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História Royals - Fuck


Escrita por: divideshawnx

Notas do Autor


SURPRESAAAAAA
CAPÍTULO NO MEIO DA SEMANA MESMO, JÁ EXPLICO O PORQUÊ!
boa leitura <3

Capítulo 29 - Fuck


A semana tinha passado muito bem. Matthew parecia ter esquecido que havia tentado me beijar, e ignorou completamente aquilo, evitando tocar no assunto. Esperava que dessa vez, ele desistisse definitivamente de tentar aquilo.

Quase todos os dias, eu havia ido dormir com Cameron. Obviamente, colocava um alarme para as quatro da manhã e ia correndo para o meu quarto, mas só de ter umas horinhas com ele, eu já ficava feliz. Contava com a sorte de que ninguém decidisse me visitar em meu quarto durante a madrugada, e estava tudo correndo bem. Não havíamos triscado no quesito “namoro”. Não precisávamos, para falar a verdade. Eu me sentia daquela forma e sabia que ele sentia o mesmo. Tínhamos a nossa própria forma de comunicação, a física, e não ligávamos se isto era algo saudável ou não.

- Bom, vocês estão a par do jantar de amanhã, certo? – falou  Laura, a mãe de Matthew – Em comemoração ao sucesso das novas ações da família, - sorriu, encarando o marido - teremos alguns convidados importantes, e peço que vocês utilizem um traje esporte fino. Caso não tenham nada aqui, ficaremos felizes de oferecer um motorista para pegar algo em suas casas.

- O evento começará as sete da noite, o jantar deverá ser servido perto de oito – completou o pai dele, sorrindo – Espero todos vocês na sala principal.

Todos ao meu redor sorriam e comentavam coisas sobre o evento uns com os outros. A cada dia eu odiava mais e mais o mundo em que eu vivia. Era sortuda por ter tanto dinheiro, mas não merecia nem metade dele. Os pais de Matthew haviam escolhido o fim da refeição para anunciar o tal evento, todos estavam socializando, enquanto eu só queria fugir para o deck, ir atrás de Cameron naquela sexta à noite.

- Você tem vestidos aí, não tem querida? – perguntou mamãe, segurando o braço de meu pai.

- Tenho, mãe – respondi, forçando um sorrisinho fechado.

- Vai estar linda, tenho certeza – sorriu papai – Quem sabe arranjamos um garoto para você.

- Não preciso de um garoto – ergui as sobrancelhas – Estou bem, obrigada.

Minha mãe engoliu em seco, se aproximando ainda mais do meu pai. Pela primeira vez eu enxergava que essa obsessão dos meus pais com me arranjar um homem rico era uma visão extremamente machista. Não precisava de ninguém para me sustentar. Tinha meus planos de ir para Princeton, estudar muito e ter o meu próprio dinheiro. Fora que, eu já tinha um menino, o meu menino, e embora eles fossem me matar se soubessem do meu relacionamento com Cameron, eu não o trocaria por nada.

- Sabemos que não precisa, é só que... Você nunca namorou e... – minha mãe comentou.

- Vou subir – a interrompi. A feição dos dois mudou, eles não gostavam nem um pouco da mulher que eu vinha me tornando. Eu estava parando de aceitar tudo o que me era imposto, para os dois, eu era uma rebelde.

- Katherine – repreendeu meu pai.

- Estou falando sério. Não vou continuar aqui se vocês forem ficar criticando a minha vida amorosa.

Cruzei os braços, impaciente. Minha cabeça ameaçava latejar só de estar ali, no mesmo ambiente que os dois, ouvindo aquele tipo de coisa. Talvez eu tivesse crescido muito pacata, aceitando tudo, mas eu definitivamente não via a hora de ir para a faculdade e ficar longe dos dois.

- Temos uma competição de arco e flecha amanhã, às nove da manhã, com os pais de Matthew – falou papai, com a feição rígida de sempre – Espero que esteja lá, ele vai.

- Eu vou – respondi rápido, sem nem pensar direito.

- Muito bem – disse mamãe – Até amanhã, então.

