História Roronoa Zoro - Punk Hazard I

A saída da ilha dos homens peixes foi conturbada. O mar do Novo mundo era estranho, caíam pedras enormes de gelo e no outro minuto se tornavam apenas gotas de chuva. O log pose apontava para outras ilhas, menos para a que estava bem em nossa frente. 

Ela pegava fogo, o mar em sua volta estava queimando e o calor já se instalava naquele navio. Retirei a blusa que usava ficando apenas com a parte de cima do biquíni esperando as ordens do capitão. 

- Vamos para aquela ilha! 

- Você enlouqueceu de vez? - Nami questionou 

- Por que? Tem um vulcão lá e parece ser legal

- É um dos motivos para não irmos - Respondi. 

- Olha! outra erupção! eu quero, vamos, vamos!

- Podemos fritar esse peixe nesse fogo - Sanji sugeriu 

- ISSO NÃO É HORA PARA PENSAR NISSO, SANJI! - Chopper gritou 

- Franky, vou precisar do mini merry, e você, S/n. - Luffy apontou pra mim - Vai comigo

- O que? por que eu? 

- Quando estávamos em Impel Down você ajudou naquele calor 

- Eu não quero ir não - Respondi sentando no chão 

- Vamos S/n! É só um calorzinho! 

- Tá pegando fogo, Luffy! Estamos sentindo o calor daqui! 

- Queria uma cerveja - Zoro resmungou 

- Ah sim sim - Me lembrei do presente que meu pai me pediu para entregá-lo. Corri para meu quarto rapidamente e vasculhei o guarda roupa encontrando a caixa. 

Voltei sorrindo e entreguei para Zoro que me olhou confuso. 

- Que isso? 

- Meu pai te mandou - Sorri 

- Shanks mandou pra ele? - Luffy perguntou animado vindo na nossa direção - Deixa eu ver, deixa eu ver! Ele que me deu esse chapéu de presente 

- Todo mundo sabe - Nami revirou os olhos - Fez amizade com o Sogro, foi? 

- Era para eu estar recebendo esse presente… - Sanji choramingou - Você enfeitiçou a S/n swan, seu maldito. 

- Eu estou SUPEER curioso. 

- O que um Yonkou daria de presente pro namorado da filha? talvez uma bomba que explodisse e matasse todos em volta?  - Robin pensou 

- NÃO FALA ESSAS COISAS! - Usopp gritou com a mesma que riu 

Zoro abriu a caixa e seus olhos brilharam logo em seguida. Eu não fazia ideia do que era, então sua reação acabou me deixando tão curiosa quanto todos ali. 

- Era disso que eu precisava! - Ele gritou tirando uma garrafa da caixa e bebendo 

- Saquê? Sério? - Perguntei nem um pouco surpresa

- Então ninguém vai morrer? - Robin perguntou 

- PARA COM ESSES PENSAMENTOS! 

- Isso aqui é muito bom, de onde é? 

- Deixa eu ver - Pedi a garrafa  pra ele que recuou - Não vai me dar? 

-  Tem pouco 

-  A GARRAFA ESTÁ CHEIA SEU EGOÍSTA - Tomei a garrafa de sua mão e bebi um pouco escutando ele resmungar 

- Tá vendo S/n swan, se eu fosse eu namorado te daria todo saquê do mundo! 

- Cala a boca, hemorragia nasal 

- Eu nunca tomei… eu não acredito que ele… te deu… algo tão… bom e nunca ME DEU PRA EXPERIMENTAR ESSE! 

- Eu falei que ele gostou de mim. - Ele sorriu convencido e pegou a garrafa de mim voltando a beber 

Resmunguei saindo de perto dele e fui para a cozinha do navio enquanto eles decidiam quem iria explorar a ilha que estava pegando fogo. Sentei em uma das cadeiras pensando em pegar algum doce ali, só que acabei por lembrar que a geladeira tinha cadeado e só Sanji tinha a chave. 

- Você tem que ficar feliz que ele gostou de mim e não me matou 

- Ele nunca te mataria, Roronoa 

- Pela filha dele? Eu duvido - Ele chegou e se sentou do meu lado - Me lembre de agradecê-lo por isso 

Assenti deitando minha cabeça em seu ombro observando-o tomar quase que a garrafa inteira. 

- Eu deixo um pouco para você - Ele sorri de lado - Um pouco. 

- Você é muito egoísta 

- Saquê não se divide, S/n. Só estou dividindo com você por que você é importante. 

Revirei os olhos e ele puxou meu queixo para me beijar. 

- Vou me lembrar disso quando me pedir torta, Roronoa

- Se ela não for de chocolate, você nem vai ter a oportunidade de ver

- Não entendo como não gosta de chocolate 

- Só não prefiro, doce demais.

Me aproximei novamente segurando seu rosto e lhe dando um selinho demorado.  Paramos o beijo quando escutei o caracol comunicador tocar e o olhei confusa. Quem ligaria para nós? Levantei para ir até ele, mas senti meu corpo sendo empurrado e Luffy pulando por cima de mim. 

- Oi, aqui quem fala é Monkey D. Luffy e eu serei o rei dos piratas. 

- Seu IDIOTA NÃO FALA ISSO! 

- Pode ser uma cilada da marinha. - Robin explica - Eles costumam fazer isso para capturarem piratas. 

- Alguém me ajude… o samurai matou todos os meus companheiros… está muito frio 

- Onde você está? Nós vamos te ajudar! 

- Luffy,não! 

- Estou… socorro… Punk Hazard.. 

