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História Rumo ao Amanhã - Inuyasha - Uma parte de mim ficou junto a Kagome...


Escrita por: KahHigurashi7

Notas do Autor


Olá minna... Mais um capítulo cheio de muito amor e carinho...
Pode ser considera um "Especial de Ano Novo atrasado" rs

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Boa leitura...

Capítulo 6 - Inuyasha - Uma parte de mim ficou junto a Kagome...


Fanfic / Fanfiction Rumo ao Amanhã - Inuyasha - Uma parte de mim ficou junto a Kagome...

Já faz algumas semanas desde que a vi pela última vez... Minha Kagome...

Não posso dizer que sou plenamente feliz, afinal ela não está ao meu lado... Entretanto, devo admitir que a vida não tem sido tão ruim assim. Nossos amigos estão sempre próximos a mim e os trabalhos ao lado de Miroku tem ocupado boa parte de meu tempo, distraindo-me de pensamentos depressivos.

Com frequência me pergunto “O que Kagome diria? O que ela faria?”... Questiono-me se algum dia isso mudará, se deixarei de pensar nela com a mesma frequência, com a mesma intensidade.

Aquela idiota irritava-me com facilidade, mas arrancava-me sorrisos com maestria. Por vezes me pego pensando em como tudo nela agradava-me, seu sorriso, sua voz, seu cheiro... Ah seu cheiro... Meu maior temor é um dia esquecer-me dele!

Ah Kagome... Que falta você me faz!

Estou sobrevivendo dia após dia... Mas não importa o que eu faça, não consigo sentir-me verdadeiramente pleno... Completo.

Acredito que uma parte de mim está na outra Era, junto a Kagome.

 

- Keh! Por mais quanto tempo permanecerei perdendo-me em pensamentos e lembranças? Na verdade pouco importa, pois sei que não posso e não quero esquecê-la por um dia sequer! – Externava meus pensamentos mais íntimos, baixo o suficiente para que apenas eu pudesse ouvi-los.

Fitei o interior do Poço Come Ossos, que outrora permitia-nos viajar entre as Eras e desfrutar da companhia um do outro. “Quem dera esse maldito poço funcionasse apenas mais uma vez!”. Suspirei profundamente, despedindo-me daquele poço inútil, e segui em direção à casa de Miroku.

O inverno estava em seus últimos dias e já era possível sentir a Primavera se aproximando. Há alguns dias que não éramos agraciados com neve, e o clima já ameno facilitava nossa locomoção. - Não pudemos fazer muito boa parte do inverno.

A poucos metros de meu destino, pude sentir um cheiro diferente no ar... Aquele odor me era familiar, ainda que não fosse capaz de distinguir exatamente do que se tratava. Quanto mais me aproximava, mais incomodo sentia devido ao aumento gradativo na intensidade daquele aroma que eu não era capaz de decifrar. “Tenho certeza de já ter sentido esse cheiro antes, mas onde?”. Vislumbrei a silhueta de Sango ao longe – ela estendia roupas no lado oposto de onde eu estava, do outro lado de sua casa. -, mas antes que sequer cogitasse alcança-la fui surpreendido por Miroku.

- Bom dia Inuyasha. – O monge cumprimentou-me com aparente pressa, segurando em meu braço e puxando-me na direção oposta de sua morada.

- Está tudo bem? – Indaguei-o.

- Sim, é só que... – Miroku fitou a direção em que sua esposa estava e suspirou com certo alívio diante da considerável distância que os separava agora. – Desde ontem que a Sango está estranha, em um momento está irritada e no outro chora fervorosamente.

- Ora, mas não foi você mesmo que me disse certa vez que isso acontece todos os meses com as mulheres? – Franzi o cenho, perguntando-me se o cheiro que senti tinha alguma relação com isso. “Esse cheiro em nada se assemelha a sangue ou algo do gênero... Pode tratar-se de algum tipo de veneno?”.

- Mas com Sango isso acontece no meio do mês, hoje ainda é o primeiro dia... – Disse em tom de derrota. – Inuyasha! Hoje é o primeiro dia do mês, quando...

- Quando a lua se esconde e eu me torno humano por uma noite, eu sei. – Interrompi-o.

