1. Spirit Fanfics >
  2. Route to Murder >
  3. The mark of a Killer

História Route to Murder - The mark of a Killer


Escrita por: yewoon

Notas do Autor


Aaaa, eae cambada! Como vão vocês??
Antes de tudo, eu queria agradecer IMENSAMENTE pelos trinta e dois favoritos! Vocês não sabem como cada pessoinha que aparece ali é importante para mim, e o que me deixa mais feliz é quando vocês comentam :(( fico muito muito felizinha mesmo de ver reações positivas sobre a fanfic.
Esse capítulo de hoje ficou mais grandinho, mas em termos de conteúdo, acho que ele está um pouco vazio aksjkajqke Bem, tudo bem, porque aqui conhecemos um novo personagem SUPER IMPORTANTE para a história, e acho que vocês vão gostar de tê-lo na fanfic <33 Pelo menos, eu assim espero. Também não podemos apressar muitos as coisas né galera, afinal a proposta é ser uma long fic ajslqjekqje

Ah, avisinho rápido: dia 21 eu entro em semana de provas *cry in pessoa de humanas language*, e ela só vai acabar dia 31. Assim, eu vou me esforçar para postar pelo menos mais dois ou três capítulos, pra fanfic também não ficar muito parada, mas não prometo nada. Espero que possam compreender :(

Capítulo 6 - The mark of a Killer


Fanfic / Fanfiction Route to Murder - The mark of a Killer

Como eu esperava, e aliás, para o meu alívio, Seokjin não tinha tentado nada. Eu não era o tipo de pessoa que pega no sono rápido, como Yoongi — que dorme em qual lugar que lhe pareça confortável, ainda mais tendo tantas coisas na cabeça. Da última vez que fui até a cozinha, no meio da madrugada, entretanto, ele continuava acordado. 

Ele provavelmente deve ter me visto perambulando pra cá e pra lá durante a noite, mas não disse palavra alguma. Mesmo assim, seus olhos continuavam abertos, olhando para o teto sem graça do apartamento, as mãos entrelaçadas e em cima do peito.

Eu me perguntava sobre o que ele estaria pensando, ou como era não ter memórias. Não é como se eu passasse um reprise da minha vida inteira mentalmente a cada dois minutos, mas imaginava que devia ser meio vazio. 

Quando me levantei, cedo da manhã, o moreno estava finalmente dormindo. Se uma criança visse o seu rosto no meio da noite, com certeza teria pesadelos por uma semana inteira. Ainda estava muito inchado, afinal, não fazia tanto tempo que tudo tinha acontecido. Os arranhões estavam começando a cicatrizar, o que julguei ser bom. Aquela provavelmente era a primeira vez que eu estava arrependido por ter batido em alguém. E era ainda pior pensar que ele agora estava, temporariamente, ficando na minha casa.

Embora eu estivesse falando sério sobre matá-lo se descobrisse que ele estava envolvido em algum crime ou naquele assassinato, aceitava a possibilidade de estar errado. Mas se eu quisesse encontrar o verdadeiro assassino e ainda resolver outros casos, teria que trabalhar o dobro. Mesmo assim, não poderia confiar nele, não até que eu tivesse provas concretas.  Eu tinha dois meses para resolver o caso, mas temia não conseguir. 

Me sentei na mesa da sala, que funcionava mais como um pequenp escritório para mim, já que eu espelhava coisas do trabalho pela sala inteira. Estava sentado de frente para o enorme quadro que eu usava para trabalhar por conta própria, analisando uma fotografia, enquanto tomava um gole de café. 

Chong Jisoo, dezesseis anos. A garota que morreu naquele dia. Havia três fotos, uma fornecida pela família da menina, e as outras duas tiradas da cena do crime.

Segundo Hoseok, ela havia morrido por asfixia, devido à estrangulamento, a mesma coisa que Suk Sun Hee.

Seu ex-namorado foi preso, mas acabamos por descobrir que ele não a matara. Surpreendentemente, sua história batia, e ainda não tínhamos conseguido encontrar o assassino. 

Comprimi os olhos, agora olhando para a foto da moça de vinte e um anos, e percebi algo. As marcas nos pescoços das duas eram iguais, como se tivessem sido feitas pela mesma pessoa. 

Arranquei as fotos do mural e as coloquei lado a lado na mesa, analisando-as melhor. O próprio Yoongi havia dito que, segundo o Jung, aquele método de assassinato era algo comum, mas o que me intrigava era o fato de ambos os corpos terem sido encontrados na mesma região.

E não só aqueles, como os de outras vítimas antes de Sun Hee. 

Suspirei, um pouco frustrado, e tive a atenção tirada de meus pensamentos quando o celular em cima da mesa vibrou. Era uma mensagem de Jungkook.

Hyung, eu consegui encontrar o que você queria. 