- Onde é isso? 

- Muito frio.. AAAAAA

-  Um samurai matou ele! Você ainda quer ir para essa ilha? - Usopp perguntou desesperado 

- Punk Hazard? - falei pensativa - Já ouvir falar desse nome… Sim, sim, eu ouvi.. mas não dou certeza 

- O que exatamente? - Robin perguntou 

-Meu pai enquanto conversava com Mihawk falou esse nome… acho que tem haver com os almirantes. 

- Aokiji e Akainu? 

- Isso.. 

- Agora temos mais um motivo para ir! 

- NÃO! 

- SIM! 

- NÃO

- SIM!

- Vamos tirar no palitinho! 

Nos reunimos na parte externa do navio e puxamos o palitinho. Respirei aliviada quando o meu não estava queimado em baixo. 

- NÃAAO! ALGUÉM TROCA COMIGO! S/N, O LUFFY PRECISA DE VOCÊ! 

- Não precisa não 

- E se eu morrer desidratado? 

- Isso! E se ele morrer desidratado ?

- Se estiver insuportável me chamem, o mini merry só cabem quatro pessoas. 

- EU TROCO COM VOCÊ 

- Obrigada Usopp,mas eu passo

- VAI NO COLO DO ZORO ENTÃO! 

- Pra que? não era só pra trocar? 

- A GENTE VAI MORRER SEM SUA ÁGUA 

- Relaxa 

- O máximo que pode acontecer é morrermos todos queimados - Robin fala 

- PARA DE FALAR ASSIM! 

- Boa aventura para vocês! 

Zoro me puxou para um canto e segurou no meu rosto. 

- Nem pense em beber meu saquê 

- Você está preocupado com isso? E se eu for sequestrada? hm? 

- Eu corto todos. 

Assenti lhe dando um selinho. 

- Certo, não vou beber sem você, ok? 

Os quatro seguiram para Mini Merry levando um pouco do peixe que Sanji fez. Acenei para eles que iam felizes menos Usopp. Ele gritava em desespero me pedindo para trocar com ele. 

- Nami Swan, S/n Swan… Farei uma sobremesa maravilhosa para vocês - Sanji aparece - Mas antes, aceitem esse sorvete para aliviar o calor. 

Aceitamos o sorvete e ficamos conversando coisas aleatórias até que Nami percebeu nuvens diferentes em uma parte mais afastada da ilha, de acordo com a navegadora, parecia uma região de inverno. 

Comecei a sentir minha cabeça estranha, algum cheiro ruim entrou por meu nariz me fazendo ficar com sono. Pisquei meus olhos diversas vezes tentando me manter acordada, me virei para Nami e Chopper e vi que eles estavam na mesma. 

Senti minha consciência indo embora como se estivesse sem dormir a dias. A última coisa que senti foi meu corpo colidindo com o chão. 

…

- S/n! Ei, S/n! - Sinto meu corpo balançar e meus olhos se abrem aos poucos vendo Nami - Finalmente! 

- O que aconteceu? - Olhei ao redor e percebi que não estávamos no Sunny - Ok, onde a gente tá? 

- É terrível S/n! Nós fomos sequestrados! - Chopper chora desesperado 

- Hã? EI QUE LUGAR É ESSE? - Franky gritou desesperado - EU ESTAVA COMENDO SOBREMESA DE PEIXE 

- Meu palpite é que usaram gás do sono e nos capturaram enquanto estávamos dormindo 

- Que? 

- O navio estava realmente repleto de gás. Sinto muito queria ter percebido antes - Sanji lamenta 

 - E o que fazemos agora? Se capturaram todo mundo, cadê o Brook? - Franky perguntou 

- Devem ter pensado que estava morto - Pensei - Se for o caso, ele pode pedir ajuda. 

- Eles devem querer revender humanos 

- Se eles querem vender humanos, não iriam querer um esqueleto! - Chopper continua chorando

- Nem você 

- Aqui tá muito frio - Digo me abraçando e tentando esquentar meu corpo 

- Comparado ao navio, está até demais. 

- Ei, vocês… 

- Quem disse isso? - Perguntei 

 - Não fomos nós. 

- Vocês gostam de Hanjimono? Ou na língua de vocês, quebra cabeça? 

- Que coisa é essa aí que falou? - Chopper foi na direção e eu o segui - AAAAA, QUE COISA É ESSA AÍ? - Ele se escondeu atrás de mim

- É uma.. cabeça? 

- Não parece ser um inseto 

- Vocês não parecem ser pessoas más, poderiam me montar? 

- É seu rosto? Bem…. vejamos - Franky começou a pegar parte por parte e montou o rosto do homem de forma um pouco errada 

- Não está certo, deixa eu tentar - Pedi e remontei a cabeça, acabou que ficou pior ainda 

Todos nós tentamos montar novamente o homem, nenhum de nós teve sucesso. Achando aquilo tudo estranho, Chopper pegou uma cruz colocando na frente da cabeça que explicou que ele foi fatiado por um espadachim, o mais incrível era que ele continuava vivo, mesmo depois de cortado. 

- Que roupa indecente. Eu não sabia que mulheres estrangeiras usavam apenas uma faixa para cobrir os seios! 

- É UM BIQUÍNI! - Eu e Nami falamos juntas

Nami o segurou pelo nariz por dizer tais coisas para as pessoas que o ajudaram a ficar com o rosto completo. 

- Eu sei que estão bravas porque arrancaram suas roupas mas… 

- Ninguém arrancou nossas roupas - Suspirei 

- Eu me visto assim 

- QUE OBSCENO! DEVERIA SER PROÍBIDO. 

