História Sad Memories - Liatris

EunHae sorriu quando identificou Minghao. Por ele ser mais alto, fora muito simples acha-lo no meio daquele mar de gente. O shopping estava lotado naquele domingo, Park se sentia sufocada por todas aquelas almas monótonas transitando pelo piso reluzente. Tinha de se acostumar com o fato de estar em multidões, mas não conseguia suportar a ideia de que ela séria apenas mais um rosto no meio daquilo tudo.   
 
 

Seungkwan foi o primeiro a vê-la, acenou animado e cutucou o outro, apontando freneticamente para onde a garota estava acompanhada de Vernon e Yoon. A animação de Boo fez ela sorrir e o coração esquentar. Ele era muito agitado e contagiante, era bom vê-lo novamente. 

-Olá...- ela se curvou para os garotos que se aproximaram, eles fizeram o mesmo, mas depois puxaram ela pra um abraço apertado. Minghao observou ela cautelosamente, Park se sentia incomodada com os olhares do chinês, os olhos afiados e uma expressão de dúvida no rosto dele, parecia estar pensando em algo.  

-EunHae, você anda pulando refeições e não dormindo? - The8 soltou abaixando um pouco para encara-la melhor, a garota sorriu e soltou um riso abafado, ele realmente notou. Estava tão mal assim? 

-Sim... Mas não se preocupe, eu estou melhor. -mentiu para que ele não se preocupasse. Ás vezes uma mentira é melhor que uma verdade. Contraditório.  
 

Minghao concordou com ela, sem dizer muito, mesmo sabendo que o menino não havia acreditado nela, Park aliviou-se um pouco. Não gostava de deixar os outros angustiados com os seus problemas. Sabia que os outros tinham as próprias confusões, não gostava de ser um peso para os amigos. Na verdade, queria tirar algum peso das costas deles. 
 

 Enquanto andavam pelos corredores do grande shopping os pensamentos alheios de Eunhae se encontravam muito mais longe dali. Refletia sobre como iria fazer Joshua cair na real,  seria um grande desafio. Sabia que ele acreditava em JaeHyuna, já que era sua namorada, e sabia que não acreditaria nela mesma, já que não se viam à 7 anos. Quem acreditaria em alguém que não teve contato durante tanto tempo? Ninguém, certo? 
 

Será que ela deveria ligar para ele? Pelo menos tentar se explicar, quer dizer, explicar o que não aconteceu. Tinha medo de que o garoto ficasse bravo por desmentir as palavras de sua namorada, tinha medo de brigarem. Ele era seu amigo e também o menino pelo qual ela era apaixonada. Sentiu-se chateada, brava e triste, triste por todos os meninos que tinham aceito as falácias que saíram pela boca de Hyuna. Queria que acreditassem nela assim como Myung, Mingyu, Yoon, Hansol e Boo. Pelo menos ela tinha pessoas que a apoiavam. Era grata aos meninos, saber que alguém confiava nela era bom.
 

-O que você está pensando? -Jeonghan a tirou de seus devaneios, fazendo-a olhar para ele. Sorriu sem mostrar os dentes, o amigo realmente sabia quando ela estava preocupada com algo. Era isso que mais admirava em Yoon, ele era percepcionista, tinha uma visão diferente da dos outros. Era como uma verdadeira mãe que percebe quando o filho está bem e quando não está.  

-Estou pensando nos meninos. Eles realmente acreditaram nela? -ela soltou, encarando os pés, que se mexiam de modo automático sobre o chão. Os cadarços do tênis rosa claro que usava balançavam com o movimento, arrastando no chão de vez em quando. Aquilo prendeu a atenção da menina, que era agora observada pelos 4 meninos que a acompanhavam. Seungkwan parou na frente dela e colocou uma mão em seu ombro, a garota olhou para cima, os olhos amendoados de Boo possuíam certo carinho, coisa que não se via em qualquer um Seul. A cidade era fria, não de tempo ou clima, mas de sentimentos. 