Abri um meio sorriso, aliviado e admirado com a mestria do mais novo. Tenho certeza que Yoongi me praguejaria pelo resto da vida se eu o acordasse às cinco da manhã para pedir informações.

Respondi que o encontraria na delegacia depois e agradeci, passando a palma das mãos pelos olhos. Depois, peguei o maço de cigarros que eu tinha no bolso e acendi um cigarro.

Eu não era um fumante assíduo, mas às vezes era bom para desestressar. Dei uma tragada, expirando a fumaça branca que se desenrolava no ar de uma forma particularmente fascinante. 

— Isso vai acabar com os seus pulmões. — Ouvi uma voz atrás de mim dizer, e quase dei um pulo na cadeira, sendo pego de surpresa. Seokjin riu em um suspiro, e eu virei minha cabeça para fitá-lo. — Não sabia que fumava.

— E o que você sabe sobre mim, Kim Seokjin? — Praticamente soletrei o seu nome, e percebi que ele esmaeceu, mas eu não podia me importar menos. — Acordou cedo. — Observei.

Ele ergueu o pescoço para fitar por cima de meus ombros, mas acabou se aproximando sem a menor discrição. 

— Todas essas pessoas, — Ele levantou o olhar para o quadro. — acha que foi quem me incriminou que as matou?

Sua voz saiu quase falha, e percebi que ele parecia desconfortável. — Não. A maioria ali são casos já resolvidos, mas alguns deles...acho que talvez possa ter uma relação. Mas são apenas hipóteses. — Concluí, um pouco mais decepcionado do que eu esperava.

Seokjin não respondeu, mas apertou os lábios carnudos e pegou uma das fotos. Era Chong Jisoo. — É a garota do interrogatório. — Assenti. — Quantos anos ela tinha?

— Dezesseis.

Ele pareceu triste por um momento. 

— Ela tinha a vida toda pela frente. — Comentou mais consigo mesmo do que comigo, de cabeça abaixada, mas suspirei, meio que concordando. 

— Bem...acho que agora saberemos quem você era. — Disse, para quebrar o clima tenso, e ele levantou o olhar para mim. — Jungkook encontrou informações sobre você. Vamos lá, e depois iremos encontrar o cara que te entregou o bilhete. — Ele assentiu e sorriu fraco quando me levantei, deixando a fotografia que segurava em cima da mesa.

Com certeza ficaria mais fácil para nós desvendar aquilo tudo se tivéssemos mais informações sobre o Seok. Se alguém realmente o havia incriminado, então deveria haver uma razão para isso, e a descobriríamos.

 

Quando chegamos na delegacia, Jungkook já estava lá, embora ainda fosse bem cedo. O local aos poucos era preenchido pelos policiais, mas a maioria entrava um pouco mais tarde. Eu e Seokjin nos dirigimos até a área de "descanso", onde Jungkook estava sentado em um pequeno sofá, com um notebook em cima do colo, tomando café expresso.

— Oi, e aí. O que você encontrou? — Perguntei me sentando ao seu lado, porém um pouco afastado, e fiz sinal para que Seokjin se sentasse na poltrona à frente de nós.

— Bom dia, hyung. — Ele me cumprimentou com a cabeça, e eu retribui, um pouco apressado. Seus olhos se desviaram para Jin, e seu sorriso aumentou. — Bom dia para você, também. — Disse, animadamente. Seokjin sorriu de maneira tímida e assentiu, o que pareceu fofo. — Tudo bem? — Ele perguntou, olhando para mim, mas percebi que se referia ao fato de Seokjin também estar presente.

Bom, se estávamos falando sobre ele, então qual era o problema? Acho que ele tinha o direito de saber quem era, ou é, também. Assenti para o maknae.

— Infelizmente, eu não consegui encontrar muita coisa. — Ele começou, meio sem jeito. — Você nasceu em Gwacheon, em 04 de dezembro de 1990. — Ele olhou fixo para Seokjin. — Não consegui entrar quase nada sobre seus pais, mas aparentemente o nome da sua mãe é Yo Ji-hoon. Infelizmente, também não consegui encontrar o paradeiro dela, mas talvez não seja difícil de achar. Mesmo assim, ela foi registrada como sua mãe com o nome de solteira, não sabemos se ela se casou de novo, ou saiu do país... — Jungkook observou, e me senti um pouco mal pelo moreno, que agora tinha uma expressão triste no rosto. Suspirei, distraído com meus próprios sentimentos. Se ela tivesse mudado de nome, então talvez fosse um pouco mais difícil, mas não impossível. — Descobri que você é um médico, e trabalha..va no hospital Kwangdong de Medicina Coreana, em Gangnam. Foi tudo o que consegui encontrar. — Concluiu, fechando a tela do notebook e sorrindo sereno. 

