História Room 505 - Teasing night

ALEX

TERÇA FEIRA

Bebericava minha cerveja enquanto ouvia O'Malley a cerca de seus novos projetos, a construtora em que ele trabalhava em Paris estava abrindo uma filial na América do Norte, com sede em Nova York e outra na América do Sul, em Buenos Aires.

Nicholas e outros engenheiros da matriz foram transferidos para a filial de NY, essa era oportunidade que ele esperava, apesar de muitos anos na Europa e completamente adaptado, sempre desejou voltar para os Estados Unidos. Nas poucas vezes em que nos falamos nesse período, O'Malley chegou a compartilhar a falta que sentia da família, amigos e da vida agitada na cidade que nunca dorme, além das mulheres americanas, é claro.

- Finalmente sua chance chegou, uniu o útil ao agradável, né canalha?! – Falei dando um soco de leve em seu braço.

- É, mas não foi só para confidenciar meus projetos que te chamei aqui, tenho uma proposta interessante para você, Turner!

- Se for sobre mulheres estou fora, sabe que tenho andado bem envolvido com as coisas do escritório!

- Sei bem como anda envolvido, seu safado! Mas não é nada disso! – O encarei com uma certa curiosidade, dessa vez ele me surpreendeu por não envolver alguma mulher no assunto. – Estou falando de trabalho, trabalho de verdade, porra!

- Certo, prossiga então... – Tomei um gole da cerveja enquanto prestava atenção no que ele começava a falar.

- Acabei de sair de uma reunião com a diretoria, estávamos resolvendo os últimos detalhes da expansão e toda a burocracia que você já deve imaginar... – Assenti. – Veio uma equipe de advogados junto com um dos sócios, acredito que todos devem retornar a Paris no começo da semana que vem, isso quer dizer que precisaremos de advogados de confiança e muito bem relacionados na cidade, dois já foram contratados, pensei em indicar você para a terceira vaga, mas antes queria saber se topa, sei que anda cheio de coisas... – Foi a vez de Nick beber seu drink. – Te interessaria?

- Levando em consideração que é na minha área e que já estou resolvendo o problema de sobrecarga no escritório, devo dizer que é algo a se pensar sim! Já tem um tempo que estou pensando em focar mais na parte empresarial e abandonar as outras demandas, só abro essas exceções para meus clientes antigos e amigos da família, mas isso tem tomado muito do meu tempo, amanhã por exemplo, tenho duas audiências importante e que demadarão meu dia inteiro, não conseguirei nem aparecer no escritório. – Soltei uma bufada e voltei a encará-lo.

- Outra coisa importante é que você terá total autonomia conosco, poderá trabalhar do seu escritório se quiser, comparecendo somente em caso de reuniões ou para resolver outras questões burocráticas quando for necessário.

- Isso é bom, muito bom! – A proposta de Nick realmente parecia atrativa.

- E então, posso indicar seu nome amanhã para os membros da diretoria?

- Autorizado! – Tilintei minha cerveja em seu copo.

- Certo, te mantenho informado, Turner! - O'Malley parecia satisfeito.

- Perfeito! – Dei um último gole na cerveja, ainda tinha Forest Hills na minha rota.

- Agora mudando de assunto... – O encarei já prevendo o que ele iria falar. – Saquei bem o tipo de envolvimento que anda tendo com o trabalho, seu safado! – Não evitei sorrir diante das suas insinuações, que dessa vez estavam certas. – Não sou o único que une o útil ao agradável aqui, não é? – Disse se referindo ao final de semana que eu havia passado com o Lana.

- Você encheu tanto a porra da minha cabeça que foi impossível não fazer uma besteira!

- Aposto que não foi difícil seduzi-la, ela é caidinha por você!

- Tinha razão...

- Claro que eu tinha! Mas me fala, foi só sexo?

- Sim. – Me limitei a falar, não estava afim de ouvir as balbúrdias do Nicholas hoje.

- Entendi... – Ele arqueou a sobrancelha e me encarou balançando a cabeça em negação.