- É só não olhar  - Respondi 

- Não tem como 

- Bem, eu desmonto seus olhos 

-NÃO ME DESCULPE EU PROMETO QUE NÃO OLHO! 

Era bizarro aquela situação. Ele me lembrava Buggy, mas um buggy diferente. Depois de levar uns chutes de Sanji por secar Nami, ele se assustou ao descobrir que éramos piratas. Nada fora do comum, mesmo não fazendo mal a ninguém, as pessoas tinham medo de nós. 

O homem explicou que agora estávamos na parte da ilha que era frio. Nós precisávamos saber como fomos raptados, e por que estávamos ali. Franky arrumou uma forma de sair utilizando um raio parecido com o de Kuma arrebentando aquela porta de ferro. 

- O que você vai fazer? É só uma cabeça,Você disse que não queria fugir com um bando de piratas, não é, Samurai de Wano? - Sanji o puxou pelo cabelo revelando um penteado típico daquele local - Esse penteado é usado no país de Wano.

- O QUE?? ELE É UM SAMURAI? 

- É ele o assassino então. 

- Estou ouvindo passos! 

- Vamos Sanji, não temos muito tempo! 

Sanji pareceu pensar na situação. Depois de falar com o Samurai ele acabou por levá-lo conosco. Corríamos por um corredor enorme tendo vários homens vestidos com trajes contra gás, com certeza foram eles que nos sequestraram. 

Corremos até encontrar uma sala na qual entramos sem pensar duas vezes. Fiquei extremamente confusa quando vi várias crianças ali, crianças gigantes, e até um bebê. 

- O que tá acontecendo nesse lugar? - Perguntei 

- Viemos parar em uma sala de crianças gigantes 

- Olhem, não tem só crianças gigantes 

- Não tem nenhum adulto. 

- Essa ilha está cada vez mais estranha - Franky diz e todas as crianças olharam para ele impressionadas. 

Seu corpo de Robô chamou a atenção delas, Chopper chamou a atenção delas, todos chamamos a atenção delas, até mesmo a cabeça do Samurai que foi feita de bola. Tive que correr atrás de uma que pegou minha Adaga e queria brincar com a mesma, se ela se machucasse eu seria totalmente responsável por tal coisa. 

Não duramos muito tempo ali já que os homens que nos perseguiam conseguiram chegar naquela sala. Começamos a correr, tive que tirar Chopper da mão de uma delas que não queria o soltar por nada e o mesmo logo usou sua transformação de Kung fu. Corríamos por toda aquela sala até que as crianças começaram a gritar para salvá-las. Claro que eu parei para analisar a situação, crianças não sabem fingir, não sabem mentir, algo estava muito errado ali. 

Me virei para a Nami que pensava a mesma coisa, nós precisávamos salvar as crianças.

- Vamos ajudá-las. - Falei me virando para Sanji e Franky que estavam atrás 

- Por que? Não temos obrigação de salvar ninguém.

- Não se pode dar as costas para uma criança pedindo ajuda! - Nami gritou

 Mesmo com Sanji relutante para tal, ele aceitou apenas para acatar nosso desejo. Pedi para que todas elas nos seguissem. Sanji e Franky ficaram para trás para poderem atrasar os homens mas logo eles viriam, não demorariam, eu tinha certeza. 

Passamos por um grande corredor até finalmente chegar em uma porta que parecia não funcionar. Apertei um botão que tinha ali e confirmei que aquilo só abriria na força bruta. Chopper se ofereceu para tal e usou sua técnica de Kung fu para abri-la.

- Que frio é esse? - Perguntei quando passamos por aquela porta 

- Eu tenho m-edo dai - Uma das crianças fala

Medo? Olhei ao redor e arregalei os olhos me deparando com vários corpos congelados. No mesmo momento eu olhei para Nami e ela me olhou, Chopper em sua versão Kung fu agarrou no meu corpo e gritamos juntos. 

- VAMOS SAIR LOGO DAQUI! - Nami gritou e nós três corremos 

- NÃO NOS DEIXEM SOZINHOS! - As crianças gritaram mas estávamos muito preocupados em sair daquele local antes. 

Corremos todos gritando com aquelas crianças, acho que me desesperei mais ainda por ter crianças atrás de nós. Sei que deveríamos salvá-las, mas crianças gigantes correndo atrás de nós em um local totalmente desconhecido, poderia me imaginar em um filme de terror facilmente. 

- QUE MEDO DESSA GENTE CONGELADA! 

- EU CANSEI DAQUI! 

- Tem uma saída logo ali! - Apontei para uma grande porta aberta

Chopper se preparou para pular e eu me impulsionei atirando um jato gigante de água naquela porta o ajudando a abrir. 

- SAÍMOS! - Chopper gritou 

- Isso! conseguimos - Nami gritou 

- QUE FRIO! - Gritei me abraçando tentando me esquentar mas era quase impossível 

- SAIAM DA FRENTE, CRIANÇADA!  Hey, Hey, Hey, Franky!  Hey, Hey, Hey, Tank! Saiam do caminho! saiam, saiam super do caminho! Quem ficar na minha frente vai virar patê! 

- UM, DOIS, TRÊS, SUPEEEEEER! - Todas as crianças mais Chopper e Franky fizeram a famosa posição. 

