1. Spirit Fanfics >
  2. Rosa bebê e vermelho escarlate (abo) >
  3. Amor diferente

História Rosa bebê e vermelho escarlate (abo) - Amor diferente


Escrita por: alteza

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 22 - Amor diferente


_Capítulo 22_

Irmãos: Amor diferente.

Com ajuda, o Sasuke foi até a casa dos seus pais, os Uzumakis estavam em um carro estacionado do lado de fora dos grandes muros da mansão dos Uchihas juntamente com o Itachi para garantir a segurança do caçula. Os policiais foram na frente e interfonaram, um dos empregados da casa atendeu, a polícia informou de quem se tratava e após alguns minutos o portão foi aberto para eles, assim como a porta de madeira escura da mansão. Nela se encontrava o Fugaku com seu ar presunçoso de sempre, o Sasuke fechou suas mãos em punho quando seu olhar com o do seu pai se cruzaram.

- Oh, policiais, vieram trazer meu filho sumido? É muita gentileza de vocês, o outro também está sumido, inclusive. – Disse o patriarca se fazendo de vítima e indo até o seu caçula para abraça-lo, como se estivesse preocupado. O mais novo estapeou as mãos do pai antes que ele as pusessem no seu corpo.

- Não se faça de idiota, Fugaku. Eu não estava sumido, eu não vim pra casa e o Itachi também não sumiu, ele fugiu e eu só voltei aqui unicamente por causa da minha mãe, porque se ela não estivesse aqui eu não pisaria nessa casa nem no seu velório. – O menor falou e cuspiu no chão, próximo ao pé do patriarca. Aquilo o deixou bastante zangado, o Sasuke podia ver sua veia saltada na testa.

Com toda a baderna na porta principal chamou a atenção do Obito e da Mikoto que foram até onde o patriarca estava e se espantaram ao ver o Sasuke acompanhado de policiais. A reação automática da matriarca foi ir abraçar seu filho, porém o braço grotesco do seu marido a interrompeu a assustando e fazendo-a parar de correr.

- Mãe! – O pequeno alfa a chamou contendo suas lágrimas nos olhos, não mostraria fraqueza diante de seu pai.

- Ninguém vai tirá-la daqui. – O carrancudo falou olhando o seu cunhado por cima do ombro como se combinassem algo por um olhar e o mesmo segurou a sua irmã pelos braços.

- Não! Me solte, Obito, ele é meu filho. – A mulher gritou se sacodindo incessantemente nos braços do seu irmão mais velho. Traíra.

- Nós temos ordens para tirá-la da casa, senhor Uchiha, soubemos de abusos sofridos e no momento estamos constatando isso, então deixe-a ir conosco em paz, antes que usemos a força. – Um dos policiais de cabelos longos, negros e lisos ordenou enquanto deslizava uma de suas mãos até o cós da sua calça onde se encontrava sua arma, ele parecia ser o capitão.

O Fugaku nada falou, ele parecia pensar ainda com uma carranca em sua cara enquanto olhava seriamente para o seu filho caçula que o encarava de volta com o mesmo ódio nos olhos. – Eu devia ter te corrigido enquanto tive tempo, você terminou levando o meu filho perfeito para o seu lado da rebeldia. – Reclamou com os punhos cerrados, odiava ser vencido, porém não poderia fazer mais espetáculos na frente da polícia, ele já tinha policiais demais na sua cola apenas pelas suas pequenas reuniões na adega.

- E eu estou muito feliz do lado da rebeldia do meu irmão, muito melhor do que me tornar uma pessoa tão cruel quanto você, Fugaku. Agora solte a mamãe. – O Itachi falou surgindo por trás do seu irmão e tocando lhe o ombro. O mesmo desviou o olhar até ele e deu-lhe um sorriso reconfortante.

- Senhor Fugaku, não irei pedir novamente. – O policial falou com uma voz estridente, alternando seu olhar para o Uchiha e a ômega que ainda tentava se soltar dos apertos do irmão.