- O quê? O que foi?

- Você aí tentando me enganar, esqueceu que eu te conheço bem, safado? – Ele estreitou os olhos, me fazendo revirar os meus. – Vai me dizer agora que aquele papo de que ela era maravilhosa e uma das melhores com quem você esteve foi da boca pra fora?

- Eu tenho que ir! – Acenei para o garçom trazer a conta, tentando sair daquela conversa.

- Espera, vamos tomar a saideira!

- Não vai rolar, tenho um compromisso daqui a pouco!

- Um compromisso ou um belo par de pernas? Espera, até me arrisco a dizer que de onde sairá esse belo par de pernas também sairá belos olhos verdes e uma boca estupidamente convidativa, acertei? – Ele me olhou com sua melhor cara de sacana.

“Desgraçado, me pegou!”

- Esqueceu de mencionar as curvas que mais parecem um caminho para a perdição! – Soltei um riso abafado.

- Eu sabia, porra!

- Agora que sabe, estou liberado? – Ergui as duas sobrancelhas esperando sua resposta.

- Some daqui, seu puto! - O'Malley me lançou um olhar cúmplice. – Deixa que eu pago a porra da conta, vaza! – Assenti lançando uma piscadela enquanto Nick me encarava com os olhos estreitos e um sorriso perverso no rosto até eu sumir das suas vistas.

Confesso que saí do bar um pouco pensativo, e permaneci assim até entrar em meu carro, espero que O'Malley me conheça bem como disse lá dentro, caso contrário eu precisava ter mais controle da situação, meu caso com Lana não podia estar tão estampado no meu rosto dessa forma, ela deixou claro que preferia manter tudo em sigilo e eu concordei apenas para não colocá-la em situações constrangedoras, mesmo que seja difícil vê-la no escritório usando aquelas roupas tão apertadas e ter que segurar a vontade de fodê-la até senti-la gozar em meus braços, gemendo meu nome em alto e bom som.

“Lana, Lana...”

Ao menos em minha casa não precisaremos sustentar esse teatro chefe e funcionária, lá posso fazer o que eu quiser com ela sem ter que me preocupar com nada que não seja saciar esse tesão que toma conta de mim quando estamos juntos.

Liguei o som do carro, coloquei seu endereço no GPS e dei partida, não queria perder nem mais um minuto dessa noite, que com certeza seria bem longa.

LANA

Parei em frente ao guarda roupas tentando escolher um look que combinasse com minha lingerie nova e que fosse suficientemente provocante, depois do expediente consegui passar num sex shop a caminho de casa e comprei a peça mais sensual que vi, mesmo o convite do Turner tendo sido de última hora, eu não podia ir de qualquer jeito, não se eu quisesse impressioná-lo, não dava pra continuar sendo a garota boba e ingênua que caiu nos encantos do chefe, eu precisava mostrar a mulher sensual e madura que havia dentro de mim.

Queria que Alexander se sentisse atraído, que me olhasse com desejo e percebesse que eu não fico atrás das mulheres com quem ele costumava sair, e que apesar da minha pouca idade e quase zero de experiência, posso sim lhe proporcionar prazer.

Entre um vestido e outro, meus olhos finalmente pararam no cabide em que estava pendurado um vestido vermelho de manga curta, justo, com o comprimento de um palmo acima do joelho, super sensual e que combinaria perfeitamente com o salto que eu tinha separado para compor o look “mulher fatal”.

Uma lingerie sexy, uma vestido provocante e um salto seriam minhas armas para esta noite.

“Uau, o quão vadia você está se tornando por um homem, Lana?” – Sorri com a minha consciência dando o ar da graça mais uma vez. – “Mas o que eu posso fazer se minha vida passou a se resumir a sexo com um homem dez anos mais do velho do que eu, que me faz perder em devaneios e suspiros?” – Umedeci os lábios e senti um leve arrepio percorrendo minha pele ao fechar os olhos e lembrar dos nossos momento íntimos.