Eu tremia de frio. Me apertei ao máximo para tentar conter. Mesmo tentando regular a temperatura do meu corpo, o frio daquele local praticamente me deixava congelada. Soprei um pouco de ar notando uma fumaça maior em minha frente, nesse momento que reparei que tinham pessoas à nossa frente. Encarei a situação e vi o fumacento… FUMACENTO TODO MOLHADO?  Ele nos olhava com ódio e um de seus charutos estava apagado. 

- O-que o fumacento tá faz-en-d-d-o aqui? - Perguntei gaguejando de frio 

- S/n ya

- Tralaw - Virei para a pessoa da voz e voltei minha atenção para o fumacento - PERA AI, TRALAW? 

Me virei totalmente para a figura que estava ao meu lado. Ele me encarou também e seu olhar estava perdido, ele tentava a todo custo olhar para frente, vi que seu rosto corado e  logo em seguida tirou o casaco que usava colocando em mim. 

- O que você tá fazendo aqui? 

- Eu é que te pergunto. - Ele diz simples 

- VOCÊ ME PARECE FAMILIAR! - Nami gritou ao ver Law 

- Sim! Ele estava em Sabaody! - Chopper respondeu 

- Foi você quem sequestrou as crianças? Seu maldito! você não vai levá-las de volta!

Tralaw tinha uma feição de confusão misturada com vontade de nos jogar para longe. Ele parecia se segurar para não fazer qualquer besteira naquele momento. Os marinheiros começaram a gritar sobre o que estava vendo. 

- SÃO OS CHAPÉUS DE PALHA! 

- É A FILHA DO RUIVO - Um deles apontou para mim

- EI, VOCÊ! - Sanji apontou para frente - SE ME LEMBRO BEM, AQUELE BRUTAMONTE ALI É O SMOKER… E você, fofinha! Essa não! é a marinha! Não vamos fugir por aqui! vamos para outra saída! VOLTEM! 

Todas as crianças começaram a correr, Nami seguiu elas e eu tentei a acompanhar junto a Sanji mas meu braço foi puxado de volta para o local. 

- Você fica aqui. 

- QUE? TÁ DOIDO É? 

- Tenho assuntos para tratar com você - Tralaw falou simples me colocando para trás dele 

- Você mentiu! Disse que não havia mais ninguém aqui!     

- Acho que me enganei, também estou surpreso. 

- Vamos pegar os chapéus de palha! - A espadachim falou levando a todos concordarem com a mesma 

- Esperem! - Smoker interviu 

- Room 

Tentei recuar um pouco mas Law me impediu. De alguma forma ele conseguiu me fazer ficar parada na frente daquela grande porta. Olhei para meu corpo e minhas pernas estava correndo pelas escadas. 

- O QUE VOCÊ FEZ COMIGO? 

- Já resolvo. 

Eu entrei em desespero. Eu não conseguia andar, no mínimo eu pensava que Tralaw queria me matar. 

- Tolos… me trouxeram problemas! Levitar.

Tralaw começou a lutar contra a espadachim que logo me recordei que já a encontrei em Longuetown e Alabasta. Ele a cortou no meio me fazendo ficar assustada, apesar disso, ela continuava viva. 

Smoker logo interveio impedindo que Tralaw a fatiasse mais. Smoker era rápido graças à sua fruta mas não era o suficiente para os ataques do cirurgião da morte como o próprio o chamou. Smoker conseguiu desviar de um dos ataques de Tralaw e o pegou quase que de surpresa, mas na verdade, a surpresa maior foi a minha. 

Cerca de um segundo depois de ver aquela cena eu estava pra levar um soco de Smoker logo o impedindo com Haki. 

- COMO EU VIM PARAR AQUI? 

- Por que meu Haki não funcionou? - Smoker questionou 

- O meu deve ser mais forte - Sorri e ele tentou me atacar novamente mas meu corpo voltou para o local que eu estava e Law apareceu ali.

Olhei para baixo e percebi que continuava sem minhas pernas. Elas vagavam por aí e quase as perdi de visão. Tralaw falou algo como Bisturi e em seguida eu vi um coração em sua mão. 

Ele veio em minha direção e fez algum sinal com as mãos, minhas pernas voltaram para meu corpo e finalmente pude ficar de pé. Fui andando a passos firmes em sua direção e o puxei pela gola da blusa. 

- Pode me explicar agora? 

Ele suspirou e se desprendeu dali observando o coração. 

- Certo, você não disse que tinha assuntos? Me diz logo, eu tenho que voltar para meus companheiros. 

Tralaw continuou sem me responder apenas mirando aquele coração. Revirei os olhos. 

- Obrigada pelo casaco, agora se me dá licença - me virei para seguir o caminho que Nami tinha ido com os outros mas ele segurou meu braço e me puxou para perto. 

-  Qual seu envolvimento com Doflamingo? 

-  Como é? Eu não tenho envolvimento nenhum com esse cara 

- Ouvi seu nome na boca de um de seus subordinados, vai continuar a mentir? 

- Eu não preciso mentir para você. 

- Então por que continua? 

- Tralaw, eu só vi esse cara uma vez em minha vida e foi em Marineford. - Balancei minha cabeça para tirar meu cabelo de cima da cicatriz o fazendo prestar atenção nela - Isso aqui foi culpa dele, não se lembra? - Ele assentiu e encarou a cicatriz com os pontos que ele tinha feito no dia.

- Por que te mencionaram então? 

- Pergunta pra ele, oras. 

- Certo. 

- Eu não tenho motivos para mentir pra você. - Respirei fundo ao sentir o aperto no meu braço diminuir - Você ajudou Luffy, já te considero o suficiente para tal.

- Que bom que não está envolvida com ele. 

