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História Saint Seiya - O despertar da nova guerra - Orgulho e Vitoria


Escrita por: GodKarma

Capítulo 8 - Orgulho e Vitoria


Ele estava ali desde o começo, por mais que os cavaleiros de Atena não o notassem. Também nunca poderiam, pois o incrivel cosmo de Pierre de Kraken escondia o pequeno cosmo do Marina mais baixo que surgiu de dentro da água como se fosse um com a mesma. 

- Deixe-me enfrentá-los em seu lugar, senhor Pierre. - Disse o homem com uma voz engasgada, seu corpo era curvado para frente, como um corcunda. - Não há necessidades de um general como o senhor perder seu tempo contra dois insetos covardes o suficiente para pedir um desafio de dois contra um. 

Vulcano estremeceu. Apesar de sua convicção, era praticamente impossível que um cavaleiro de prata e alguém sem armadura pudessem derrotar um general marina, por isso sua condição de apenas o derrubar era perfeita para o desafio. E ia por água abaixo com uma luta dois contra dois, mesmo que o outro fosse um marina mais baixo. 

- Toma-os por covardes? - O general marina de Kraken tinha irritação na sua voz, o marina percebeu e estremeceu. - Ouça, acredita que exista qualquer chance de que eu seja derrotado?

- M-mas é claro que não senhor! - As palavras lhe saíram tão atrapalhadas que ele mal conseguiu proferi-las. - Nunca que um cavaleiro abaixo dos dourados poderiam sequer arranhar um general, ainda mais este general sendo o senhor, senhor Pierre. 

- Eu penso o mesmo, e creio que os dois também. - Os olhos negros de Pierre encontraram os verdes de Vulcano e ele sentiu novamente uma inquietação. De alguma forma o garoto tinha ainda mais presença do que o cavaleiro de prata de Perseu atrás de si. - E mesmo assim esses dois me convidam à um desafio onde correm o risco de perderem suas vidas. Nunca tomaria homens assim como covardes. Ainda mais, se eu recebesse ajuda, todo o sentido desse desafio se perderia, e ainda pior, a honra dos guerreiros de Poseidon seria manchada. 

- E-entendo perfeitamente meu senhor… - Ele se afastou de Pierre lentamente. 

- Podemos começar quando bem quiserem 

Dictis de Perseu pôs a mão sobre o ombro de Vulcano e o puxou para o lado. 

- Deixe que eu faço as honras então. - Ele ergueu a mão direita a frente do corpo lentamente enquanto canalizava seu cosmo em seu punho fechado. Por trás daquela energia Pierre podia ver o olhar determinado de Dictis. - PUNHO DO HERÓI! 

O cavaleiro de Perseu se lançou contra Kraken em uma velocidade e salto tão impressionantes que podia-se dizer que ele voou até seu inimigo e desferiu um poderoso soco que fez com que as ondas do mar se agitassem e fossem lançadas para longe da beirada da praia voltando em uma grande onda que chegou cobrir os dois homens até a cabeça. 

Mas Pierre de Kraken, com apenas sua mão direita segurou aquele poderoso soco. Vulcano sentiu algo se revirar violentamente em seu estômago, e o choque fez com que Dictis se esquecesse de respirar. Para o cavaleiro de prata era como se o tempo tivesse congelado enquanto ele tentava avançar ou recuar impedido pela mão que segurava a sua. 

Sem dizer uma única palavra, Pierre jogou Dictis para cima como se ele fosse leve como uma cortina, e enquanto o lançado girava no ar, a mão ainda erguida do general desceu violentamente acertando o estômago do homem e o lançando contra a areia da praia ricocheteando e girando para longe da água, parando centímetros antes de voltar ao lugar que estava antes de lançar seu ataque frustrado. 

Quando Dictis finalmente se lembrou como inspirar, o ar entrou em seu corpo junto do da dor que o fazia sentir que seu corpo iria se desmontar como as peças de uma armadura. Ele tossiu por um tempo no chão, antes de finalmente se colocar de pé, atordoado e ofegante. 

- MInha vez. - Pierre elevou seu cosmo de tal forma que os outros três presentes ali se sentiam completamente esmagados pelo mesmo. As ondas atrás de si borbulhava como se estivesse fervendo e então explode. - TEMPESTADE VIOLENTA! - A água em forma de lâminas voa na direção do cavaleiro de prata. 

Já mais calmo, Dictis respira fundo e estende as duas mãos a frente do corpo e eleva seu cosmo ao máximo fazendo-o ir muito além de seu corpo. Quando as lâminas de água entram em contato com seu cosmo, ele se concentra ao máximo para forçá-lo contra as partes planas e destruí-las antes que chegassem em seu corpo. Ele tem êxito, mesmo que parte do ataque ainda o atinga o jogando para trás, não são cortes tão sérios quanto os que foram causados em seus dois amigos, Hélio e Tácito no dia anterior. 

- O que diabos está havendo…? - Pergunta Pierre incrédulo. 

