História Royals - Second Season - Future

P.O.V Katherine. 

Todos ao meu redor se mexiam. Eram maquiadores, cabeleireiros, manicures, costureiras e familiares. Tudo para aquele dia sair completamente perfeito. 

— Se você falar que tudo vai dar errado mais uma vez, eu juro que te dou um soco na cara. — Disse Melissa, de olhos fechados, enquanto a maquiadora fazia seu trabalho na mesma. 

— Eu estou a um passo de desmaiar! — Gritei. — E se eu ficar plantada? E se a comida não for o suficiente? E se a decoração...

— Cala sua boca! — Desta vez, Melissa, Caitlin e Hesther falaram ao mesmo tempo. 

— Nós todas fizemos tudo nos mínimos detalhes para tudo ficar impecável hoje. Nada dará errado. Apenas relaxe e aproveite seu dia. — Disse Cait. 

— Tem comida para alimentar toda a África lá fora, a decoração está maravilhosa e tenho absoluta certeza que Ryan irá estar te esperando com um enorme sorriso no rosto. — Completou Hesther. 

Suspirei, concorrendo com elas. Não tinha o porquê ficar assim, só causaria estresse desnecessário. 

Tudo daria certo, eu me casaria, seria muito feliz e esse dia ficará marcado pro resto da minha vida. Chega de paranóia! 

— Vai ser a coisa mais linda James entregando as alianças e Jessica e Julie jogando as flores! — Disse Melissa, batendo palmilhas. 

— Ei, a coisa mais linda serei eu! — Brinquei, a fazendo mandar língua. 

•••

O espelho refletia a mulher mais feliz do mundo. Meu peito queimava em ansiedade. Eu iria me casar com o homem da minha vida, porra. 

Melissa estava de um lado e mamãe do outro, ambas com os olhos brilhando em lágrimas. 

— Meus Deus! O meu bebê vai se casar. — Mamãe disse, tentando não derrama-las. 

— Você é a noiva mais linda do mundo! — Disse Melissa. 

Elas me abraçaram, fazendo uma abraço triplo. Quando a minha primeira lágrima desceu, elas não se seguraram, e logo estávamos as três chorando igual bebês. 

— Chega! Vamos borrar nossas maquiagens e Ryan deve estar doido, achando que foi abandonado no altar. — Disse Mel, nos fazendo rir.

— Vocês são meus bens mais precisos e a felicidade de vocês é tudo pra mim, então, se Ryan não for bom pra você, eu juro que mando ele pro saco. — Disse mamãe, nos fazendo rir. 

Quando a limusine parou em frente à igreja, meu coração começou a acelerar. É, parece que chegou a hora. 

P.O.V Ryan Butler. 

Quando a música começou a tocar e pude ver Katherine entrando, foi como se órbita da terra tivesse mudado. Seu sorriso iluminava aquela igreja todinha. 

Ela estava linda, caralho. Sua beleza era algo que eu não me cansava de admirar, como tudo nela. 

Eu a amava, porra... como a amava! 

Quanto mais perto ela chegava, mais eu percebia que era um puto de um sortudo. Eu podia chamar Katherine Carter de minha. A mulher mais incrível desde mundo aceitou se casar comigo e me amava também, o que mais eu iria querer? 

Justin, que tinha a levado até o altar, me lançou um sorriso de canto, fazendo um sinal positivo com a cabeça, mostrando que estava orgulhoso. 

Suas mãos logo tocaram nas minhas e nossos olhos se cruzaram. Eu nunca soube o que era amar alguém e ficava me perguntando como teria certeza algum dia, mas agora consigo ver. Consigo ver olhando pra ela e imaginado um futuro. Consigo ver sentindo as batidas do meu coração aceleradas e tendo uma vontade imensa de sair gritando na rua o quanto a amava. 

— Eu, Ryan Butler, recebo-te por minha esposa a ti, Katherine Carter, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, tirando a TPM porque você fica chata demais — A igreja toda riu. —, todos os dias da nossa vida. 

— Eu, Katherine Carter, recebo-te por meu esposo a ti, Ryan Butler, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, menos quando você assiste Marley e Eu e fica chorando igual um condenado — Ate eu ri dessa. —, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. 

— Conforme o Senhor, benignamente, o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja, e se digne enriquecer-vos com a sua bênção. Não separe o homem o que Deus uniu. Antes de eu os tornar marido e mulher, devo perguntar: Alguém tem algo contra esse casamento? 

— Nenhuma prostituta grávida aí não, né? — Chris gritou, olhando para os lados. Todos ririam novamente. 

— Já que ninguém tem, eu vos declaro, marido e mulher. 

Ataquei os lábios de Katherine, enquanto sorríamos entre o beijo. A igreja toda bateu palmas. 

Katherine Butler... é, isso soava mais do que bom para mim. 

P.O.V Melissa. 

Alguns anos depois...

— Calem a porra da boca, AGORA! — Justin berrou, fazendo com que a discussão se encerrasse. — James, você primeiro. — Jessica revirou os olhos, depois de um olhar convencido de seu irmão. 

— Ela estava praticamente beijando o menino! Cheia de sorrisos e risadinhas. Ele ainda a chamou para o baile! — Disse, indignado. 

— BEIJANDO? — Justin se levantou, fuzilando Jess, que se encolheu. — Que saliências são essas, Jessica? 

— Primeiramente, minha boca e a dele estavam em uma distância consideravelmente distantes. Segundo, você já pegou praticamente todas as meninas da nossa escola, idiota, qual o problema de eu ao menos conversar com um menino? Terceiro, sim, ele me chamou para o baile, não vejo nada de errado nisso. — Deu de ombros, convencida de seus argumentos. 

