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História Sailor Moon está diferente - Capítulo 02 - Vidas e reviravoltas que acontecem com elas


Escrita por: babewoojin e poc_blum

Notas do Autor


Tô viva ainda! E vim aqui somente para atualizar hehe, cuidem-se, bebam água, e se for sair mascara e álcool gel 😉

Capítulo 2 - Capítulo 02 - Vidas e reviravoltas que acontecem com elas


Fanfic / Fanfiction Sailor Moon está diferente - Capítulo 02 - Vidas e reviravoltas que acontecem com elas

Kim Namjoon era o que poderíamos considerar alguém altamente desastrado, e não era por mal, era apenas o jeito do moreno de ser, ele simplesmente perdia as vezes o controle de seus membros e acabava derrubando ou quebrando alguma coisa, como fazia agora, ao tentar ligar a cafeteira, o que não deu muito certo, diga-se de passagem.

– Merda! – exclamou o moreno irritado por mais uma vez ter conseguido quebrar a cafeteria.

– O que você quebrou dessa vez? – perguntou a voz claramente debochada e sonolenta do pequeno Yoongi, que tinha acabado de acordar e se arrumava para ir à escola.

– Se você advinhar te dou o dinheiro para o lanche da escola hoje. – respondeu o Kim mais velho com um ar de deboche, igual ao que o menor usara antes.

– Foi a cafeteira – gritou o Jimin com a voz fanha pelo sono.

E logo o pequeno corpo do Kim menor passou pelo aro do final do corredor que iniciava o espaço dos quartos e banheiro, e findava na entrada sala-cozinha do apartamento.

– Ei! – reclamou Yoongi – O dinheiro ia ser meu, seu intrometido. – brigou com o menor que sorriu sapeca não dando a mínima para o irmão mais velho, e correndo para as pernas do maior deles.

A pequena família Kim, era composta pelo Kim mais velho, e os dois irmãos caçulas do moreno, que eram frutos do último casamento de sua mãe. Que depois de se casar pela terceira vez com aquele homem que era pai dos menores, e ter uma vida muito conturbada ao lado dele, pediu divorcio e pela infelicidade do destino se tornar mais um dado estatístico de relacionamentos que o outro lado não aceitava o termino, e sempre terminava em tragedia, e bom aquele terminou assim também.

Kim Nara, estava em coma induzido fazia mais de quatro meses, e o ex-marido preso por tentativa de homicídio doloso quando há a intenção de matar, e Namjoon honestamente não sabia dizer se sua mãe teria um fim melhor ou pior que aquele, pois já havia perdido as esperanças da mulher acordar, uma vez que o que lhe acontecera fora tão traumático ao ponto de os médicos induzi-la a entrar naquele estado.

Seus irmãos caçulas não tinham mais contato com a mãe, e dentro os dois Jimin era o único que não desconfiava do que poderia ter acontecido com a mais velha e o pai que nunca mais viu, fazia quatro meses, Yoongi tinha suas suspeitas, mas era reservado e calado demais para perguntar ou expressar quaisquer coisas sobre o tema, sabia que Namjoon não se sentia bem ou confortável quando tocavam no nome da mãe ou do ex padrasto do mais velho.

Era uma situação complicada e delicada por muitos fatores, mas o principal dele, era a justiça e o futuro dos irmãos mais novo, não tinha contato com os avós paternos dos meninos, e se quer sentia vontade de se aproximar dos pais daquele homem miserável, mas era preocupante o silencio deles por tanto tempo, tinha medo de que eles usassem os meninos para tentar se vingar de sua mãe por ter terminado um casamento infeliz, e desencadeado o louco assassino do filho deles e no final ser a ‘causa’ da prisão deste.

Não tinha condições no momento de bancar um advogado, e por hora se apoiava na sua avó materna, que morava com eles naquele mesmo prédio no apartamento vizinho que era tida como a responsável legal dos menores, e Namjoon era o representante da idosa perante qualquer assunto que se envolve seus irmãos caçulas.

Seu objetivo no momento era juntar dinheiro o suficiente para entrar com o pedido de guarda total dos irmãos, não sabia se a mãe iria sair daquele hospital para casa ou para o cemitério, e sua avo já não era mais a mesma mulher jovem de 30 anos atrás, para cuidar de dois pirralhos de 11 e 6 anos, respectivamente, e Namjoon era o único naquela família apto a cuidar deles, sabia disso, todos sabiam.

Ele se tornou mais do que irmão mais velho para aqueles dois garotinhos, ele era o pai deles, desde quando eles nasceram, porque fora o maior quem sempre cuidou e se fez presente na vida dos pequenos, a mãe só sabia trabalhar e discutir com aquele traste que só sabia beber e brigar, além de ser um péssimo exemplo de homem ou pai para qualquer pessoa.