— Você tem o endereço desse hospital? — Perguntei, e Jungkook assentiu, me entragando um papel. — Ótimo, obrigado. Nós temos que encontrar alguém hoje, então se aparecer algum caso, me liga.

— Ok. Boa sorte.

Eu mesmo não entendia o que eu quis dizer com "se". Seul era a maior cidade da Coréia, a mais populosa e com maior influência, casos apareciam ali com frequência, não era à toa que alguns ratos da imprensa ficavam perambulando tentando conseguir uma matéria.

Chamei o Kim com a mão, e ele me seguiu, quieto, até voltarmos para o carro no estacionamento. 

— Pra onde nós vamos primeiro? — Ele perguntou, passando o cinto de segurança por cima do corpo e o travando. Eu fiz o mesmo.

— Vamos encontrar o homem que te deu o bilhete, — Respondi, ligando o carro, e tirei a passagem de trem de Jin do bolso. — em Gangnam. Acho que você não passou por nenhum outro lugar já que morava por lá. Depois vamos ao hospital, tentar conseguir mais informações sobre você. — Mordi o lábio inferior sem perceber. — E depois vamos ao necrotério ver o corpo da vítima novamente. — No momento em que pronunciei minhas últimas palavras, vi Seokjin arregalar os olhos, talvez um pouco surpreso. Deixei escapar uma risadinha. 

— Eu não estava esperando por isso. — Sussurrou, mas acabei ouvindo.

— Isso o quê?

— Ser um médico. — Suas orbes escuras me fitaram, indecifráveis. — Ser uma pessoa que salva vidas, mas acusado de matar alguém.

— Médicos também podem matar pessoas.

— Eu sei, mas... — Ele riu, nervoso, e balançou a cabeça suavemente em negação. — É um pouco irônico. Eu imaginava tudo, menos isso.

— Bem, pelo menos você tem uma ideia de quem era agora. Espero que isso o ajude a se lembrar de algumas coisa. — Dei de ombros, como quem não quer nada. 

— Você ainda não respondeu por que confia em mim. 

Revirei os olhos e suspirei. — Porque eu estava lá na cena do crime, e sei como o verdadeiro assassino machucou a mão. Mesmo o Hoseok confirmou que o seu corte foi feito por uma faca. Esse é o único motivo.

Ele torceu os lábios.

— Parece meio fraco pra mim. Quer dizer, você me bateu naquela estação, sem me dar a mínima chance de me defender...e passou a acreditar que sou inocente só por causa da porra de um corte. — Retrucou, parecendo um pouco irritado, e por um momento eu não soube como reagir. 

— Escuta, estou com você agora porque estou tentando te ajudar. Porque sei o que fiz, e estou cumprindo com meu trabalho como detetive policial. — Disse, ríspido. — Se eu pudesse simplesmente te mandar sair da droga do carro, eu o faria, mas isso envolve o meu cargo como tenente também. 

Percebi que Jin abriu a boca, com menção de dizer algo, mas logo a fechou e soltou um gemido, uma mão pressionando o lado direito da cabeça.

— O que foi agora? — Bufei. 

— M-Minha cabeça, tá doendo de novo... — Respondeu com a voz vacilante, e então eu não falei mais nada, pelo menos por um tempo.

Merda, pensei, me sentindo responsável pelo acontecido. Me sentindo responsável por tudo. Com certeza ele estava apenas brincando comigo, conosco. Eu estava cada vez mais perto de ter cem por cento de certeza de que Jin era inocente, eu só precisava provar isso encontrando o assassino. 

Não achava que as coisas teriam sido muito diferentes se eu não tivesse agido daquele jeito com o Kim, mas pelo menos ele não estaria desse jeito. 

Depois de longos minutos em silêncio, resolvi me pronunciar novamente.

— Se você quiser, quando voltarmos para Seul, podemos passar no hospital de novo. — Tentei começar um diálogo, mas Seokjin não respondeu, apenas virando a cabeça para olhar a paisagem pela janela em um dar de ombros. Não me importei muito com a sua reação, não o culpava por isso. 

— Tanto faz. — Murmurou com um sorriso um pouco desajeitado e torto, que quase não mostrava seus dentes esbranquiçados, e sua voz estava mais branda também. 

Eu já não era do tipo que costumava puxar conversa, principalmente em uma situação delicada como aquela, então como ele também não parecia estar com boa vontade o suficiente para iniciar uma conversação decente, não me arrisquei mais. Acendi um cigarro, e o segurei entre os dentes enquanto ligava o rádio do carro, incomodado com aquele silêncio perturbador que incomodava meus ouvidos.

Waiting in a car
Waiting for a ride in the dark
The night city grows
Look and see her eyes, they glow

 

Para falar a verdade, a "viagem" até Gangnam foi mais rápida do que eu pensara. Eu acompanhava a música que tocava no rádio, com a voz bem baixa, para não incomodar o mais velho que tinha as orbes escuras fixas no vidro embaçado da janela do carro. 