Dictis se põe de pé com uma risada dolorida. 

- Nós cavaleiros treinamos nossos corpos para memorizar o ataque de um inimigo, e identificar a maneira mais adequada para neutralizá-lo ou diminuir sua eficácia. - Ele limpa o suor perto da boca com as costas da mão ainda sorrindo. - Em palavras mais simples: Um mesmo golpe não funciona duas vezes contra um cavaleiro! 

Vulcano sorria numa mistura de orgulho e alívio. 

- O que diabos está dizendo? - O general de Kraken estava realmente confuso. - Esta é a primeira vez que nos encontramos! 

- Isto é um fato, mas eu já vi o seu golpe antes. Vi o golpe que usou nos dois cavaleiros que vieram aqui ontem. 

- Isso não faz sentido, não senti o cosmo de nenhum outro cavaleiro além daqueles dois! 

- Mesmo assim, Hélio de andrômeda permitiu que eu pudesse ver o golpe que você usou para ceifá-lo. - Dictis retira um pequeno saquinho preso a sua cintura, e de dentro dele um olho arrancado. 

- Esse olho… - Pierre se recorda que no dia anterior, antes de dar o seu último suspiro, o cavaleiro de andrômeda fincou os dedos em seu rosto. 

- Quando uma pessoa morre, a última coisa que ela viu fica grava em sua retina. Com isso, Hélio permitiu que eu visse o seu ataque e pudesse reduzir os danos que tomaria do mesmo. Essa é a determinação dos cavaleiros de Atena que está presa em nossas almas não importando a classe de armadura que use! 

O general ficou em choque, tão em choque que nem sequer notará que seu subordinado foi contra suas ordens até o momento em que o viu saindo de uma das poças de água criada no seu ataque anterior as costas do cavaleiro de Perseu prestes a desferir um ataque. 

- IDIOTA, NÃO FIQUE ATRÁS DO SENHOR DICTIS! - Vulcano gritou, enquanto o furioso Pierre estava prestes a atacar seu próprio subordinado, mas parou observando como aos poucos o corpo do marina se petrificava até se tornar completamente pedra. - Idiota… - O ruivo suspirou cansado. - Assim como o herói Perseu, Senhor Dictis carrega consigo o escudo com a cabeça da medusa, e qualquer um que olhar para ele será transformado em pedra.

Pierre sorriu um tanto ameaçado, entendeu que nem ele seria imune àquele escudo que estava preso nas costas do prata. 

- Por que diabos não usou esse escudo desde o começo? 

- Meu escudo da medusa é usado apenas contra meus inimigos, não posso ver o oponente de um duelo justo como alguém que devo confiar uma armadilha tão ardilosa. 

Kraken respondeu àquilo com um sorriso.

- E por acaso depois do que viu, acredita que pode me vencer sem o escudo? 

- Não posso deixar meu orgulho ser vencido nesta batalha. - Dictis sorria 

- Pois não deveria deixar seu orgulho ser uma barreira para a vitória, fosse ela qual fosse! - O cosmo dele começa a se elevar rapidamente fazendo com que o vento ao seu redor rodopiasse e as ondas atrás de si se agitarem furiosamente. - FÚRIA DE KRAKEN! - Ele bate sua mão contra o chão e um turbilhão de ventos violentos voa em grande velocidade na direção de Dictis.

- Merda! - O cavaleiro de prata usa todas as suas forças para saltar e escapar do golpe, mas mesmo sem atingi-lo aquele insano turbilhão explode com o brilho intenso do cosmo de Pierre lançando uma nuvem de areia junto do cavaleiro ensanguentado no ar. 

Os fortes ventos causados pela explosão obrigaram Vulcano a proteger sua vista, ele sente um arrepio subir em sua nuca e então se joga para trás deixando o punho do general marina passar raspando em sua bochecha causando um corte que imediatamente começou a sangrar. 

- Não pense que me esqueci que você também é um dos desafiantes, garoto! 

O ruivo cerrou seus punhos e dentes enquanto fitava com um brilho verde furioso em seus olhos contra Pierre, e então com seu cosmo queimando ele desfere um soco contra o peito do oponente misturado com a explosão de sua energia o afasta. 

Sangue escorre pelos dedos de Vulcano enquanto ele encarava um Pierre chocado, nem mesmo o cavaleiro de prata havia mostrado uma resposta tão forte contra ele. Então ele avança em mais um soco, com o mais novo respondendo com o mesmo golpe, os punhos se chocam e mais uma vez eles são afastados. 

- Garoto, você é forte, mais forte até mesmo que um cavaleiro de prata - Ele dizia enquanto observava os vários cortes que surgiram no braço que o garoto usou para bloquear seu soco -, mas sem uma armadura somente você vai receber o dano dos nossos ataques se chocando. 