-Você não precisa se preocupar com isso, aposto que eles vão acreditar em você. -ele sorriu passando a mão pelos cabelos negros de Eunhae, bagunçando mais um pouco os fios que já estavam em desordem. Minghao passou o braço pelo seu ombro e disse algumas palavras reconfortantes, aquilo tranquilizou os nervos de Park. Gostaria que momentos sempre acontecesse, que sempre tivesse amigos ao seu lado para dizer que estava tudo bem. Ela realmente desejou aquilo.  

... 
 

-Eu amo JaeHyuna, e estou com raiva de Eunhae por feito e dito todas aquelas coisas. Por ela ter me enganado. -Mingyu suspirou com a mentira dele, ele não podia simplesmente admitir o fato de que estava chateado e triste, não bravo?  
 

-Eu perguntei o que você sente realmente sobre ela, não sobre como está sua relação com Eunhae, não quero saber se você está bravo ou não, apenas me diga se você ama ela ou não ama. -disse simplista, atraindo o olhar de todos ali. Não era de seu feitio agir assim, nunca havia dito algo assim, nem mesmo para Jaehyuna.  
 

-Eu já a amei. Será que vocês podem girar isso de novo? -Jisoo respondeu calmo. O fato tirou Kim do sério, ele tinha de responder aquilo corretamente, e Mingyu não aceitaria um "não a amo"  como resposta. 

-Não responda no passado, perguntei sobre o presente Hong. -a boca de Joshua se abriu em indignação. O outro sorriu ironicamente, enquanto acariciava as costas de Wonwoo.  

-Eu a amo Kim, e sei que você já a amou também. Como você pode cair em amores tão rápido? -Joshua o olhou afiado, deixando Mingyu rindo, como ele havia ficado tão ridículo assim? JaeHyuna realmente estava influenciando o garoto.  

-Eu já me apaixonei por ela, e você está. Essa é a nossa diferença Jisoo, eu a amei mas agora estou em um relacionamento, e você... Bem, você a ama e está em um relacionamento. -se levantou, puxando Wonwoo levemente consigo, que levantou sem cerimônias, o acompanhando em passos rápidos e surdos. 

Joshua abriu a boca para responder, mas fechou ela novamente. Tinha sorte de JaeHyuna estar muito bêbada para assimilar qualquer coisa. Quando a garota se embriagava sempre esquecia de tudo, com toda certeza se não esquecesse Jisoo estaria perdido. Mas se não soubesse não teria sido tão sincero quando fora questionado sobre os seus sentimentos. Estava tão confuso, amava as duas garotas, pelo menos acreditava que sim. E aquilo bastava. 

-Estou cansada. -Jae soltou um bocejo e olhou para o namorado. -Amor, você pode chamar um táxi para mim? -a maioria dos meninos ficou impressionado, como ela agia como se nada houvesse sido dito?  

Joshua riu fraco, se levantando e ajudando Hyuna a se levantar também, a garota cambaleou e quase foi para o chão. Aquilo seria muito complicado. 
 

... 
 

Jun se revirou na cama mais uma vez, não conseguia dormir sem Minghao do seu lado e nem sabia o motivo. Seria possível que estivesse realmente apaixonado? Que estivesse com ciúmes de EunHae? Provavelmente era isso. Estava assim desde que vira ele com Park na Pledis outro dia. Mesmo tendo gostado tanto da garota, que lhe parecia uma boa pessoa desde a primeira vez, se recusava a acreditar na menina que estava afastando seu Minghao dele.  
 

-Droga, por que eu estou assim? -ele se sentou na cama, passando as mãos sobre os olhos,  estava cansado e com dores de cabeça. Havia como a situação ficar pior? Acreditava que era impossível, até ouvir a porta do quarto abrir e ver o menino que tanto lhe invadia os pensamentos entrar. Recebeu um olhar do menino, que encostou a porta atrás de si e andou até Wen, parando em sua frente.  

-Você está assim porque está com ciúmes, está assim por que gosta de mim e não gosta de me ver tão próximo de EunHae, você poderia por favor concordar comigo e parar de jogar a culpa para cima de Park por você não admitir as coisas? -ouviu tudo atentamente, enquanto Myung jogava aquelas verdades em sua cara. Sabia que ele estava certo, sentia ciúmes e estava amando Minghao com todas as suas forças. Amava-o com sua alma. 