- Solte-a, Obito. – O maior ordenou, enfurecido, e mesmo estarrecido com a decisão do seu cunhado o alfa soltou a Mikoto que correu para os braços dos seus filhos.

O Itachi e o Sasuke deram um abraço coletivo na sua progenitora que tremia e chorava em seus ombros, eles realmente nunca fugiriam daquela casa e a deixariam para trás, nem em um milhão de anos o Fugaku mereceria uma pessoa tão doce, agradável e dedicada como ela.

- Está tudo bem, mamãe, está com a gente agora. – O caçula falou a apertando forte e deixando-a molhar sua camisa.

- O senhor tem ordem de restrição, mantenha-se quilômetros de distância dos três ou eu posso livremente prendê-lo, o mesmo vale para o senhor Obito. – O capitão disse entregando um papel ao Fugaku.

O patriarca não disse mais nada, ele apenas amassou a folha que o policial lhe entregou e bateu a porta com tudo na cara dos demais que estavam do lado de fora da mansão. O capitão olhou para os garotos com a mãe e sorriu de volta para ambos que lhe agradeciam com um olhar e sorriso amistoso. Eles saíram daquela casa decadente e adentraram o carro dos pais do Naruto, mesmo estando apertado eles seguiram viagem até a casa dos Uzumakis.

- Então foram vocês que acolheram meus filhos enquanto eu não pude fazer nada? – Ela questionou retoricamente em meio aos prantos enquanto olhava para o casal e para o ômega caçula deles que estava sentado no colo do Sasuke, este sorria que nem uma criança indo ao parque de diversões. – Eu agradeço muito e também peço desculpas pelo comportamento do Fugaku e do Itachi há tempos atrás.

- Que isso, não precisa agradecer, com certeza não deixaríamos nenhum amigo do Naru passando dificuldade na mão, ainda mais dois genros, já são nossa família. – Disse a Kushina com um sorriso de orelha a orelha enquanto olhava para a morena do banco do passageiro e desesperava os Uchihas com sua afirmação repentina.

- Genros? – A Mikoto indagou olhando espantada para os seus filhos.

- L-Longa história, mamãe. – Respondeu o alfa caçula gaguejando bastante.

- Essa é uma conversa pra outra hora, definitivamente. – Completou o Itachi que estava no meio dos dois depositando sua mão trêmula sobre o braço de sua mãe.

A Kushina e o Minato só sabiam rir, eles tinham se esquecido que nem todos os pais eram como eles e o Naruto tentava segurar a risada por empatia aos seus parceiros.

- - -

Na faculdade o Konohamaru estava na fila para pegar seu lanche, ele tinha saído um pouco depois dos alunos da sua sala, pois demorou para digitar o que o professor tinha escrito no quadro, era muito importante, afinal suas provas já estavam chegando e com isso as atividades do clube iam diminuindo, pois todo mundo tinha que se concentrar para concluírem o período.

Ao escolher cereal acompanhado de leite e danone, ele pegou uma colher e se retirou da fila com a bandeja, mas deu um solavanco para trás quase derrubando todo o leite com cereal na sua roupa quando alguém entrou no seu caminho, não precisou nem levantar muito o olhar para ver seu irmão caçula ali na sua frente.

- Que susto, Naru! Não chega assim, eu quase derrubo tudo. – O moreno falou pondo uma de suas mãos contra o seu peito. O loiro deu uma breve risada e se desculpou.

- O Kakashi está te chamando lá na sala de aula, ele disse que estará lá por todo o intervalo, então você pode comer e ir. – Avisou e segurou na mão do Itachi quando o mesmo passou por perto, indo até a mesa em que o Sasuke se encontrava, o Mitsuki estava por lá também.

O Konohamaru estranhou o chamado de um professor que nem ao menos lhe ensinava, estava mais curioso do que com fome, passou rapidamente na mesa em que os garotos estavam, pediu que o Mitsuki guardasse seu lanche no seu armário caso ele não voltasse a tempo para comer e partiu até a sala do Naruto, este falou ao cunhado grisalho do que se tratava, pois seu namorado tinha o deixado confuso.