Meu corpo inteiro gelou enquanto via os dois se virarem e se afastarem de mim. Arco e flecha. Meus pais. Os pais de Matthew. Matthew. Cameron. Eu. Todo mundo no mesmo ambiente. Precisava ir. Precisava provar para mim mesma que conseguiria. Não podia, em hipótese alguma deixar Matt sozinho no meio daquilo, seria ruim da minha parte.

Eu iria, e teria que controlar cada parte de mim.

 

***
 

Peguei uma maçã em cima da mesa e dei uma mordida, sem nem sentar para comer direito. Precisava me adiantar. Já estava um pouco atrasada, se demorasse muito, minha mãe me mataria ali mesmo.

Corri para os fundos da casa, encarando constantemente o relógio em meu pulso. Sentei no primeiro carrinho de golfe que vi, o ligando e acelerando. Meu coração disparava em meu peito, não queria nem imaginar meus pais e Cameron no mesmo ambiente, neles se olhando e conversando. Minha cabeça iria explodir na próxima hora, eu tinha certeza.

Não demorou para que chegasse a porta do arco e flecha, com a minha maçã já no fim. Desliguei o motor e respirei fundo, saindo do carro e me segurando para não voltar correndo para o quarto. Entrei lá, com a cabeça baixa.

- Desculpem pelo atraso – falei, baixinho.

Olhei para cima, Cameron estava no outro lado, entregando saco de flechas para a mãe de Matthew. Seus olhos se dirigiram a mim, ele engoliu em seco, travando o maxilar. Seu nervoso era mais do que perceptível por mim, que o conhecia tão bem.

- Katherine, querida – falou minha mãe, claramente forçando um sorriso – Tudo bem. Só se ajeite logo.

Cameron chacoalhou a cabeça, parando de me olhar. Fiz o mesmo. Me dirigi a Matthew e o abracei rapidamente, o cumprimentando.

- Obrigado por vir, Kat – sussurrou, parecendo aliviado por não ter que ficar ali sozinho.

- Não tem problema – falei, sorrindo.

Olhei ao redor, Cameron evitava me olhar a cada segundo e todos já tinham seus equipamentos de proteção, seus arcos e suas flechas. Eu era a última.

- A senhorita Hawking gostaria de pegar seus equipamentos? – perguntou Cam, com os braços atrás das costas.

- Sim, por favor – respondi, sendo observada com cautela por meu pai.

- Venha comigo, por favor – disse, caminhando até a pequena sala fechada onde ficava todo o equipamento.

O segui, passando pela porta e a fechando atrás de mim. Encostei na parede e soltei a respiração que estava prendendo. Relaxei minha cabeça, a deixando pender para o lado. Meu corpo inteiro estava tenso e meu coração disparava.

Ouvimos o pessoal começar a falar e conversar entre si, o que nos liberou para dizer algo sem que eles escutassem.

- Por que veio, morena? – perguntou, passando a mão pelos cabelos.

- Não tive escolha, Cam – suspirei, desejando fugir dali – Meus pais me intimaram a vir para essa competição. Não pude fazer outra coisa a não ser vir.

- Não venha da próxima vez – disse, sério – Tem noção do quanto vou ter que me controlar na frente dos seus pais, dos meus chefes e de Matthew?

Tinha total noção. Sabia como a próxima hora seria difícil para nós dois, e como não poderíamos deixar passar nenhum deslize. Não era só o preconceito que meus pais teriam com aquela relação, mas sim o emprego de Cameron. Ele precisava daquele dinheiro mais do que eu podia imaginar. Sua família dependia daquilo.

- Vai dar tudo certo, Cam – tranquilizei.

- Não vai não! – exclamou, fiz um sinal para que ele falasse mais baixo. Cameron respirou fundo e diminuiu o tom – Você e Matthew... Vocês mal se abraçaram ali e eu tive que juntar todas as minhas forças para não explodir.

- Isso é bobagem...

- Eu sou ciumento, Katherine. Você já sabe disso – podia sentir sua paciência diminuído. Cameron era uma bomba-relógio que ninguém sabia controlar – Não vou aguentar ficar vendo o cara que tentou beijar minha namorada tocando nela o tempo todo.

Minha cabeça se tornou uma confusão completa. Não sabia se ficava feliz por ter aquele título de namorada fixado, ou se me preocupava com o fato de Cameron saber que Matthew tentou me beijar.