E o Kim mais velho sempre preservou muito a boa criação dos irmãos, por isso os mantinha longe das brigas feias, das palavras chulas, das ameaças e das agressões que via acontecer, e que muitas vezes ele se envolvia para defender a mais velha, ainda que depois recebesse em retribuição um xingamento e não um obrigada por ter apanhado no lugar dela.

Mãe ingrata – era o que sempre pensava quando esses episódios aconteciam.

E aconteceram tantas vezes, que uma hora ele deu um basta e saiu de casa, morou com a avó materna até conseguir alugar um apartamento, e por sorte conseguiu alocar o espaço ao lado da casa da mais velha dos Kim, e longe de toda a toxidade que era aquela casa, ele finalmente achou um refúgio, sabia que era arriscado para seus irmão ficarem naquele casa sem sua proteção, mas não se tardou a resolver sobre isso, porque logo deu um jeito de trazer os meninos para dentro dos seus braços protetores de novo.

E assim eles passavam mais tempo na casa de Namjoon do que com os pais, e Nara sentiu como era ruim não ter mais nenhum dos filhos ali, principalmente Namjoon que sempre fez tudo por ela, inclusive levar as surras daquele marido horrível que arrumou, e bom não era como se Namjoon tivesse deixado de se importar com a mãe ou em como ela estava sendo tratada agora que não estava mais lá por ela.

Ele apenas seguiu o conselho que sua avó o deu, e seguiu com sua vida, cuidando de duas crianças e sendo o pai e a mãe que eles não tinham, apesar de os dois estarem vivos, e de certa forma presente em suas vidas quando lhes era conveniente ser.

A situação na casa dos Min se alastrou tanto que o divorcio saiu e Nara foi morar com a mãe já que Namjoon deixou muito claro que não desejava a mulher morando consigo, sabia que estava sendo infantil em agir daquele jeito, mas estava mais do que magoado e triste com a mulher, para simplesmente por suas dores e orgulho de lado, e fingir que nada aconteceu para aceitar a mãe morando consigo novamente.

E foi quase um ano de perturbação daquele verme na vida dos quatro Kim, até que aquele acidente acontecesse e Nara ficasse assim, entre a vida e a morte, e agora num coma induzido, sem previsão de quando iria ser tirada dele, ou se sobreviveria a ele.

Mas a vida precisava seguir, e Namjoon mais uma vez precisava ser o píer da vida de outras pessoas que não fosse a sua. Nunca de fato morou sozinho, porque tinha aqueles dois meninos consigo, desde quando eles nasceram, e não reclamava disso, era corrido e puxado bancar tudo, somente ele a pouca aposentadoria da avó, mas dava para viver bem.

Apenas não podiam ser exigentes demais, que sempre iria sobrar o dinheiro das noites de sábado com pizza ou sorvete no jantar, e pelo menos dois filmes alugados com uma partida de jogo no PS4.

Sua faculdade ficou para segundo plano, e foi trancada para que o maior pudesse trabalhar em mais de um emprego, e assim eles viviam. De dia com o mais velho até o horário da escola, de tarde até a noite com a avó Kim, e novamente no outro dia de manhã com o irmão mais velho novamente era um ciclo, sem fim.

Namjoon trabalhava de tarde numa gravadora medíocre que pagava pouco, mas que pelo servia para ajudar nas contas do final do mês, a noite fazia bicos em um bar/boate, como segurança na porta de entrada.

Nos fins de semana, sempre que surgia ele trabalhava com uns conhecidos como animador de festa infantil, e tirava um bom dinheiro, além de sempre conseguir levar uns doces e salgados, para casa, que sempre ganhava ou que na maioria das vezes, sempre sobravam do buffet da festa.

Era bom no final de tudo, dava para ele sobreviver e ainda ter tempo e disposição para acompanhar os menores nos jogos, brincadeiras e atividades escolares sem problemas.

Ele só não tinha mais tempo, ou espaço em sua vida para pensar em si próprio e em suas necessidades enquanto homem, mas com a vida corrida que levava mal podia se dar ao luxo de ir atrás de algum sexo rápido e fácil por aí, ele era um adulto ainda que tivesse somente 23 anos, se sentia um homem velho, solteirão e com dois filhos para criar, enfim a hipotenusa.

Não ligava para isso de fato, quanto menos dor de cabeça tivesse melhor para ele, ele podia se satisfazer sozinho, quando a vontade estivesse o matando por dentro.