- Por que está tão curioso com isso? 

- Assunto meu. 

- E eu não posso saber? Você quase me mata aqui por isso 

- Não. 

- No mínimo uma explicação decente? 

Ele suspirou e virou sua cabeça para o lado quando escutamos uma voz gritar. 

- Ei, Ei, Ei, É você! Lembra de mim? Obrigado por me ajudar naquela vez! hm? S/n? O que faz aqui? cadê os outros? - Luffy gritava em cima de uma criatura estranha

- Mugiwara-ya 

Vi a cabeça de Zoro subindo para o lado de Luffy e sorri vendo que estava bem. Me soltei de Law e fui na direção de Luffy que vinha correndo até nós. 

- Não esperava te ver aqui, Valeu mesmo por me ajudar! E você S/n, o que faz aqui? 

Pensei se deveria falar que Tralaw me obrigou a ficar, virei para ele que não demonstrava reação para tal. Talvez fosse por Doflamingo, ele tinha algum problema com o corsário? 

- Eu.. me perdi. - Menti - Estava com Nami e os demais e acabamos encontrando Tralaw e a marinha. 

- Oh certo, vamos achá-los. - Ele olhou por trás de Tralaw e coçou o queixo - Cadê o urso falante e o resto? 

- Então você conseguiu, Mugiwara-ya. - Tralaw diz sem muita emoção - Mas você não precisa me agradecer por aquilo. Eu só fiz aquilo… - Ele me encarou e voltou a olhar Luffy - Pelo calor do momento. Nós somos piratas, não se esqueça disso. 

- Isso aí - Luffy riu - Quando se trata do One piece somos todos inimigos. Mas eu devo a muita gente por me ajudar há dois anos. Eu recém vi Jinbe e agora você, que sorte a minha! Valeu de novo. 

A conversa foi interrompida pela espadachim da marinha que viu Smoker caído no chão. Ela veio correndo e começou a gritar com Tralaw. Law ativou novamente sua habilidade e falou algo como “desordem”, instantaneamente, a mulher caiu no chão. 

- VAMOS! - Usopp gritou - É perigoso ficar aqui! 

- Ei trao, uma pergunta

- Deem a volta e entrem pelos fundos - Ele apontou - O que buscam está lá . Até depois, nós dois queremos recuperar algo. 

O encarei uma última vez antes de vê-lo se direcionar a porta, corri em sua direção e segurei seu ombro o fazendo se virar para mim confuso. 

- Não sei qual seu problema com Doflamingo, mas se quer saber, queria que eu me juntasse a ele. - Tralaw assentiu e eu o soltei voltando para o lado de Luffy 

- O que você foi falar com ele?

- Agradeci por não me matar - Luffy me puxou e me mandou sentar em cima dele 

- O que é isso? - Perguntei quando me sentei em uma espécie de bunda de cavalo, mas com pernas humanas? 

- São minhas pernocas, gostou? 

- É… acho que sim, onde arrumou?

- Dentro de um dragão

- Vem, vamos fugir da marinha! - Usopp estendeu a mão com a criatura andando. 

A bunda de Luffy ou sei lá como devo chamá-la me jogou para cima e eu caí em cima de Zoro. Bela queda eu diria. Luffy caiu logo em cima de mim mas se levantou rápido perguntando sobre Smoker. Me levantei e me ajeitei ao lado de Zoro. 

- Como conseguiram chegar aqui? - Ele desviou o olhar de mim e respirou profundamente até voltar a me olhar 

- Brook ligou. Vocês tinham sido sequestrados. 

- Já cortou todos? Eu não bebi nem um pingo de seu saquê… não tive tempo 

- Ainda não. - Ele se virou pra mim e deu um sorriso fraco - Que bom, assim tenho a oportunidade de dividir direito com você. 

Notei um tom de voz diferente. Não era bravo, não era sendo grosso mas anormal vindo dele. Logo chegamos onde nossos companheiros estavam e vimos Franky bater em Nami. Gritamos pela situação mas eles nos explicaram que tinham trocado de corpo

- Eu machuquei meu próprio corpinho lindo - Nami choramingava

O samurai que ali estava recuperou as pernas novamente, que por sinal eram as que Luffy usava o deixando bem triste por não tê-las mais.

As crianças que tiramos do laboratório também estavam ali, é claro, nunca deixando de brincar com Franky. 

- Certo, agora quem é quem? - Luffy perguntou 

- Seria melhor se usassem algo para podermos identificar 

- Eu sou o Chopper

- E.. eu.. Sou NAMI SWAN! - O corpo de Nami gritou e tirou os peitos para fora, com certeza era Sanji

- ISSO! - Brook e Usopp gritaram

- Eu sempre fui indecente assim? - O corpo de Franky suspirou e olhou revoltada para seu corpo

- NÃO MACHUQUE MAIS O CORPO DA NAMI 

- PARA NAMI! NÃO MACHUQUE MAIS A NAMI! 

- Não faça novamente… ENTENDEU? Eu sou a Nami, e vou cobrar duzentos mil berries para cada vez que tocar no meu corpo. 

- Eu sou o Franky - Olhei para o corpo de Chopper que apesar de tudo  não parecia Chopper

- Eu prefiro não olhar para você, Franky - Me virei 

- O que eu fiz? 

- É… estranho ver o Chopper… bem, igual você 

- Eu seria uma guaxinim SUPER tarado? 

