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História Safira - Pedras Preciosas III - Capítulo vinte e seis - Harris


Escrita por: Kkarllotta

Notas do Autor


Voltei com novos capítulos
Espero que gostem
Beijos

Capítulo 26 - Capítulo vinte e seis - Harris


Fanfic / Fanfiction Safira - Pedras Preciosas III - Capítulo vinte e seis - Harris

     Eu sei que fui um pouco frio com ela, mas foi preciso, senão ela iria conseguir me convencer. Eu preciso de um tempo dela, estou cansado de insistir em algo que não vai dar em nada. Eu percebi que ela não podia ser minha na primeira vez que foi embora sem dizer nada. Mas ela voltou a fazer, e isso me fez perceber que eu estava sendo um idiota.

    Agora eu quero seguir com a minha vida. Safira com certeza só foi atrás de mim porque ele viajou. Eu sei disso porque estava de olho nele. Henry não está aqui para dar carinho, então outro imbecil podia fazer o que ela queria.

    E eu comprei aquelas alianças, eu achei que ela sentia alguma coisa por mim. Mas se Safira sentisse, não teria feito o que fez. Talvez assim, ela perceba que seu querido noivo não presta.

    Encaro a minha caneca fumegante, tentando expulsar da minha mente a imagem dela chorando na minha frente. Eu tive que dá as costas para ela para não fraquejar. Tenho que ser forte se quero seguir em frente.

    — Você já está apaixonado. Não tem mais volta. — Renner comenta.

    — Há sempre volta. — Peter responde. — Se ela não quer ficar com você e sim com outro, não precisa insistir. Você vai ficar bem. — Vindo de Peter eu acredito, porque ele era noivo da Madeleine.

    — Eu sei. É por isso que eu vou sair com a Danika. Ela ligou para mim.

    — Isso mesmo! — Nicholas sorri. — Ela é bonita, inteligente, você não vai se arrepender.

   — Mas eu não consigo parar de pensar nela.

   Nicholas revira os olhos. — Céus! O amor é uma coisa chata.

   — Você não sabe nada sobre amor, Nick, então cala a boca! — Peter responde. — Harris, você não vai conseguir tirar Safira da sua cabeça da noite para o dia. Eu demorei quatro anos para esquecer a Madeleine.

    — Porque vocês estiveram juntos por dez anos, Peter. — Nicholas diz. — Não dá para comparar.

    — Claro que não. Eu estou com Rubí há nove meses. — Renner sorri. — Mas eu não posso mais viver sem a minha cerejinha.

    — Acho ridículo esses nomes carinhosos. Cerejinha porquê? — Nicholas pergunta.

    — Porque seus lábios me fazem lembrar cerejas.

    Rio.

    — Adiante. Você vai esquecer ela. Não tiveram tanta história juntos. Não se preocupe. — Peter diz. Como eu posso duvidar dele? Ele passou por muito.

    — Não duvido de você. — Sorrio para ele.

   — Como é saber que vai ter um filho? — Renner pergunta. — Finalmente!

   — Eu estou feliz. Como eu poderia não estar feliz? Eu sou casado com a mulher que eu amo. E sabe o melhor? Ela me ama também. — Ele bebe seu chá. — Já tenho pensado em nomes para o meu filho.

    — Vamos sentir saudades quando vocês forem. — Digo.

    — Eu estarei sempre na T.Tec. Mas devemos aproveitar todos os momentos.

    — Você faz o amor parecer interessante. — Nicholas diz. — Mas está fora de questão.

    — Tem a certeza? — Arqueio a sobrancelha.

    — Sim.

    — Porra, Nick! Porquê não fica com a Jade de uma vez? — Renner parece impaciente.

    — Prefiro andar em cacos de vidros ou sobre a brasa.

    Rio. — Você é que sabe!

    — Não sabe o que está perdendo. — Peter diz.

    — Ela é bonita. — Digo.

    — É alta. — Peter sorri.

    — Tem pernas bonitas. — É a vez do Renner.

    — Mas ela tem uma boca muito grande. Ódio mulher que fala demais. Ela sempre responde os meus insultos. Ela é capaz de me enfrentar.

    — Por favor, Nick. Estamos no século XXI. — Empurro ele.

    — Eu não quero saber. Ela não faz o meu tipo. Agora podemos mudar de assunto?

    — Eu não me importo de falar sobre a Rubí. — Renner suspira.

    — Ele já está doente. — Nicholas aponta para ele.

    — Está apaixonado. — Peter sorri.

    — Eu amo ela. — Ele levanta da ilha da cozinha. — Vou ligar para ela.

    — Tudo bem.

    Renner sai já marcando o número dela. Eu também tenho o número de Safira de cor.

    — O amor é complicado. — Digo.

