História Sacrifícios (Vkookmin) - Capítulo 15, "Irmãos"

Castelo de Estátira;

sala do trono, dois dias depois:

O clima no castelo não estava nada bom, o misto de emoções estava dificultando possíveis soluções. Jeon está possesso de raiva, mas também está com seu coração em pedaços. Jimin não está diferente de seu alfa. A população inteira esperava saber quem era o responsável por aquela tragédia, todos estavam esperando uma decisão do rei, uma punição que pague a vida perdida.

— Você precisa comer meu amor, ao menos um pouco... Por favor— Ele negava e apenas chorava mais e mais.

— N-não quero... Não quero Jiminie, eu quero o meu filho... 

— Taehyung meu amor, todos nós estamos destruídos... Jungkook está tão triste que está me dando medo, está doendo em mim, mas eu preciso ser forte por vocês e por nosso bebê — Nesse momento ele pegou a mão de Taehyung e levou até seu ventre, esse que já estava uma  bolinha saliente— Nosso neném Tae, de nós três...

— Dói tanto jiminie... — Ele se acalmou aos pouco.

— Eu sei que dói meu amor, sua ferida nas costas está inflamada e...

— Não jiminie, falo da dor aqui — coloca a mão no coração — Eu preferia ter morrido com meu bebê, eu deveria ter morrido... 

— T-tae... Meu amor, não diz isso, não sabes o quanto me dói imaginar te perder.

— Meu filhotinho... Essa dor nunca irá passar.

— Vamos ter outro meu amor, sei que nunca vai ficar no lugar deste que infelizmente foi vítima dessa maldade, mas vamos sim tentar mais vezes... Eu juro.

— Quem fez isso? O que eu fiz para essa pessoa?

— Ele foi pego meu amor, mas não pense nisso agora, fique apenas tentando se recuperar.

—O meu bebê... 

Jimin voltou a abraçar ele, sabia muito bem e melhor que qualquer um sobre aquela dor, seu coração se aperta em já ter perdido as contas de quantos foram em todos esses anos. A porta dos aposentados foi aberta devagar e o rei alfa entrou cabisbaixo, Taehyung o olhou com os olhos cheios de lágrimas. 

— Não chore, meu amor — O alfa sentou do outro lado do ômega e o beijou na testa — Não chore amor.

— N-nosso bebê...  

— Teremos outro meu amor, ainda temos esse aqui — Alisou a barriga de Jimin — Se acalme meu amor.

— Quem fez isso comigo, meu rei?

— Não pense nisso, darei uma boa punição a ele.

— O que eu fiz para merecer perder o meu filho?

— Nada meu amor, mas existem pessoas más... 

— Descanse meu amor — Jimin alisou o rosto dele — Não sairei do seu lado em nenhum momento.

— Também ficarei com vocês, meus amores. 

E então eles deitaram ao lado de Taehyung, era um momento difícil e acima de tudo eles tinham que se apoiar. Não passariam por isso sozinhos.

[...] 

Passou-se um mês desde tudo que aconteceu, Taehyung conseguiu se recuperar bem e sua ferida no coração ia sarando conforme os dias passavam. Perder um filho era algo que ele nunca imaginou que iria passar, mas infelizmente agora, ele tentava viver com essa realidade.

Seu conforto, de Jeon também, era paparicar a barriga de Jimin, era tão fofo ver aquele ômega baixinho com as mudanças da gravidez, ele estava ficando mais gordinho, seu rosto estava bem cheio e corado, seu corpo então tornou-se uma bolinha.

Jeon e Taehyung amavam morder e apertar aquelas bochechas, Jimin se sentia mais mimado do que nunca.

Mas seus momentos de paz foram pausados, hoje seria o julgamento daquele que tentou contra a vida do mais novo rei. Taehyung sentiu voltar no tempo e viveu aquele infeliz dia mais uma vez, Jimin e Jeon também não estavam bem.

Sentados em seus tronos, eles estavam aguardando os guardas trazerem o prisioneiro. Foi nesse momento que Taehyung levou um susto.

— J-Jinki? — Ele se levantou assustado, mas Jeon não deixou ele ir até lá. 

— De onde conhece esse ômega? — Jimin foi o mais rápido em perguntar.

— E-Ele é meu irmão! Soltem ele! 

— Seu irmão?— Jeon ficou mais irritado ainda. Jinki apenas olhava para seu irmão, ele não disfarçava a fúria que sentia por Taehyung, aquela coroa só o deixava com mais inveja e ódio

— Como seu irmão teve a coragem de atirar em você? 

— Soltem meu irmão! 

— Não soltem! Ele vai ser julgado por tentar te matar! Não está vendo a gravidade disso tudo? Ele matou nosso filho! 

E foi aí que a ficha de Taehyung caiu, Jimin já estava segurando o choro, como um irmão era capaz de fazer algo assim? Jimin tem irmãos, mas os ama e é recíproco. Não entendia a maldade daquele ser.

— Você matou meu filho... P-por que irmão?

— Não sou seu irmão — Bravou com ódio — Eu nunca vou te considerar meu irmão! 

— Por que fizestes isso?—  Taehyung já chorava e era aparado por Jeon— Nunca retribuiu meu carinho, sei que me tens como um inimigo desde a infância, mas que culpa tinha meu inocente filho? 

— Porque eu queria me vingar de você ter nascido! Porquê eu te odeio Taehyung! Eu te odeio! 

— E-eu nunca te fiz nada!

— Você não devia ter nascido! Essa vida medíocre que eu levo é culpa sua! Você não merece ser rei! Você não merece viver! — Aquele ômega era um descontrolado, gritava alto não se importando em respeitar um ômega grávido que estava perto.Jimin se irritou amargamente daquelas palavras gratuitas jogadas em Taehyung.

— Meu rei, peço-te justiça, puna este infeliz.

— Leve Taehyung daqui — Taehyung negou, não queria sair e muito menos que seu irmão fosse punido.

— Não o mate, por favor meu rei, não o mate — Jeon não acreditava que Taehyung estava o defendendo.

— Ele merece morrer!

— Ele é meu irmão... Eu peço meu rei, não sou como ele, deixe que ele pague vivendo com essa culpa.

— Culpa? — Jinki riu alto — Eu não sinto culpa, sinto raiva de mim mesmo, raiva por ter errado o tiro, mas na primeira chance eu irei te matar.

— Está vendo Tae? Ele não te ama! — Jimin tentou fazer Taehyung enxergar — Deixe que ele pague com a vida por nosso filho. 

— Não! Por favor não o mate... Joga ela na masmorra, mas não o mate.

Jeon respirou profundamente pesado e aceitou.

— Joguem ele nas masmorras e a chave fora. Tirem ele daqui agora.

Os guardas, que estavam chocados, tiraram ele e levaram para as masmorras. Taehyung agradeceu por não terem matado seu irmão. 

— Você precisa descansar  — Jimin alisou os cabelos de Taehyung.

— Vocês dois precisam, vão lá, irei resolver tudo aqui — Jeon os beijou e eles foram.

No quarto eles descansavam, mas nas masmorras, Jeon vingava a morte de seu primogênito.