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História Safety (Taekook-Vkook) - Dez


Escrita por: brubbly

Notas do Autor


☽ Oi, amores, como vocês estão?
☽ Quero me desculpar pela demora, essa semana foi muito intensa, aconteceram muitas coisas, muitas mudanças as quais ainda estou tentando me adaptar
☽ Eu espero que gostem do capítulo e quero conversar com vocês lá embaixo nas notas finais
☽ Boa leitura, amores!

Capítulo 10 - Dez


Fanfic / Fanfiction Safety (Taekook-Vkook) - Dez

O clima dentro daquele apartamento se tornou insuportável, tudo isso porque há dois dias o Kook me ignora e é um saco morar na mesma casa e não trocar mais de cinco palavras por dia. Eu entendo que ele esteja magoado, talvez as minhas palavras tenham sido duras demais. Eu nunca fui bom em me expressar, além disso existe o fato de que o Kook é meio infantil às vezes, eu precisava fazê-lo entender o que eu quero dizer.

Eu me arrumei para o trabalho e quando saí do quarto, o Kook estava sentado no sofá, o Bam estava em seu colo e ele estava usando o celular que ganhou de presente. Seus olhos encontraram os meus, ele me olhou de cima para baixo, depois desviou o olhar e não disse nada. 

Eu também não sabia o que dizer, então apenas saí de casa apressado, já que estava meio atrasado. 

— Nossa! Parece que passou um caminhão em cima de você, meu amigo. — o Sehun disse assim que eu saí do elevador. 

— Obrigado, era tudo o que eu queria ouvir. 

— O que está acontecendo com você, Tae? — ele me entregou um copo de café e eu dei o primeiro gole, estava amargo do jeito que eu gostava. 

— Acho que eu prefiro não falar sobre isso. — eu massageei minhas têmporas após pousar o copo de café sobre a minha mesa. Sentei na minha cadeira giratória e liguei o meu computador, mesmo querendo dormir o dia inteiro para compensar o sono que perdi durante a madrugada. Existe uma vida além do TDAH e eu preciso honrar meus compromissos.  

— Tudo bem, você que sabe. Mas se precisar de mim, eu estou aqui. — ele me lançou uma piscada e eu assenti com a cabeça. 

Havia muito trabalho a ser feito naquela manhã, eu precisava selecionar fotos para algumas campanhas, então o tempo passou muito rápido porque eu estava atolado de serviço. Era perto do meio dia quando eu abri a minha galeria porque era o meu último serviço da parte da manhã, precisava selecionar as fotos para a campanha sobre felicidade. 

Eram fotos muito bonitas, a iluminação e os ângulos estavam ótimos, eu selecionei algumas, mas ainda faltavam muitas para preencher o número de fotos exigidas. Eu parei de rolar a tela quando observei o rostinho do Kook estampado naquela foto. Conectei o meu celular ao computador para poder enxergar melhor a foto. 

A paisagem estava linda, o céu azulzinho com poucas nuvens brancas, a grama era verdinha, as árvores tinham folhas bonitas, mas sem dúvidas a coisa mais bonita naquela fotografia era o Kook. Em seu rosto havia um sorriso sincero estampado, seu cabelo grandinho estava quase caindo sobre seus olhos, mas teve uma parte em específico onde eu tive que dar um zoom. 

A cicatriz em sua bochecha esquerda, ela permaneceu ali, me lembro de quando ela foi feita no dia do atropelamento, será que fui eu quem causou aquilo? De repente a culpa me invadiu com força e eu me perguntei o que teria acontecido se eu nunca tivesse bebido naquela noite. Talvez o Kook não tivesse cruzado o meu caminho talvez as coisas não estivessem tão complicadas agora, mas pensando em tudo o que aconteceu, em tudo o que descobrimos sobre ele, talvez ele nem estivesse vivo se não fosse aquele acidente. 

Ao mesmo tempo em que eu penso que os nossos caminhos terem se cruzado foi uma coisa boa, eu também penso que foi ruim, porque a situação em que nos encontramos agora não é das melhores. Eu não sei a idade real dele, mas mesmo assim não consigo não sorrir quando vejo ele sorrindo, não consigo não querer beijá-lo e isso passou de todos os limites. 

Aquele apartamento de repente se tornou muito pequeno pra nós dois. Quando eu chegava em casa, depois de preparar o jantar, eu me trancava no quarto e não saía mais. 

Eu saí para almoçar com o Jimin e enquanto ele falava, meu pensamento estava longe. Senti um tapinha no meu braço e o olhei, era difícil focar em alguma coisa com tanta coisa na cabeça. 

— Hm? 

— O que está acontecendo? Você está mais disperso do que o normal hoje. Está tomando a sua medicação? — o Jimin sabia do meu TDAH, ele sabia tudo sobre mim. 

— Eu tomo quando tenho crises, a minha psiquiatra disse que eu não preciso mais tomar de forma contínua. 

— Aparentemente você não está em uma crise, então o que está te deixando assim? 

