilégios que viriam em seguida sempre foram garantidos, Namjoon só esperava o beijo e o parabéns – forçado ou não – de seu namorado. O dia inteiro foi baseado em organizar o evento de sua colação de grau, se dedicou unicamente nos preparos e ensaios, portanto não passou pela sua cabeça em nenhum momento sobre as matérias que envolviam Jungkook, mal lembrava o nome de tão insignificante que era para si. Todos esses fatores fizeram Namjoon ficar extremamente surpreso quando desceu as escadas, e foi recebido com uma expressão enfurecida.

– Você é um idiota que estragou tudo – SeokJin sussurrou e sorriu logo em seguida. Namjoon conhecia aquele sorriso muito bem, e isso o fez se sentir pior, mais que o fato de não saber o que estava acontecendo.

O evento trazia muitas atrações que Namjoon não pôde aproveitar. Teve que se desculpar com sua família e amigos por ir embora tão cedo; na verdade não tinha como dar atenção ou se importar com alguma comemoração quando SeokJin dizia que só não o matava porque não queria desperdiçar o belo terno que vestia.

– Agora você pode falar o que está acontecendo. – Namjoon disse assim que entraram no carro, longe o suficiente dos ouvidos de qualquer um.

– O que está acontecendo é que você não sabe fazer nada certo! – Não deixou que ligasse o carro, queria o automóvel parado enquanto berrava e batia em Namjoon. – Leia em qualquer lugar sobre o corpo encontrado, pareceu uma boa ideia para você colocá-lo em baixo de cimento? Porque agora todos dizem o quanto isso serviu para deixá-lo CONSERVADO!

Explicar exigia uma calma que não possuía, usou um celular para mostrar a notícia e causar tanta aflição quanto sentia. 

Na cabeça de SeokJin, o trabalho que concedeu a Namjoon era simples: limpar e esconder o corpo. Não imaginou o quanto braçal seria conseguir esconder uma cena de crime. Havia materiais de construção abandonados, enterrar a arma usada e cobrir o chão ensanguentado de cimento, assim como o corpo que se encaixou em um dos vários buracos do ferro. Namjoon se considerou esperto por ter resolvido rápido e nunca mais ter ouvido falar sobre Jungkook de novo. Admitia que superestimou seu trabalho.

– Jin... Nós vamos dar um jeito, sempre fazemos isso… –  Era difícil continuar estável com os riscos que passariam a correr dali para frente. – Eu vou resolver isso.

– Se não resolver nossas próximas conversas serão com uma grade nos separando, então é melhor agir.

E assim fez. Namjoon não tinha contatos e nem sabia a direção que deveria ir para encontrar as respostas que procurava. Para sua sorte ainda não necessário tanto esforço. No futuro teria grandes problemas com a polícia para conseguir provar a incapacidade mental de SeokJin, mas por enquanto só precisou ler com atenção várias matérias diferentes para encontrar coisas informações úteis. Várias falavam sobre uma testemunha, um morador próximo de Jungkook, e graças a falta de profissionalismo de um dos editores, conseguiu achar um nome. Foi um grande processo de uma noite inteira procurando.

– Você conhece algum Hoseok? – Perguntou assim que leu o nome.

Demorou alguns segundos para lembrar o contexto ao qual tinha ouvido aquele nome. A primeira vez foi quando Yoongi contou a história de um homem malsucedido na vida, e a segunda foi em um breve comentário de Jungkook sobre este ser muito observador.

– Já ouvi falar. O que ele pode fazer para nós? – A essa altura SeokJin não era capaz de pensar em alguém se não tivesse em mente como tiraria proveito.

– Em todos os lugares dizem que uma investigação vai iniciar, e contam com ajuda da uma testemunha. Esse foi o nome que eu encontrei.

A única maneira de conseguirem alguma informação era se tratassem como um quebra cabeça, juntando tudo que pudessem usar. O nome foi essencial, e alguns detalhes como "um vizinho", "uma pessoa com quem convivia", "alguém que morava na mesma área", fez SeokJin ter uma visão mais ampla sobre onde o encontraria.

