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História Safe and Sound - These voices wont leave me alone


Escrita por: Camzsunshine_

Capítulo 35 - These voices wont leave me alone


Fanfic / Fanfiction Safe and Sound - These voices wont leave me alone

Chloe P.O.V

-Algo aconteceu hoje- eu dizia passando os dedos em seus fios de cabelo soltos em sua testa- Eu percebi algo sobre você. Sobre nós. E estar te contando isso é a coisa mais verdadeira que eu já senti em toda minha vida.

Observava atentamente cada traço de seu rosto. Sua expressão era calma, como se estivesse sonhando. Seu olho machucado era coberto por um faixa branca, deixando apenas seu outro olho a mostra. Ele estava sem camiseta e era coberto por um fino lençol bege. Seus cabelos um pouco compridos demais se espalhavam pelo travesseiro. E sua respiração era lenta como se estivesse tranquilo com tudo o que acontecia a nossa volta.

Hoje estava fazendo uma semana que Carl estava em coma. Uma semana desde Alexandria havia sido devastada. Não existiam mais errantes por aqui, havíamos conseguido nos livrar de todos. A comunidade conseguia se levantar aos poucos e todos pareciam estar mais tranquilos. Menos eu. Maggie e Glenn estavam preocupados com a minha situação. Eu passava dias e noites ao lado de Carl, apenas saia para tomar banho e comer. Rick estava tão preocupado quanto ele, mas ele também tinha que cuidar de Judith, então eu ficava aqui junto de Carl para ão deixa-lo sozinho.

-Eu te amo- disse apoiando minha cabeça em sua cama sentindo as lagrimas se aproximarem- Eu sinto tanto a sua falta que dói. Eu tento não pensar em você nessa cama, mas não importa o quanto eu tente me distrair, nada faz com que eu me sinta melhor. Imagino o que você diria se me visse nessa situação- minha voz começou a falhar devido ao choro preso em minha garganta- Eu não quero que isso acabe, porque se acabar eu vou ter que conviver com o fato de que você se foi, para sempre. Eu não estou pronta. Eu preciso de você. Eu não consigo continuar sem você. Eu não consigo viver sem você.

Levantei meu rosto o observando enquanto chorava compulsivamente. Segurei sua mão e permaneci em silencio apenas ouvindo sua respiração como resposta. Eu sentia que toda essa situação estava me destruindo aos poucos. Tentava me mantar forte para Maggie e Glenn, mas eles sabiam como eu estava mal, todos sabiam. A realidade era que eu não aguentava mais esse tempo de espera. Não aguentava mais todas aquelas pessoas me olhando com piedade. Só queria que Carl estivesse acordado para que me ajudasse a passar por tudo isso.

-Chloe- Rick entrou no quarto e eu o olhei limpando minhas lagrimas- Maggie estava te procurando para a almoçar.

-Tudo bem-disse me levantando dando uma última olhada em Carl- Volto depois.

Sai da enfermaria sentindo o sol queimar minha visão fazendo com que eu serrasse os olhos numa tentativa de bloqueá-lo. Caminhei até a minha casa enquanto sorria para algumas pessoas que passavam me cumprimentando. Todos pareciam estar se recuperando muito bem, e isso me deixava contente. Precisávamos de uma comunidade forte se não quiséssemos que o que aconteceu semana passada voltasse a acontecer.

Entrei em casa ouvindo barulho de risadas vindo da mesa da sala de jantar. Andei calmamente até a sala e os encontrei sentados em seus respectivos lugares almoçando. Porém meu sorriso se desmanchou ao notar que tínhamos outra pessoa com eles. Suspirei e tentei ignorar sua presença enquanto ia em direção ao meu lugar. Já estava me acostumando com as visitas frequentes de Enid desde que ela voltou para a comunidade junto de Glenn. Não fingia que não me incomodava, porém, Glenn e Maggie pareciam gostar da garota, então não iria expulsa-la de minha casa.

-Enid- disse sorrindo falso enquanto servia meu almoço- Que surpresa. Você por aqui. De novo.

-Achamos que não teria problema em chama-la para provar o famoso frango caipira de Maggie- Glenn disse em um tom brincalhão fazendo com que as duas rissem enquanto eu franzia o nariz frustrada

-Sem problemas- murmurei- Enid é sempre bem-vinda em nossa casa.

