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História Rye e Willow : Jogos Vorazes - O Pior Fim


Escrita por: Hamilton19

Notas do Autor


Estou sem net, por isso a demora. Sobre o capítulo.. Nas notas finais.

Capítulo 24 - O Pior Fim


  Passaram-se três dias desde que Luttias e Rye haviam achado aquela mina de ouro chamada comida, e também três dias desde a morte de Marlow. Durante esse tempo apenas 1 tributo havia sido morto, um carreirista, tributo do 15. Agora restavam 15 tributos, 33 baixas.   

  Dale e Willow já estavam jogando, e possivelmente o romance estava enganando perfeitamente os cidadãos da capital, e provavelmente o presidente Newton não estava nada feliz com aquilo.

 Porém Willow não sabia se aquilo realmente era um plano ou se Dale gostava mesmo dela. Os dois andavam sempre de mãos dadas ou Dale colocava o braço nos ombros de Willow, ele dizia coisas bonitas sobre ela e ela agradecia.   

 Já haviam passado pela cornucópia, longe o suficiente é claro para os carreiristas não os avistarem, já que eles tomaram conta do círculo.

    - Não se preocupe Willow. Vamos achar o Rye. - Ele a confortou em seu braço novamente enquanto caminhavam em direção ao nada.  

  - Espero que sim. - Ela respondeu - Espero que ele esteja bem.   

 - Talvez ele esteja com o Luttias, ele também ainda está vivo. Se estiverem juntos provavelmente estão cuidando um do outro, assim como você e o Marlow. - As últimas palavras foram ditas mais baixas.  

  -E assim como você e eu. - Ela também colocou o braço em seu ombro.  

  - É.    

 Eles andaram um pouco sem falar, Dale pareceu um pouco triste ou coisa parecida. 

   - O que foi? - Willow perguntou  

 - Nada. - Ele disse - Só estou pensando na Kelen. - Respirou fundo - Se eu vou vê-la mais uma vez.  

  - Não se preocupe, tenho certeza que vai. Também tenho certeza que o pai do Érick está cuidando bem dela.

    Continuaram caminhando sem falar nada por alguns minutos, á procura de Rye e na esperança de Luttias estar com ele.    

- Olhe. - Luttias apontou, à frente havia uma pedra média. 

   - Não deve ter muita coisa. - Disse Willow já acostumada com as surpresas em baixo das pedras.   

- Pelo menos um pão pra repartimos. - Disse Dale   - Ou água.    Eles estavam se virando bem com o que conseguiam em baixo das pedras.

    - Será que mais alguém sabe sobre as pedras?  

  - Não sei. - Respondeu Dale - Talvez os carreiristas não saibam, eles tem muito suprimento e não precisam se preocupar. Agora os outros tributos, como eu estava, podem estar desesperados o suficiente para procurar até em baixo das pedras. 


      Rye e Luttias terminavam de arrumar as mochilas para saírem do prédio na manhã seguinte, provavelmente se ficassem mais tempo ali o idealizadores iriam bater o pé na bunda deles.    

- Tomara que a gente ache a Willow amanhã. - Rye disse fechando o zíper da mochila.  

  - É.   

 - Ou Dale.   

 - Hum.    

- Não se preocupe, - Disse Rye - Dale e Willow não vão tentar te matar. 

   - Eu sei. - Luttias terminou de encaixar as coisas e também fechou a mochila. 

- Pronto?    

- Sim.   

 - Então vamos dormir e amanhã acordamos e dividimos essas folhas, - Ele colocou uma vasilinha com folhas comestíveis no meio do pequeno espaço que havia entre eles - e depois caímos fora.  

   Como todas as noites desde que chegaram ao prédio, os dois dormiram no cômodo ao lado da sala de aula que eram de primeiro acesso ao entrar pela porta. Os dois podiam dormir "tranquilamente" sem se preocupar em outros tributos tentarem entrar, as duas portas e várias janelas do prédio eram muito bem fortificadas.