- Cala a boca, Franky - Robin diz simples - Não ouse falar mais no corpo de Chopper 

- Mas

- Silêncio. 
Sentamos em um círculo para falarmos sobre o que estava acontecendo naquela ilha. O Samurai procurava seu filho e as crianças basicamente estavam ali porque estavam doentes, pelo menos era isso que as mesmas falaram. O que mais me surpreendeu foi saber que Tralaw agora era um Shichibukai, confesso que não esperava tal notícia. Mesmo estando ciente de diversas coisas que aconteceram no novo mundo durante esses dois anos, Tralaw não estava incluído em nenhuma delas. 

Prestei atenção de relance na conversa que Luffy tinha com Barba Marrom. Aparentemente, ele não sabia que eram considerados a pior geração. Zoro parecia meio distante. Ajudei Chopper a arrumar suas coisas para verificar aquelas crianças e fui em sua direção colocando meu queixo em seu ombro. 

- Algum problema? 

- Nenhum 

- Está quieto

- Tô com Frio 

Não respondi, apenas beijei discretamente seu pescoço e passei meus braços ao seu redor o observando de trás. Fiquei um tempo ali apenas sentindo seu calor me aquecer mais.

- Onde arrumou o casaco? - Ele perguntou me olhando de relance 

- Foi o.. - Ia completar a frase mas compreendi totalmente o que estava acontecendo. 

Me abracei mais a ele chegando perto de seu ouvido. 

- Eu amo você - Ele pareceu surpreso ao escutar isso do nado e eu sorri - Só você. 

 Sua mão foi até meu braço me puxando forte, se eu não confiasse nele, diria que queria me jogar no chão para um ataque surpresa. Zoro me colocou ao seu lado e me puxou para bem perto, deixou um beijo em minha testa e afundou o rosto em meu pescoço. 

- Gosto de escutar. - Deitei minha cabeça nele e sorri

Nosso tempo durou pouco. Virei para trás escutando gritos de Sanji e Nami, com seus corpos trocados não era difícil saber o motivo. 

- Zoro, você tem que ir com eles! - Nami me tirou de perto dele 

-Hm? 

- Anda logo! 

- Eu não 

- S/n… Pede ele por favor 

- Zoro… Você pode aceitar o pedido de Nami? - Perguntei passando as mãos pelos cabelos do mesmo 

- Por que eu tenho que ir? O tarado é ele - Zoro revirou os olhos 

- VOCÊ QUER QUE EU AUMENTE SUA DÍVIDA? - Os olhos dela, na verdade, de Franky ficaram vermelhos até me assustando 

- Acho que não vai querer...não é? 

- Eu vou te levar pro inferno.- Ele apontou para Nami - Tarado de merda.

Ri vendo Zoro levantar furioso. Ele bagunçou meu cabelo e foi atrás de Sanji e Brook procurar o samurai com metade do corpo. 

Sentei ao lado de Chopper para ajudá-lo e logo notei movimentos estranhos vindos de trás, as crianças estavam desesperadas gritando por um tal de doce, até ameaçar Nami, elas ameaçaram.

Chopper acabou por descobrir que as crianças eram usadas como cobaias. O tal doce que elas tanto queriam era como uma droga e as deixavam dependentes, se não fosse por Usopp, com certeza elas fariam um estrago naquele local.

Fomos atacados por  dois homens gigantes que não conseguimos ver direito. Eles eram rápidos e trabalhavam para o Mestre, o que foi mais assustador é que o próprio mestre mandou matar um de seus aliados, Barba Marrom. Os homens acabaram por levar Nami por acharem que a mesma era Franky. 

 

Luffy foi salvá-la. Me restava ficar vigiando aquele local junto a Usopp enquanto Chopper tentava analisar mais as amostras.

…

 

- O QUE?????? -  Gritamos juntos 

- VAMOS FORMAR ALIANÇA COM OS PIRATAS HEART? - Usopp e Chopper gritaram 

- Era só para você resgatar Nami, como volta com uma ideia dessas? - Usopp puxou Luffy pela gola do casaco e começou a balançá-lo - Escuta, só de pensar em me aliar com esse maluco me dá calafrios, sabe que eu não vou conseguir pregar os olhos a noite! 

- Viu Luffy? Todos são contra - Nami fala - Vamos desistir disso, queremos viajar no nosso próprio ritmo. 

- Isso, no nosso próprio ritmo! Ainda é muito cedo para enfrentarmos um dos quatro imperadores 

- Oe, cuide do guaxinim - Tralaw interrompe Chopper segurando o corpo de Chopper 

- Que se dane o Guaxinim! AAAA É MEU CORPO, O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE? 

- S/n, o que você acha? - Luffy me perguntou e eu apenas suspirei - Você também o conhece 

- Não tenho motivos para não aceitar Tralaw, apesar de… É bem, ele parece ser.. hm.. confiável? - Me perdi nas palavras me lembrando de mais cedo, ele pode ter nos ajudado mas era nítido que não falou tudo. 

- Eu acatarei sua decisão Luffy. - Robin diz - Mas alianças entre piratas são marcadas por traição, é perigoso para alguém crédulo como você. 

- Você vai me trair? - Luffy perguntou a Tralaw 

- Não 

- CARA, PELO MENOS DUVIDE UM POUCO! - Usopp gritou 

Eu ri com a situação recebendo outro grito de Usopp que tinha o nariz dobrado no meu.

- Até porque a ideia de aliança é legal, e Trao é um cara legal, ele ajudou a S/n várias vezes, então eu confio nele. 

- Ele ajudou por que tem interesse nela - Robin falou 

- Hm? 