-Eu disse que ela não se importaria, Enid- Maggie disse olhando para a garota e eu arquei minha sobrancelha em sua direção à fazendo olhar para baixo

-Com Carl está? – Enid perguntou e eu soltei o garfo de minha mão engolindo seco e sorrindo falso antes de responder

-Te contaram que Ron está morto? – Senti Maggie me chutar de baixo da mesa, porém ignorei- Porque até agora eu não te ouvi perguntar em momento algum sobre ele. Quero dizer, ele era seu namorado, certo?

-Sim, eu fiquei sabendo.

-E te contaram que foi ele quem fez aquilo com Carl? – Voltei a perguntar sem controlar o tom irônico que as perguntas saiam- Ele tentou matar o Carl.

-Eu não sabia disso- ela murmurou me olhando e eu sorri

-Agora sabe- disse cruzando me levantando- Próxima vez que decidir fugir e deixar todos que se importam com você para trás, faça um favor e não volte.

-Chloe.

Ignorei os chamados de Maggie e Glenn subindo em direção ao meu quarto e despejei toda minha raiva na porta a batendo com força. Me deitei em minha cama e abracei meu travesseiro sentindo o choro entalar em minha garganta. Fechei meus olhos contando até dez e respirei fundo enquanto tentava me acalmar. Eu sabia que tinha sido dura demais com Enid, afinal, era obvio que ela estava sofrendo com a morte de seu ex namorado. Mas quando eu comecei a falar, as palavras saíram da minha boca sem pedir permissão, e quando eu percebi, já havia falado tudo aquilo.

Talvez tudo aquilo fosse um ciúme idiota. Talvez Enid fosse mesmo uma boa pessoa e eu estivesse fazendo tudo aquilo por birra. Mas isso não fazia com que eu gostasse da garota. Ela parecia querer me provocar de todas as formas possíveis. Eu sabia que se estivéssemos sozinhas ela não teria apenas ouvido minhas palavras calada. Isso tudo era para que eu saísse como a culpada da história. Eu tinha certeza disso.

Não pense besteira, Chloe. A garota não fez nada para você.

Era como se uma voz dissesse em minha cabeça. Uma voz muito parecida com a de Beth. Não era a primeira vez que isso acontecesse. Sentia que estava ficando louca. Depois de todo esse tempo, a loucura finalmente estava subindo em minha cabeça e isso me assustava.

Você não está ficando louca. Pare de drama.

Fechei meus olhos tentando fazer com que aquela voz parasse de falar em minha cabeça. Me levantei ficando sentada e abracei minhas pernas apoiando minha cabeça em meu joelho enquanto chorava sobre os mesmos.

Não chore. Eu estou aqui com você.

-Pare! - Eu gritei me levantando- Pare de falar!

Por que está tão assustada? Sou apenas eu. Sua irmã.

-Você não é minha irmã- dizia andando de um lado para o outro- Eu conheço minha irmã. Você não é a Beth.

Tudo bem, então eu sou o papai.

A voz mudou ficando idêntica à do me pai e eu arregalei os olhos balançando a cabeça negativamente. Eu estava ficando louca e esse sempre foi o meu maior medo. Durante todo esse tempo eu mantive minha sanidade quase intacta, eu prometi a mim mesma que não deixaria que o mundo me destruísse. E olha para mim agora. Ouvindo vozes de pessoas mortas.

(...)

Andava pelas ruas de Alexandria durante o final da tarde logo após sair da enfermaria. Não havia falando com ninguém pelo restante do dia depois do almoço. Estava evitando qualquer pessoa que tentasse se comunicar comigo. Minha cabeça parecia que estava prestes a explodir a qualquer momento e meu corpo ardia em febre. Sabia que precisava comunicar Denise para que ela me dessa um remédio ou algo assim, mas preferi deixar isso para depois.

Ouvi passos atrás de mim, porém me recusei a virar para ver quem seria, deveria ser apenas mais algum morador andando atoa, assim como eu. Parei meus passos ao chegar na pracinha da comunidade e suspirei sentindo o cheio de grama entrar pelas minhas narinas. Era disso que eu estava precisando no momento. Um momento de paz.

-Chloe.

Pelo visto eu não teria meu momento de paz tão cedo por aqui. Me virei e encontrei Enid parada em minha frente de braços cruzados. Soltei o ar pela boca e arqueei a sobrancelha a olhando confusa.

-Sim?

-Precisamos conversar- ela disse calmamente.