– Acho que sei onde encontrá-lo… – Não tinha certeza, lembrou-se que mais de uma vez Jungkook comentou que havia um vizinho que sempre observava quando visitava, além que já tinha visto uma janela "suspeita" uma ou duas vezes. – Posso ir lá hoje.

Impulsivo, via uma chance que não valia a pena ser perdida.

– Não me parece uma boa ideia, mas podemos ir.

– Eu vou sozinho, já estamos encrencados, e eu mais do que você. Não quero te prejudicar mais.

Protestaria se não concordasse, queria ajudar, mas nem seu instinto protetor e jeito possessivo era maior que o medo da possibilidade de ser pego. SeokJin não estava preocupado com Namjoon ser preso, e sim que não tivesse ninguém para resolver as coisas caso não conseguisse dar um jeito.

Não estava tarde ao ponto de ser suspeito sua saída, nem cedo para ser seguro. Jungkook estava com partes do corpo petrificada por conta do cimento, totalmente incapaz de proteger alguém. SeokJin contava unicamente com sua sorte indo para casa que tinha em mente ser a correta. Não era tão longe, se tratava de um terreno quase na frente da casa de Jungkook, ausente de portões para haver preocupação em ter que arrombar, e com uma longa escada que levava até uma porta. Olhou em volta à procura de alguém espiando, e assim que se certificou estar sozinho, subiu rápido os degraus.

Quase tropeçou algumas vezes, tinha degraus quebrados e soltos como uma armadilha onde SeokJin por pouco não caiu. Este foi o maior problema, pois a porta não estava trancada, precisou apenas usar força para conseguir empurrar e entrar na casa. 

O espaço era menor do que esperava. Uma sala e um quarto definiam a casa, não tinha muito para explorar, até os móveis eram reduzidos. SeokJin foi até o banheiro do quarto, procurava por qualquer coisa que fosse útil, e quase quebrou a torneira pelo susto de ouvir a porta sendo aberta. Correu para sala, se deparando com um homem alto, com cabelo castanho e uma face surpresa por encontrar alguém em sua casa.

– Isso é uma ilusão? Meu sonho está se realizando? 

O homem esfregava os olhos várias vezes, como uma forma de se certificar do que estava realmente vendo. Seu corpo estava inclinado e agia como alguém embriagado, estas foram as últimas características que pôde perceber antes de ser puxado por ele, e ser beijado forçado. 

A demora para esbanjar uma reação foi porque não sabia o que estava acontecendo, e nem tinha forças para conseguir se afastar completamente. Sempre que conseguia se manter um pouco distante era puxado para perto novamente, sentindo aquela boca asquerosa em um lugar diferente. Gritava para parar, e as únicas respostas que recebia eram "meu sonho, estou sonhando".

Conseguia se lembrar de sua cabeça sendo segurada contra cama, seus braços puxados para trás e uma falta de ar pela posição. Apenas, todos os eventos seguintes se transformaram em imagens escuras.

– Eu duvido que seja algo traumático que apagou minha memória, tenho certeza que Namjoon fez algo para que minha mente bloqueasse essa lembrança. – Até em algo que fosse bem para si, SeokJin comentava com raiva por envolver Namjoon.

Taehyung foi consagrado por aquilo ter sido excluído, não queria ouvir sobre um abuso.

 – Eu gosto de sexo, Taehyung. — SeokJin voltou a falar. — Você imagina seu anjo como alguém que transa constantemente?

Como um dos traumas de SeokJin quando era seu paciente envolvia água, nunca em hipótese alguma o colocou em baixo de um chuveiro, mas já tinha imaginado a cena quando o deu um banho com esponjas quando estava desacordado. Era profissional, não se desviou de sua tarefa principal, mas em alguns momentos precisou se esforçar para se concentrar, pois seu corpo era sem dúvidas bonito.

Esses eram os pensamentos mais maliciosos que já teve, pois sempre considerou SeokJin alguém doce demais para estar em uma situação erótica. Talvez conseguisse enxergar uma cena onde fariam amor da forma mais amáveis possível, mas uma imagem onde estivesse de quatro ou qualquer forma intensa, isso jamais tinha passado pela cabeça do psicólogo.  
Balançou a cabeça, não imaginava nada disso.