    — Mas é muito bom. — Peter suspira. — Acho que já terminamos com nossas confissões noturnas. Minha esposa está me esperando na nossa cama quentinha. — Peter também nos abandona.

     — Ouve, já que você não está interessado na Jade, eu posso tentar a sorte? — Provoco, mas ele não parece ter percebido que estou brincando.

    Ele não olha para mim. — Faz o que você quiser da sua vida. Não tenho nada a ver com ela.

    Se levanta também e me deixa sozinho na cozinha. Vou ficar mais um pouco, não estou pronto para dormir. Preciso pensar um pouco.

    Mais um dia.

    Tivemos muito trabalho na parte da manhã, mas não me impediu de me encontrar com Danika na hora do almoço. Estou mesmo tentando, mas uma parte de mim sente que estou traindo a Safira. Quer dizer, ela é minha esposa. Mas pensando bem, não temos nada. Ela não me quer. Estou disposto a tentar com alguém que realmente queira. Mas não com Maise, obviamente. Percebi que não posso ter sentimentos românticos por ela, infelizmente.

    Espero no restaurante há vinte minutos, até que finalmente ela aparece. Danika está usando um vestido azul ombro a ombro, justo até ao joelho, saltos altos, o cabelo comprido solto e uma bolsa retangular dourada nas suas mãos.

    Levanto para beijar o seu rosto e nos sentamos. Fiquei um pouco surpreso por ela ter me ligado ontem, mas concluí que foi Karly que deu o meu número. Ou será que foi o Nicholas?

    — Você está linda!

    — Obrigada. É para você.

    — Eu gostei. — Sorrio.

    Meu celular toca por cima da mesa, e o rosto da Safira aparece na tela, uma foto que roubei no seu Facebook. Danika olha para o celular e franze o cenho. Não sei porquê Safira está ligando para mim, mas eu não estou disposto a atender.

    Desligo.

    — De onde você conhece a secretária da Karly? — Pergunta.

    — Ela é cunhada do meu irmão.

    — Entendo. Soube que um dos Tales se casou.

    — Sim, meu irmão mais velho.

    — Peter! — Ela sorri.

    — Exatamente.

    — Hummm! Adoro seu sotaque. — Ela toca seu cabelo.

    — E eu adoro o seu cabelo. — Apesar de Safira me fazer preferir loiras.

    — Obrigada!

    Fazemos os nossos pedidos e conversamos sobre o meu emprego até que nossa comida é trazida. Danika parece realmente interessada em tudo o que eu digo, faz muitas perguntas e sorri com as minhas respostas. Isso é bom. É bom ter a atenção de alguém.

    Com Maise nunca foi assim. Ela era o centro de tudo e a gente só falava sobre ela. Com Safira, bom, eu acho que ela não me dava atenção porque ficava o tempo todo pensando nele. Eu sei disso porque ela já dizia o nome dele até nos momentos mais inapropriados. Com Danika é diferente, ela me dá atenção e não parece forçado.

    — E você? O que faz?

    Ela sorri e ajeita o cabelo para trás. — Eu desenho roupas. Pode parecer chato, mas eu adoro o meu trabalho.

    — Então, você é estilista?

    — Sim.

    — Isso é incrível.

    — Eu posso desenhar alguma coisa para você se quiser.

    — Claro. Talvez um terno.

    Ela dá uma garfada no bife. Não posso mentir que ela é muito bonita, sensual e sabe chamar atenção, mas também é misteriosa, delicada, pensando bem, faz o tipo do Nicholas. Eu não tenho um tipo específico. Desde que sinta o mesmo por mim e me enlouqueça. Embora tenha uma queda por loiras agora.

     — Fico feliz por ter me ligado.

     — Eu tinha que ligar. Acho que teve uma má impressão sobre mim.

     — Porquê acha isso?

     — Porque me disse que é um homem de compromisso. Você achou que eu só ia querer uma noite com você. Na verdade, nem era essa a minha intenção. Eu queria conhecer você e beijar você a noite toda. Também gosto de compromisso. — Ela dá um gole no vinho. — Eu sou mulher para casar.

    — É bom saber disso. Porquê demorou para ligar?

    — Achei que você precisava de um tempo e não queria forçar as coisas.

    — Você é inacreditável.

    Ela sorri. — Eu sei, querido.

    Continuamos conversando até que terminamos a nossa refeição e Danika vai ao banheiro, talvez verificar se está perfeita.

    Meu celular toca mais uma vez, mas é a mesma pessoa ligando. Suspiro e penso em desligar porque já dissemos tudo ontem, mas talvez eu esteja sendo muito cruel.

    — Alô!

    — Harris, podemos conversar?

    — Sobre o quê exatamente?

    — Onde você está? Eu posso ir ter com você.