Definitivamente eu não podia ir de qualquer jeito, a oportunidade que eu sempre quis estava nas minhas mãos e eu não ia hesitar.

Passei meu hidratante corporal de frutas vermelhas antes de vestir a lingerie preta, toda em renda com detalhes em vermelho que eu havia comprado, aquela cor destacaria diante da minha pele quase pálida, por fim coloquei o vestido, o salto e borrifei meu perfume levemente adocicado nos pontos estratégicos do meu corpo.

Passei uma maquiagem leve e separei um batom vermelho para usar, eu sabia que Turner gostava da cor e nada mais justo usa-lo para provocá-lo.

Arrumei rapidamente minha nécessaire com o essencial para esta noite e para o trabalho amanhã, e então tranquei meu quarto.

- Nossa! – Katie me olhava da cabeça aos pés quando cheguei na sala. – Que produção toda é essa?

- Deixa de boba, não é nada de mais! – Deixei a bolsa e a nécessaire em cima do sofá e fui até a cozinha beliscar alguma coisa.

- Nunca vi você usando esse vestido...

- Vou encontrar o Alex, Kat! – A encarei com um sorriso bobo no rosto. - Preciso estar bem!

- Eu deveria imaginar que se tratava do Senhor Turner! – Ela se aproximou e encostou no batente do arco da cozinha. – Imagino que não voltará pra casa hoje, certo? – Disse lançando um olhar para minhas coisas sobre o sofá.

- Acertou! – Contorci os lábios antes de beber o suco de laranja.

- Passaram o feriado juntos, e hoje... Isso não está indo rápido demais, Lana?

- Talvez esteja, mas você sabe o quanto eu sonhei com isso, né?

- E como sei... – Katie se aproximou depositando um beijo em minha testa. - Apenas se cuide, ok?

- Eu prometo que vou!

- Vou entrar no banho agora, se eu não ver você hoje, divirta-se!

- Obrigada, Kat!

Pouco depois da Katie entrar no banho e eu devorar o lanche de queijo e presunto, meu celular vibrou indicando uma nova mensagem.

Abri o sorriso apaixonado de sempre ao constatar que era Alexander avisando que havia chegado.

“Pontualmente às nove!”

Caprichei no batom, antes de pegar minhas coisas e descer. Assim que saí do prédio senti um frio na barriga ao avistar o H-RV branco parado do outro lado da rua.

Atravessei com cuidado e abri a porta do carona, dando de cara com aqueles olhos castanhos me fitando lentamente de cima a baixo, analisando cada parte do meu corpo naquele vestido, até encontrar o meu olhar tímido e minhas bochechas coradas.

- Uau! – Alexander disse com uma das sobrancelhas arqueadas e um sorriso lascivo de canto. – Está maravilhosa, Lana!

- Obrigada, Alex! – Esbocei um sorriso tímido ao entrar no carro.

- Vamos? – Concordei colocando minha nécessaire e bolsa no banco de trás e depois o cinto de segurança – Espera, seria possível provar o gosto do seu beijo antes? Você está irresistível...

É óbvio que eu não lhe negaria esse beijo, soltei o cinto em resposta e me aproximei, inclinando meu rosto em sua direção, sentindo sua mão passear pela lateral do meu rosto antes de alcançar minha nuca, me trazendo para um beijo inicialmente calmo, onde Alexander explorava cada cantinho lentamente até nossas línguas encaixarem um ritmo mais acelerado, transmitindo toda a urgência e necessidade que tínhamos um do outro.

Sua outra mão deixou o volante e pousou em minha coxa, apertando-a com a mesma intensidade em que me beijava.

- Essa sua boca me enlouquece... – Ele disse entre o beijo. – De todas as maneiras! – Sussurrou e eu senti o tom malicioso em que proferiu aquela frase.

“Será que foi pelo o que aconteceu em sua sala hoje, quando ele gozou e eu engoli tudo?”