– Eu poderia narrar muitos detalhes que eu gosto, sinceramente eu sou quase dependente. Mas meu desespero não era ao ponto de eu me entregar a alguém desprezível assim. Eu sinto ânsia apenas de pensar.

A noite poderia ter sido esquecida, mas o dia seguinte continuava vivo em sua mente. Acordou com dor nas costas e no quadril, sua blusa estava má colocada, mas nenhum desses fatores o assustou tanto quanto o fato que suas calças haviam sido arrancadas. Buscou por suas peças desesperado, e enquanto as colocava acabou caindo da cama onde deitava. A queda o deixou na posição perfeita para acabar encarando o homem que, com as mãos juntas como uma oração, estava no canto da casa, perto da porta.

Mesmo tendo amanhecido, continuava escuro. O lugar não era agraciado com janelas e ainda sim SeokJin viu sua expressão completamente diferente da noite anterior. Ele tinha arrependimento no olhar.

– Meu Deus, me perdoe… – Sua voz saiu baixa, mas isso não deixou que não parecesse que estava implorando.

– Você é Hoseok? – Havia dificuldades em se levantar, o que o motivou a ser rápido foi o medo de ser ajudado.

– Sou, mas por favor não pense que eu sou um monstro. Eu não queria te fazer mal, você era amigo de Jungkook.

Seu arrependimento não fez sua tentativa de se redimir menos falha, vê-lo se aproximar quase provocou um surto em SeokJin. A casa era bagunçada, cheia de objetos jogados no chão e um deles era uma garrafa que pegou para se defender. A quebrou na parede, fazendo Hoseok não ter coragem de chegar perto. Pelo contrário, se afastou da porta permitindo que SeokJin pudesse correr.

O diferencial de Hoseok foi que o primeiro sentimento que despertou foi ódio, isso principalmente vindo de Namjoon.

Queria ter todas as informações possíveis. Assim que o namorado chegou, Namjoon não esperou antes de começar com dezenas de perguntas. "Conseguiu falar com ele? Qual foi seu depoimento? Por que demorou uma madrugada inteira?". Não era preciso uma passagem longa de tempo para suspeitar que havia sido traído, qualquer coisa era motivo para pensar que SeokJin havia dormido com outra pessoa. No entanto, até então SeokJin nunca tinha confirmado que estava certo.

– Ele está vivo porque é a única testemunha, se houvesse apenas mais um, eu juro que o torturaria da forma mais dolorosa possível. — SeokJin roía suas unhas, arrancando-as violentamente enquanto falava. Fervia de ódio, e não era o único.

Exigiu detalhes e entendeu todo o desejo de destroçar um ser humano. De maneira impensável, propôs não se importar com a polícia e ir pessoalmente usar os bisturis do seu hospital para fazer uma cirurgia sem anestesia em Hoseok. Era uma imagem tentadora que foi recusada, SeokJin tinha noção que sua calça estava suja de sangue e demoraria para sumir a dor quando se abaixasse ou sentasse. Queria ser movido pelo emocional, mas as palavras dizendo que era amigo de Jungkook não saíam de sua cabeça. Era preciso assumir, por mais que odiasse, que voltaria a visitar Hoseok.

– Não vou deixar você se aproximar dele mais uma vez! – Namjoon não queria entender a situação, apenas negava.

– Ele pode responder o que eu quero, então eu vou. Mas você pode aparecer para me resgatar, caso eu chame. Além de que preciso de mais uma coisa, que me ajude a me lavar.

Nada melhor que SeokJin demonstrando dependência para acalmar Namjoon. Ajudá-lo tirou de sua cabeça por algumas horas a vontade de cometer um assassinato.

Demonstrava segurança e agia indiferente em relação ao que sofreu meramente para impressionar com sua imagem inabalável, a realidade era diferente quando se tratava de dentro de sua cabeça. SeokJin demorou semanas até ter coragem suficiente para refazer o caminho para encontrar Hoseok. Não poderia fazer nada contra ele e isso aumentava a possibilidade de ser tocado de novo. Voltou mais por necessidade que vontade própria, teve essa conclusão quando foi procurado por um investigador.