Bateu na porta duas vezes e logo ouviu um “pode entrar”, abriu a porta e franziu o cenho ao ver o professor do seu irmão e a estupradora lá, certo que eram pai e filha, mas então porque tinha que estar lá também? Não sentia-se confortável estando no mesmo ambiente que ela, tanto que depois do ocorrido o Mitsuki a expulsou do clube, no entanto não contou a ninguém o motivo, ele disse que ela mesma tinha pedido para sair sem deixar recado.

Fechou a porta atrás de si e se aproximou devagar dos dois. – O senhor queria falar comigo? – Questionou olhando para o belo rapaz de cabelos grisalhos que mal tinha cara de ser professor.

- A Sarada que quer. – Ele disse olhando de forma repreensiva para a garota que abaixou o olhar e o direcionou para o Uzumaki.

- Eu sinto muito pelo que eu fiz com você e com o Mitsuki no vestiário do clube, Konohamaru, eu já sentia uma forte atração por você antes, pretendia apenas conversar, porém você estava no banho ainda e eu fiquei tentada e acabei passando dos limites. – Ela falou dando um passo para frente e consequentemente ele deu um passo para trás. Ela se retraiu e não avançou mais.

- Eu agradeço por não tê-la denunciado a polícia, Konohamaru, eu prometo que isso não irá mais acontecer nem com você, nem com mais ninguém, não foi essa criação que dei a ela, no entanto se quiser ir até a delegacia eu não irei te impedir. – O mais velho falou fazendo a sua filha lhe olhar espantada. – Quem faz o que quer recebe o que não quer, Sarada.

- Eu a desculpo, mas isso não quer dizer que eu seja obrigado a conviver e estar no mesmo ambiente que ela, eu não quero isso, sinto muito, Kakashi. E quanto a polícia, eles já estão com a sua cota de Uchihas para cuidar. – O garoto deu uma risada inocente lembrando-se do que seu irmão caçula e os namorados dele falaram sobre o patriarca e o irmão da Mikoto. Os dois o olharam assustado.

- Como sabe que eu sou uma Uchiha? – A Sarada questionou com o cenho franzido.

- A Mikoto, o Itachi e o Sasuke são da nossa família agora, não tinha como não ficar sabendo. – Respondeu dando de ombros, afinal tinha sido um dos irmãos Uchihas que tinha lhe dito, não soubera por nenhuma fofoca.

- - -

Com uma saia colada e preta, meias arrastão, uma blusinha curta cor-de-rosa, uma gargantilha de ouro, brincos do mesmo material, uma presilha no cabelo, um anel delicado e coturnos pretos ele foi até o espelho para concluir sua maquiagem básica e analisar seu look. Todos os outros já estavam prontos e o esperando na sala de estar.

- Olha o que você me faz passar, Rosa bebê, nervoso, e eu ainda tenho que vestir rosa. – Reclamou olhando-se de cima a baixo.

“Quem mandou você tomar o corpo hoje, seu atrevido, eu que era para estar indo nesse jantar.” Alegou o rosa bebê.

- Tanto faz. – Falou irritado terminando de pôr o lápis de olho e deixando o quarto com sua bolsinha tira colo.

O ômega desceu as escadas e lá estavam eles, os três que lhe acompanhariam até o restaurante, o Sasuke e o Itachi cada um pegou em uma mão do loiro e seguiram até a limusine que os deixariam na rua. O caminho foi silencioso, todos pareciam tensos e a Mikoto bastante curiosa, mas a mesma aguardou até chegarem no restaurante que seu primogênito trabalhava.

O Rock Lee os acompanhou até a mesa reservada pelo alfa mais velho na semana anterior com um sorriso no rosto e mostrando seu polegar ao colega de trabalho.

- Obrigado, Lee. – O loiro agradeceu quando o garoto lhe entregou o cardápio.