- Quem te contou? – segurei minha alegria, me aproximando dele.

- Ninguém. Eu vi com os meus próprios olhos na sexta passada.

- E mesmo assim foi para o deck? Sabendo que a gente estava lá? – ergui as sobrancelhas.

- Isso não...

- Até porque ele tentou me beijar antes de você chegar – interrompi.

- Não importa, morena! A questão é que Matthew te quer muito, e ele precisa entender que não vai rolar para ele. Você já está comigo! – exclamou, decidido.

Comprimi os lábios, surpresa por sua decisão. Meu coração sorria junto com os meus olhos, que brilhavam. Já devíamos estar lá dentro a tempo demais, mas eu não estava nem aí. Queria dar um jeito de fugir com Cameron para o seu quarto e nunca mais sair dali.

- Então quer dizer que eu sou oficialmente sua namorada? – perguntei, mordendo o lábio inferior.

- Pensei que já tivéssemos falado sobre isso.

- Sou ou não sou? – questionei novamente, cruzando os braços.

- É, Katherine – riu, corando imediatamente – Você é a minha namorada. A primeira.

Sorri, mas ao mesmo tempo que me via feliz por tê-lo oficialmente, me sentia triste por ter que esconder aquilo. Tudo o que eu sentia era tão forte e minha vontade de subir no telhado e gritar dizendo o quanto eu gostava dele era imensa.

- Queria poder não nos esconder – engoli em seco.

- Eles iriam enlouquecer – piscou para mim, se aproximando do meu corpo, em um movimento muito arriscado.

Recuei um pouco, mas ele seguia andando em minha direção. Queria tanto beijá-lo, passar minhas mãos por seus braços, sentindo ele me segurar pela cintura, me arrepiando totalmente, de um jeito que só ele sabia fazer.

- Eles iriam nos matar, isso sim – insisti, recuando ainda mais.

- Imagina só se eles soubessem que passei a semana inteira transando com a filhinha perfeita deles – provocou, mordendo os lábios enquanto encarava meu corpo.

A cada segundo que fechava os olhos e pensava em todas as noites que eu havia tido com Cameron durante aquela semana, meu corpo inteiro pedia por mais. Ele era sempre atencioso, e me deixava o mais confortável possível. Cam era um marco na minha vida, e isso nunca mudaria.

- Você seria um homem morto no mesmo segundo, Cameron Dallas – desviei meu olhar, assim que bati na parede atrás de mim.

Nada impediu que ele continuasse de andar até mim, perto demais considerando que meus pais estavam logo atrás daquelas paredes. Se eu me concentrasse, poderia ouvir suas vozes, falando sobre algo muito chato como a economia de Manhattan. Porém eu não estava me concentrando, eu não queria me concentrar. Queria estar focada no homem em minha frente e somente nele.

- Está sabendo do jantar de hoje à noite, não está? – perguntei, no exato segundo em que ele se grudou em mim e impediu a minha saída, colocando os dois braços na parede, ao lado da minha cabeça.

- Aham – encarou minha boca, mal prestando atenção no que eu estava dizendo – Não vou trabalhar essa noite.

Perfeito, pensei.

- Passe no meu quarto hoje, umas sete da noite. Quero que me veja pronta – pedi.

- Por quê? – perguntou.

- Porque a única vez que você me viu realmente arrumada foi na minha festa de formatura, e naquela época você me odiava – segurei um riso, lembrando o nosso passado próximo – A não ser que não queira ver sua namorada no vestido mais lindo que ela tem.

Cameron lambeu os lábios. Naquele momento nós dois nem lembrávamos que estávamos tão perto de todo mundo. Estávamos lá dentro há tempo demais, e não poderíamos estar ligando menos.

- Prometa que vai no meu quarto hoje de madrugada – pediu, me encarando completamente – É sério, você está muito gostosa agora e a única coisa que consigo pensar é no seu corpo na minha cama.

- Tudo bem – sorri, tentando controlar meus instintos de beijá-lo bem ali.

- Estou falando sério. Preciso de você – sussurrou, com a boca próxima a minha – Preciso de você para caralho.

- Se segure até a madrugada.