Estava na frente da escola, arrumando seus materiais prestes a ir embora quando foi surpreendido. A pessoa não estava fardada nem chegou com perguntas invadindo seu espaço, foi simpático o suficiente ao ponto de SeokJin conceder um pouco de seu tempo para terem uma curta conversa.

– Por mais agradável que seja falar com você, preciso fazer algumas perguntas a trabalho. Você teve contato com algum Jungkook?

Fez uma expressão como se estivesse tentando se recordar de algo.

– Acho que uma vez, perto do orfanato, tive uma conversa com alguém com esse nome. Talvez esse tenha sido meu único contato.

Não era um nome raro e seria idiota negar tudo que fosse perguntado. Deixou claro que não conhecia a vítima encontrada recentemente, demonstrou desconforto ao ouvir que se tratava de algo policial, no fim até se permitiu perguntar o porquê ter sido escolhido para ser interrogado.

– Todas as pessoas perto dessa área serão consultadas. - Afirmou, mas SeokJin o seguiu por tempo suficiente para concluir que ninguém além de si respondeu alguma coisa.

Não havia outra opção, no mesmo dia foi atrás de Hoseok.

Pressa, falta de expectativas e problemas com a escada, foi um dèjá vu de tantas semelhanças. Invadiu a casa que não estava vazia e encontrou quem desejava sentado na cama, contando algum material. Passaram alguns segundos apenas se encarando, nenhum sabia qual iniciativa deveria tomar.

– Eu te perdoo. – SeokJin falou. – Perdoo pelo que você fez, tudo será esquecido.

Sentiu-se mais sem reação ainda, ficou os primeiros dias se lamentando, mas depois apenas aceitou seu erro assim como tudo que fazia na vida. O mais estranho foi o quanto ficou aliviado, imaginou que não teria mais que ficar constantemente pedindo desculpas mentalmente.

– Muito obrigado – Foi a única coisa que conseguiu pensar.

Poderiam encerrar por ali e voltar uma próxima vez para conversarem descentemente, igual todos os anteriores onde SeokJin teve a disposição de desenvolver uma relação. Outra diferença sobre Hoseok: tudo aconteceu extremamente rápido.

– Não decidi fazer isso unicamente porque eu vi que você era uma boa pessoa… – Precisava fazer seu papel de iludir. – Foi porque você falou o nome de Jungkook, significa que pode me dizer o que aconteceu com ele.

– Eu fiz um acordo com a polícia que apenas daria informações a eles... Não posso falar.

– Te dei o meu perdão e você vai me negar saber sobre ele? – Tentou agir igual o dia em que fugiu de medo numa tentativa de causar mais pena.

– Por favor não chore! Eu falo.

SeokJin se odiou por não ter sido mais específico, ao pedir para contar o que aconteceu. Foi obrigado a ouvir sobre os últimos dias de Jungkook, aqueles antes de invadir sua casa, ou seja passou minutos ouvindo coisas que já sabia. Demorou até chegar ao ponto que queria, seu "sumiço" e os depoimentos que fez. Hoseok foi escolhido por conta das indicações que os moradores fizeram, dizendo que eram íntimos e afirmando que caso quisessem informação, ele era a pessoa certa, e não mentiram.

Hora, data e último lugar onde foi visto foram detalhes que o fez ser um dos principais nomes da investigação. No entanto mesmo provando que podia ser a chave para desvendar tudo, não falou coisas essenciais como as características da pessoa que o acompanhava, ou onde encontra-los.

– Por que você não disse mais nada? 

Imediatamente Hoseok fez uma expressão envergonhada, estava torcendo para que aquela pergunta não fosse feita. Prolongou com informações desnecessárias até assumir que não falou por dinheiro. Como havia possibilidade de Jungkook ter sido morto por criminosos que poderiam ameaçar quem os entregasse, as testemunhas recebiam certa quantia para promoverem sua segurança. Tecnicamente dinheiro não faria ninguém seguro naquelas condições, então se tratava apenas de um suborno para que abrissem a boca. Imaginou no que o dinheiro seria investido.

Hoseok demorava afim de receber mais, isso significava que hora ou outra ele diria. 