Dei uma última tragada no cigarro que aos pocos já se desfazia em cinzas, e então o apaguei no cinzeiro de prata que eu guardava no compartimento da porta ao meu lado.

— Acho que foi naquela estação em que eu acordei. — Desta vez foi ele quem quebrou o silêncio, apontando com os dedos compridos e finos uma placa enorme um pouco mais à frente, que indicava as rotas possíveis para as estações rodoviárias mais próximas e pontos de ônibus. A estação que ele indicara era a que ficava mais próxima possível de Seul, e deduzi que o assassino devia ter se planejado muito bem para conseguir que o trem que levava Seokjin chegasse bem no momento em que eu estivesse na estação.

Ah, na verdade ele sabia muito bem que eu encontraria a sua "pista". Ele sabia que eu tinha entrado no jogo, mas eu com certeza não o deixaria vencer. E talvez ele estivesse muito certo de que estava alguns passos à frente.

 

Estacionei o carro fora do estacionamento da estação, porque pelo o que eu já via, o local estava começando a encher. Pode parecer estranho que haja um estacionamento onde pessoas pegam o trem ou metrô, mas era comum que as pessoas viajassem por eles, e às vezes deixar o próprio carro ali por alguns dias era mais barato do que chamar um táxi. 

Felizmente, era bem na entrada que a maioria dos moradores costumavam ficar. Alguns ficavam perambulando por dentro da estação, já que a área em que as pessoas esperavam pelo transporte era toda coberta. Era bem comum ver seguranças e até alguns guardinhas os expulsando dali, mas sempre voltavam.

Saí do carro e caminhei com Seokjin até a entrada, onde havia um pequeno lance de escadas, com não muitos degraus. 

— Veja se você consegue reconhecer algum rosto aqui. — Falei, correndo com ele até um grupo de moradores de rua. Abordamos um a um, verificando se Seokjin conseguia reconhecer algum deles, mas sem obter sucesso.

Descemos a entrada que dava para uma espécie de túnel, onde havia alguns homens e mulheres deitados no chão, cobertos com cobertores lisos e desgastados, provavelmente usados. Era um pouco desconfortável ver que tantas pessoas assim "moravam" ali, muitas vezes tendo crianças para cuidar.

Era simplesmente lamentável que o governo não construísse mais abrigos para essas pessoas, e que a polícia tivesse apenas o dever de afastá-los, digamos assim, de lugares mais "civilizados".

Seokjin tinha um bico enorme, e sua aura exalava insatisfação. Deixei escapar um riso, simplesmente porque ao mesmo tempo que fofo, era um pouco estranho vê-lo assim, como uma criança pidona. Assim que percebeu meu riso, descruzou os braços e me afiou o olhar, defensivo.

— Deve ser difícil 'pra você. — Observei, levantando os ombros, com as duas mãos nos bolsos do casaco. — Você está acostumdo a salvar vidas, e eu a ver pessoas mortas. 

Ele me olhou curioso por um segundo, depois rindo nasalmente ao entender ao que eu me referia. — Não faz diferença. — Ele se encolheu um pouco, olhando para a frente. — Não me lembro de nada de quando era médico. Talvez eu nem tenha sido um médico bom, daquele que diagnostica virose até pra câncer. — Ele disse, e foi tão natural que não consegui me conter e ri, sendo acompanhado por ele. Uma coisa que aprendi é que algumas pessoas podem ter uma risada extremamente estranha, daquelas que te fazem rir mais do que a própria piada, essa era a risada de Seokjin.

O mesmo olhou para frente ao se recompor, e continuou andando em torno dos corpos adormecidos, embora algumas pessoas já estivessem acordadas. Então ele soltou um "ah", e eu me aproximei.

— Ali. É aquele cara. — Ele apontou para uma pessoa em pé, que usava um tênis branco consideravelmente novo e juntava uns pedaços de papelão do chão.

— Tem certeza? — Arqueei a sobrancelha.

— Absoluta. — Nós nos entreolhamos com um olhar cúmplice, e começamos a andar rápido  em direção ao homem, com passos tão apressados quanto nós.

— Ei! — Tentei chamar sua atenção enquando andava até ele, mas não obvtive resposta. Então delicidamente coloquei uma mão sobre o ombro do homem de costas para mim, tentando não assustá-lo. — Senhor...? 

O chamei mais uma vez, e ele se virou para nós. Seus olhos foram de encontro à Jin, e de repente sua feição se tornou assustada.

— V-Você...n-não...! — Ele tropeçou com as próprias palavras, antes de começar a correr.

Troquei um último olhar com Seokjin, que estava ainda mais assustado, antes de começarmos a correr atrás do morador de rua.

Seokjin era um pouco mais lento que eu, mas mesmo assim continuei. O homem de cabelos grisalhos e barba mal feita virou à direita no fim do túnel, e eu o segui durante alguns poucos minutos.