Cada um pediu um prato diferente, quanto a bebida, o Itachi escolheu um vinho europeu para ele e seus namorados e sua mãe pediu um suco de laranja. A morena devolveu seu cardápio e pôs suas mãos sobre a mesa olhando os garotos, queria muito entrar no assunto que eles não queriam.

- E então, como está a estadia? O quarto é agradável? – O Naruto perguntou a sua sogra.

- Está ótimo, imaginei que fôssemos morar em uma casa só conosco, mas pelo visto meus filhos não vão querer sair de perto de você. – A Mikoto falou com um sorriso brincalhão, apoiando seu queixo em sua mão.

- Eu tinha lugar e tudo, mãe, porém a Kushina e o Minato estão de braços abertos para receber todos o genros deles na casa e eu não vou deixar a senhora morar longe da gente com o Fugaku por aí, é bem mais seguro se ficarmos juntos. – O Itachi explicou-se para a mãe vendo o Naruto assentir com a cabeça. – Vou falar com a Konan, vou esvaziar a garagem dela vender os móveis que coloquei lá e a senhora fica com o dinheiro.

- Não precisa, meu bem. Eu vou me divorciar do pai de vocês e o farei dividir os bens e aquele dinheiro sujo dele. – Retrucou fechando a cara ao lembra-se daquele indigente.

O Sasuke esticou seu braço para pegar o da sua mãe o apertando um pouco como se desse apoio a ela.

- Mas a senhora está louca pra saber como é o nosso lance, estou vendo a curiosidade no seu olhar desde que estávamos em casa.  – O Uzumaki falou dando risada, a morena o acompanhou, não podia negar, queria muito que tocassem logo naquele assunto.

- Sim, você tem razão, Naruto. – Afirmou.

- Lee, um copo de água, por favor. – O Sasuke pediu antes de qualquer coisa, o número da ambulância também já estava discado no seu celular sobre a mesa.

- Minha nossa, é tão grave assim? – A matriarca pôs suas mãos sobre o peito, ela já imaginava do que se tratava, entretanto queria saber de seus filhos, mas pelo jeito que eles falavam tinha algo a mais nisso tudo.

- Talvez... – O alfa caçula disse pegando o copo de água da bandeja do Lee e o entregando a sua mãe. – Obrigado.

O moreno disse “de nada”, avisou que a comida já estava quase saindo e se retirou.

- Nós três namoramos, senhora Uchiha, não só eu namoro eles dois como eles dois também se namoram. – Sem paciência para muita enrolação o vermelho escarlate falou de uma só vez, o rosa bebê se estapeou em seu interior e os dois morenos escondiam seus rostos com suas mãos esperando a bronca.

A ômega tomou a água toda de uma vez como se bebesse um shot e pensou um pouco enquanto alternava seu olhar entre seus dois filhos. Como se sentisse a tensão da mesa o Lee chegou com os quatro pratos pedidos os colocando na mesa, outro garçom levou o copo de suco e a garrafa de vinho em um depósito com gelo e três taças.

- Posso? – O garçom do vinho questionou ao Uzumaki se podia servi-los, o garoto confirmou e o mesmo colocou o líquido com baixo teor alcoólico até a metade das taças.

Os garçons deixaram a mesa e a tensão voltou a pairar, os morenos ainda não tinham tirado suas mãos do rosto e a matriarca tinha apenas aberto a boca para agradecer aos funcionários.

- Interessante... – Ela começou a falar chamando a atenção dos seus filhos e também do seu genro que já atacava sua comida. – Quando vocês eram crianças Fugaku pegou vocês se beijando no quarto e deu uma surra nos dois e essa não foi a única vez que pegamos vocês fazendo algo do tipo. O Itachi cansou de ver o Sasuke sofrer de tanto apanhar e serem separados que falava para pararem com isso, eu os ouvia pela porta sem poder falar nada.

Ela suspirou encarando a água do lado de fora do seu copo escorrer pelo mesmo.

