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História Romeu e Julieta - Capítulo 2


Escrita por: curiousarcher

Capítulo 2 - Capítulo 2


Capítulo 2: 
“Se a rosa tivesse outro nome, ainda assim teria o mesmo perfume.” *Romeu e Julieta*.

Alice’s P.O.V: 
Estávamos sentadas nas arquibancadas da academia conversando sobre qual filme faríamos.
- Devíamos fazer um de terror, ficaria legal. – Zelena deu de ombros.
- Não, por favor, terror não. – Emma falou. Estava deitada com a cabeça nas pernas de Regina, que por sua vez estava sentada acariciando seus cabelos. Ruby abraçava Mérida e ela mantia sua mão na cintura dela, com a outra mão mexia no celular. Belle estava abraçando o braço de Zelena e ela às vezes falava alguma coisa que a fazia rir. Eu, como sempre, estava de vela. Robin também, mas ela tem uma namorada... Então ela não estava completamente de vela, quer dizer. Porque eu sou solteirona. E não que eu me sinta incomodada com isso, estou muito bem assim. Aliás, estou solteira porque quero. Não que eu seja um ser repugnante, maldoso e sem coração. Só meio que não... Acredito em relacionamentos. Eu acho Regina e Emma um casal bem bonito, Zelena e Belle também e até mesmo Mérida e Ruby, mas pra mim? Não mesmo. Ok, Robin e Lindsay? Nojento. Não por ela ser nojenta ou algo do tipo, ela é legal, mas Robin é nojenta. E é nojento eles se beijando porque, bem, é a Mills! Como alguém tem coragem de beijar aquela pessoa baixa e repugnante? Eu não teria, não mesmo. Não que Robin seja feia, ela até fica meio fofa quando sorri de lado. Não, não, por favor, finja que eu não escrevi isso. Robin não é fofa, é uma panaca, isso sim. E eu nunca, jamais, nem que eu fosse viver a eternidade e ela fosse o único ser vivo da terra, eu pegaria sua mão, a abraçaria, a beijaria ou faria qualquer coisa do tipo. Não mesmo. Não, não, não e não. Me dá até arrepios em pensar nisso. 
- Comédia? – Zelena perguntou. Rimos.
- Vindo de nós, ficaria uma coisa bem pervertida. –Emma deu de ombros e todos riram. – Acho que a Sra. Me-desculpe-eu-não-a-autorizei-a-falar-Swan, não aceitaria isso. 
- Ficção? – Mérida perguntou animado.
- Seria difícil, são muitos efeitos, e temos que fazer um filme simples. – Belle falou e Mérida suspirou fazendo uma cara triste.
- Suspense? – Ruby perguntou em dúvida. 
- Efeitos demais também, além de assustar um pouquinho, dependendo do filme. – Falei. Todos suspiraram.
- Drama? – sugeriu Regina.
- Alguém aqui sabe forçar a chorar? Acho que não. – Eu falei. – Mas ninguém aqui sabe atuar também, então...
- Drama não! Eu choro. – Belle falou e nós rimos.
- Err... Só sobrou romance, eu acho. – Zelena falou, todos fizeram uma careta.
- Um romance seria fácil de fazer, por mais que seja tosco. – Robin deu de ombros. Regina bufou.
- Então, ok, vamos fazer romance. – Ela falou. – Mas qual? – Ela fez uma careta.
- Não sei, não assisto muitos filmes de romance. Só os que a Lindsay me obriga a ver, mas a maioria das vezes é comédia também. – Robin falou.
- Acho que deveríamos fazer Romeu e Julieta. – Zelena falou do nada e todos o olharam na mesma hora, incrédulos. – Ah, fala sério, gente. Por mais que seja meloso, tosco, dramático e fresco, a Sra. Cooper acharia legal se nós fizéssemos. Ela mesma propôs. Seria mais vantagem pra gente, não acham? – Todos foram obrigados a concordar.
- Tá... Mas quem vai fazer o Romeu e a Julieta? É o papel principal. – Eu falei.
- Eu não vou ser o Romeu. – Todas as meninas do grupo de Robin falaram juntas.
- Nem eu vou ser a Julieta. – Todas as meninas do meu grupo falaram juntas também. Ficamos nos olhando durante o tempo.
- Ok, isso vai ser difícil. – Mérida suspirou. 
- Que tal se a gente sorteasse os papeis? – Emma sugeriu. Todos concordaram. Ela se esticou até sua mochila tirando papel e caneta de lá. Ficou escrevendo por um tempo e rasgou a folha em vários quadradinhos. Dobrou todos e balançou na mão. – Pronto. Vocês pegam e quando eu falar que vocês podem abrir, vocês abrem. – Cada um pegou um papel. – Pode abrir. 