-Eu realmente não quero admitir. As coisas não dariam certo mesmo que eu dissesse que sim Minghao, eu não gosto de você, eu te amo. Eu sinto ciúmes e quero te proteger de tudo e todos, quero ter você perto de mim e ao mesmo tempo tenho medo. Queria ser como Mingyu e Wonwoo, mas não posso e não consigo. -ele desabafou se levantando e encarando o outro profundamente. O garoto por sua vez sorriu terno, encarou-o com carinho, e lhe deu um tapa no braço.  

-Isso é por você não querer admitir as coisas, isso- parou para dar outro tapa em seu braço, que ficava vermelho com a força usada por ele -é por você querer ser como os outros e não como você mesmo e isso é por você finalmente dizer que me ama, na minha frente. -e então Junhui foi puxado em sua direção, as mãos mornas de Minghao foram parar em sua nuca, as bocas se chocaram violentamente, mas mesmo assim carinhosamente se tocaram. Mexiam os lábios em sincronia e transmitiam todo o sentimento e desejo que tinham guardado dentro si. Jun levou a mão ao pescoço de Minghao e puxou levemente os fios da nuca do garoto, o cabelo do mais novo era macio e sedoso.  

As mãos de Minghao desceram pelas costas do menino, indo em direção à sua cintura, onde fora fortemente apertado e empurrado mais ainda contra o corpo do mais baixo. Sentia se nos ares com toda a ousadia e afoito dele, com o beijo e os toques que lhe era dado.  

Ele arfou quando a perna do mais baixo roçou em seu membro coberto pela calça. O quarto parecia ter ficado, de repente, mais quente e abafado, os sons do beijo eram altos e a fricção entre os matérias de suas roupas também era ouvidos de maneira muito mais elevada.  
 

Sentiu sua língua ser sugada pela boca macia de Minghao, um ato simples e que tinha algo tão erótico em seu som que excitava ainda mais os dois. Os lábios foram mordidos fortemente, fazendo com que Jun sentisse o gosto férrico de sangue, mas aquilo não o incomodou. O outro começou a empurra-lo para trás, em resposta, Wen foi dando passos curtos em direção à cama. Suspirou quando seu corpo foi de encontro ao colchão macio, Minghao tirou a própria blusa, Wen observou o ato, mordendo os lábios. O mais novo não tinha um abdômen perfeito, mas tinha um físico bom e isso atraía os olhos de Junhui.  
 

Minghao se sentou no colo de Wen, com as pernas uma para cada lado do tronco dele. Segurou a barra da blusa do mais velho e puxou levemente para cima, Jun ergueu os braços, facilitando o trabalho dele. Começaram outro ósculo quando a peça de roupa já estava no chão, os quadris de The8 começaram a se mover para frente e para trás, fazendo Jun gemer baixinho entre o beijo. O beijo cessou e Minghao o encarou profundamente, fazendo Wen Junhui se arrepiar por inteiro. Estavam ofegantes, a respiração entrecortada e o coração de ambos acelerados. Seu membro já estava excitado e sabia que o mais novo também estava, a pressão dos corpos só os deixavam mais afobados.  
 

-Jun... eu acho que te amo. -e então atacou os lábios dele de novo, nem ao menos dando a chance para responde-lo. As línguas estavam em perfeito sincronismo, assim como os corpos que se chocavam, Minghao rebolou mais uma vez em cima de Wen, que gemeu mais alto. Myung parou o contato entre as bocas e começou a descer os lábios pelo seu rosto, mordeu e chupou o pescoço alheio e depois o tórax do garoto em baixo de si fora igualmente atacado.  

-Minghao... o que você está fazendo? -os olhos do mais alto se encheram de desejo e luxúria quando o menino começou a abaixar a calça e cueca que Junhui usava. Soltou um suspiro quando o membro fora tomado pelas mãos macias dele, que começou a fazer um movimento de vai e vem, arrancando ainda mais gemidos de Jun.  