Fiquei um pouco surpreso com a capacidade dele de correr tanto assim sem perder o fôlego. Seokjin acabou parando em uma parte do percurso, cambaleando, e por um momento fiquei em dúvida se deveria continuar ou ajudá-lo. Mas não podia deixá-lo fugir, então continuei. 

O homem acabou correndo para o fim de uma rua, e ficou confuso sobre qual caminho seguir. Nesse mesmo instante, impulsionei meu corpo e pulei sobre ele, jogando-o no chão.

— Por que está com tanto medo? — Provoquei, com um sorriso maldoso, e saí de cima dele assim que o mesmo levantou as mãos em rendimento. 

— O que você quer?! — Ele gritou, em defesa. Coloquei uma mão na cintura e suspirei pela boca, observando Seokjin se aproximar lentamente.

Ele tinha uma mão na cabeça, como o usual, e andava se escorando nos carros estacionados pela rua ou em muros. Me aproximei dele, segurando seu braço para guiá-lo até onde estávamos, e o ajudei a se sentar com as costas encostadas no muro de tijolos.

— Tudo bem? — Ele assentiu.

— É só que...esse movimento todo me deixou com um pouco de tontura. — Ele sorriu, mas percebi que estava apenas tentando quebrar o clima pesado. Não me importei em insistir.

O morador de rua nos olhava, como se nos analisasse, quieto. Me abaixei para ficar da sua altura. 

— Esse homem...você entregou um bilhete para ele no dia onze de Setembro. Por que? 

— E-Eu não...eu não fiz nada de errado, eu juro! Eu nem sei quem é ele!

— A gente só quer saber quem mandou você entregar esse bilhete. — Sem paciência, peguei o papel que Jin estendia em minha direção, mostrando ao mais velho dali. — Não vamos fazer nada com você, mas preciso que você me diga quem foi e por quê.

— E-Eu não sei, 'tô falando que não sei de nada!

Mordi o lábio e subi a mão pela minha perna, pousando-a sobre o coldre da arma, onde eu carregava uma pistola. Ele seguiu minha mão com o olhar, e engoliu em seco, imediatamente juntando as duas mãos em sinal de perdão ou misericórdia, e percebi que Seokjin me olhava assustado também.

— Tá bom, tá bom! — O grisalho exclamou, suspirando e então sentando-se em cima dos pés. — Mas eu não sei quem é. Ele estava de máscara, só me pediu pra entregar o bilhete. 

Ele te deu alguma coisa por isso?

Ele hesitou por um minuto. — Mais ou menos...

— O que você quer dizer com isso? — Seokjin interviu, então ele olhou para trás, para os tênis brancos e semi-novos.

— Ele me deu um pouco de dinheiro. Mas você sabe, quem vai ligar pra um mísero mendigo desconhecido? — Se lamentou. 

— E de quando você precisa para nos contar quem é? 

Suas pupilas dilataram, e seus olhos, ainda que arregalados, me olhavam com certa desconfiança. Ele apertou as mãos.

— E-Eu realmente não sei quem é. Ele 'tava usando uma máscara preta, e me abordou quando eu 'tava perambulando pela estação pedindo dinheiro. Ele era bem sério, fiquei com medo. Ele só me mandou entregar o bilhete e disse que me daria algo por isso. Mas não me deu muita opção...acho que estava com pressa.

— Então por que você fugiu ao nos ver?

— Achei que vieram cobrar minhas dívidas...ou que não gostaram do que leram.

— Sei... — Murmurei, não muito convencido, mas ao mesmo tempo cedendo, não queria fazer um grande caso sobre aquilo, ele provavelmente não tinha mesmo nada a ver com o caso. Mesmo assim, bufei de frustração e chateamento. 

Tudo bem, disse a mim mesmo, você ainda tem dois meses.

— Valeu pela informação. — Agradeci, tirando a carteira de meu bolso e lhe entregando uma nota de mais ou menos mil wons.

Tanto ele quanto Seokjin me olharam confuso, mas não liguei. O mais velho também agradeceu ao grisalho, e nem precisou da minha ajuda para se levantar. Comecei a caminhar sem esperá-lo, estando sempre alguns passos à frente.

— Ei. — Ele me chamou, e continuei a andar. — Não acha que devíamos ajudá-lo? — Sussurrou.

— Ajudá-lo? Por que?

— Er...Ele disse que tem dívidas. Acho que ele está com problemas.

— Jin, e o quer que eu faça? — Me virei para ele, e ele parou abruptamente, a poucos centímetros de mim, pálido. Seu rosto era como uma paleta de cores pastéis, que alternavam entre o roxo, o verde, o azul e o amarelo. Mas não eram cores vivas, ou bonitas. Ele estava machucado, e aquelas manchas coloridas eram mais um lembrete disso. Me vi tentado a tocar um dos machucados, perguntar se doía, mas eu também carregava um olho roxo. É claro que doía. — Que eu o leve pra casa? Pague suas dívidas? Não podemos fazer nada. 