E ainda que fosse estranho estar tendo aquela reflexão aquele horário da manhã, o Kim se encontrava viajando de olhos abertos enquanto era inundado por toda a preocupação que a vida adulta lhe acarretava.

– Nam-hyung. – chamou o baixinho, bochechudo – Me ajuda na lição de geografia. – pediu Jimin com seu jeitinho fofo e tímido, a ajuda do irmão mais velho.

– Claro meu bolinho de arroz. – respondeu-o docemente apertando sem muita força o narizinho do menor que sorriu com um belo eye smile para ele – Pegue seu caderno e a lição, vamos fazer juntos. – disse suavemente o seu pedido ao menor não tardando a ser atendido.

Aquela manhãzinha ele passou ao lado do pequeno Kim, que ocupava o espaço entre suas pernas com o corpo miúdo, enquanto o ouvia explicar atentamente sobre a lição de casa do pequeno, que nada mais era sobre um exercício sobre o caminho que ele fazia de casa para a escola, anotando o nome das ruas e fazendo um pequeno desenho de um mapa para ilustrar.

[▪︎▪︎◇▪︎▪︎]

O horário de almoço em dias de segunda-feira era com certeza um dos mais complicados de lidar durante todos os dias da semana porque era simplesmente muito movimento o pequeno restaurante em que o Kim trabalhava, não dava para ficar um segundo descansando, sempre teriam mesas para atender, era sempre assim, a mesa mal era desocupada e limpa e já tinha mais duas, três pessoas a ocupando novamente para pedir o almoço.

A cozinha era um verdadeiro caos, Seokjin corria de um lado para o outro ajudando o senhor Kang, e Kyungsoo a preparar todos os pratos pedidos pelos clientes, enquanto os outros dois – senhor Dong e Rose – cuidavam de anotar o pedido, fechar as contas no caixa e levar os pedidos prontos e novos pedidos da cozinha para os clientes, o fluxo era realmente muito alto.

Mas sempre conseguiam se virar bem, ainda que fossem em míseros cinco funcionários, contando com o dono para fazer tudo, desde limpar e cozinhar e servir, tudo era sempre muito bem-feito, em um perfect time, e com uma excelente qualidade, e nenhum cliente que entrava ali saia insatisfeito.

Os muitos pratos que também eram feitos para viagem ficavam prontos e os clientes mais apressados com pouco tempo de pausa para o almoço também era um publico novo, um pouco menor, mas que sempre voltavam, não importava o dia, estavam sempre lá.

Seokjin se orgulhava muito de possuir uma equipe tão boa e esforçada, pois ainda que fossem em 3 cozinheiros, sendo Kyungsoo um auxiliar de cozinha, eles tinham uma ótima dinâmica juntos, e casam muito bem a forma de trabalhar na cozinha com as tarefas corridas do dia a dia.

Naquele dia em especial, Seokjin havia conseguido ir em casa antes de a correria começar para pôr sua pequena no ônibus escolar que passava pontualmente, todos os dias um as 11:40 e o outro as 12:20, sempre nesse horário, para levar as crianças do bairro a pelo menos duas escolas diferentes, o jardim de infância e a pré-escola.

Sua pequena ia ao jardim de infância, pois ainda tinha somente 5 anos, e logo passaria a ir para a pré-escola, e sempre era uma animação aquele horário do dia para Seokjin, quando ele conseguia escapar rapidamente do serviço no centro mais humilde de Seongdong-gu, e ir para casa.

A senha Shin, era quem ficava com a menor de manhã e as vezes a noite quando o Kim ficava impossibilitado de sair cedo, ou tinha algum compromisso era ela quem olhava a menor, e o Kim a pagava um valor a ela por cuidar da menor.

E como não queria se dar ao luxo de gastar mais do que precisava, estava sempre evitando deixar a menor solo, e sempre tentava conciliar a vida corrida do trabalho com as responsabilidades de um pai solteirão.

Alguns dias funcionava, mas naquele dia infelizmente teve que pagar seu suado dinheirinho aquela mulher pois precisou sair cedo e deixar a menor em casa sobre os cuidados dela.

Mas naquele horário enfim estava ali, enfiado no pequeno banheiro do apartamento dando um banho extrarrápido na menor, para não se atrasarem no horário do ônibus das 11:40.

Por sorte ele tinha se prevenido e lavado os fios lisos e macios da menor no dia anterior quando ela chegou do jardim, e agora era somente uma lavada para tirar o suor do corpo da menor.

Arrumou a pequena com o uniforme de manheiro que a escolinha exigia, e a agasalhou bem, pois naquele dia atípico fazia um pouco de frio, e a menor era um pouco sensível as mudanças bruscas de tempo, e Seoul, andava meio assim ultimamente.