-Minghao -soltou entrecortado, estava tomado de prazer. As costas arqueavam e os lábios eram mordidos com toda a força, deixando um líquido escarlate sair para dentro da boca, o gosto de sangue novamente inibiu seu paladar.  

The8 chegou perto do membro de Jun e sorriu antes de o abocanhar, Wen se contraia na cama, segurando os lençóis e puxando-os com os dedos. Suas mãos foram parar inconscientemente nos cabelos do mais novo, auxiliando-o com os movimentos de vai e vem. Jun fodeu a boca de Minghao, mexendo o quadril para cima e depois saindo de sua garganta, os sons de sucção eram ouvidos por todo o quarto.  

The8 se afastou e Jun aproveitou a situação para inverter as posições, ficando por cima do garoto de cabelos coloridos, puxou as peças de roupas que ainda sobravam no corpo dele e voltou a se sentar no colo de Minghao. Sorriu malicioso para Myung e beijou-lo por alguns segundos, sem deixar de mexer o quadril em cima dele. Wen segurou os dois membros juntos, usando a mão esquerda, a direita foi direcionada a nuca de The8, onde os fios eram puxados levemente. Jun começou a mexer a mão, apertando de leve e fazendo movimentos de vai e vem. A dupla masturbação proporcionava um sentimento diferente, os gemidos eram sincronizados e ambos respiravam pesadamente. O coração deles acelerado e os fios de cabelos grudados junto à testa pelo suor que escoria pela pele alva de ambos.  

A velocidade dos movimentos aumentou, e eles sabiam que o orgasmo estava próximo. Espasmos percorriam o corpo de ambos e suas vozes perdiam força quando ambos gozaram, deixando o líquido branco ser lançado para fora, onde atingiu o peito dos meninos.  

Jun caiu ao lado de Minghao, completamente sem ar e energias, sorriu e se virou para o garoto, que tentava recuperar a sanidade e o ar que lhe faltava nos pulmões. 

-Minghao... eu também te amo.  

... 

Park bufou antes de deixar a testa cair sobre a mesa, estava tão desconcentrada que ao menos conseguia pesquisar sobre os nomes na nova lista que Peter mandara. Waterfall já estava na terceira lista e se queixava que a segurança deles havia ficado mais complexa todas as vezes que mandava mais um nome. 

 Ele e Park se conheceram no Tumblr, a menina fora hackeada no Twitter e precisava que alguém descobrisse quem foi, para que conseguisse de volta. Peter não só descobrira quem foi como também recuperara a conta em 5 minutos. Depois do ocorrido eles conversaram durante muito tempo, mas depois de alguns meses perderam o contato quando EunHae teve de focar nos estudos, o que era lamentável para a amizade de ambos.  

A menina passou as mãos gélidas sobre os cabelos negros, colocando alguns fios insistentes para atrás da orelha, tentando focar mais uma vez no que estava fazendo, sem sucesso. 

Os pensamentos dela viajaram para os olhos de Joshua, em seu sorriso que se formava de canto e lágrimas que caiam pela bochecha. Lágrimas? EunHae levou à mão ao rosto, vendo que chorava, estava tão alheia que imaginara Jisoo em prantos mas quem realmente estava mal era ela. Seu coração realmente estava apertado e doía ao pensar em que podia ter deixado o garoto chateado, quer dizer, não havia, Jaehyuna havia. Mas em parte a culpa era sua, não era? Não sabia, mas queria saber como ele estava, se estava bem, se o pai estava pegando pesado nos ensaios, se ele dormia bem e se sorria verdadeiramente. Queria ouvir a voz do menino, sentir os seus toques em um abraço e suas mãos passeando pelos fios alheios de seu cabelo. Era pedir demais? Sabia que era, mas queria. Queria muito. 

Sentiu suas veias pulsarem quando ouviu o primeiro toque, seguido de outro, e de mais um. Cada vez que passava um, pensava em desligar e jogar o celular longe, se enfiar de baixo das cobertas e nunca mais sair.  

No 7 toque a chamada foi atendida, EunHae quase desmaiou com o nervosismo e com a voz suave do seu melhor amigo soando do outro lado da linha. 

-Yŏboseyo?