– Sei que é algo errado, afinal eu sei que não foi nenhum criminoso.

Até pouco antes de enlouquecer por completo, SeokJin se perguntou se aquilo havia sido uma indireta. Apenas disse que ficava feliz que ele estivesse seguro.

Já estava a tempo demais no mesmo ambiente que Hoseok, temia ser contaminado com tanta exposição. 

– Antes de ir embora posso fazer um último pedido? – Ousou segurar a mão de Hoseok e fazer um contato visual direto, impossibilitando que ele negava. – Me envolver nisso só vai me machucar, promete que não dirá a ninguém sobre mim?

– Prometo! – A resposta veio mais rápido do que esperava. Hoseok ficou tão encantado com o gesto que não pensou antes de aceitar.

Ficou tão satisfeito com o resultado que quase o beijou no rosto, não fez para evitar que vomitasse.

Pediu para manterem contato constante, sendo assim trocaram os números de telefone e foi sem dúvidas a pior ideia que teve. Hoseok possuía um nível de carência diferente de tudo que já tinha presenciado, nem a obrigação de dar satisfação constantemente a Namjoon se comparava as suas ligações diárias e mensagens que chegavam por minuto. Não podia esperar menos de alguém que não fazia nada da vida. Tinha até aprendido um padrão, quando recebia ligações de manhã ou tarde significava que ouviria e recebia perguntas idiotas sobre sua rotina, sempre mentia. Quando recebia de noite ou madrugada eram pedidos de visita, pois possivelmente estaria deprimido e bêbado suficiente para sua companhia o animar. Recusava quase sempre e podia afirmar que um dos seus maiores desgostos foi realizar esses encontros.

No fim Hoseok só queria falar o que ninguém queria ouvir, e escutar as repostas atenciosas que apenas SeokJin dizia. Aguentar aquela situação era torturante, pois a vinda dos benefícios era lenta. 

Descobriu primeiro sobre como era sua relação com Jungkook, se caracterizavam como grandes amigos, compartilhavam momentos o suficiente para Hoseok saber sobre todas as besteiras que o amigo fazia, por exemplo a vez que foi até o colégio de SeokJin. Sem perceber, Hoseok acabou admitindo que sabia onde estudava e até seu endereço, isso o assustou. 

O que soube em seguida foi a única prova que o que fazia não era totalmente inútil. Como prova que podia confiar qualquer coisa a SeokJin, Hoseok falou sobre as pessoas que estavam responsáveis pelo caso, compartilhou o contato, disse nomes de policiais e departamentos que sabia que estavam encarregados.

Sozinho não saberia o que fazer com esses dados, mas Namjoon por sorte sabia usá-los de forma perfeita. Usou a desculpa que gostaria de se candidatar a oferta de emprego da área médica da delegacia para conseguir pesquisar quais funcionários estariam interessados em estragar uma investigação inteira em troca do dinheiro que escolhessem. Era ambicioso e utilizaria várias pessoas nessa tarefa, chegou a falar com vários polícias que não se sentiriam culpados em esconder pistas e secretários dispostos a apagar dados importantes.

Tudo se resolvia, SeokJin já não via necessidade de continuar se comunicar com Hoseok depois de ter conseguido o que queria. Foi aos poucos se afastando, e pretendia escolher um dia para pessoalmente acabar tudo.

Admitia que não era uma preocupação sua planejar como ou quando faria, sinceramente começou a tratar com indiferença qualquer coisa relacionada a Hoseok. Tanto que escolheu a data para ir vê-lo em um dia onde atendeu por acidente uma de suas ligações. Parecia que estava chorando, aquele som o enojava ao ponto de ser seu incentivo para ir.

Durante o caminho refletiu como não pretendia que Hoseok fosse sua vítima inicialmente. Em nenhum momento se preocupou em descobrir sua história na intenção de atingir seus pontos sensíveis, ou ter sua confiança para no fim usar fatos contra si, queria apenas saber o que escondia.

Se não fazia questão de matá-lo com as próprias mãos, então não fazia sentido continuar.

No máximo sentia a necessidade de vingança por ter tocado no seu corpo na primeira vez que se encontraram, mas isso era mais uma questão de Namjoon. No geral sabia que sua vida seria um desastre mesmo sem sua presença ativa.