Pensei em recusar essa proposta, porém apenas assenti para que ela continuasse a falar.

-Eu sei que não gosta de mim- ela disse calmamente- E sinceramente, eu não gosto muito de você também. Mas não gosto que fique esse clima estranho entre a gente.

-Enid- eu cruzei meus braços me aproximando- Por que foi embora?

-O que? – Me olhou confusa

-Você fugiu- disse firmemente- Foram só as coisas ficarem feias que você foi embora.

-O que isso tem a ver com...

-Você não estava aqui quando isso aconteceu com Carl- a interrompi- Você não estava aqui quando seu namorado morreu. Você não estava aqui quando Alexandria foi destruída. Você foi covarde, Enid.

-Eu fugi porque me dou melhor lá fora do que aqui dentro- disse dando de ombros- Eu sei me virar lá fora. Não sou fraca como vocês.

-Eu sou forte- disse a olhando irritada- Eu sou tão forte, que ainda estou aqui. Mesmo depois de tudo o que aconteceu. Eu estou aqui. Eu não fugi.

-Você tem uma família- ela retrucou levantando seu tom de voz- Eu não tenho ninguém.

-Eles são sua família, Enid- Respondi assim como ela em um tom mais alto- Se preocupam com você. E você não abandona as pessoas que se importam com você. 

-Faria diferença para você? - Perguntou ironicamente- Eu sei que você preferia me ver morta do que aqui perto de Carl.

-Isso não é sobre o Carl, ou sobre Ron, isso é sobre você- apontei em seu peito de maneira irritada- Eu me preocupo com você, Enid. Pode pensar que não. Eu não sou uma pessoa má. Eu não quero que você morra.

-Como você é perfeita- ela disse soltando uma risada irônica e eu arqueei minha sobrancelha- Chloe é a garotinha perfeita do apocalipse, todos a amam, todos sentiriam sua falta se ela morresse e ela se importa com todo mundo.

-Enid...

-Eu estou sozinha, Chloe- ela me interrompeu- Eu não tenho ninguém. Você tem sua irmã, você tem o Glenn, seu grupo, e Carl. Sei que sofreu de perdas, todos sofreram, mas pelo menos você ainda tem alguém.

-Eu não estou aqui para ficar competindo quem sofreu mais nessa vida- revirei os olhos impaciente- Você não sabe o que passamos até chegar aqui.

-Minha vida era melhor antes de vocês chegarem, antes de você chegar- Ela apontava para mim de maneira agressiva, porém permaneci a encarando com a mesma expressão- Se tem alguém culpada pelo o que aconteceu com o Carl, esse alguém é você.

-Eu? Está mesmo tentando jogar a culpa para cima de mim? – A olhei incrédula

-Você estava lá, você deixou que isso acontecesse- Ela começou a se aproximar- E agora ele está morrendo por sua culpa.

-Você não sabe o que aconteceu- gritei irritada- Você não sabe.

-Você é fraca, Chloe- ela disse lançando um sorriso sínico- Não conseguiu salvar Carl, e não vai conseguir se salvar, a morte vai chegar para você, assim como chegou para sua irmã.

-Não fale da minha irmã de novo- eu falava sentindo a raiva transbordar pelos meus olhos- Não ouse tocar no nome da minha irmã.

-Sabe que é verdade- continuou a dizer se afastando- Você é boa, Chloe. Por isso vai morrer.

Então ela saiu me deixando sozinha novamente. Eu permaneci parada por um bom tempo pensando no que havia acabado de acontecer. No fundo aquelas palavras martelavam em minha cabeça e a culpa me consumia. Todas aquelas pessoas que morreram, eu não pude fazer nada para salva-las, agora Carl estava em coma e novamente eu fui uma inútil, eu o vi caindo em minha frente, e não fiz nada.

Você deveria matá-la.

Aquela voz. Dessa vez parecia que Lizzie estava falando em minha cabeça. Lizzie e Mika. Elas morreram porque eu não percebi o problema de Lizzie, não percebi que algo sério poderia acontecer, eu deixei que isso acontecesse.

Mate-a

Ela repetia em minha cabeça me fazendo fechar os olhos frustrada. Passei as mãos pelos meus cabelos e suspirei tentando manter a calma.

Mate-a

-Não! - Exclamei- Pare de dizer isso, não irei matá-la.