    — Não gaste seu dinheiro comigo. Além disso, agora eu não posso. Estou ocupado.

    — Não é hora do almoço?

    — Sim.

    — Você está com alguém?

    — Sinto muito, Safira, mas eu não posso. Talvez amanhã.

    — E depois do trabalho? Você pode depois?

    — Não. Tenho alguns assuntos para resolver no Golden. Não vai dar.

    — Você está me evitando?

    — Estou fazendo o que é melhor. Desculpa, mas preciso desligar.

    — Está bem.

    Levanto para pagar a conta e espero Danika voltar para levar ela. Abro a porta para ela e espero que suba, mas ela me beija.

    Hoje seu beijo é diferente. Não é selvagem, é carinhoso e muito gostoso, mas ainda prefiro o beijo de alguém que só me procura quando está carente do seu noivo. Nem devia estar pensando nela enquanto beijo Danika. Qual é o meu problema?

    Toco a sua cintura e seu cabelo, beijando ela também, até que ficamos sem fôlego. Olho para seus olhos verdes brilhantes. Danika me dá um último selinho antes de entrar no carro.

    Entro também, sorrindo para ela, mas no fundo, meu coração sente que está agindo mal. Safira me machucou, porquê ela tem de estar certa em tudo que faz e eu não? Eu estou seguindo em frente e vou dar o divórcio para ela.

    Ajudo Renner, depois volto para a minha sala para trabalhar à vontade. Recebo uma foto de Danika, fazendo cara de aborrecida no que parece ser seu atelier. Tiro uma foto minha também e mando para ela. Nesse momento, uma mensagem de Safira é recebida também.

    Safira: Eu sei que pensa que estou fazendo isso porque Henry não está aqui. Sinto muito tudo o que aconteceu, mas não é isso.

    Recebo uma de Danika também.

   Danika: Você fica uma tentação de terno, sabia?

    E eu respondo a Safira primeiro.

   Harris: Não precisa explicar nada. Agora já não importa, Safira.

    E respondo a Danika.

   Harris: Que bom que gosta. Vai desenhar um para mim?

    Caem mais mensagem. Estou trabalhando, se meu pai me encontrar vai ficar desiludido comigo. Não sei dizer, eu sou o filho perfeito, eles nunca ficaram bravos ou desiludidos.

    Danika: Estou ansiosa por encontrar você no Golden. Vou estar ainda mais bonita.

    Harris: Tenho a certeza que sim.

    Danika: Então, nos vemos no Golden.

    Safira: Eu só quero conversar.

    Harris: Nos vemos no Golden.

    Guardo o celular e volto ao trabalho. Não recebo mais nenhuma mensagem, por isso trabalho à vontade. Renner entra no meu escritório com todos os documentos que pedi e descansa no sofá, fechando os olhos como se estivesse dormindo.

    — Daqui a pouco você terá a sua sala.

    — Eu sei. Estou tão exausto!

    — Já devia estar acostumado com tudo isso. Você está aqui há nove meses.

    — Sim. Eu sei. — Ele abre os olhos. — Preciso de uma massagem. Também preciso de alguns amassos.

    — Pode esquecer.

    — Não de você, idiota! — Ele ri. — Da Rubí. Vou passar a noite com ela. Por favor, ninguém estrague a minha noite.

    — Não se preocupe. Também estarei ocupado essa noite.

    — Vai sair de novo com aquela ruiva?

    — Porquê não? Ela é interessante. Ela me atrai e me faz sentir bem e querido, entende?

    — Coitado de você. Maise era uma idiota por não saber cuidar de você. Como não traiu ela?

    — Renner!

    — Não amava ela, ainda por cima não te fazia carinho. Como você pode ser tão boa pessoa?

    — Acredita que me sinto mal por estar saindo com Danika? Eu ainda não consigo tirar Safira da minha cabeça.

    — Eu acredito. A partir do momento que você beija a pessoa que você gosta, não tem mais volta. A primeira vez que eu beijei a Rubí, fiquei várias noites em branco. — Ele sorri, como se estivesse lembrando. — Mas eu já sabia que ela me amava.

    — Era óbvio. Mas Rubí não fica com alguém só porque tiveram anos de história juntos. E com certeza que não voltaria para ele depois de uma traição. — Digo um pouco irritado.

    — Calma! — Ele senta no sofá. — Precisa de uma água?

    — Não, obrigado.

    — Acho que encontrar a Danika vai te fazer bem. — Ele levanta e sai da minha sala fechando as portas de vidro.

    Eu pego no meu celular e faço o que no começo, eu tive medo de fazer. Algo que eu devia ter feito há imenso tempo.

    — Alô! — Oiço a sua voz grave do outro lado da linha.

    — Doutor Downey, como está?



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