— Ele só quer te comer, bobona! Você não vê isso? — James se exaltou, fazendo com que Jessica arregalasse os olhos. 

— Olha a boca, James. Mais respeito com sua irmã! — O repreendi. — Você também vai nesse baile, não é mesmo? Tenho certeza que as garotas estão disputando para ver quem você irá chamar, então por que sua irmã não pode ir com alguém também? 

— Porque... é diferente! Ela é minha irmã e...

— E você está com ciúmes. — Pontuei. 

— Claro que não! Ele é um idiota, ela que não vê. — Bufou. 

— Ele é um idiota com você, porque você assusta ele. — Disse Jess. Justin riu. 

— Bate aqui, filhão. — Disse o mesmo, batendo na mão de James, que também riu. 

— Mãe! — Jess resmungou. 

— Se sua irmã não for, você também não vai. — Conclui. Ele me olhou incrédulo. 

— Pai! 

— Para de ser infantil, James. Eu adoro o Noah e ele é um amor comigo. — Disse Jessica. 

— Eu estou tendo um infarto! — Justin colocou a mão no peito, com uma careta de dor. — Filha, o que eu fiz pra você fazer isso comigo? 

— Para de drama, pai. — Revirou os olhos. — James come geral e ninguém fala nada! 

— É, ninguém fala... Espera, James o que? — Gritei, o olhando de olhos arregalados. 

— Mãe, você não achava que eu era virgem, achava? — Balancei a cabeça em negação. 

— Não quero mais saber desses detalhes sórdidos! Só vou deixar avisado, se uma grávida entrar por esta porta, eu corto seu pinto, James Carter Bieber! — Ele assentiu, engolindo em seco. 

— Vocês dois vão a esse baile. James, você vai ficar de olho na sua irmã. — Justin finalizou e eles concordaram, contragosto. 

— Já chegaram em um consenso sobre a festa de 17 anos de vocês antes de viajarem? — Perguntei, mudando de assunto. 

— Sim, uma poolparty. — Disse James, colocando suas mãos atrás da cabeça, revelando a tatuagem em seu pulso. Ele e Jess tinham a data de seu nascimento no mesmo lugar, com "Gêmeos" escrito em baixo, mas em Latim. Aquilo mostrava o quanto eles se amavam, apesar das constantes brigas e gritos. 

— Pra ver as meninas de biquíni, seu safado. — Lhe joguei uma revista. 

— Que orgulho! — Justin disse e joguei uma nele também. 

— Filha, depois escolhemos seu biquíni. — Decido provocar também, vendo os dois fecharem a cara.

— Sem poolparty, James. — Disse Justin e nós duas rimos. 

— Vocês tem dois meses pra decidir. — Digo. Eles iriam fazer uma festa e, logo depois, Jess passará 1 mês no Japão e James 1 mês na Índia, depois se encontrarão em NY, ficando 1 semana lá e vindo embora. 

Foi bastante complicado chegar nessa decisão, porque queríamos que eles viajassem juntos, mas quando se trata dos meus filhos, opiniões iguais é a última coisa que temos. Os dois queriam conhecer lugares diferentes e que não foram antes, alegando que tinham culturas bem fortes. Foram semanas de discussões, até que eu e Justin ficamos de saco cheio e deixamos eles irem para destinos opostos, mas teriam que passar pelo menos um tempinho juntos e a ideia de NY veio a partir daí. Espero que eles não coloquem a cidade toda de cabeça para baixo. 

••• 

— Mano, acredita que Olívia está com uns papos de namoro? — Perguntou Ryan, fazendo a mesma revirar os olhos. 

— Pai, você é exagerado! Nós só fomos tomar um sorvete. — Liv disse. 

— Você tem só 14 anos, não tem que tomar sorvetinho com nenhum marmanjo! — Disse Ryan. 

— Jessica também está assim. Ainda da tempo que colocar elas em um convento, o que acha? — Essa fala não me surpreendeu nada vindo da boca de Justin.

— Mãe! — Jess e Olívia falaram juntas, fazendo eu e Katherine rir. 

— Eu super apoio a ideia! Priminha, não faça igual a Jessica, tome um rumo. — Disse James, recebendo um belo tapa da irmã. 

— Por que mesmo eu te escolhi pra ser pai dos meus filhos? — Perguntei irônica. 

— Melhor que eu não tinha. — Deu de ombros de um modo convencido. 

Ouvimos a porta se abrindo, revelando Caitlin e Chaz, Hesther e Chris, com o pequeno Alec em seus braços. Ele estava com 4 anos e era a coisa mais lindinha do mundo — depois dos meus filhos, é claro. 

— Cadê a Julie? — Perguntei. 

— Está de castigo em casa, sem nenhum meio de comunicação. — Respondeu Caitlin. 

— O que aconteceu? — Perguntou Kat. 

— Fugiu pela janela ontem para ir à uma boate. — Disse Chaz. — Só que ela não sabia que eu havia comprado aquela boate. — Explodimos em gargalhadas. 

— Pai, será que pode me passar uma lista das suas boates? Sabe como é, né... — Disse Jess. 

— Pirralha, menos. — Disse Justin, nos fazendo rir. 

Bem, muitas coisas mudaram nesses anos. Todos temos filhos agora e nossa responsabilidade aumentou drasticamente. Éramos uma família, independente de tudo. Megan poderia estar aqui também, engravidando, casando e sendo feliz. Mas as coisas não foram bem assim. Eu sentia sua falta sempre, entretanto, sei que ela está olhando por todos nós lá em cima. 

Não importa quantos inimigos venham ou quantos obstáculos teremos que enfrentar, eu protegeria minha família. Custe o que custar.