História Run, Stiles, Run - Starry - Quatro

Stiles devolve a roupa ao porta-malas, ainda imaginando como Barry ficaria nela, como seu corpo ficaria marcado com aquele traje apertado. Ele sente uma leve brisa, que evolui para um vento mais forte, e o uniforme some do carro.

― Acho que isso é meu ― A voz de Allen soa. Os dois se viram para olhar ele, em pé com a roupa na mão, como ele fez isso? Ambos estavam sem palavras. ― Me devolve o anel Theo!!

― Que anel? ― Pergunta Raeken.

― Não se faz de idiota ― diz o moreno. Obviamente estava se referindo aquele que usava para guardar o traje, que ao apertar o botão liberava o uniforme.

― Essa vai ser difícil, ele nasceu assim. ― Ironiza Stilinski.

― Se não for do jeito fácil, então vai ser do jeito difícil. ― Barry cita a frase, usando sua velocidade para trocar de roupa, tão rápido que os olhos dos dois não veriam, suas roupas casuais velozmente foram dobradas e deixadas em um canto do estacionamento enquanto o uniforme era vestido, mas a visão de ambos só viu a imagem dele já usando o traje. Enquanto isso Theo rosnava e mostrava as presas.

Barry girou em círculos rapidamente sem que os dois pudessem perceber, a brisa que estava batendo fazia com que Stiles percebesse o que era, uma leve luz que durou um tempo maior para o velocista e menor para a dupla. Depois de muitas voltas, com eles no centro do círculo, Flash parou e isso resultou em um raio massivo e brilhante em suas mãos, na cor vermelha que se lançou na direção de Theo.

O corpo dele voou em direção a um muro, deslocando alguns tijolos, e se não fosse um quimera provavelmente estaria ferido. O raio se foi depois do estrago, e a expressão no rosto do castanho mostrava que ele estava fascinado.

― Você é um super herói?? ― O castanho pergunta.

― Mais ou menos isso. ― Barry responde deixando o outro admirado. Ele é melhor que um lobisomem, pensou Stiles. Mais fodão que o pack inteiro.

Theo se ergue do chão, usando o fator de cura para se recuperar. Sua respiração estava afetada.

O filho do xerife olhou nos olhos do moreno, ele estava em seu traje de herói. Estava lindo, pensou Stiles.

A cor vermelha ficava bem nele, e o uniforme era colado no corpo o deixando gostoso e a máscara escondendo sua identidade. O castanho corou.

― Está...no carro. ― O quimera revela, apontando com sua unha afiada.

*

Na clínica veterinária...

― Barry, mostre o seu ferimento. ― Deaton pede.

O moreno sobe a blusa até mostrar o local onde tinha sido mordido, a lateral da barriga.

― Já se curou. ― Scott diz.

― Talvez seja porque sou um meta humano. ― Barry explica. ― Minha cura é acelerada. E metabolismo também.

― Ou porque é um recém transformado. ― Deaton rebate.

― Mas posso ser imune. ― Allen pontua.

― Não tem como saber. ― O alfa interfere.

― Enquanto esses poderes não se manifestam, você não pode colocar em risco a vida de algum inocente. Você é perigoso... ― O druida dita a frase sendo interrompido.

― Perigoso por que??? ― O velocista grita.

― Hoje é noite de lua cheia. ― Stiles informa.

Scott, o castanho e o druida se separam para discutir.

*

― Falamos com o Deaton. Ele vai ceder o espaço para você. Eu e o Sti vamos ficar. ― McCall explica. Barry acena que sim.

Deaton fecha a clínica e vai embora, enquanto vai escurecendo e ficando noite.

― Precisa usar isso, é para o seu bem. ― Diz Stilinski mostrando as algemas. Ele coloca gentilmente nos pulsos do moreno e as fecha, prendendo o corpo dele contra a parede. ― Para o caso de se transformar.

― Me fala por que você não precisa disso? ― Allen pergunta a Scott.

― Porque eu sou um alfa e já sei me controlar. ― McCall explica.

As coisas ainda estavam amenas.

― Então, como conseguiu os seus poderes? ― O alfa faz a pergunta, tentando fazer o tempo passar.

― Um raio. Eu fui atingido por um raio. ― Ele responde desanimado.

― Caralho, você é como o Peter Parker sendo picado pela aranha. ― O castanho deixa escapar o palavrão. Todos riem.

*

Algumas horas se passam e a lua cheia começa a causar um efeito no velocista.

― Me tirem daqui...por favor. ― Barry implora com a voz arrastada. Scott rosnou.

― Não podemos. ― Diz o jogador de lacrosse. O corpo de Allen estava ‘cintilando’ igual quando ele está usando seus poderes.

― Se concentre na minha voz. Quais são as três coisas que não ficam escondidas por muito tempo? ― Stiles pergunta tentando estabilizar o velocista.

― Não...sei. ― Gemeu Barry.

― O sol, a lua e a verdade. Repita. ― O castanho pede.

― O SOL...A LUA... ― A voz de Allen soa alta demais. Ele puxa as algemas tentando se soltar.

― Continua. ― Insiste Stilinski.

― STILES!! ― Grita o moreno, fazendo força.

― Olha para mim. ― O filho do xerife pede, recebendo um olhar de Barry, que já não estava com a cor normal dos olhos. Estava brilhando do mesmo tom dos seus raios. Scott se preparava para usar sua força e deter o velocista. As mãos do castanho tocam o rosto dele, que arde com o choque, mas mesmo assim ele o toca de novo, porque queria muito ― fale junto comigo. O sol, a lua e a verdade, O sol, a lua e a verdade, O sol, a lua e a verdade.

― O sol, a lua e a verdade... O sol, a lua e a verdade... ― O moreno foi gradualmente se acalmando até respirar mais devagar, seu peito inflava e retraía. O suor do rosto dele grudava nas mãos de Stiles.

― Se saiu muito bem. ― Diz o jovem de pintinhas. seu rosto estava muito próximo do outro. De repente, Stilinski o interrompe colando seus lábios nos dele, fazendo uma pressão carinhosa na boca dele, Barry fica nervoso e cora, ele desejava aquilo desde que o conhecera. E agora estava acontecendo. O castanho estava evoluindo de um selinho demorado para um beijo de verdade, movendo a boca e fazendo o moreno sentir seu hálito, depois sua saliva e sua língua entra de um jeito romântico deixando Allen saborear ela, ele ia se acalmando e relaxando. Scott decide deixar os dois a sós e sai de fininho.

Os dois se olham e sorriem.

― Obrigado por me ajudar, Sti. E por cuidar de mim. ― A voz de Barry sai um pouco mais sarcástica. Sem ter tempo de chamar McCall, Stiles vê o pulso dele atravessar as algemas, usando seus poderes, depois suas orelhas começam a crescer até ficarem lupinas, suas presas se revelam na mandíbula, afiadas, e o lado direito do seu rosto fica enrugado, cicatrizado, como se tivesse sofrido queimaduras.

Ele uivou, grave como um grito de guerra, e depois uma brisa forte o fez sumiu.