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História Rotinas de Inverno - Quarto


Escrita por: hobseok

Notas do Autor


por favor, perdoe qualquer falha

boa leitura <3

Capítulo 4 - Quarto


Fanfic / Fanfiction Rotinas de Inverno - Quarto

Estava tudo tão claro! O dia estava calmo e o frio, mais uma vez, reinava. Na rua, as pessoas podiam ser comparadas a chaminés enquanto conversavam ou simplesmente respiravam, fazendo com que aquele vapor quente de seus corpos saísse e se condensasse ao entrar em contato com aquele ar gélido se transformando naquela famosa 'fumaça' que encantava a todos. Avistei de longe uma silhueta conhecida na qual eu podia jurar que era Minhyuk. Jurei certo.

Ele caminhava lentamente em minha direção. Usava aquelas mesmas roupas do dia em que chegara em minha rua. Com as mãos dentro do bolso daquele moletom que era um tanto maior que ele, deixava alguns fios de seu cabelo voarem livremente ao bater uma daquelas bravas ventanias. Não se arriscaria tirar sequer um dedo daquele bolso pois corria sérios riscos do mesmo se congelar.
O garoto enfim se aproximou, e então sorriu...

Acordei com o clarão do sol que já invadia todo meu quarto. Desorientado, olhei para o relógio que já marcava uma hora da tarde. Levantei coçando os olhos tentando afastar todo aquele sono que me tomava devido aos remédios. Olhei a rua pela janela e não havia nenhum ser vivente naquele lugar para contar história. E como ja era de se esperar, nenhum sinal de Minhyuk, eu havia apenas tido mais um sonho sem sentido.

Não digo que não me importei com Minhyuk não ter aparecido pela manhã porque eu havia me importado sim. Perdi a conta de quantas vezes fui até aquela janela na esperança de ve-lo correndo entre aquelas crianças, ou sentado ns porta de casa, ou até mesmo entrando dentro daquele mesmo carro em que chegara, a uns dias atrás, para ir embora de vez. Eu odiava não ter notícias.

Era inaceitável. Mesmo que não significasse nada, Minhyuk havia desconfigurando todas aquelas minhas costumeiras e repentinas manhãs durante exatamente sete fodidos dias. Eu já havia me acostumado com aquilo e ate mesmo havia passado quase um dia inteiro jogando conversa fora pra ele de repente sumir sem mais nem menos.  Pude me recordar da frase em que ele me dissera quando o conheci. "...Ainda vou te ver muito...". Talvez " muito" seria apenas aquela semana.

Meus pensamentos foram interrompidos por um estrondoso e horrível ronco vindo provavelmente de meu estômago. Fui até a cozinha em busca de algo comestível e que pelo menos estivesse dentro de sua devida validade. Pra minha falta se sorte, não encontrei nada decente naquele lugar. Decidi sair para comprar algumas coisas.

Passei em meu quarto, vesti a maior quantidade de agasalhos possíveis para me prevenir daquele frio. Quase saindo de casa, olhei para a bicicleta que estava escorada no canto atrás da porta. Cogitei pega-la mas preferi deixar do mesmo jeito que Minhyuk havia colocado. Abri a porta sem pensar duas vezes e então sai. Olhei em direção a suposta casa de Minhyuk na esperança de talvez ve-lo ali. A casa parecia vazia, estava tudo quieto. Tentei não me importar com aquilo e  continuei meu caminho normalmente. Segui até o mercado onde eu trabalhava já que era o mais perto de casa. Peguei tudo o que achei que precisava e enfim fui para o caixa.

- Como vai as férias, Hoseok? - disse o cara do caixa, Hyunwoo.

- Hm, vai razoavelmente bem. - soltei uma risada sem graça - Não estou a aproveitando tanto assim.

- Ah, que pena. Não se esqueça que elas acabam daqui a uma semana.

- Obrigado por me lembrar. - disse com total desânimo. Peguei minha compra, já dividida em algumas sacolas, e sai.

Voltei para casa sem muita demora. Após guardar tudo, achei melhor cozinhar alguma coisa antes que eu desmaiasse ali mesmo. Tive alguns vários problemas enquanto cozinhava mas nada que colocasse minha vida em risco. Algumas queimaduras nas mãos apenas. Apesar da bagunça, até que me dei bem na cozinha.

Passei mais uma tarde sentado naquele sofá da sala. Dessa vez, sem a companhia de Minhyuk, assim como todas as outras tardes das minhas férias. A televisão ligada quebrava o silêncio naquele lugar e vez ou outra eu levantava para conferir, da janela, se Minhyuk havia dado algum sinal de vida. Ainda não entendo o porque da minha quase preocupação com aquele garoto.

Por fim, já era noite e eu já não esperava ver Minhyuk mais e nem ele dera as caras. Assim, passaram-se dois dias sem nenhum sinal dele naquela rua ou em qualquer lugar que eu pudera ter conhecimento. Talvez Minhyuk fosse só mais uma daquelas pessoas passageiras da vida. Talvez tenha encontrado outro alguém para lhe emprestar uma bicicleta melhor ou ate mesmo uma bicicleta que tenha um dono melhor e menos implicante, digamos assim. Não importa, eu não dava a mínima.

Escutei a campainha tocar. Fitei o relógio e o mesmo ja marcava quatro horas da tarde. Sabia que dessa vez eram as pestes que brincavam de bola na rua que já vinham implorar para pegar a bola que certamente caira atrás da casa. Não me dei o trabalho de ir atender a porta. Fui até os fundos e dei uma rápida olhada procurando a bola de qualquer jeito. Convencido de que ela não estaria ali, voltei para atender aquele muleque que por fim já estava por estragar a campainha. Abri a porta e lá estava ele escorado na porta.

- Pensei que iria me deixar plantado aqui. - Ele sorria como sempre. Estava pálido, talvez por conta do frio, mas ainda era radiante e sua beleza ainda era a mesma.

- Pensei que você nunca mais iria voltar, Minhyuk.

Parei alguns segundos para refletir no que havia dito naquele momento. Talvez aquelas palavras tenham soado de uma forma um tanto quanto estranha. Eu certamente acabara de parecer um desesperado e um bocado carente. Eu havia acabado de entregar que pensava na possibilidade e nunca mais ve-lo. Já era de se esperar eu conseguir estragar as coisas assim, ou talvez fosse apenas mais uma de minhas bobagens. O vi ainda com aquele sorriso no rosto e me esqueci de todos meus pensamentos.

- Hm, posso entrar?

- Ah, claro. - Abri um pouco mais a porta, o suficiente para que Minhyuk pudesse passar.

Depois de dois dias sem ve-lo, eu estava realmente feliz por ele estar comigo. Eu sentia uma leve vontade de xinga-lo por ter sumido sem nenhum aviso prévio, queria perguntar onde ele havia se metido, mas não importava mais, ele estava aqui mais uma vez, de volta a minha rotina.


Notas Finais


obrigada por lerem
wonhyuk ama a todos <3


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