E as 11:40 o homem alto e de belos fios castanhos volumosos, havia enfim colocado sua bebê no ônibus que logo iria partir para a escolinha e a levar para longe de si, mas num lugar seguro e junto de seus amados amiguinhos.

Voltando ao prédio o Kim foi atropelado por um pequeno ser, rechonchudo que estava com os óculos meio tortos em seu rostinho infantil, que havia acabado de atropelar suas pernas largas, e somente não foi de encontro ao chão, porque o Kim foi mais rápido em o pegar e puxar ele pra si, em reflexo.

O rostinho corado do menor, somado as lagrimas presas nos olhinhos pequenos, revelavam que ele estava assustado e tímido demais por ter causado aquela situação desastrosa, o que não negava de quem era irmão afinal.

– JIMIN! – o grito um tanto alto, do timbre forte e grosso do homem de pele levemente amorenada que vinha da mesma direção que o menor anteriormente chamou a atenção do Kim.

– Você está bem Jimin...? – perguntou o Kim, que mantinha o menor ainda sobre seus braços protetores, enquanto observava por sua visão lateral o homem se aproximar deles afobado.

O menor que ainda estava assustado, desviou a atenção de Namjoon, para levar seus mirantes até a face tranquila do outro homem que ainda estava o segurando protetoramente, para apenas afirmar com a cabeça num gesto simples, que estava bem.

– Sim, hyung... desculpe... – sussurrou a voz tímida e fina do menor.

O Kim mais velho sorriu terno para o menor, e o acariciou nos cabelos, ao tempo que levantava e encarava agora o moreno maior que parou ao seu lado ofegante, com um outro menino de pele alva ao seu lado, que correu direto para Jimin e o avaliou por inteiro.

– Menino, não faça mais isso, pelo amor da deusa... – disse o menor de pele alva ao baixinho que apenas confirmou com a cabeça, se desculpando de novo, e sendo apertado num abraço pelo maior em seguida.

– Desculpe pelo susto senhor, juro foi somente um instante de distração e essa criança fugiu de mim, e quase se esborrachou no chão. – disse o maior em direção ao Kim, que apenas se manteve quieto diante de toda aquela interação.

– Tudo bem.... – respondeu Seokjin, suavemente tranquilizando o maior com o sorriso bonito que abriu em seguida – Eu entendo bem o que um segundo de distração pode significar quando se trata desses pequenos furacões, Hani é do mesmo jeito. – completou ainda naquele clima suave.

Namjoon primeiro encarou o menor com olhos admirados, e depois notou o quanto ele era um hyung bonito, e que ainda por cima lhe entendia e não ficou com raiva por Jimin ter o atropelado sem querer.

Sorriu sem se quer perceber que o fazia, e por alguns minutos apenas isso foi o que fez, e tal atitude causou risinhos em Seokjin, pois realmente o moreno parecia fora de orbita, e seu risinho o trouxe de volta a Terra.

– Terra para Namjoon... – murmurou Yoongi – Hyung o ônibus vai embora daqui a pouco, vamos logo. – chiou o menor claramente impaciente.

– Sim, sim, vamos Yoon, – concordou logo apanhando o menor entre eles nos braços, e o acomodando em seus braços fortes – e obrigada hyung, desculpe o pequeno acidente. – se curvou, sendo imitado por Jimin em seu colo, e o Yoongi, para logo sair dali apressado em direção ao ônibus que já estava pronto para ir embora.

– Não foi nada. – respondeu o Kim a ninguém em específico sorrindo bobamente ao final da frase.

Aquele dia foi incrivelmente estranho, mas no bom sentido da palavra, pois nunca tinha visto aquele homem por ali antes, mas já havia visto os dois menores antes com a velha senhora Kim brincando com as outras crianças no pátio.

E Namjoon, era outro que também havia passado por uma manhã normal em sua casa, pelo menos até descer para o hall do prédio, para levar os menores ao ônibus naquele dia, e cruzar com aquele estranho bonitão, que atiçou um lado a muito tempo adormecido do Kim, o lado ‘homem namorador’, que claramente foi cativado por aquela beleza fora do comum do outro.

Naquele dia em especial, ambos os Kim’s passaram o resto daquele dia e por mais alguns outros com os pensamentos sendo ocupados pela presença alheia e uma estranha ansiedade também.

 

“Quem diria

O mundo deu suas voltas,

E um dia

Você voltaria.

 

Aquilo era apenas

Um desvio

Na estrada

Do nosso destino.”

Hugo Lopes.

 



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