E todos abriram, inclusive eu. E fiquei realmente brava por ver a letra de Emma ali. Estava escrito “Julieta” em meu papel. Fiquei pensando em quem seria o Romeu. Eu aceitaria se fosse Zelena, ou Regina ou Mérida. Desde que suas namoradas deixassem, claro. 

– Agora cada um fala seu papel. – Todos falaram seu papel, até chegar no Mills, que normalmente disse:
- Romeu. – COMO ASSIM ROBIN ERA O ROMEU?
- EU NÃO VOU SER A JULIETA! – Berrei me levantando brava.
- Ah, que fofo! – Emma falou. – Vai ter que dar uns amassos na Mills, hein, Tilly?
- Eu não vou beijar ela! – Falei brava. – Muito menos me amassar, fala sério! É Robin!
- E daí? – Regina bufou. – Vocês que pegaram o papel. 
- E você? – Olhei pra Robin que normalmente me olhou, como se nada tivesse acontecendo. – Vai ficar aí sentada com cara de ânus? Não vai falar nada? 
- Me beijar não vai ser o fim do mundo, Jones. – Ela falou isso. SIM, ELA FALOU ISSO! COMO ASSIM NÃO VAI SER O FIM DO MUNDO? 
- Como assim? – A olhei incrédula. – Eu não vou te beijar. Você está com deficiência mental? Precisa ir em algum psicólogo? – Robin rolou os olhos se levantando e ficando frente a frente comigo.
- Cá entre nós, Jones, eu beijo muito bem. – Ela sorriu de lado. Não foi como se ela tivesse envergonhada nem nada do tipo, foi mais algo tentando me seduzir. 
- Ainda bem que eu nunca provei pra saber. – Falei. Ela riu. – E nem vou provar! – Ela ia falar algo, mas seu celular tocou no mesmo instante. 
- Só um minuto. – Ela falou e atendeu o celular. Falou algumas coisa e se afastou do grupo até um canto vazio da academia de boxe. Eu a olhava incrédula. 
- Eu já disse e repito: Não vou beijar a Mills. – Falei brava. Peguei minha mochila e marchei pra fora da academia de boxe. 
- Hey! Jones! – Ouvi alguém gritar meu sobrenome e segurar meu pulso. Virei-me impaciente olhando Robin.
- O que quer? – Perguntei.
- Fala sério que você não vai fazer o filme por causa disso. – Ela falou incrédulo.
- Eu não quero te beijar, Mills. – Falei séria.
- Muito menos eu! – Ela falou. – Mas eu dependo disso pra passar de ano, sabe o que é levar quatro bombas? Acho que não. 
- Eu já levei duas, posso conviver com a terceira. – Falei. – E eu não me importo com você, não mesmo. Pode se jogar na frente do carro agora se quiser.
- Não é só eu que dependo disso pra passar de ano. – Ela apertou meu pulso. – Preciso te lembrar que todos os outros também precisam? Se não vai fazer por mim, faça por eles.
- Eu não quero. – Falei. Robin já estava perto o suficiente de mim e me olhava incrédula.
- Você vai repetir de ano porque não quer me beijar? – Ela perguntou. 
- Sim. – Respondi. Robin riu.
- É esse o problema?
- Sim. – Ela riu e espalmou suas mãos em minha cintura, me puxando pra perto. – Me solta! – Tentei me desvencilhar de seus braços, mas ela prendia minha cintura contra a sua firmemente. Bufei.
- Você é muito mimada, sabia? – Ela falou. Ri irônica.
- Obrigado pelo elogio. Agora pode me soltar? – Robin riu novamente. 
- Eu não vou tomar minha quarta bomba por sua culpa, Jones. – Ela apertou fortemente minha cintura. O que me causou um pouco de dor.
- Está me machucando. – Falei tentado tirar suas mãos da minha cintura, mas elas nem se mexiam, de tão forte que Robin segurava minha cintura. – Eu não me importo com sua bombas, Robin! Fala sério! Me larga!