- Devemos apressar-nos neste trabalho e retornar para a segurança do vilarejo ainda hoje. – Ao preocupar-se comigo, esqueceu-se dos próprios problemas.

- Preocupe-se consigo mesmo, sobrevivi todos esses anos sozinho e...

- Lembre-se de que não está mais sozinho... – Advertiu-me. – Vamos, é próximo daqui e sinto que se trata de um youkai fraco... Será moleza.

Decidi não argumentar e apenas assenti positivamente, seguindo-o em direção ao vilarejo vizinho. De fato a caminhada foi mais breve do que as que estávamos habituados em nossa busca passada pelos fragmentos da jóia de quatro almas. Enquanto caminhávamos, permiti-me analisar todas as nuances e aromas presentes nas redondezas de nosso trajeto... Infelizmente não obtive sucesso.

O clima estava um pouco mais quente do que semanas atrás, o que acentuava ainda mais os odores, e me deveria ser fácil analisar diferentes cheiros... “Não creio estar sendo tão afetado pela proximidade de minha transformação... Keh! Até a noite eu vou descobrir o que significa aquele cheiro.”. Perdido em meus próprios devaneios, mal me dei conta de que enfim chegávamos a nosso destino... Assim que adentramos naquele pequeno vilarejo Miroku dirigiu-se ao chefe do mesmo, trocaram algumas palavras e fomos conduzidos ao local onde supostamente o youkai escondia-se.

Rapidamente identificamos uma pequena fissura aos pés da montanha presente nos limites do vilarejo e entreolhamo-nos – Nosso trabalho em equipe era magnífico. – Miroku sinalizou-me com um breve movimento de umas de suas mãos o que faria a seguir e preparei-me para o ataque. Ele lançou um de seus pergaminhos fazendo com que o youkai peçonhento saísse de sua toca, e com um preciso e breve movimento acertou-o com seu báculo lançando-o em minha direção, e sem titubear usei a Ferida do Vento, vaporizando aquele monstro instantaneamente. “Após termos derrotado Naraku, sempre é tão fácil.”.

- Ótimo trabalho em equipe Inuyasha. – Miroku lançou-me uma piscadela.

- Vocês são mesmo muito fortes! – O chefe do vilarejo aproximou-se admirado.

- Na verdade esse youkai centopeia era um fracote, foi moleza! – Não pude evitar responder-lhe com certo tom de desdém.

- Entendo... – O Senhor pareceu um tanto confuso. – De todo modo, somos muito gratos. Sigam-me para que recebam o pagamento.

O acompanhamos até uma espécie de depósito, e um jovem trouxe-nos um cesto de arroz que prontamente coloquei sobre um de meus ombros, agradecendo-o em seguida. Entretanto, algo chamou minha atenção... Uma mulher aproximou-se de nós e algo nela incomodava-me.

- Somos muito gratos pela ajuda... – A jovem voltou seu olhar para o chão. – Graças a vocês podemos ter nosso filho com tranquilidade e segurança. – O rapaz que trouxera o arroz abraçou-a e assentiu em nossa direção. “Esta mulher está esperando uma criança, ainda que sua barriga não esteja tão aparente.”.

Despedimo-nos e iniciamos o caminho de volta até a casa em que Miroku morava junto a sua esposa, enquanto novamente perdia-me em meus próprios pensamentos.

- Hoje conseguimos apenas um cesto de arroz. – O monge disse em tom de decepção, desconcentrando-me brevemente de minhas análises mentais.

- Não deveria estar reclamando, afinal meros segundos bastaram para que derrotássemos aquela centopeia... Não deve ser tão ganancioso Senhor Monge. – Fitei-o de soslaio.

- De fato foi bem simples... – Suspirou profundamente, enquanto retorcia os lábios.

Já era fim de tarde, e logo eu me tornaria humano. Permiti-me fitar o céu por algum tempo e admirar as cores que agora se mesclavam e tingiam aquela imensidão... “Só não é mais belo do que ela...”. A poucos metros de nosso destino, senti novamente aquele cheiro que me incomodara mais cedo e esforcei-me em analisá-lo uma última vez, antes que minha transformação me impedisse de tal.

- Ei Inuyasha, porque não passa a noite conosco? Parece que será uma noite fria e sempre nos preocupamos em dias como esse e... – O monge tentava convencer-me.