Permaneci calada, apenas sentindo seu gosto e o cheiro do seu perfume que entorpecia meus sentidos, até naturalmente nossos lábios se separarem, formando um sorriso cúmplice em ambos, e só então ele deu partida no carro.

Durante o trajeto até sua casa, Alexander comentou brevemente sobre a conversa que teve com o amigo Nicholas e a proposta que ele lhe fez parecendo bastante animado com ideia.

Em dados momentos também notei seus olhares em minhas pernas, decote e lábios, me fazendo sorrir internamente ao pensar no quão impuros deveriam estar seus pensamentos naquele momento.

Pelo horário, o pico de trânsito já havia passado e tudo fluía normalmente com isso não demorou muito para que avistássemos o condomínio luxuoso em que Turner morava, era a terceira vez de fato que eu entrava ali e ainda sim não deixei de admirar o local e pensar em como deve ser bom ter muita grana e morar num lugar como este, poder ter o mundo ao alcance e não ter de trabalhar apenas para pagar contas e sobreviver no final de cada mês.

Alexander estacionou na garagem e assim que destravou as portas, desci me dirigindo até a porta detrás para pegar minhas coisas, mas antes que eu pudesse abri-la, senti seus braços enlaçarem minha cintura, fazendo minhas costas baterem contra seu peito.

- O que pensa que está fazendo, senhorita Rey? – Nos encostou no carro e eu posso jurar ter sentido sua ereção tocar minha bunda. – Veio com esse vestido para me provocar, não foi? – Disse ao meu ouvido em tom de malícia, me causando um arrepio instantâneo. – Pois saiba que se queria me deixar maluco, seu plano deu muito certo! – Girou meu corpo de frente para o seu e umedeceu os lábios enquanto encarava sem cerimônia alguma o modelito perfeitamente colado em meu torso.

- Foi o primeiro que eu vi! – Menti, já sentindo meu rosto queimar e um calor me invadir diante dos seus olhares impudicos.

- Não minta para mim, Lana! – Ele estreitou os olhos, contorcendo os lábios em um sorriso perverso. – Duvido que por debaixo desse vestido eu não tenha uma surpresa ainda melhor! – Me encarou por curtos segundos antes de me trazer para um beijo feroz qual correspondi com o mesma vontade.

As mãos do Alex começaram a percorrer meu corpo de maneira mais urgente e necessitada, logo seus beijos lascivos desceram pelo meu maxilar, pescoço e colo enquanto suas mãos iam explorando o que conseguiam, até finalmente alcançar a parte mais sensível do meu corpo.

Seus dedos passaram a me torturar por cima da calcinha de renda enquanto sua língua chupava meu pescoço e colo, me deixando ainda mais excitada e com uma vontade louca de senti-lo dentro de mim da maneira mais selvagem e depravada possível.

Já nem ligava se estávamos na garagem da casa ou se algum vizinho nos visse ou ouvisse, só queria ser dele.

- Alex... – Sussurrei quase sem forças com uma das mãos em seu peito e a outra em seus cabelos, puxando-o devagar, completamente entregue aquela situação.

- Vamos para o meu quarto... – Ele falou tirando a mão do meu ponto sensível, levando-as ao meu bumbum, apertando-o antes de me trazer para seu colo. – Não vejo a hora de foder você do jeito que eu quiser!

“Eu devo ter me tornado uma grande vadia mesmo, porque eu passei a adorar a forma direta e sem filtro que ele falava comigo no auge do próprio tesão!”

Não faço ideia de como ele abriu a porta da casa e tão pouco como conseguimos subir aquelas escadas sem nos esborracharmos no chão, não desgrudamos nossos lábios em nenhum minuto.

Entramos em seu quarto e logo ele me deitou na cama, deitando por cima de mim, retomando os beijos e a mão boba por todo meu corpo, me fazendo arfar e ficar cada vez mais inchada e molhada de desejo.

“Sim, minha vida realmente estava se resumindo a sexo e eu estava amando isso!”