Cameron travou o maxilar, tirou uma mão da parede e passou por minhas costas, me puxando rapidamente para si e colando nossos corpos. Cada parte do seu corpo me demonstrava o quanto ele estava me desejando, conseguia sentir sua necessidade sem nem beijá-lo. O que estávamos fazendo era errado e arriscado, mas não conseguíamos parar. A adrenalina subia em nós dois, e era bom demais.

- Eu vou foder você hoje, morena – falou, em um tom firme e baixo. Minha respiração se dificultou - Vou foder você como eu nunca fodi ninguém antes. Vou te deixar sem ar, vou te fazer gemer e gritar meu nome. E você vai pedir por mais porque eu vou te deixar louca, Katherine Hawking. E quando eu terminar, você vai estar rouca e toda marcada com meus chupões. É isso que vou fazer hoje. Vou te foder todinha...

Meu corpo inteirinho pedia por ele. Queria cada pedacinho de Cameron colado em mim, queria sentir o seu calor, o seu cheiro. Queria ouvir sua voz no pé do meu ouvido a noite inteira. Arrepios me consumiam quando pensava em seus lábios chupando meu pescoço. Precisava dele tanto quanto precisava de oxigênio e teria que me controlar até a madrugada, quando finalmente poderia ir ao seu quarto e deixa-lo fazer o que sabia.

- Katherine? – ouvi a voz da minha mãe, batendo na porta.

Eu e Cameron nos afastamos rapidamente, arregalando os olhos. Engoli em seco, extremamente afastada. Cameron correu para o outro lado, pegando os equipamentos para mim. Minha mãe abriu a porta, e eu fiz minha melhor cara de tédio.

- Está tudo bem? – perguntou, franzindo a sobrancelha – Você está demorando...

- Sim. Tivemos uns problemas porque...

- O pulso dela é muito pequeno – completou Cameron. Esperava mesmo que aquilo fizesse algum sentido – Tivemos que experimentar muitos protetores. Mas acho que já achei o tamanho certo.

- Ah, claro – sorriu, cruzando os braços – Desde que a minha garota fique segura...

Eu e Cameron nos entreolhamos rapidamente, nervosos com toda aquela situação.

- Pode deixar, senhora Hawking! – sorriu de canto, trazendo um protetor até mim.

Estiquei meu braço, deixando que ele colocasse. Era o único momento onde faria total sentido olhar diretamente para ele. Então, aproveitei para encará-lo o máximo possível, reparando em cada detalhe. Suas mãos agiam rapidamente em amarrar aquilo em meu braço, ele lambia os lábios, com os olhos fixos no que estava fazendo. A dor de precisar negligencia-lo me consumia, sabendo como era igualmente difícil para ele também.

Assim que peguei todos os equipamentos, eu, Cameron e minha mãe saímos dali. O pessoal esperava impaciente por nós. Eu realmente havia demorado demais, um erro crucial considerando minha situação.

- Você está bem? – perguntou Matt, se aproximando de mim.

- Tive problemas para achar um protetor que coubesse em mim. Nada demais – respondi, imaginando só o que Cameron devia estar pensando ao nos ver juntos.

Passei o campeonato inteiro desejando gritar. A cada momento que Cameron triscava em mim, mesmo que fosse apenas para corrigir minha postura, eu queria abraçá-lo, e poder trata-lo normalmente. Meu corpo inteiro pedia para ser liberado daquela situação. Queria dizer toda a verdade ali mesmo. Esconder a melhor parte da minha vida era uma dor absurda, e eu não sabia por quanto tempo iria suportá-la. 


Notas Finais


Vou viajar amanhã e não vou ter internet para postar na sexta, por isso, adiantei o capítulo para vocês!
Bom, Cameron provocando a Kat foi só uma nuance de como vai ser esses próximos capítulos, onde eles estão oficialmente namorando. Vocês não tem nem ideia das coisas que eu planejo para essa história e como estou ansiosa para que vocês leiam algumas cenas específicas!
Muito obrigada pelo apoio de sempre, vocês são incríveis!
nina <3

meu twitter: https://twitter.com/wtfnashx
fav aqui para que eu te avise quando postar capítulo novo: https://twitter.com/wtfnashx/status/786362829351686144


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