— Não sei. — Deu de ombros, com um ar superior. —  Talvez você possa, mas não queira. — Ele murmurou, desdenhoso, contornando o meu corpo para então começar a andar na minha frente, chutando uma pedrinha solta do asfalto desgastado e velho.

 

— A gente ainda vai no hospital? — Perguntou, com a cabeça jogada para trás, no apoio de pescoço do banco do carro. Então novamente ele soltou um "ah" meio involuntário, talvez pensando alto demais, e endireitou a postura, me olhando. — Você acha que podemos encontrar a minha mãe?

— Você quer encontrá-la? — Ele hesitou por um momento, mas esperei pacientemente por uma resposta.

Ele pendeu a cabeça para o lado, depois de pensar um pouco, e olhou para baixo. — Não sei. Não seria legal se eu não lembrasse da minha própria mãe na frente dela.

Eu estava prestes a responder, tanto sobre o hospital quanto sobre sua mãe, mas fui interrompido por uma ligação, que foi imediatamente avisada pelo painel do carro. Apertei o botão do ponto eletrônico que eu usava sempre no ouvido e pela primeira vez o deixei em alto falante, para que tanto Jin quanto eu pudéssemos ouvir.

Uma voz chamou pelo nome, e percebi na hora que era Yoongi. 

— O que foi? Aconteceu alguma coisa? Algum caso novo? — Perguntei, preocupado, e Jin me olhou como se também quisesse saber.

— Não, não. Tem um cara aqui querendo falar com você, parece que a Seung chamou ele pra ajudar a gente por um tempo, principalmente no caso do Seokjin. Acho que foi o Hoseok que falou com ela.

— E por que "essa pessoa" quer falar diretamente comigo?

—  Porra, Namjoon. Tenho cara de ser seu secretário? — Resmungou, e do outro lado da linha pude ouvir uma risada, que imaginei ser de Jungkook, porque depois ouvi um "hyung" em um tom rempreensor. Imaginei o Min revirado os olhos, murmurando algo como um "tá, tá", com a falta de sutileza com a qual eu já estava acostumado. — Não foi você que se comprometeu a cuidar do caso dele?

Expirei, cansado. Pelo menos Hoseok estava tentando ajudar, e eu estava verdadeiramente grato a ele por isso. O Jung era um homem inteligente, que até onde eu sabia, ou até onde ele me deixava saber, que sempre se interessou por psicologia e coisas do tipo. Tenho certeza de que ele estava convicto das próprias palavras, sendo assim, não tinha porque recusar.

— Tudo bem. Estamos indo para aí. — E desliguei a chamada. Ouvi Seokjin dar um risinho, e me senti um pouco confuso.

— Acho que seu amigo não gosta de mim. 

—  Ele não é  o único. —  Brinquei. —  Yoongi é como eu, tudo o que aprendi, foi com ele. Ele só é desconfiado.

—  Ele acha que estou enganando você. 

—  Não temos provas o suficiente para te inocentar. Mas vamos conseguir. 

Seokjin sorriu, pela primeira vez com uma certa sinceridade, e me senti um pouco aliviado. Então o ouvi engolir em seco, segurando as laterais do banco de couro com as mãos, firmemente, e olhando para o colo. — Para o carro. 

—  Por que? 

—  Por favor, para o carro. — Seu tom oscilou, enquanto ele cobria a boca com a mão não machucada. — Acho que eu vou vomitar.

Pisei com força no freio.

Eu estaria mentindo se dissesse que levei mais de um minuto para compreender a situação e entrar com o carro no estacionamento de um edifício comercial próximo. 

Yoongi provavelmente teria a mesma reação, isso se não abrisse a porta de supetão e jogasse o garoto pra fora do carro. 

Ele abriu a porta, e saiu quase caindo no chão, correndo para dentro do edifício com as mãos cobrindo a boca. O segui depois de uns cinco minutos esperando, com medo de duas situações possíveis:

a) Ele não conseguiu chegar ao banheiro.

b) Ele se afogou com o próprio golfo.

c) Ele passou mal.

Um dos seguranças me indicou onde ficava o banheiro masculinho, e abri a porta com cuidado, procurando Seokjin com os olhos antes de entrar. Ele estava em uma cabine, com a porta aberta, sentado de frente para o vaso sanitário, abatido. Me aproximei mesmo que sem muita vontade.

— Ei, tudo bem? — Me agachei e pousei uma mão em suas costas, um pouco desconfortável com o contato físico, e imagino que ele também, já que seu corpo todo tremeu e ele se virou assustado. 