— A convivência com o Kook está terrível. — eu passei as mãos pelo cabelo — Eu nem sei como te contar isso, hyung. 

— Sem julgamentos, Tae, eu sou o seu melhor amigo. — seu tom de voz me tranquilizou, mas ainda assim eu estava meio receoso. Não havia uma forma fácil de contar o que vinha acontecendo, então eu decidi apenas falar de uma vez. 

— Acho que o Kook está apaixonado por mim. — ele não pareceu surpreso quando eu contei. 

— Por que acha isso? 

— Porque ele está agindo estranho. Um dia desses ele sentou no meu colo, e no dia seguinte acordou de pau duro, disse que isso aconteceu porque ele pensou em mim. — eu suspirei — Hyung, isso é errado em tantos níveis. 

— Não adianta você ficar assim, não é culpa sua. 

— É claro que a culpa é minha. Talvez eu tenha dado muita liberdade pra ele. Eu cortei esse contato entre nós e chamei ele pra conversar, mas agora o clima entre nós dois está horrível. Acho que ele pensa que eu não o quero por perto. 

— Nós dois sabemos que você não é muito bom em expressar o que sente. Talvez você tenha sido grosseiro demais, por que não o chama para conversar de novo? 

— Porque eu vou estragar tudo de novo! O problema aqui é que tudo indica que o Kook seja menor de idade. Eu não posso me envolver com ele, isso é errado! — minhas mãos estavam inquietas, minha mente como sempre estava em uma velocidade que eu não consigo acompanhar — Eu preciso fumar! 

Coloquei o dinheiro da conta sobre a mesa e saí do restaurante, eu senti que estava sufocando, só de falar sobre isso fiquei nervoso. Assim que eu acendi o cigarro, Jimin veio até mim. 

— Tae, não precisa surtar assim, isso não é nenhum bicho de sete cabeças. 

— É claro que é! Porque eu gostei quando ele sentou no meu colo, eu fiquei duro e tive que tomar um banho gelado pra não fazer nenhuma besteira! — eu assumi de uma vez porque guardar aquilo pra mim me deixou angustiado. 

— Nós nem sabemos se ele é mesmo menor de idade. 

— Mas e se for? Isso significa que eu sou um pedófilo? — pensar naquilo me machucou, porque vai contra tudo o que eu acredito — Eu não quero isso, Jimin, não posso lidar com uma coisa assim! 

— Tae, se acalma! — ele me segurou pelos ombros — Precisamos descobrir a idade dele. 

— Você acha que eu já não tentei? O Namjoon não conseguiu encontrá-lo nos registros de pessoas vivas em Seul. 

— Já considerou a possibilidade dele ser de fora? — aquilo foi como um tapa na minha cara, por que não pensei nisso antes?

— Ok, mas mesmo que a gente consiga encontrá-lo no sistema, e se ele for mesmo menor de idade? É isso que tem me deixado angustiado. Se for o caso, só de ficar duro por ele, eu já estou errado. 

— Se for o caso, aí você espera ele atingir a maioridade para ficarem juntos. 

— Jimin, você está brincando comigo? 

— Eu te conheço há mais de dez anos, você acha que eu não vi a forma como olhou pra esse menino naquela noite? 

— Eu não sei do que você está falando. — dei a última tragada no cigarro, em seguida jogando-o no chão e pisando em cima para apagá-lo por completo. 

— Para de fugir, Taehyung! Está na hora de encarar de frente. 

— Encarar o que? 

— Tudo! Os seus problemas, os seus sentimentos, tá na hora de parar de fugir. 

— Eu não quero falar sobre isso agora. — eu estava prestes a pegar outro cigarro, mas ele não me deixou. 

— Não é hora pra fumar e não tente fugir do assunto. Você está caidinho por esse menino e isso é muito perceptível. Estar vulnerável em alguns momentos faz parte da vida, você não pode evitar pra sempre. 

— Só que eu não quero me machucar de novo. — eu suspirei — Será que dá pra gente fingir que essa conversa nunca aconteceu? 

— Você sabe que não. Mas eu sei que é difícil pra você, então vou te dar um tempo pra pensar em tudo isso. Segue o meu conselho, converse com o Kook, não é certo você magoá-lo assim. 

— Hyung…

— Tá na cara que ele está afim de você também, mas você jogou um balde de água fria no garoto, ele deve estar mal.

Eu não tinha mais o que dizer, o Jimin estava certo, no entanto, pensar sobre aquilo agora estava me deixando ainda mais inquieto. 

— Os meninos vão se reunir hoje para beber, o Hoseok finalmente conseguiu abrir o estúdio de dança que tanto queria, e vamos comemorar. Leve o Kook. 

— Eu não sei se é uma boa ideia. 

— Vai deixá-lo sozinho? — mais uma vez eu suspirei. 

— Te mando mensagem mais tarde. Eu preciso voltar para o trabalho, hyung. 

Me despedi do Jimin e voltei para a empresa. A foto do Kook ainda estava estampada na tela do meu computador, mas eu não as usaria na campanha, decidi guardar só pra mim em uma pasta. 