Mate-a antes que ela te mate. Ela quer te matar. Ela quer tirar o Carl de você. Ela quer a Maggie e o Glenn. Ela quer sua vida.

-Pare! - Me sentei no gramado sentindo as lagrimas se acumularem em meus olhos- Pare de falar, por favor. Me deixe em paz. Eu não aguento mais. Por favor.

(...)

Empurrei a porta em minha frente com um movimento brusco fazendo com que as pessoas presentes naquele quarto me olhassem assustados. Sorri em meio a minha respiração ofegante e arrumei meus cabelos que bagunçaram por conta de minha corrida até a enfermaria. Ficamos nos olhando sem dizer nada. Assim como eu, ele parecia feliz ao me ver. O silencio era perturbador. Tudo o que eu queria era abraça-lo até não aguentar mais.

Rick parece ter percebido que queríamos ficar sozinhos, pois logo se levantou e deu um beijo na testa de seu filho antes de caminhar em minha direção parando em minha frente.

-Ele precisa de você- disse em forma de sussurro para que Carl não escutasse e eu assenti em resposta

Ele colocou a mão em meu ombro e saiu nos deixando sozinhos. Sem pensar duas vezes apressei meus passos e me joguei em seus braços em um abraço apertado que logo foi correspondido. Suspirei e sorri aliviada por finalmente estarmos juntos novamente.

-Qual é o seu problema? – O soltei e ele me olhou confuso- Você não pode fazer isso comigo. Você quase morreu. O que você acha que eu faria se você morresse?

-Eu não morri- ele sorriu fraco e passou a mão em meus cabelos- Mas agora só estou conseguindo enxergar metade do seu rosto. Pode vir mais para o lado, por favor?

Fiz o que ele pediu e me sentei em sua cama ao seu lado. Ele ficou me observando por um tempo até que suspirou e segurou minha mão.

-Você está bem? – Perguntou

-Acho que sou eu quem deveria estar fazendo essa pergunta- Respondi sorrindo- Eu fiquei tão preocupada. Estava com tanto medo.

-Agora sabe como fiquei quando você estava em meu lugar- Ele disse me fazendo rir- Está tudo bem. Eu estou aqui com você.

-Promete que não me deixar? – Murmurei olhando para nossas mãos

-Eu prometo- ele disse e eu voltei meu olhar para ele- Mas acho que quem deveria me prometer isso é você. Eu tenho um buraco nojento no olho agora.

-Cale a boca- revirei os olhos- Isso não importa. Você está vivo.

-É- ele murmurou- Aconteceu alguma coisa?

Pensei em contar de minha discussão com Enid e também das vozes que estavam perturbando minha mente, porém logo desisti da ideia. Ele ficaria preocupado, e a última coisa que queria era que ele ficasse preocupado no momento.

-Não- Neguei sorrindo fraco- Quer dizer, as coisas estão melhorando por aqui. Não sabe o quanto trabalhamos duro para reconstruir tudo o que foi destruído, todos estão muito unidos desde o que aconteceu, parecemos uma comunidade de verdade. As pessoas ainda estão meio para baixo, tivemos muitas mortes, mas estamos tentando fazer da maneira certa dessa vez. Maggie e Glenn estão felizes e parecem aqueles casais de novelas e filmes. Queria saber se o bebe é menino ou menina, mas...

Parei de falar ao notar que Carl me olhava de uma maneira estranha. Ele tinha um sorriso bobo no rosto me deixando constrangida. Abaixei a cabeça e soltei uma risada fraca.

-Acho que estou falando demais- disse franzindo o nariz- Você precisa descansar.

-Eu te amo- ele disse de repente fazendo com que meu sorriso se desmanchasse e eu o olhasse séria.

Nunca havíamos chegado a dizer aquelas palavras um para o outro. Quer dizer, eu disse, mas ele ainda estava em coma por isso não ouviu. Sentia que meu coração poderia sair pela minha boca a qualquer momento. Carl ainda me olhava da mesma maneira, como se não esperasse que eu dissesse o mesmo, ela apenas queria falar, sem mais nem menos. Então eu sorri novamente e me aproximei selando nossos lábios.

-Eu te amo- disse passando meus dedos pelo seu rosto- Eu te amo tanto.

(....)

 Entrei em minha casa ouvindo barulho de risadas vindo da sala de estar e respirei fungo imaginando quem seria a visita. Deixei meu casaco pendurado em um cabide ao lado da porta de entrada e apressei meus passos em uma tentativa falha de passar sem ser notada.