Me surpreendi quando ele simplesmente respondeu com um "não", a voz já fraca, esmaecendo tanto quanto ele mesmo. 

Respondi-lhe que estava tudo bem, e assim que voltamos para o carro, não lhe dirigi mais nenhuma palavra, levantando em conta a condição de sua cabeça e a própria confusão mental pela qual ele devia estar passando no momento. Era cansativo, e eu reconhecia isso. Apenas achava que era importante que ele, tanto quanto eu, conversasse um pouco com seja lá quem fosse aquele psicólogo. 

 

xXx

 

Chegamos em Seul, mais precisamente na delegacia, um pouco mais tarde do que o previsto. O engafarramento no trânsito já se via presente, e o céu estava nublado e um pouco escuro, o que indicava que logo iria chover.

Seokjin estava ainda pior, e a sua aparência já não ajudava muito. Eu estava começando a torcer para que aqueles machucados e inchaço sumissem logo. Nós andamos calmamente até dentro da delegacia, e Jungkook veio até nós.

— Oi, hyung. Conseguiram alguma coisa? — Ele me perguntou, com os dentes compridos à mostra, em um sorriso convidativo.

— Não, na verdade, não. — Respondi, tentando demonstrar insatisfação o menos possível. — Estávamos indo para o hospital em que ele trabalhava quando o Yoongi ligou. Aliás, cadê ele?

— Ah, ele 'tá no seu escritório junto com o psicólogo. — Ele virou de costas para nós e eu e o moreno nos entreolhamos antes de seguí-lo, assim que o mais novo fez um sinal com a mão para que fossêmos atrás dele.

Ao chegar na sala, Yoongi estava sentado em uma poltrona, de frente para a porta, enquanto uma figura de cabelos castanhos escuros estava de costas para nós. Assim que nos aproximamos, Yoongi abriu um sorriso gengival, o que alarmou o companheiro, que se virou para nós, já se levantando, fazendo uma pequena reverência de quarenta e cinco graus.

Seu cabelo era bem escuro, beirando ao preto, e ele usava óculos. Seus lábios eram fartos, quase pareciam inchados, e ele parecia ter a mesma faixa de idade que nós quatro restantes ali. Ele usava um casaco comprido bege, e uma blusa de manga comprida cor de vinho. Não consegui deixar de pensar que sua aparência e seu perfil faziam jus à sua profissão.

Eu poderia ver claramente um psicólogo nele.

Mas não era qualquer psicólogo, era um psicólogo forense. Alguém que estuda a mente dos assassinos e procura compreender as razões para eles terem feito o que fizeram. Insano, mas completamente interessante.

Eu e Seokjin nos curvamos, e ele sorriu fraco para nós, estendendo primeiro a mão para mim, e eu a apertei, sem hesitar. — Prazer, sou Chae Hyungwon, o novo psicólogo forense que vai trabalhar com vocês a partir de agora.

— Kim Namjoon. E o prazer é meu. — O cumprimentei, e olhei para Seokjin, que então fez o mesmo, se apresentando. 

Pelo o que eu tinha entendido, a situação toda já havia sido explicada, ou pelo menos, mais ou menos explicada pelo Yoongi, então foram os poucos detalhes que tive que dar. Ele passou um tempo nos explicando o que era a psicologia forense, ou criminal, como queira chamar, e foi interessante mesmo para mim que já sabia do conceito e tudo o mais. 

Eu só não estava muito familiarizado com essa ideia de tentar entender um assassino. 

— Será que nós poderíamos dar uma olhada no corpo de...Chong Jisoo? — O mais novo membro da equipe se pronunciou, depois de uma longa conversa que se estendeu por algumas horas, e todos nós concordamos, menos Jin, que parecia um pouco apreensivo e enjoado.

Outros policiais estavam cuidando dos casos que apareciam, então não seria um problema para nós. 
 

Ao chegarmos no necrotério, Hoseok estava de bom humor como sempre. Ele pareceu bem feliz em conhecer Hyungwon, provavelmente porque entendia dessa área, — não duvidava — tão bem quanto o profissional.

Talvez fosse um pouco surpreendente que a família da garota ainda não tivesse concluído os preparativos para o enterro, mas em casos como esse, não era tão simples. A família e a própria perícia precisava do corpo, para encontrar mais formas de fazer a tão esperada justiça. Era um pouco triste, apesar disso, que ela não tivesse o direito de descansar em paz mesmo depois de morta.

Nós não havíamos ido ver o corpo depois do incidente, e Hoseok apenas nos passou todas as informações. Jisoo estava deitada na maca, apenas com roupas intímas simples e de cor bege. 

Seokjin observava o corpo um pouco afastado, com uma expressão de desgosto. Me perguntei se ele estava assim porque, pelo que os resultados do teste indicavam, ele quem a havia matado, ou simplesmente porque não deveria ser divertido para ele ficar analisando um morimbundo. Bem, nem para mim, mas para Hoseok parecia ser.