Eu cheguei em casa um pouco mais tarde do que o previsto. Kook e Bam brincavam na sala, mas assim que me notou, o Kook parou a brincadeira. Sem conseguir aguentar o clima chato, eu deixei a minha bolsa em qualquer canto e me aproximei dele. 

— Será que podemos conversar? — ele me olhou. 

— Ok. — nos sentamos no sofá e eu respirei fundo antes de começar a falar. 

— Por que você está me evitando assim? 

— Porque você não me quer por perto. Eu juro que tô tentando me lembrar de tudo para que eu possa voltar logo pra casa. 

— Não, eu não quero que você volte! — aquela frase saiu no calor do momento — Tudo indica que a sua vida não era das melhores antes. Eu já me acostumei com a sua presença, gosto de te ter por perto, mas é complicado uma aproximação amorosa entre nós dois, Kook, é isso o que eu quero que você entenda. 

— É por causa do rapaz que estava nas fotografias quando eu cheguei aqui? — ele estava se referindo ao Bogum.

— Não, nós não temos mais nada, ele foi embora. — era difícil falar sobre aquilo — Kook, nós não sabemos se você é menor de idade, eu acho que sou muito mais velho do que você, não é certo nos envolvermos dessa forma. 

— Primeiro de setembro de dois mil e um. — ele encarava o nada, como se estivesse se lembrando de algo. 

— O que? 

— Hospital regional de Busan, às três e quarenta e cinco da madrugada. 

— Kook…

— A minha data de nascimento. Eu não sou daqui, sou de Busan. 

— Você se lembrou? 

Ele apenas assentiu com a cabeça, mas saber que ele era maior de idade não tornou o clima mais tranquilo, ele parecia triste. 

— Eu não me lembro do nome da minha mãe, só do rosto dela e de como ela me tratava com tanto amor. Mas as lembranças pararam quando eu ainda era bem novo, espero que eu consiga me lembrar do restante. 

— Fico feliz por ter se lembrado. 

— Mas ainda não é o suficiente para estar com você, né? 

— Por que você quer isso, Kook? — seus olhinhos marejaram. 

— Porque você cuidou de mim, você esteve ao meu lado no momento mais difícil da minha vida e foi inevitável não me apaixonar. — a primeira lágrima escorreu pelo seu rosto e eu me senti tão culpado naquele momento. O que eu menos queria era fazê-lo chorar. 

— Me desculpe, Kook.

— Jeon Jeongguk, esse é o meu nome. — ele enxugou a lágrima que escorreu. 

— Oh… — eu fiquei surpreso por ele ter se lembrado.

— Não precisa se desculpar por não me querer de volta. Acabamos aqui? Eu preciso cuidar do Bam. — ele tentou levantar, mas eu segurei em seu pulso, fazendo ele sentar de novo. 

— Há quanto tempo se lembra disso? 

— Desde o dia em que você me afastou. Quando eu desci para pensar um pouco, acabei me lembrando o básico. 

— E por que não me contou?

— Eu achei que não me quisesse por perto. 

— Não é isso. É complicado, eu saí de um relacionamento recentemente, não estou pronto para entrar em outro. 

— Tudo bem, você não me deve explicações, talvez eu tenha criado expectativas sozinho. 

— Eu juro que não quero te machucar. É por isso que precisamos parar por aqui. 

— Certo, eu entendi. 

— Mas eu não quero que fique esse clima chato entre nós dois. Eu quero que sejamos amigos, Kook. Eu gostava de como as coisas eram antes. Eu acho que me expressei mal naquele dia, me desculpe, não quero que se afaste de mim. Só quero que sejamos amigos.

— Prometo tentar. 

— Você está afim de sair? Nós fomos convidados para uma festa!

— Sério, hyung? Eu quero! — da água para o vinho o Kook voltou a ser aquele crianção que eu conhecia. 

— Então tome um banho e se arrume. 

— Mas o Bam vai ficar aqui sozinho? — ele fez um biquinho com os lábios. Era meio assustadora essa mudança brusca no comportamento dele, em alguns momentos ele parecia um adulto que entendia tudo perfeitamente e em questão de segundos voltou a ser o menininho manhoso. 

— Nós podemos levá-lo. 

— Oba! 

Ele saiu correndo para o banheiro e eu fiquei ali parado tentando processar tudo o que aconteceu. Eu não tinha resposta para isso e quanto mais eu pensava, mais a minha cabeça doía.


Notas Finais


☽ Gratidão a quem chegou até aqui
☽ E então, o que vocês acharam do capítulo? O que acharam dessa mudança brusca no comportamento do Kook
☽ O Kook se lembrou do nome, a idade e o local do nascimento, já é alguma coisa e no próximo capítulo veremos mais sobre isso
☽ Amores, sou muito grata por cada favorito, cada comentário, Safety cresceu muito graças a vocês, estou muito feliz
☽ Nos vemos no próximo capítulo, beijos! <3


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