- Ele dizia que era inadmissível dois alfas ficarem juntos e que era ainda mais nojento por serem irmãos. Provavelmente a mente de vocês os fizeram esquecer desses momentos trágicos para não sofrerem tanto, mas não permitiu que esquecessem o amor que suprem um pelo outro. – Ela sorriu para os dois garotos e estendeu seus braços para pegar nas mãos de ambos. – Eu não sou que nem o Fugaku, se vocês estão felizes desse jeito eu também estou.

Os garotos puderam enfim sorrirem aliviados com a reação da sua doce mãe, achavam que não iriam encontrar outra pessoa tão louca quanto o Minato e a Kushina que aceitaria algo desse tipo como se não fosse nada.

- Me lembro vagamente disso, pelas surras cruéis que o Fugaku dava no Sasuke alguém tinha que pelo menos fingir que estava do lado dele para o Sasuke não se ferrar sempre. – O primogênito respirou fundo enquanto olhava para o seu irmão e tocava seu ombro por trás da cadeira do Naruto.

- Obrigado por tudo isso, Itachi, mesmo que tenha feito você sofrer bastante e se submeter a certas coisas. – O mais novo retrucou com um sorriso ladino.

- Valeu a pena. – Afirmou tocando os fios negros e depois os dourados. – Amo vocês.

A morena sorriu vendo aquela cena, agora estava em paz e com seus filhos felizes e bem.

- - -

O final de semana chegou e com ele veio a noite agradável no clima propício para uma saída. O garoto se arrumou todo, nada muito diferente do seu estilo habitual, uma calça preta, blusa de mangas e malha fina na mesma cor, meias e sapato social e uma jaqueta de couro com diamantes cravejados na gola. Foi até o espelho de um metro e sessenta e se olhou com um sorriso de satisfação no rosto.

- O pai tá um arraso. – Falou para o seu reflexo.

Ele foi até a sua cama para pegar seu violão que estava guardado na caixa dele e saiu do quarto, seus pais certamente não estavam em casa, como tudo estava resolvido eles voltaram a trabalhar normalmente, o Deidara não se encontrava em casa e a Mikoto estava na cozinha preparando algumas das suas especialidades para os casais que restaram em casa.

O Uzumaki abriu a porta da frente encontrou o ruivo encostado em um carro vermelho muito bonito, ele se encantou e aproximou-se mais do mais velho fazendo-o lhe puxar pela cintura para mais perto do corpo dele.

- Carrão bonito, roubou aonde? – O moreno questionou com um ar brincalhão tirando uma risada do outro.

- Roubei em alguma dessas casas chiques daqui, então acho melhor a gente ir embora antes que chamem a polícia. – O mais velho brincou de volta. O ômega fingiu espantou e deu um soquinho no ombro alheio.

- Seu idiota.

- Seu lindo. – Retrucou o Akasuna com seus belos olhos verdes e apaixonados vidrados no moreno. – Vem, vamos. – Chamou o garoto corado abrindo a porta para o mesmo entrar, ele entregou-lhe o violão na capa e entrou.

- O-Obrigado. – Agradeceu baixinho pondo o cinto de segurança.

O Gaara pôs o violão no banco de trás, entrou na cadeira do motorista e deu partida no carro para o seu local de destino.

- Aonde estamos indo? – O Menma questionou com curiosidade e euforia.

- Você já vai ver. – O alfa respondeu com um sorriso animado deslizando uma das suas mãos até uma das coxas do menor.

Ele dirigiu rapidamente até o ponto mais alto da cidade, um ponto que passava até mesmo do hotel que o Pain tinha levado seu amigo, parou o carro debaixo de uma árvore e desceu abrindo a porta para o seu companheiro, o Menma parecia encantado com a altura e todas aquelas luzes, provavelmente nunca tinha ido até ali, ele pegou seu violão no banco de trás e foi até a frente do carro deixando-o encostado no capô, tinha um balanço de madeira amarrado na árvore e um banco de cimento próximo, a lua cheia iluminava bem aquele local, mas o Akasuna deixou os faróis do carro ligados torcendo para que a bateria não acabasse.

O ruivo abriu o porta-malas e pegou uma cesta e foi até onde o moreno se encontrava. – Que tal um piquenique a luz da lua e à uma bela vista como essa? – Perguntou vendo um sorriso doce no outro surgir.