Andei em volta da maca, dando uma volta completa nela, analisando cada pedaço do corpo da adolescente. Ela não tinha mais cor, seus lábios estavam secos e rachados, e seu corpo gelado. Muito gelado.

Franzi o cenho ao perceber algo que me chamou a atenção.

— Hoseok, o que é isso? — Franzi o cenho, me deparando com um símbolo incomum no tornozelo esquerdo. Era um K, seguido do número um em romano, um pouco mais em baixo da letra. 

— Ah, provavelmente uma tatuagem. 

Yoongi se aproximou para olhar também, junto dos outros. — Não é um daqueles negócios que você comentou naquele dia? — Todos o olhamos curiosos, e ele olhou para cima, pensando um pouco. — Uma assinatura, marca, que seja. 

— Ah. — Hoseok disse, e eu me lembrei que do Yoongi tinha me relatado sobre o caso de Sun Hee. Ele tinha mesmo comentado algo sobre alguns assassinos deixarem uma "assinatura" em suas vítimas, como se assinassem uma obra de arte sangrenta. — Talvez, mas como nunca vi nada parecido, relatei como uma tatuagem.

— Não tem como descobrir com o que foi feito? Com uma caneta, ou tinta...ou se é realmente uma tatuagem. — Seokjin sugeriu, se pronunciando pela primeira vez desde que botamos os pés ali, e tanto Jungkook quanto Hoseok sorriram para ele.

— Sim. Mas provavelmente o resultado do teste só sairá dentro de alguns dias. — Ele explicou. — De qualquer forma, independente do material utilizado, seria preciso de mais provas para declarar que isso é mesmo uma rubrica, ou seja lá como queiram chamar. — Deu de ombros.

Pensei um pouco.

De qualquer forma, qual seria o significado disso? — Pensei alto, quase sussurrando, tocando o tornezelo esbranquecido e frio com a ponta dos dedos, com cuidado.

— Será meio difícil encontrar uma explicação só com isso. — Hyungwon interveio. — Mas se pudermos decifrar o significado desse símbolo, então podemos estudar a mente desse assassino mais a fundo. Descobrir por que ele fez o que fez, e por que incriminou você. — Seus olhos se desviaram para o homem de ombros largos ao meu lado, que tinha os músculos retesados e mordia o lábio inferior nervosamente.

— Certo. Jungkook, preciso que você pergunte para a família dela se ela tinha alguma tatuagem ou coisa do tipo. Mesmo que eles não saibam, talvez ela tivesse comentado alguma coisa sobre. 

— Certo. — Ele me respondeu de prontidão.

— Yoongi, será que você pode me ajudar com o Seokjin? Precisamos tentar encontrar algum familiar dele. Já temos o nome da mãe, mas por enquanto, nenhuma outra informação. — Ele fez uma careta ao ouvir o seu nome, mas logo assentiu, e então desviei meu olhar para Hyungwon e Hoseok, pensando que os dois fariam uma ótima dupla, ainda mais por ambos aparentarem ter uma personalidade mais calma. — Hoseok, sei que não posso te pedir isso, mas se puder nos ajudar...eu tenho quase certeza de que esse caso tem algo a ver com o de Suk Sun Hee, mas preciso da ajuda de vocês dois para isso. 

— Namjoonie, não seja bobo. É claro que eu posso ajudar. 

Sorri, agradecido. 


Notas Finais


E aí, o que acharam? Por favor, comentem <33 Adoro ler os comentários, principalmente quando vocês compartilham suas teorias comigo KAJSKJQKJQ
Caso tenha ficado confuso, vamos refrescar a memória:
- Suk Sun Hee foi o caso abordado nos capítulos 2 e 3, que aconteceu ANTES do assassinato que incriminou o Jin.
- Chong Jisso é a garota que o Jin supostamente matou, ou melhor, que o assassino matou e que o Namjoon presenciou o assassinato. Se vocês notarem, eu citei esse mesmo nome no capítulo 4, se não me engano, onde fazem aqueles testes com o Jin para comprovar se ele é de fato inocente ou não.

Queria deixar claro aqui que toda a ideia do morador de rua, do bilhete e etc, eu peguei do dorama Duel. Foram apenas esses pequenos detalhes que eu me inspirei mais, mas tenham certeza de que o plot todo é original :)
Foi isso, meus amores! Alguma ideia de quem é o próximo personagem? Taehyung, Jimin...quem sabe mais algum membro do Monsta X? São MUITAS possibilidades, rs.
E ah, a música que o Namjoon estava escutando no carro é Midnight City - M83, o link é esse pra quem quiser entrar na vibe: https://www.youtube.com/watch?v=dX3k_QDnzHE
(ele e eu temos um ótimo gosto para música, eu sei)

Beijos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...