 Mesmo sendo tão seguro, deveriam se revesar para dormir, quando Luttias acordou no meio da madrugada percebeu isso.  

 - Rye! - Ele falou assustado - Rye! Rye acorda. - Ele balançou o menino o acordando.  

  Rye abriu os olhos e era difícil não perceber.    

- O o o quê que é isso? - Ele se levantou devagar. 

- Não sei, mas provavelmente não é nada bom, as mochilas não estão infestadas, - Luttias disse com calma - vamos pegá-las e sair com calma.  

  - Certo. - Ele se levantou vagamente acompanhando Luttias.  

  Seria difícil ficar calmo com aqueles milhões de bichos semelhantes a sangue-suga. Esses eram um pouco maiores, a pele cinza escuro, com algo parecido com veias de cor verde clara por baixo. Estavam por todos os lugares, teto, chão paredes. Milhares. Nesse momento você ficaria com medo de tropeçar e cair em cima daquelas coisinhas.   

 - Vou ter um ataque. - Disse Luttias.   

 - É brincadeira né - Rye colocou a mochila nas costas. 

 - Não sei, - Respondeu - já tive três ataques, se não sairmos daqui agora é capaz de haver um quarto. Rye. - Ele olhou sério e um pouco assustado para Rye - Se por um acaso, eu, tiver um ataque forte, continue sem mim. 

  - Como assim? - Perguntou Rye confuso - Como é esses ataques? Por que você não falou antes? Eu não posso te deixar. E, é difícil não dar um ataque aqui, eu mesmo acho que vou dar. - Rye imaginou o que seu pai faria o ouvindo falar daquele jeito, algumas de suas palavras ele guardava com inteligência. "Seja sempre um garoto forte Rye.".    Nem sempre ele era forte, muitas vezes ele sofria ao ver os outros sofrerem, dizer que daria um ataque daria motivo para os seus antigos colegas de escola o chamarem de maricas. Dali em diante o que não faltaria era sofrimento, anos vendo jogos vorazes até poder voltar para casa, então resolveu dar mais valor as palavras de seu pai, iria se tornar mais forte. 

   - Vamos Luttias, vamos sair daqui. - Ele tomou a frente pisando com cuidado, quem sabe o que aconteceria se pisasse em uma daquelas coisas.  

  - Meu Deus são muitas. - Luttias disse escolhendo lugar para por o pé.

    - Nossa, acho que estão no prédio todo. - afirmou Rye - Não tem como a gente tirar todas essas coisas sem tocar em nenhum deles. - Disse referente aos móveis colocados para segurar a porta.   

 Luttias colocou a vasilha de folhas comestíveis na sua mochila e chegou a porta e pôde ver todo o correrdor infestado por aquelas coisinhas.   

 - Ai Senhor. Devem ser sangue-sugas modificadas. Já ouviu falar das teleguiadas?   

 - Sim, como sa.. - Rye ia dizendo mais não soube se deveria contar. - Éé.. Vamos para a sala de aula.  

  - Tá. - Luttias respirou fundo tentando se acalmar, se recompor. 

   Rye deu alguns passos em direção à porta a frente.  

  - Não, aff! Tem um na maçaneta. - Rye disse  

 - Deixa eu ver. - Luttias se movimentou - A minha faca.   

 Ele pegou a faca presa a mochila.

 - Deixa comigo. - Ele disse depois que Rye estendeu a mão. 

   Rye saiu do caminho, Luttias colocou a faca em cima do bestante que se movia bem lentamente e torceu para que aquilo desse certo. Fez um movimento rápido descendo a faca, desejando que o bicho descola-se da maçaneta, e descolou, caindo no chão e ligando algo dentro dele. Uma contagem regressiva, 50 segundos, com números vermelhos contando sem parar. No 47 eles começaram o desespero.   

 - São bombas! São bombas!    