Acabou demorando para ir até a casa, e pensou que nem deveria ter ido quando entrou e se deparou com Hoseok sentado e chorando. Tinha surtos o tempo todo, não é possível que tenha sido chamado para presenciar um a mais. Ao perceber a presença de SeokJin o abraçou desesperado, o menor podia sentir as lágrimas o molhando, tentou afasta-lo imediatamente.

– SeokJin, eu quero que você saiba que eu nunca desconfiei de você. Não faz sentido alguém querer te acusar, sinceramente eu sinto que só querem alguém para culpar. De qualquer forma, não há chance de você ser condenado.

Não estavam nem um minuto juntos e Hoseok já odiava tudo que dizia. Sentia saudades de SeokJin, queria passar um tempo de paz com ele como faziam antes, não trazer assuntos de morte.

– Por que você está falando isso? – No momento várias coisas passaram pela sua cabeça, só queria uma confirmação.

– A polícia me procurou mais uma vez – Agradeceu por ter sido direto, estava com seu sangue fervendo demais para ter que ouvir mais que devia. – Você sabe como alguém como eu é tratado, fui ameaçado a contar a verdade, então eu acabei dando muitas informações a eles. 

Tendo em vista a quantidade de coisas que Hoseok sabia, muitas informações podiam ser sua confirmação para ser preso.

– Diga exatamente o que você disse a eles. – Transparecia menos emoção possível e isso que o assustava.

– Apenas que vocês eram próximos... Que costumavam a ficar juntos com frequência… – Na minúscula conversa que teve com o investigador, havia dito que mal conhecia Jungkook, já estava levemente encrencado por mentir. – Até na última vez que ele foi visto.

– E o que mais? – O jeito calmo de falar não condizia com o nervosismo que sentia. Havia dito praticamente que estava no exato lugar onde seu corpo foi encontrado.

Hoseok continha o nervosismo em dobro, pois também sentia a culpa de ter prejudicado SeokJin. Não conseguia repetir tudo, mas não precisava mesmo, o menor era inteligente o suficiente para saber que a cada frase uma lauda de detalhes era registrada.

– Falei que você também era assim com um amigo de Jungkook, Yoongi. Focaram muito nessa parte, mas eu não sabia detalhes.

E de repente, a certeza que teria que aguentar o risco de ser condenado se concretizou em si. A testemunha mais importante havia dito, possivelmente sobre ameaça de tortura, a verdade, colocando SeokJin como o principal suspeito do corpo de Jungkook ter sido encontrado embaixo de cimento, e posteriormente com as investigações, também seria sobre o desaparecimento do pequeno órfão deficiente.

Desde o princípio sabia que possuiria um ódio diferenciado destinado a Hoseok, só não esperava que fosse tanto assim. Seu corpo todo parecia está em chamas, e não conseguia pensar em nada que não fosse o quanto queria castiga-lo. Nunca tinha sentido algo tão intenso antes, perto daquilo, o que sentia por Namjoon poderia até ser considerado amor.

– Eu nunca perdi tanto tempo na minha vida como eu perdi com você. Sinceramente, nada mais justo no mundo que você sendo exemplo de miséria para as crianças no orfanato, porque você é simplesmente a pessoa mais fracassada que eu já conheci. Eu tentei achar, mas não há nenhuma utilidade para você.

Iria respirar fundo, fechar os olhos e ir embora daquela casa. Namjoon saberia o que fazer, inventariam um plano inteligente o suficiente para que no final acabasse como uma vítima. O problema de seguir essa ideia era que Hoseok parecia desejar fazer parte de sua lista de vítimas.

– Dói mais que tudo ouvir isso de você… – Hoseok havia se ajoelhado em sua frente, segurando sua roupa chorando ainda mais. – Eu sei que é verdade, tudo que eu faço dá errado, eu queria agir certo com você SeokJin, tentei, e não sei por que estou me desesperando tanto, sei que você não é culpado de nada, e vai responder bem aos policiais quando chegarem.

– Que policiais?!