Num estalo a resposta veio a mim... “Como não percebi antes? De certo meus devaneios sobre Kagome devem ter-me distraído e afetado minha percepção.”.

- Miroku... – Pausei meu caminhar e chamei-o seriamente.

- Inuyasha, o que...

- Sango está grávida. – Interrompi-o, revelando minha recente descoberta.

- Mas como... Tem certeza? – Miroku soou inquieto e um tanto quanto surpreso.

- Tenho certeza... O cheiro dela mudou, há algo mais.

O monge pervertido lançou-se ao chão, ficando de joelhos enquanto levava as mãos ao rosto. Soltei o cesto de arroz e fui até ele, preocupado com seu aparente estado atual.

- O que houve, você está bem? – Sacudi-o levemente.

- Inuyasha... Eu sou o homem mais feliz do mundo. – Sorriu-me em meio a prantos.

Vê-lo daquele jeito fez com que eu experimentasse emoções que sequer sabia que tinha... Sonhos, desejos... Fez-me pensar sobre ter filhos. “Eu nunca havia cogitado verdadeiramente isso, mas...”. Miroku não era capaz de conter a felicidade que sentia, e peguei-me pensando em como seria sentir o mesmo. Meus pensamentos foram interrompidos pelo grito de Sango, que aproximava-se de nós rapidamente. “Deve ter se assustado com esse idiota jogado no chão desse jeito.”.

- Sango está chegando, recomponha-se. – Cutuquei-o ligeiramente.

O monge levantou-se lentamente, enquanto batia levemente em suas vestes e tentava encontrar as palavras certas para sua esposa.

- Miroku, o que houve? Está ferido? – Sango lançou-se sobre ele, enquanto tateava seu corpo a procura de algum ferimento.

- Eu estou bem Sango, acalme-se por favor. – Sorriu para ela numa falha tentativa de acalmá-la. – Vamos para casa e poderemos conversar. – Caminhou até o cesto de arroz e agarrou-o, assentindo para mim e dirigindo-se a sua casa.

- Desejo saber o que está havendo, diga-me agora. – Sango advertiu-o. – Diga-me o que está acontecendo Inuyasha! – Fitou-me com os olhos em chamas.

- Miroku deve falar-lhe em particular, confie em mim e acalme-se. – Disse-lhe calmamente, disfarçando o pavor repentino que ela me causara. – Vejo vocês depois. – Despedi-me, distanciando-me rapidamente e permitindo que ficassem a sós.

Alguns metros à frente, sentindo minha velocidade diminuir gradativamente, decidi sentar-me sobre aquela extensa área gramada. – Estava próximo ao vilarejo e ao poço, não havia sentido a presença de ninguém por perto enquanto ainda era capaz de fazê-lo. – Decidi que já poderia relaxar.

“Certamente Miroku já contou a Sango que ela está grávida... Devem estar comemorando, felizes. Tão breve a família deles irá aumentar, deve ser uma imensa alegria... Será que algum dia irei vivenciar algo parecido? Com Kagome creio ser impossível... Mas também não me vejo vivendo essas coisas com outra, já que não posso arrancar aquela idiota do meu coração.”.

Os dias eram sempre simples, mas havia pequenos momentos incríveis... Obviamente que eu ainda lamentava a falta de Kagome, e isso não me incomodava tanto quanto sua ausência de fato. Mas a felicidade de nossos amigos havia me contagiado, ainda que brevemente. “Ainda não sei ao certo se consigo ser feliz longe dela... Mesmo que seja só um pouquinho, ou rapidinho.”.

Olhei na direção de onde ficava a Árvore Sagrada e pensei em nosso último momento juntos, em nosso beijo, em seu reencontro com sua família... “Minha Kagome, eu desejo que você possa ser feliz, pois sorrindo você fica muito mais bonita.”.

Mesmo humano, concluindo que a temperatura estava deveras agradável para minha forma atual, deitei-me e decidi que dormiria ali, admirando o céu intensamente estrelado e com ela em meus pensamentos.


Notas Finais


Um Feliz 2021 a todos...

Hoje quero recomendar a fic da @Lua_Nova_ "A Dama e o Vagabundo":
https://www.spiritfanfiction.com/historia/a-dama-e-o-vagabundo-21026899


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