- Interesse? - Perguntei e encarei Tralaw que tinha a boca entreaberta e as sobrancelhas arqueadas 

- Apenas na Aliança. - Ele responde desviando o olhar.

- Viu, ele é confiável - Luffy dá um sorriso - E se for o caso dele nos trair, vocês treinaram por dois anos. 

- QUE?? 

- Nem fala, me deixa toda encabulada 

- Eu sou SUPER confiável

- Tá me bajulando seu,boboca. A gente faz o que tem que ser feito - Chopper começou a dançar no corpo de Sanji 

-Boa Luffy, pode contar conosco - Usopp fica feliz - Se Zoro e os outros derem pra trás eu dou um jeito de convencê-los. 

- Certo, conto com vocês. 

Abaixei a cabeça rindo de como eles foram convencidos fáceis e olhei para Tralaw que parecia assustado vendo aquela cena. Era nítido que ele não queria acreditar no que estava acontecendo. 

- Se arrependeu? - Perguntei e ele alterava seu olhar para mim e para cena em sua frente - Agora vai ter que se acostumar 

- Seu capitão é um idiota. 

- Eu sei - Levantei e dei um tapinha em seu ombro - Boa sorte, aliado. Alias, Pode me emprestar a boina? 

- Está com tanto frio assim? 

- Também, acho que vai combinar com meu visual novo. 

Ele deu um sorriso de lado e se sentou. 

- Talvez em um outro momento. 

Conversamos por um tempo para decidir o que faríamos em relação às crianças. Tralaw pensou que as crianças ficariam  por lá, questionando se iríamos deixar nossos companheiros por aqui mesmo.

- Se meus companheiros querem ajudá-las, eu vou ajudar. E Sanji quer recuperar o corpo do Samurai, Você vai ter que me ajudar se quiser que eu te ajude! 

- Eu sabia.. Você não faz a menor ideia do que é uma aliança - Usopp se lamenta - Você pensa que uma aliança é uma cooperação mútua, certo? 

- Sim 

- Escute, a definição de aliança para Luffy é diferente da sua.

- É como se fossemos amigos, não é? 

- Não exatamente, Luffy. 

Usopp começa a explicá-lo e ele nem leva tão a sério a ponto de tirar meleca no nariz e jogar em Chopper que começa a gritar. Fui em sua direção e lavei o rosto do nosso médico.

- EI, NÃO JOGA MELECA EM MIM

- Ah, me desculpe. - Tralaw permanecia sem acreditar onde tinha se metido. 

- SÓ POR QUE NÃO POSSO ME MOVER

- Desculpa, desculpa. 

- Certo. Eu já entendi, temos pouco tempo. Vou investigar sobre as drogas no laboratório, quem é o médico do bando? Ele vem comigo para ajudar

- Ele - Peguei Chopper no colo o entregando e Tralaw me olhou sem acreditar - Vira 

Ele não respondeu, apenas ficou me encarando e logo me devolveu rápido Chopper. 

- Anda Tralaw, ele vai com você mas ainda não consegue andar. 

- O que você vai fazer? - Ele perguntou se virando e eu peguei uma corda que Usopp tinha na bolsa 

- Você vai levar ele - Respondi e coloquei Chopper em cima de sua cabeça. 

Tralaw se remexeu quando sentiu um peso a mais além do chapéu e tentou se virar. O impedi e passei a corda pelo corpo de Chopper amarrando com cuidado para não o machucar. 

- Pronto. - Usopp veio para analisar o nó e confirmou que estava bom 

- Desculpe por isso, mas não vou conseguir andar por um tempo, então, obrigado. - Chopper se desculpou 

- Cuida bem dele, entendeu? - Fui para frente de Tralaw que estava paralisado e com os olhos arregalados - Que foi? 

Ele subiu seu olhar para mim e começou a mexer a boca como se fosse falar alguma coisa. 

- Tá muito apertado? - Ele não respondeu e escutei risadas atrás dele 

- Você está SUPER fofo 

- Desculpe, eu não consigo para de rir 

- Boa sorte, Chopper 

- Conte comigo. 

- Trás ele de volta, INTEIRO - Tralaw permanecia estático me encarando - Se eu ver qualquer coisa diferente nele, vou te afogar. 

Tralaw permaneceu alguns minutos em silêncio até desamarrar Chopper de sua cabeça e enrolar um saco em sua espada. 

- Você está bravo? - Chopper perguntou 

- Não

- O que você vai fazer? - Perguntei quando ele abriu o saco na direção de Chopper 

- Ele vai aqui dentro - Tralaw se virou para Chopper e eu o coloquei  dentro do saco  que em seguida foi erguido pela espada. - Fica muito visível na minha cabeça 

- Só por isso? - Cruzei os braços e ele suspirou - Só volte com ele inteiro. 

Ele assentiu e saiu daquela parte do laboratório. Fui na direção de Luffy que estava discutindo o que iríamos fazer e já cheguei discordando de tudo. Não, eu não iria voar nele inflado.

- Vamos S/n, vai ser rápido, eu te seguro e você não vai cair. 

- Quem me garante isso? 

- Eu. 

- S/n, fica com a gente, por favor - Usopp pediu 

- É melhor ter mais pessoas para enfrentar Caesar - Robin diz 

- Vocês SUPER conseguem ficar sozinhos com as crianças.  

- Se elas acordarem, joga aquele calmante de novo - Sugere 

- Eu só me ferro. 