Trocamos de posição e agora eu fiquei por cima, sentindo seu sexo tocar o meu por cima de toda aquela roupa, mas eu iria colocar meu plano de “mulher fatal” em prática antes de trepar loucamente com ele naquela cama.

Interrompi o beijo e passei a rebolar vagarosamente sobre seu membro aprisionado pela calça enquanto eu tirava meu vestido, revelando a lingerie estrategicamente comprada para essa noite.

- Sabia que tinha algo muito melhor aí... – Sorriu malicioso.

- Para você... – Mordi o lábio inferior e continuei meus movimentos.

- É? – Apalpou minhas coxas e seios, e fixou os olhos em meu corpo dentro daquela lingerie.

- Sim! – Sussurrei.

- Me deu um vontade louca de ver você dançando para mim, tirando peça por peça... – Alex colocou os braços debaixo da cabeça, para me observar melhor. – Quero admirar cada parte do seu corpo antes de foder você todinha.

“O quê? Foi isso mesmo que eu entendi? Ele estava mesmo me pedindo um striptease?”

- M-mas não tem música... – Tentei argumentar diante do meu desespero e vergonha por não fazer ideia de como realizar aquele pedido sem parecer uma pata desengonçada.

- Música? – Sorriu de canto de uma forma estupidamente sedutora. – Não precisa de música, eu só quero ver seu corpo.

“Vamos lá Lana, não banque a menininha de Nashville, se começou a provocação agora termine-a!” – Respirei fundo e me pus de pé.

- De costas! – Sua voz rouca ordenava.

“De costas? Ok, estou muito fodida! Onde eu vou enfiar minha cara agora?”

Me virei de costas como ele pediu, fechei os olhos e mentalizei uma música que fosse lenta e que me ajudasse naquele momento, "Call Out My Name” do The Weeknd, a batida era exatamente o que eu precisava num momento de sedução e imaginá-la com certeza me ajudaria a ficar mais solta.

Comecei a me balançar lentamente, tímida a princípio, mas logo comecei a concentrar mais, deslizando as mãos pelo meu corpo e cabelos, tentando parecer o mais sensual possível.

- Isso, assim... – Ouvi sua voz e corei ao imaginar seus olhares, mas não me intimidei, continuei os movimentos.

Fui descendo o corpo lentamente até o chão, subindo devagar enquanto desabotoava o fecho do sutiã de renda e o atirava no chão.

- Agora vira para mim! – Ele pediu e assim eu fiz.

Continuei me balançando devagar, seu olhar estava atento a cada movimento do meu quadril, intercalando com meus seios expostos, percebi ele mordiscando o próprio lábio diversas vezes enquanto eu me tocava.

- Quer mesmo acabar comigo, não é? – Ele disse levantando, ficando de joelhos na cama, desabotoando a camisa, tirando a calça e as meias.

Olhei seu peitoral levemente definido e a expressão de desejo em sua face sentindo uma vontade louca de sentar nele até gozar aos gritos, mas mantive o foco e continuei minha dança.

Vagarosamente fui soltando as ligas que prendiam minha calcinha a liga de perna e joguei-as no chão, tirando coragem sabe Deus de onde para encará-lo com uma expressão bem safada.

Voltei a deslizar minha mãos pelo corpo com a música ainda ecoando em minha cabeça.

- Chega! – Ele levantou e caminhou em minha direção, me trazendo para junto do seu corpo quente, fazendo meus seios baterem em seu peito antes de me beijar desesperadamente enquanto sua mão livre agarrava minha cintura e me trazia para o seu colo.

Turner me jogou em sua cama e abocanhou meus seios sem nenhum decoro, revezando entre um e outro, sua língua me provocava de todas as formas.

Desceu os beijos pela barriga até chegar em minha intimidade coberta pela calcinha, que ele logo tirou e começou a chupar toda aquela extensão sem cerimônia alguma.

Minhas mãos bagunçavam seus cabelos, apertando-os, enquanto eu me contorcia em sua boca, gemendo incontrolável, tomada por todo tesão e desejo que sentia quando estava em seus braços.