-Chloe.

Me virei surpresa encarando o garoto sentado entre Glenn e Maggie. Carl havia acabado de ser liberado da enfermaria e ainda parecia confuso em coordenar seus movimentos por conta de ter perdido metade de sua visão. Porém se não fosse pela faixa branca em seu rosto, nem perceberia que havia algo de errado, na verdade, ele sorria radiante, como não via há tempos.

-Oi? – Me aproximei encarando aquela cena confusa- O que faz aqui, Carl?

-Ele disse que precisa conversar com a gente- Maggie explicou- Mas queria esperar você voltar

-Precisa? – Olhei para Carl arqueando minha sobrancelha e ele sorriu assentindo- Tudo bem. O que precisamos conversar?

Carl se levantou e caminhou até ficar ao meu lado esbarrando em nossa mesinha no centro da sala. Glenn ameaçou levantar para ajuda-lo, porém Carl apenas negou como se dissesse que estava tudo bem. O olhei temendo o que aconteceria a seguir e ele apenas sorriu novamente. Eram muitos sorrisos para apenas um dia.

-Maggie e Glenn- ele começou a dizer alternando seu olhar entre minha irmã e seu namorado que nos encaravam sorrindo tão confusos quando eu- Vocês mais do que ninguém sabem como é difícil amar em nossas condições atuais. Há pouco tempo atrás eu achava impossível. Até Chloe aparecer.

Arregalei levemente meus olhos sentindo meu coração querer sair pela minha boca. Olhei para os adultos em minha frente, Maggie sorria como se soubesse o que aconteceria aqui e Glenn estava com uma expressão séria prestando atenção em cada palavra do garoto ao meu lado.

-Sei que somos jovens, talvez jovens demais para sabermos o que sentir, mas eu sei o que estou fazendo, e espero que Chloe saiba também- ele me olhou e por um momento eu sorri levemente como se confirmasse seu questionamento- Acho que não é surpresa para ninguém que estamos juntos há um tempo. Mas eu precisava, eu queria, fazer da maneira certa. Como se não estivéssemos no meio do fim do mundo, como se fossemos apenas adolescentes normais, vivendo nossas vidas normais.

Abaixei minha cabeça tentando esconder o sorriso estampado em meu rosto. Carl era completamente maluco. Mas eu estava gostando disso.

-Glenn e Maggie- ele respirou fundo no meio de sua frase- Vocês são como os pais de Chloe. Sei que o que vocês acharem, Hershel e sua mãe também pensariam do mesmo modo. Vocês cuidam dela da melhor maneira possível e é por isso que eu estou aqui para pedir a vocês que...

-Ah meu Deus- o interrompi assustada- Você não vai me pedir em casamento, certo?

-Casamento? – Glenn nos olhou assustado

-Não- Carl negou rapidamente e soltou uma risada achando graça da situação- Eu queria pedir a permissão de vocês, para namorar com Chloe.

Todos permanecemos em silencio durante um tempo tentando assimilar as palavras de Carl. Enquanto eu estava em choque com sua atitude, Maggie não tirava o sorriso do rosto e Glenn parecia pensativo. Por um momento cheguei a pensar que ele negaria o pedido de Carl e isso me deixou apavorada. Glenn era de fato como um pai para mim, e ter o apoio dele era muito importante.

-Você gosta mesmo dela, não é? – Glenn perguntou sem tirar os olhos de mim

-Sim senhor...quer dizer, Glenn- Carl disse de maneira atrapalhada fazendo Maggie soltar um risinho

-Pare de assusta-lo, querido- Maggie disse se levantando e caminhando em direção ao Carl- Muito fofo de sua parte vir pedir nossa permissão. Mas eu já sabia que estavam juntos.

-Todos sabíamos- Glenn disse- Mas gostei de sua atitude. Prometo pensar no seu caso.

-Glenn- Maggie o repreendeu

-Estou brincando- ele riu se levantando e colocando a mão sobre meu ombro- Gostamos muito de você, Carl. Mas espero que saiba que se machucar Chloe, vou esquecer que é alguns anos mais novo do que eu. Estou falando sério.

-Sim senhor- Carl repetiu de maneira engraçada me fazendo rir- Chloe está em boas mãos.

-Sei disso- ele sorriu me olhando- Se ela está feliz, nós estamos felizes.

CONTINUE...



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