Ele avança para mais um golpe contra o ruivo que não podia esconder a dor que sentia no braço, mas quando o marina termina seu golpe, foi Dictis quem ele acertou. O cavaleiro se pôs na frente de Vulcano sendo acertado e ainda de pé arrastado para trás. 

Sua armadura estava toda quebrada e manchada de sangue, sua respiração pesada faziam seus ombros subirem e descerem como uma gangorra e seus olhos só não se fechavam devido à sua forte convicção. 

- Senhor Dictis, deixa comigo! Eu consigo lutar mesmo sem armadura! 

O cavaleiro de Perseu sorriu. 

- Neste momento… - Ele disse com sua voz que fazia parecer que sua alma já não estava mais no corpo - … Eu consigo entender perfeitamente como Hélio e Tácito se sentiram… Vulcano, você é aquele quem conserta nossas armaduras não importa o quão danificadas estão. Você é forte, astuto e muito determinado, será um grande cavaleiro de ouro um dia. Não posso deixar você morrer aqui, tampouco posso deixar que alguém mais jovem seja ferido ou morra em meu lugar! Neste momento, eu entendo a dor de Tácito em ter Hélio dando a vida por ele.

- Senhor Dictis… 

- Escute moleque! Os mais velhos é que devem ser enterrados pelos mais novos, entenda isso. No nosso próximo ataque, venceremos este duelo, entendeu? 

A parte de trás da armadura de Perseu se soltou caindo aos pés de Vulcano. 

- Sua armadura está em pedaços e seu corpo mal se sustenta. - Disse o General marina. - Acha mesmo que pode continuar o duelo? 

- Pierre de Kraken, você parece ter se esquecido completamente. Não é o corpo de um cavaleiro ou a sua armadura quem determina sua força - Dictis eleva seu cosmo e ergue o punho à frente do corpo -, E sim o quanto ele pode queimar seu cosmo! - O cosmo de Dictis agora queimava de forma tão intensa que os pedaços de sua armadura rangiam e o ar parecia tremer a sua volta. - PUNHO DO HERÓI! 

Mais uma vez ele saltou em ataque, mas dessa vez era possível ver o ar dobrando ao seu redor tamanho era a força desse ataque. Pierre sentiu que dessa vez não poderia simplesmente segurar o punho do cavaleiro. 

- FÚRIA DE KRAKEN! - Dessa vez ele não bate a mão no chão, mas sim a sua frente criando o mesmo turbilhão de ventos que vai na direção de Dictis.

A imagem da morte certa estava agora diante do cavaleiro de Perseu, mas nem mesmo tal pintura horrenda foi capaz de diminuir seu espírito enquanto ele elevava cada vez mais seu cosmo. 

- QUEIME! QUEIME, MEU COSMO! PERMITA QUE EU CONSIGA ATRAVESSAR ESTE GOLPE! PERMITA QUE VULCANO E EU SEJAMOS OS VITORIOSOS! POR HÉLIO! POR TÁCITO! E PRINCIPALMENTE, POR ATENA! 

 Com seu punho iluminado como um forte farol o golpe de Dictis rasgou o turbilhão de Pierre o permitindo passar como uma faca passava por tecido.

- I-IMPOSSÍVEL! - Pierre gritou se preparando para contra atacar o ataque de Dictis que havia superado o seu. Quando o punho do cavaleiro de prata acertou violentamente seu rosto, seu braço atravessou o peito do homem manchando as areias da praia que não tinham voado de sangue. Uma dor queimante subia do pescoço até o rosto onde o punho ainda pressionava, e ele ainda podia sentir sua mão pelada de sangue e seu braço sendo apertado pela carne de Dictis, quando enfim conseguiu falar novamente. - Seu ataque realmente foi assustador, cavaleiro de Perseu… Uma pena ter gastado toda sua energia somente para atravessar meu golpe. Pelo menos pode morrer com orgulho. 

Com suas forças restantes, Dictis mostra os dentes ensanguentados em um sorriso.

- Fique com seu orgulho… Eu tenho a vitória… 

Pierre retirou seu braço e observou o homem que ainda se manteve em pé por um momento antes de cair de joelhos. O general gostaria de observá-lo mais um tempo, mas lá atrás de Dictis duas pequenas luzes chamaram sua atenção. Ele levanta seu olhar e observa Vulcano que com lágrimas nos olhos segurava algo contra ele. Quando finalmente entendeu o que o garoto fazia, seu corpo de pedra já havia sido capturado pelos olhos da Medusa.


Notas Finais


OK, essa foi uma das lutas que mais me empolguei escrevendo, espero que tenha causado a mesma sensação lendo.
Completamente viajado essa parada da retina, certo? Mas pra quem leu o mangá clássico, deve se lembrar que é assim que o Cisne negro informa o novo ataque do Hyoga para Ikki (no anime ele retira o cisne de seu elmo pra isso), e eu pessoalmente achei isso muito legal, queria muito usar kkkkk
ENFIM
Espero que tenham gostado do capitulo, se não gostaram, eu não esperava por isso. Até a próxima!


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