- Talves liberem algum gás venenoso!   

 - Ou talvez explodam liberando a gosma dentro deles e..   

 - Abre a porta! Abre a porta!    Rye abriu a porta correndo e os dois entraram.  

  - Fecha a porta! 

   Luttias fechou a porta. Perceberam. A sala que possuía apenas algumas cadeiras escolares estava imune aos bestantes. 

   - Então é isso! - Disse Rye - Queriam nos obrigar a ficar presos em uma sala de aula. Parabéns idealizadores, isso sim é maldade! 

   - Rye estou tendo um ataque! - Luttias disse rápido, o tempo corria - Meu coração.. Ai.    

- Temos que sair daqui, - Rye disse - Se forem bombas vão derrubar o prédio! 

   - Vai, dê um jeito com a janela!    - Não vou te deixar se é o que está pensando.

 - Rye o ajudou, mesmo não tendo como - Por favor resista, não vai ser um ataque que vai te matar nessa arena.    

- A janela Rye, Único jeito, vida ou morte. - As lágrimas vieram, era visível a sua dor. 

   Rye se manteu forte, correu para a janela e a balançou, era muito fortificada. 

   - Deus! - Ele gritou e continuou a todo custo derrubar aquelas grades. 

   Luttias juntou forças e se levantou com a faca a postos, se juntou a Rye e tentou de qualquer jeito derrubar aquela muralha. Luttias tentou usar a faca para tirar os parafusos. Idéia em vão. Estavam tão desesperados que até jogaram água da garrafa na grade. 

   - Quebra desgraça!   

- Haaaa! - Gritaram 

  E quebrou. Pularam e saíram rapidamente, ganhando alguns arranhões. Caíram na neve fria da noite e se levantaram rapidamente, correram e correram sem parar ganhando um pouco de distância do prédio , Rye esquecido do ataque de Luttias o deixou para atrás, quando percebeu parou e virou-se exatamente quando ele caia em uma poça. Correu desesperadamente, tão rápido que  tropeçou e quase caiu. Chegando na poça ouviu a explosão, viu o prédio caindo e se despedaçando no chão, não ficou olhando por muito tempo pois tinha que ajudar seu amigo. 

   - Luttias! - Disse se agachando e o ajudando a tirar a cabeça da água.    Ele respirou o ar. 

   - Rye. - Disse sofrido - Não aguento mais.

    - Temos que sair daqui. - Ele tentou o ajudar. 

Se assustou e seu desespero aumentou quando naquela poça em que Luttias lutava para sair surgiu aquelas enguias bestantes.   

 - Luttias!- Avisou. 

Tarde demai. Viu uma se enrolar rapidamente em sua perna. O garoto gritou. Rye não soube o que fazer. Os bestantes o mordiam e se enrolavam nele, o puxavam para baixo. Rye estava com a faca, mas soube que não daria certo. Gemidos tentaram segurar a angústia e sofrimento que sentia. Luttias juntou suas últimas forças para dizer suas últimas palavras. 

   - Rye.. Corre.  

  - Mas..  

  - Corre por favor. - As palavras foram ditas com tanta dificuldade que Rye teve que obedecer. 

Antes porém, pôde ver uma lágrima nascer no olho de Luttias e uma enguia o morder no pescoço e todas juntas lutar para levá-lo para baixo d'água, Rye soube que elas venceriam. Se sentiu culpado, mas teve que ir, o seu coração doeu, seu corpo ameaçou cair, sua força desmoronar, as lágrimas fugirem, mas ele continuou, por Luttias.

   Um minuto inteiro, de muito e muito sofrimento para o canhão ser ouvido. Rye desmoronou ao lado de uma pedra grande e ficou ali por muito tempo. Aquele era o pior jeito de perder um amigo. O pior fim.


Notas Finais


É, realmente doi matar um personagem, meu corazon doeu. Bye. Comentem pfv. Até mais.


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