– Os mesmos que me interrogaram, eles esperaram você chegar, mas você demorou bastante. Eles vão voltar, podemos resolver tudo isso hoje.

Ao seu ver foi atraído para uma armadilha. Não conseguia aliviar sua raiva apenas com palavras.

Igual a primeira vez que se encontraram, SeokJin olhou em volta à procura de algum objeto, e assim como a primeira vez pegou uma garrafa de vidro, quebrando a ponta na parede. Deveria ser seu plano de fuga, mas foi desviado.

– Essa é sua forma de se defender, não é? - Por ser a segunda vez, Hoseok não teve medo, imaginava que só seria afastado. – Eu não vou fazer nenhum mal a você.

– Sua existência me faz mal, Hoseok! Preciso acabar com ela.

Os cacos ficaram de uma forma perfeitamente simétrica ao rosto de Hoseok. SeokJin ainda tinha muito a falar, mas não queria desperdiçar uma coincidência como aquela. Enfiou rápido. No entanto, pôde ver claramente os vidros perfurando cada olho.

O sangue estava quente, SeokJin sentiu suas bochechas encharcadas pelo líquido. Ao invés de sentir o alívio costumeiro, sua raiva continuou no auge. Precisava continuar.

As únicas características de Hoseok que via como uma qualidade era que sempre aceitava o que faziam consigo. Se contraía e berrava de dor, eram reações normais, o que diferia era que não tentava afastar SeokJin.

Os movimentos de retirar e enfiar o vidro eram muito trabalhosos, preferiu ficar rodando com firmeza a garrafa enterrada em sua face, assim conseguia rasgar seus orbes, bochechas e principalmente sua boca asquerosa. Uma mão segurava seu cabelo para manter firme, enquanto a outra dilacerava a face à sua frente.

Abriu levemente sua boca, o sangue espirrava em seu corpo e gotículas foram até sua língua. O trauma do paciente por sangue não podia ser mais justo, queria se banhar nele.

Infelizmente não tinha ideia de quanto tempo demoraria até alguém chegar à sua procura, teve que ir embora antes de seu trabalho estar completo. Não havia matado Hoseok de vez, no máximo o deixou agonizando antes de morrer definitivamente. Antes tinha raiva de pensar assim, depois passou a apreciar o fato de ter causado um sofrimento mais prolongando.

Ainda estava histérico quando saiu, isso resultou em uma humilhação. Não percebeu um dos degraus quebrado e acabou caindo escada abaixo. Além dos gritos de Hoseok, SeokJin também gritou de ódio quando estava no chão daquele terreno imundo. Feriu sua perna, o fazendo demorar bem mais para chegar em casa por estar mancando.

O assassinato de Hoseok foi o único que não o saciou em nada.

– Não ouse rir de mim, Taehyung. Todos são patéticos em algum momento de sua vida, não é? Você por exemplo, está em seu ápice agora.

Rir nem passou pela cabeça do psicólogo, sentiu pena. Infelizmente lhe restava muita humanidade.

– Quando eu caí parte da minha roupa rasgou, e o tecido permaneceu lá. Também deixei para trás minhas digitais no vidro, enfim, cometi vários erros que me fizeram ser procurado, e a investigação seguiu com sucesso com descobertas novas o tempo todo. Meus crimes foram registrados, acho que você chegou a ler alguma ficha minha, não é? De qualquer forma, se hoje estou aqui, é porque meu amor foi inteligente o suficiente para me fazer inocente.

Nem passava pela sua cabeça o que Namjoon foi obrigado a passar para resolver tudo. Pro moreno, tudo valia a pena quando era chamado de 'amor' de a forma adorável como aquela. Uma pena que sua atenção só durou aquela frase, logo em seguida voltou a se dedicar apenas a Taehyung.

– Mas sabe um detalhe interessante? Eu cheguei ensanguentado, e a primeira coisa que eu fiz foi retirar minha roupa e beijar Namjoon com meu rosto completamente sujo, foi com uma língua que eu tirei o sangue da minha pele. Gostaria de tentar, Taehyung?

Não podia terminar sem antes causar nojo em seu psicólogo.


Notas Finais


E então, o que acharam? Comentem pois eu estou com saudades de ouvir vocês.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...