- Sim! – Gritou tapando sua boca logo após, não estava se reconhecendo, estava parecendo o rosa bebê. Mas pelo menos torcia para que o Gaara tivesse levado bastante comida, pois ele comia e não era pouco.

O ruivo forrou o chão com uma toalha com quadradinhos brancos e vermelhos, tirou comida por comida, as bebidas, copos e por fim os pratos e talheres, os olhos do ômega brilhavam ao ver tanta guloseima em um canto só, não sabia nem mesmo por onde começar. O Gaara se serviu com um pedaço de torta de morango com cobertura de marshmallow, o Menma optou pela mesma coisa pegando uma fatia muito maior que a do ruivo e por não ter o apoio que tinha em uma mesa ele se melou bastante, limpando-se com a ajuda do alfa.

- Você parece um bebê comendo assim, Menma. – O Akasuna brincou limpando o canto da boca do menor com o quinto guardanapo.

- Mas quem disse a você que eu não sou? Eu até mamo. – Falou com um sorriso malicioso em seus lábios fazendo o outro corar instantaneamente.

- Seu safado! – Reclamou dando risada e negando com a cabeça.

O ruivo serviu-se e serviu o moreno com um suco de maracujá que ele mesmo tinha feito, como tudo naquela cesta, teve apenas pequenas ajudas de sua família. Com um pedaço de bolo entalado e com dificuldade para descer o Uzumaki bebeu o suco rapidamente e só piorou a situação, ele sentia que estava sufocando, tossia diversas vezes, parecia ter se engasgado com o suco, talvez tivesse entrado no lugar errado.

O alfa se desesperou e correu para trás do moreno e apertou sua barriga com suas costas contra o seu corpo. Finalmente o garoto cuspiu o que quer que estivesse entalado na sua garganta fazendo-o cair no copo seco de suco. O ruivo se encostou no carro e tentou se recuperar do susto.

- Meu Rikudou, eu nunca mais acato as ideias da Temari. – Falou para si mesmo massageando suas têmporas.

- Ideia da Temari? – O Uzumaki indagou ainda tossindo com um desconforto em seu interior e olhou para o copo vendo uma aliança dentro dela, ele começou a rir instantaneamente, mesmo que tossisse nesse meio também. O maior olhou-o assustado. – Que é isso, Gaara? – Perguntou pegando a aliança dentro do copo e olhando para o ruivo, ainda rindo.

- Era pra ser um pedido de namoro, só que agora eu acredito que você não... – Foi interrompido por mais uma risada.

- Aceito, com certeza, seu sem noção. Só espero que quando for me pedir em casamento você mantenha essa aliança na caixinha e se ajoelhe, não coloque em comida nenhuma, você sabe o quão eu sou esfomeado. – Disse se divertindo e vendo um sorriso fofo no rosto alheio, mesmo toda melecada o moreno colocou a aliança na sua mão direita e se levantou para abraçar o Gaara. – Claro que eu aceito.

- Casamento, é? Já está dizendo que vai aceitar meu pedido de casamento? – Brincou sussurrando no ouvido do menor enquanto passava seus braços pela cintura do mesmo.

- Eu não disse isso. – Deixou um beijo na bochecha gelada do alfa, pegou seu violão apoiado no capô do carro e se afastou sentando-se no balanço de madeira, abriu a capa e a colocou no chão apoiando o violão no seu corpo. – Te fiz uma música.

Por aquilo o Akasuna não esperava nem em um milhão de anos, pegou sua aliança de compromisso no bolso e pôs no seu dedo da mão direita se aproximando do ômega e sentando-se no banco de cimento.

- Seus olhos verdes no espelho brilham para mim, seu corpo inteiro é um prazer do princípio ao sim, sozinho no meu quarto, eu acordo sem você, fico falando pras paredes até anoitecer...

 



[...]



Notas Finais


Obrigada por lerem! Sim, gente, é menina veneno. 🗣️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...