Luffy inflou. Franky e Robin subiram em cima dele e o mesmo me segurou pela cintura para que eu não ficasse com medo, o que claramente não funcionaria. Quando todos nós estávamos prontos, joguei um jato forte de água nos impulsionando, olhei de longe e a água já tinha congelado. Belo clima. 

Nós chegamos rápido ao local, Robin criou asas com suas mãos, até hoje eu fico impressionada do quão incrível aquilo era. Luffy se virou rápido me fazendo cair em sua enorme barriga. Fui jogada para perto de Robin e vi que estávamos literalmente no meio de uma briga entre a marinha e uns homens centauros. 

- MESTRE APARECE! NÓS VAMOS ACABAR COM SUA RAÇA E TE SEQUESTRAR! 

Alguns homens vieram para cima de Luffy e nós o defendemos. Tentava o máximo não usar água naquele local, o frio era tão rápido que poderia simplesmente congelar, o que me restava apenas ataques de corpo a corpo. 

Smoker que como sempre, por coincidência do destino estava ali, Ele foi na direção de Luffy que desviou de tudo com muita facilidade já o imobilizando. 

- O que foi fumacento, tá fraquinho!

- Não, Eu sou.. 

- Além disso sua voz tá muito estranha. 

- Oe,oe,por favor! Não vá tomar uma surra dele enquanto estiver no meu corpo! - A garota das espadas foi na direção de Luffy que desviou por pouco.- Voltou para o mar, chapéu de palha? 

- É o fumacento, Luffy! - Gritei quando percebi que Tralaw fez a mesma coisa com os dois - Belos peitos. 

- POR FAVOR SENHOR SMOKER! ATÉ ELA PERCEBEU! - O corpo do Smoker que na verdade era Tashigi falou 

- Calada. - Ele apontou aquela arma para mim - Eu acabo com você depois dele 

- Boa sorte! - Disse enquanto o mesmo tentava desferir ataques em Luffy

Luffy parou por um momento, parecendo se tocar agora do que estava acontecendo. Ele deitou no chão e começou a rir deixando Smoker furioso.

- QUAL É A GRAÇA? - Smoker foi para cima de Luffy novamente 

Luffy usou a segunda marcha e o segurou. 

- Com você fraco desse jeito não vale a pena te enfrentar! FALOU FUMACENTO! 

Franky vendo que iríamos demorar para enfrentar todas aquelas pessoas, derrubou a porta do laboratório nos dando espaço para invadi-lo. 

Nossa ameaça maior foi quando várias gosmas rosas começaram a cair ali. Alguns oficiais tentaram combatê-la mas a cada golpe ela soltava um gás que aparentava ser venenoso, nessa brincadeira, o navio que estava ali foi explodido. 

Um gás lilás apareceu naquele local e escutei vários homens o chamaram de Mestre Caesar. Ele fez um discurso de que todos nós sentimos o poder de sua arma. A gosma estava do outro lado da ilha, portanto, ela estava jogando seus pedaços para esse lado, a mesma não conseguia sobreviver na água. Sorri. 

 

Como teste, englobei uma das gosmas ao meu lado e notei que ela realmente não sobrevivia, ela se tornava um gás, talvez dentro dessa bolhas poderia não nos afetar. 

Luffy não pensou duas vezes antes de se agarrar em Caesar e começar a enfrentá-lo. O mestre distribui gás venenoso na direção de Luffy que por um tempo prendeu a respiração mas logo respirou todo gás por vontade própria deixando o ar limpo novamente. Claro que eles se assustaram por Luffy não ter nenhum dano, mas visto que o mesmo enfrentou o próprio veneno em Impel Down, ele agora era imune.  

Luffy começou a socá-lo utilizando Haki. Olhando para Caesar notei ele levantar um objeto que me lembrava muito um espelho de bolsa, ele guiou para direção de Luffy e eu corri para perto dele puxando minha luva. Usando Haki, desferi um soco o fazendo cambalear para o lado. Ele me olhou surpreso, mas conseguiu aquele objeto, me impulsionei rapidamente na direção de Luffy criando uma bolha de água em nós dois. Aquilo fez uma explosão e tanto.

Consegui escutar sua risada quando deixando Luffy no chão, éramos camuflados pela fumaça mas nada que duraria muito tempo. 

- Caraca, essa foi por pouco. - Luffy disse - Se não fosse por você eu teria me queimado todo! 

Luffy correu na direção de Caesar e os homens centauros foram na direção dele. Os tirei do caminho dando espaço para Luffy passar e finalmente ele conseguiu pegar Caesar. 

- Agora sim eu te peguei. Robin, Franky! Tem algo para prendê-lo? 

- Não vai adiantar amarrar uma Logia. 

- Será que tem um barril por aqui? 

Os homens de Smoker começaram a correr na direção de Luffy e eu entrei em sua frente ouvindo uma respiração pesada. Ao olhar para trás, notei que meu irmão estava suando e com os olhos arregalados parecendo se esforçar para respirar. Ele tremeu levantando as mãos até Caesar que já estava de pé. 

- Não deveria me subestimar. 

Corri na direção de Luffy jogando Caesar para o outro canto que permanecia a rir. Aquela risada já estava me irritando. Segurei Luffy e no mesmo momento senti meu corpo tremer. Eu tentava puxar o ar e ele vinha com dificuldade, que tipo de gás era esse que não poderia encostar no outro? Minha cabeça estava girando, senti uma mão em meus braços e virei para Robin que tentou me levantar para sairmos dali. 

Foi questão de segundos até ver que Robin começou a sentir a mesma coisa que eu. Meu corpo colidiu com o chão me fazendo perder os sentidos.

(...)