- Só por causa do beijo? – Ela riu irônica, deixando de me segurar fortemente após eu reclamar. – Acho que eu posso resolver isso. – A olhei confusa e na mesma hora ela me virou contra a parede e me roubou um beijo. Sim, e simplesmente enfiou sua língua na minha boca, sem pedir permissão nem nada. Claro que eu comecei a me remexer em seus braços e bater em seu peito. Mas mesmo assim, ela era mais forte do que eu. Foi aí que eu percebi. Robin beijava muito bem. Tipo assim, bem mesmo! E isso me fez ceder. Parei de me remexer e “tentar” fazer com que minha língua não encostasse na sua. Bem ao contrário, apenas deixei as duas se tocarem, e passei meu braço pelo seu pescoço embolando minhas mãos em seus cabelos. Sim, era a primeira vez que a Mills me beijava. Vocês devem estar pensando: Ah, só um beijinho? Fala sério, vocês não podem se odiar tanto a esse ponto. Eu não odeio Robin, só não a suporto. E a simples possibilidade de beijá-la me enoja. Não a beijei como também nunca beijei Zelena e Regina. São minhas amigas, não seria diferente. Menos a Robin, porque ela não é minha amiga. Porque eu não mencionei a Mérida ali? Porque nós dois já trocamos uns beijinhos, nada demais. Ela ainda não namorava Ruby e foi há muito tempo atrás. E eu estava surpresa! Não pelo beijo inesperado que Robin me deu, mas sim por eu estar gostando! E eu estava ali, totalmente derretida em seus braços. Nos braços de Robin Mills. Não que eu não beijasse meninas, aliás, eu era muito desejada. Teve até uma vez que Lily Page tentou me beijar a força, mas eu dei um belo chute no meio das suas pernas. À partir desse dia ela começou a me odiar e espalhou um boato nada legal sobre mim. É, ele espalhou que, bem, tinha dormido comigo, mas não foi isso... Ela disse que, tipo, que eu tinha órgão feminino e masculino, sabe como é. SIM! A CANALHA ESPALHOU ISSO PELA ESCOLA INTEIRA! E claro que não é verdade. Mas eu não deixei pra lá. Arrumei um jeito dela admitir pra escola inteira que estava mentindo, e esse jeito não foi muito legal, já que quase fui expulsa. Por sorte eu esclareci tudo pra Sra. Cooper e ela me deixou ficar, mas com um mês de detenção. Meu Deus. Eu estava beijando a menina que odeio e lembrando de Lily Page? Fala sério. E o pior. Eu estava adorando beijar Robin Mills. Ela beijava realmente muito bem. 
Eu poderia passar a minha vida inteira beijando Robin Mills.
Eu não acredito que falei isso.
Ela diminuiu a intensidade do beijo para selinhos, e depois afastou sua boca da minha. Minha boca formigou pedindo mais. Robin riu. Abri os olhos e encarei os olhos de Robin vitorioso. Eu. Acabei. De. Beijar. Robin. Mills. À partir de hoje, tenho motivos sério para me matar.
- Creio que não tem mais problema, certo? – Ela falou. 
- VOCÊ ESTÁ LOUCA? – Berrei o empurrando. – QUEM VOCÊ ACHA QUE É PRA ME BEIJAR, SUA DEFICIENTE MENTAL?
- Hm, Robin Mills. – Ela falou e esse nome ecoou na minha mente. Eu realmente havia pensado muito nela durante todo o beijo. 
- Você é o ser mais repugnante da face terra! – Berrei brava. Ela riu.
- Não foi isso que pareceu enquanto você me agarrava ali na parede. – Ela falou. Senti meu sangue ferver.
- Você tem namorada, sua canalha! – Berrei. 
- Eu não considero isso uma traição. Só fiz isso pra te convencer. – Ela falou normal. – Se o problema era me beijar, já está resolvido. – Eu a olhei incrédula.
- Seu filho da... – Eu ia falar, mas ela me deu um selinho.
- Olha as palavras feias, Jones. – Ela falou rindo. Comecei a dar tapas nela. Eu estava dando com toda a minha força, e a cria de satanás não parava de rir! A minha paciência tem limite. 
- Você nunca mais nem pense em fazer isso, ok? – Berrei brava parando de bater nela. Ela me olhou ainda rindo. 
- Vai fazer o filme ou não? – Ela ignorou totalmente a minha pergunta anterior me olhando sem rir. Fiquei um bom tempo parada o olhando.
- Eu espero realmente, Robin, que você tome muito cuidado se fizer alguma gracinha à partir de hoje. – Ignorei também a sua pergunta. Saí andando e fiz sinal para um táxi que passava na rua.



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