- Alex...

Ele enfiou os dedos em minha entrada, enquanto sua língua me sugava freneticamente, meu corpo arqueado começava a sentir as primeiras reações do orgasmo e que não consegui evitar.

Gozei em sua boca, aos berros!

Alexander foi subindo os beijos, me deixando cada vez mais louca e fora de mim.

“Minha vez!” – Pensei antes de virá-lo na cama para devolver os beijos e chupões.

Beijei seu peitoral e trilhei um caminho até chegar na boxer branca, massageando o volume aprisionado.

- O que vai fazer? – Ele perguntou sorrindo de uma forma depravada, eu apenas o encarei e tirei sua cueca, depositando os primeiros beijos e lambidas. – Essa boquinha, Lana...

Suas mãos agarraram meus cabelos e passaram a ajudar nos movimentos, o chupei até quase engasgar.

Ele sussurrou um palavrão e eu apenas sorri de canto, encarando-o antes de subir os beijos até chegar em sua boca, misturando nossos gostos.

Me encaixei em seu membro, apoiando minhas mãos em seu peito e comecei a me movimentar.

Transamos até não aguentar mais!

Perdi as contas de quantos orgasmos Alexander me proporcionou, ele parecia insaciável e eu estava ali, pronta para satisfaze-lo em todos os momentos, como uma vadia louca por sexo, sem saber quanto tempo mais tudo isso iria durar.

Eu só queria ser dele e viver esse momento intensamente, guardando cada transa na minha cabeça, cada palavra safada e cada toque em minha pele.

“Ah, Alexander!”

QUARTA FEIRA

Foi difícil acordar depois de uma noite tão intensa, mas mais difícil ainda foi criar forças para levantar, principalmente por de ter sido despertada aos beijos pelo Alex.

- Bom dia! – Beijou meu ombro. – Também não gostaria de levantar, se eu tivesse que escolher, com certeza ficaria com você nessa cama o dia todo... – Sorriu tocando meu rosto, depositando um carinho. – Mas tenho um dia cheio e estressante pela frente e acredito que você também!

- Bom dia! – O encarei ainda sonolenta com um sorriso fraco, querendo ficar ali naquela cama e não levantar nunca mais. - Está bem!

- Vamos para o banho? – Assenti e então aos trancos e barrancos nos levantamos.

O relógio marcava 7h quando saímos do banheiro, aquela foi uma das poucas vezes que realmente só tomamos banho ao invés de transar como dois coelhos. Ajudei Alex na escolha do Terno e da gravata e depois fui até minha nécessaire pegar a muda de roupa que havia separado para o expediente.

Já estava vestida e me maquiando quando ele saiu do closet, vestindo aquela roupa que era o meu fetiche, quase borrei meu delineado por olhar demais.

"Absolutamente lindo e charmoso!"

Descemos, tomamos um café rápido e saímos.

Gentilmente Turner me deixou no escritório, quer dizer, umas três quadras antes, numa rua pouco movimentada, não queria que ninguém daquele prédio me visse descer do carro dele, meu plano de nos mantermos em sigilo ainda estava de pé.

[...]

A quarta feira estava se arrastando, a hora não passava, parecia que eu estava ali há décadas, e só não enlouqueci porque passei boa parte do tempo anotando recados, organizando a agenda do Alexander, respondendo e-mails e preparando tudo para a entrevista de amanhã com os candidatos a vaga de estágio.

Apesar das ocupações, fiquei o dia todo esperando uma mensagem que sequer chegou, sei que nosso lance é de pele, com total desapego, mas pensei que depois de tudo o que tem acontecido entre nós, ele iria ao menos mandar uma mensagem.

“Que boba você é, Lana! Está criando expectativas com alguém que nem te pertence, com um lance completamente carnal.”

Saí do escritório me sentindo péssima, torcendo para que Katie não perceba meu estado quando chegar no apê, no fundo ela estava certa, eu sou a garota tolinha que caiu nos encantos e agora garras do chefe gostoso, e que não demoraria muito para ser descartada por ele.

