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História Rubber Soul - A McLennon History - Two of Them


Escrita por: corleonecyn

Notas do Autor


Em primeiro lugar MIL PERDÕES PELO SUMIÇO, tive muitos problemas.
Prometo que vou postar mais essa semana.

Capítulo 8 - Two of Them


Gravar com Paul era um sacrifício. John queria morrer só de pensar que essa tortura estava longe de acabar. Paul ainda o evitava e estavam só no início das gravações do Abbey Road. Paul passou á definir as fases de John como “antes do divórcio” e “depois do divórcio”. Ele sentia certo ciúmes de Cynthia mas, agora vendo a cara horrível de Yoko todos os dias, até sentia falta de Cyn.

– John? – Chamou Yoko  – Preciso falar com você.

– Corta! – Disse George Martin – O que pensa que está fazendo? Não pode interromper as gravações.

– Não fale assim com Yoko. – Disse John, em tom agressivo.

– Fique tranquilo, George. – Respondeu Yoko – Essa cortada um dia vira uma relíquia e você pode ganhar milhões com ela. John, agora!

Paul encarou John, que o olhou com um olhar meio frio. Ele estava puto pelas tentativas que tinha feito em falar com Paul e cansado de levar “nãos”.

– Essa sua mulherzinha enche o saco ligando toda hora para o assistente. – Yoko disse quando os dois estavam do lado de fora do estúdio.

– E por que você não me chamou? Pode ser algo com Julian.

– John, por que você se preocupa tanto com esse menino? Você nem queria tê-lo para começo de conversa!

– Ele é meu filho! Como você pode falar isso do meu filho?!

– John! Você não percebe que ela está usando Julian pra se reaproximar de você?! – Ela colocou as mãos no rosto de John – Você é tão ingênuo querido. Deixa eu cuidar de você?

– Eu preciso saber do meu filho, Yoko.

– Você vai saber, querido. Eu prometo. Mas se ela se reaproximar de você vai estragar essa relação linda que nós descobrimos que temos.

– Eles são minha família, Yoko.

– Nada do que eu represento significa algo pra você, não é? E os nossos projetos? O Two Virgins? Vai deixar que tudo vá por água abaixo por causa da sua ex mulher grudenta?

Yoko o deixou na salinha e entrou no estúdio.

John passou as mãos nos cabelos e sentou no sofazinho.

 

 

– Paul, George, Pete, essa é Cynthia.

Os meninos a observaram por alguns segundos e apertaram a mão da garota que John trouxera para assistir o ensaio. Stu ainda não tinha chego. George trocou algumas palavras com ela e Paul e Pete ficaram em seus instrumentos e logo George se juntou á eles.

Paul observou Cynthia por alguns minutos enquanto ela olhava fixamente para John, ou pelo menos ele achava que sim porque ela usava os óculos Ray Ban pretos de John.  Quando ela virou a cabeça para ele, Paul desviou o olhar um pouco tarde demais. Ele a viu dar um sorriso.

Stu chegou com alguns peixes e fritas num jornal e todos sentaram-se em volta para o desejum. Paul tentava entender o que sentia toda vez que olhava para a namorada de John, que recebia batatas na boca do mesmo. Ele falou com George mais tarde sobre isso enquanto caminhavam para casa.

– Não acho que é curiosidade. Não quero saber nada sobre ela. Só não consigo parar de olhá-la.

– Até parece que você não tem curiosidade de saber quem ela é de verdade, Paul. – George disse – Todos nós temos. Eu a achei muito legal e divertida.

– Tanto faz. Ela até lembra a Brigitte Bardot. Talvez seja por isso que John esteja com ela.

– Não seja ridículo. Ela é mais de um ano mais velha que ele. Está na mesma classe que ele. Eles são como o Rock e o Roll.

– E você acha que eu não sei? Tudo o que ele sabe falar agora é sobre ela. Eu sei tudo sobre a garota sem nem ao menos perguntar. Tudo o que John fala é sobre a Mrs. Blackpool e seus conjuntinhos de tweed. Até o sotaque dela me irrita.

– Sabe, acho que sei o que você sente por ela. – Disse George ao ir á caminho de sua casa enquanto Paul estava procurando as chaves no bolso.

– O que?

– É ciúmes.

 

 

John entrou no estúdio e estavam todos fazendo alguma coisa quando fechou a porta com violência, chamando a atenção das pessoas.

– Não quero que nenhum de vocês entre em contato com a Cynthia. Ela está atrapalhando meu desenvolvimento musical e pessoal. Não quero que ela seja bem vinda em nossa família, então digam isso á suas esposas também. O membro que questionar ou passar por cima dessa regra estará sujeito á consequências graves.

Yoko sorriu. Estava feliz que o marido a tivesse compreendido.

– E quem disse que você estabelece regras sem nossa aprovação? – Disse Paul

– A banda é minha.

– Estabelecemos uma regra de não trazer nossas esposas ou namoradas para o estúdio. Você descumpriu essa regra. E aí? – Paul se levantou e encarou John.

– Se está falando da Yoko saiba que ela e eu somos um só. Estamos juntos em todos os lugares porque somos um só.

Paul deu uma gargalhada.

– Pfff, por mim chega por hoje. Vejo vocês amanhã. – Ele disse, pegando as chaves do carro.

– Onde pensa que vai? Não terminamos de trabalhar.

– Eu? Vou sair.

– Você não escutou o que eu disse? Volte para trabalhar agora ou vão haver consequências graves, Paul.

– Escutei. Quero ver você me colocar pra fora dos Beatles. Quero só ver o declínio musical que isso vai ser, a repercussão que isso vai causar, o ódio público que sua mulherzinha vai carregar nas costas, porque eu não vou poupar nenhum detalhe da imprensa. Pense duas vezes antes de fazer alguma besteira.

Paul deu as costas e saiu do estúdio. Pegou o carro e dirigiu para Surrey. No caminho parou em uma floricultura e disse ao rapaz da loja:

– Quero a rosa vermelha mais bonita que você tiver.

Paul tirou uma fotografia com o rapaz e foi embora.

Estava indo visitar Cynthia.

No caminho pensou em Julian e começou á cantarolar uma canção.

Na na na na na na na

Na na na na

Hey, Jules.



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