Luttias se assustou quando ganhou um monte de neve na cara. Olhou para Rye como se ele estivesse com uma faca apontada em sua direção.
- O que foi, o que deu em você?
- Desculpe não resisti, - Rye respondeu rindo daquilo - mas a sua reação foi engraçado. - ele gargalhou
- Não é hora de brincadeira. - Luttias coçava a mão.
- Pare de usar as unhas. - disse Rye ainda rindo - só esfregue.
- O quê? - Luttias levantou
- É sério. quando eu sou picado por mosquitos e sinto uma coceira, quanto mais eu coço mais coceira vem.
A mão de Luttias continuava muito avermelhada e ele não parava de esfregar neve nela.
Rye pegou mais neve e também se levantou.
- Não tem ninguém por perto Luttias.
Luttias que estava de costas para ele respondeu:
- É, mas nós temos que procurar qualquer coisa que nos ajude.
Então ele se virou para Rye e levou uma nova bolada de neve na cara.
- Ha ha ha ha! - Rye gargalhou com a cena
- Nem Rye, se concentra, a gente está na arena não na praça! - Luttias reclamou - E isso doeu. Você vai ver.
Ele também pegou neve e fez uma bola, Rye ainda rindo correu e pegou neve. Luttias jogou nele e acertou em seu ombro. Os dois sorriam muito naquele momento, Rye jogou neve no rosto de Luttias no memento em que ele iria falar algo, o que resultou em mais gargalhadas. Eles ficaram nessa brincadeira por uns 3 minutos, aquela felicidade toda poderia trazer problemas para eles, os Jogos Vorazes eram um show de horror não um programa feliz e os idealizadores dos jogos poderiam não gostar daquilo, foi pensando nisso eles decidiram parar.
- Vamos, temos que sair daqui. - Luttias disse ainda rindo e pegando uma das mochilas
Eles começaram a andar, cada um com uma mochila, Rye com a faca e Luttias com neve em uma mão para esfregar na outra que não parava de coçar.
Não demorou nem 5 minutos e eles avistaram ao longe algo alto e cinza.
- O que será que é aquilo? - perguntou Rye
- Não sei, parece um prédio.
- O que um prédio estaria fazendo no meio do nada?
- Não sei, - respondeu Luttias - mas estamos na arena, podemos esperar qualquer coisa. Vamos até lá, com cuidado e atenção, pode ter alguém ou algo lá.
O "sol" já estava sob suas cabeças, mas muitas nuvens impedia os seus raios de chegar nos dois. Até aquele momento eles haviam apenas dividido um pacote de biscoitos e precisavam encontrar outras coisas para comer.
- E você, de onde veio o seu nome?- Luttias continuou uma conversa
- Nos seus primeiros jogos minha mãe conheceu uma menina chamada Rue, elas duas se tornaram aliadas e... Bom, Rue, Rye.
- hm. Posso te fazer outra pergunta?
- Sim. O quê? - perguntou Rye pensando porquê ele havia pedido permissão
- É sobre Dale.
- Dale?
- É. E sobre Willow também.
- Como assim? Pergunta logo.
- Não, eu só queria saber o que você acha sobre a declaração dele no programa do César. - disse Luttias e depois olhou para ele - Você gostaria se os dois namorassem? Ou você ficaria com ciúmes de sua irmã? - ele riu
Rye começava a formar pensamentos para Dale, Érick ou nenhum, quando ouviu-se um pequeno barulho atrás deles. Os dois viraram-se rápidamente para trás, Rye estendendo a faca e no fundo do coração desejando que tivesse um arco e flechas.
O que tinha atrás deles era uma lança, a ponta cravada no chão, o outro lado apontado para o céu - mas realmente para o campo de força que separava a arena do mundo. Lá atrás havia dois seres. Provavelmente humanos. E Luttias soube o que fazer.
- Rye, corre!
Mas o menino não se mexeu, pois viu Luttias correr naquela direção e pensou que ele queria enfrentar aquelas pessoas sozinho, mas para o seu alívio, ele pegou a lança e correu em sua direção.
- Corre!
E ele correu, Luttias atrás, muito mais atrás os dois correram também em sua direção. Luttias e Rye corriam em direção ao que achavam ser um prédio.
- Que raiva dessa porcaria de fumaça venenosa! - reclamou Luttias enquanto corria com todas as suas forças, coçando a mão avermelhada que segurava a lança. Então quase levaram um susto quando o chão em que pisavam deixou de ser neve para se tornar gelo.
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