Foi difícil pregar os olhos quando a todo momento eu só conseguia pensar que outra poderia estar em sua cama agora, sendo tocada e fodida como eu também fui.

"É claro que isso não podia dar certo, não comigo sendo completamente apaixonada por ele desde o primeiro dia em que pisei naquele escritório!"

Depois de uma briga interna, acabei pegando no sono.

QUINTA FEIRA

O dia seria muito mais movimentado que o anterior, mas o difícil mesmo seria encarar o Alexander depois de uma noite de total entrega e seu “sumiço” do dia seguinte, eu realmente estava péssima com isso.

Cheguei no escritório no horário de sempre, segui com os rituais pré expediente e depois foquei na coisas da entrevista.

Um tempo depois Jacob chegou e logo se trancou em sua sala, em seguida foi a vez do Turner, que mal saiu do elevador e já fez meu corpo reagir instantaneamente com cheiro amadeirado do seu perfume.

“Ele só quer transar com você!”

- Bom dia, Lana! – Ele disse calmamente, colocando a pasta sobre minha mesa.

- Bom dia! – Respondi sem tirar os olhos dos papéis em minhas mãos.

- Tudo bem?

- Sim!

- Tem certeza? – Ele apoiou as mãos em minha mesa e eu não pude evitar de olhá-las e lembrar de como me tocavam. 

– Sim!

- Será que consegue olhar para mim, por favor?

- Claro! – O encarei, tentando parecer indiferente e percebi seus olhos castanhos tentando me decifrar.

Alex usava uma camisa social branca, com os primeiros botões abertos e as mangas dobradas até o cotovelo, os cabelos penteados para trás como de costume e óculos escuro.

"O que ele faz pra ser tão maravilhoso assim?"

É impossível não ceder.

- Vou perguntar mais uma vez, está tudo bem? - Perguntou com o ar tranquilo e calmo, prestando atenção em todos os meus movimentos.

- Sim! – Menti, não ia confessar meu despeito idiota e completamente sem fundamento. - Só acordei com uma dor de cabeça insuportável hoje, desculpe!

- Certo! Toma um remédio, vai ajudar! – Ele se inclinou para tocar meu rosto, fazendo um carinho. - Vou para minha sala, tenho algumas coisas pra resolver antes de receber os estagiários, peça a Jacob para ir até lá em dez minutos, preciso alinhar umas coisas com ele.

- Claro! – Assenti com um sorriso forçado e recebi uma piscadela em resposta.

Turner pegou sua pasta e entrou na sala, e eu permaneci indignada na minha cadeira por ele não ter dado sequer uma satisfação, havíamos passado uma noite juntos, transando feito dois compulsivos e agora ele age como se nada tivesse acontecido.

“Você é mesmo uma idiota, Lana!" – Bufei batendo meu salto contra o chão. - "Sem demonstração de afeto em público, mas uma droga de mensagem ele podia ter mandado!"

Depois de respirar fundo umas cinco vezes, voltei ao trabalho.

[...]

Era perto das 10h quando os candidatos começaram a chegar, primeiro uma moça e depois um rapaz, acomodei ambos na sala de reuniões, entregando-lhes a ficha de cadastro, um formulário e canetas.

- O Senhor Turner já vai recebê-los, mas antes preciso que preencham esses papéis, se precisarem estou na recepção!

- Obrigado! – Responderam em um uníssono.

- Com licença! – Saí da sala e voltei para minha mesa.

Já ia sentar quando ouvi alguém sair do elevador.

- Bom dia! - O rapaz alto, com um belo sorriso no rosto se aproximou. - Vim para a entrevista com o Senhor Turner! – Estendeu gentilmente a mão em minha direção. - Sou Michael!

Apertei a mão a minha frente e não pude deixar de observar o quanto ele era bonito, e as covas que se formaram em sua bochecha quando sorriu o deixavam ainda mais charmoso.

- Oi, Michael!